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Título 01 - Introdução
Capítulo 10 - Objetivos do Manual da Supervisão
1. O processo de supervisão busca assegurar a solidez do Sistema Financeiro Nacional - SFN, a segurança, a integridade e a confiabilidade do
Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB e o regular funcionamento das entidades supervisionadas pelo Banco Central do Brasil - BCB.
2. O MSU é o instrumento institucional do Banco Central do Brasil BCB que orienta a atividade dos servidores das unidades que desempenham
atividades de supervisão (monitoramento, supervisão prudencial, supervisão de conduta e supervisão de operações do crédito rural e do Proagro),
dando-lhes respaldo e transparência no relacionamento com as entidades supervisionadas ESs.
3. No que se refere à parte pública, o MSU também é instrumento de divulgação da Supervisão do BCB, dando transparência aos princípios, à forma
de atuação e às expectativas da Supervisão junto às ESs, tendo como base o ambiente regulamentar e a estrutura legal vigente.
4. Os procedimentos de detalhamento operacional, as orientações específicas, os textos sujeitos a mudanças constantes e as rotinas internas
constarão, conforme o caso, no SisAPS, nas páginas de responsabilidade das unidades no Portal da Difis, ou em outros sistemas fora do MSU
desde que ofereçam controles adequados.
5. Para efeitos deste Manual, o termo supervisão se refere às atividades relacionadas no parágrafo 2 deste capítulo.
6. O MSU não tem por objetivo regular ou interpretar as normas que regulam o funcionamento das ESs.
7. Sugestões de melhorias do Manual podem ser enviadas para o e-mail manualdasupervisao.difis@bcb.gov.br.
Título 01 - Introdução
Capítulo 11 - Princípios aplicados ao Manual da Supervisão
1. A inclusão e a atualização dos documentos publicados no Manual da Supervisão MSU deverão ser efetuadas em consonância com seus objetivos
e conforme os seguintes princípios:
a) a parte pública do MSU deve ser o mais conceitual e perene possível;
b) cada documento do MSU deve ter um componente responsável por sua manutenção e atualização, conforme Matriz de Responsabilidade
do MSU;
c) para cada documento, além do componente responsável, outras unidades poderão se apresentar como envolvidas. As unidades envolvidas
devem constar na Matriz de Unidades Envolvidas do MSU e devem ser consultadas pela unidade responsável pelo documento a cada
alteração;
d) os responsáveis pelos documentos, bem como seus chefes imediatos, devem zelar para que haja constante consonância dos textos com
os procedimentos efetivos de trabalho;
e) as revisões no MSU devem ser feitas sempre que necessárias e, periodicamente, deve ser executado procedimento de conformidade;
f) a conformidade é de responsabilidade dos chefes das unidades;
g) deverá ser mantido sistema informatizado para gerenciamento do MSU; e
h) deverá ser mantida caixa corporativa do MSU para facilitar a interface entre os gestores do MSU e seus usuários.
2. As regras de edição de documentos e de governança aqui definidas devem ficar registradas no próprio MSU.
Título 01 - Introdução
Capítulo 12 - Estrutura do Manual da Supervisão
1. A parte pública do MSU é composta por Títulos, Capítulos e Seções, que tratam de conceitos e de informações gerais referentes às atividades de
Supervisão do BCB.
2. A parte restrita é composta por Subseções, Itens, Subitens e Alíneas, que descrevem e detalham os procedimentos que devem ser utilizados nas
atividades de Supervisão do BCB.
3. Para ambas as partes, quando houver necessidade de maior detalhamento, podem ser incluídos links, os quais passam a fazer parte do MSU.
4. O Título 7 do MSU, o Guia de Práticas da Supervisão GPS, será composto por até sete níveis, todos contidos na parte pública.
Título 01 - Introdução
Capítulo 20 - Responsabilidades
Título 01 - Introdução
Capítulo 20 - Responsabilidades
Título 01 - Introdução
Capítulo 30 - Regras de Acesso
1. O acesso à parte pública do MSU é feito pela página no BCB na Internet e está disponível a qualquer interessado.
2. O acesso ao MSU completo (partes pública e restrita), bem como o compartilhamento de documentos restritos (integralmente ou em parte),
deverão estar em consonância com os procedimentos de solicitação e autorização de acesso a informações ou a transações, previstos no MSU
6.40.30.
3. O acesso ao MSU completo é feito por meio do Portal da Difis. Para tanto, o servidor deverá estar credenciado em transações específicas, cuja
gestão é exclusiva do Departamento responsável pela gestão estratégica da Área de Fiscalização.
4. As partes do MSU de acesso restrito possuem conteúdo sensível, uma vez que se trata de documentos preparatórios aos trabalhos de supervisão,
ou que embasam contínuas rotinas da supervisão, orientando e padronizando a forma de atuação das unidades responsáveis no MSU, além de
instruir procedimentos de Supervisão. Em razão disso, o acesso ao seu conteúdo, em regra, deve se limitar aos servidores dessas unidades.
5. O credenciamento deve ser feito de maneira automatizada sempre que possível (por cargo/função localização). O credenciamento manual deve
ser a exceção.
6. Todos os servidores da Diretoria de Fiscalização Difis e do Departamento de Supervisão de Conduta Decon têm acesso automático ao conteúdo
completo do MSU (partes pública e restrita). As demais unidades que constam da Matriz de Responsabilidade do MSU devem indicar os servidores
que deverão ter acesso ao conteúdo completo.
7. A pedido da Auditoria Interna do Banco Central Audit, deve ser concedido acesso às partes pública e restrita do MSU, pelo prazo solicitado, a
auditores formalmente designados para a realização de trabalho previsto no Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna Paint.
8. No que se refere ao Ambiente de Gestão, terão acesso automático os chefes dos componentes estabelecidos como responsáveis de documentos
na Matriz de Responsabilidade do MSU, assim como seus substitutos eventuais, quando estiverem efetivamente substituindo. Os chefes
responsáveis poderão solicitar formalmente a inclusão de outros servidores lotados em seu componente para também terem acesso ao Ambiente
de Gestão, não havendo, no entanto, delegação das responsabilidades anteriormente descritas.
Título 01 - Introdução
Capítulo 31 - Conteúdo e Revisão do MSU
1. Na redação dos documentos do MSU, recomenda-se que sejam seguidos, no que couber, regras e princípios formalmente estabelecidos que
regem a elaboração de normativos e manuais.
2. Ademais, os responsáveis devem observar que:
2.1. o texto do MSU deve ser escrito de forma objetiva, evitando-se o uso de regionalismos, expressões pouco comuns ou com sentido dúbio, de
modo a não permitir interpretação diferente daquela que se deseja transmitir;
2.2. para dar mais estabilidade aos documentos, não devem ser feitas remissões a nomes de componentes organizacionais, considerando que as
estruturas tendem a mudar de forma mais frequente do que os processos;
2.3. sempre que possível devem ser evitadas ligações (links) para leis e regulamentos ou outros documentos fora do MSU. Caso tais links sejam
necessários, o responsável pelo documento no MSU deverá estar ciente que todo o conteúdo do documento acessado por um link passa a ser
considerado como integrante daquela parte do MSU;
2.4. deve-se avaliar a conveniência da remissão a normativos, a qual, se ocorrer, deve ser objeto de permanente vigilância e atualização;
2.5. todos os documentos gerados obedecerão à seguinte estrutura:
a) cabeçalho: dados do número e descrição do título, capítulo, seção, subseção, item, subitem e alíneas que identificarão o documento dentro
do MSU;
b) corpo do texto: texto descritivo propriamente dito do documento, utilizando o estilo correspondente para manter a formatação definida para
o MSU; e
c) rodapé: número da página e o total de páginas do documento (gerado automaticamente).
3. Não há obrigatoriedade de se manter a numeração entre versões.
4. No que se refere ao Título 7 Guia de Práticas da Supervisão GPS, seu conteúdo deve conter informações que permitam dar transparência aos
critérios de avaliação das ESs, propiciando a estas um melhor entendimento das práticas esperadas pelo BCB, com base nas melhores práticas
em gestão de riscos. O GPS não representa um conjunto de novas exigências impostas pela regulação e não deve ser utilizado para explicar os
normativos vigentes ou para eventual interpretação em relação à aplicação desses normativos.
5. Quanto à preparação dos textos, devem ser observados três tipos de revisão:
a) Gramatical - revisão normal em relação às regras da língua portuguesa;
b) Conteúdo - verificação da validade do que foi escrito, se há alguma afirmação equivocada etc.; e
c) Coerência do MSU como um todo - verificação da harmonia entre os textos, identificando possíveis contradições, ausências, redundâncias
etc.
6. Em razão da necessidade de se conhecer o cenário da Supervisão em determinada data, todas as versões da documentação referente ao MSU,
bem como os arquivos acessados a partir dele por meio de links, devem conter as respectivas versões controladas, com mecanismo de pesquisa
apropriado em condições de se rastrear as alterações feitas ao longo do tempo.
Título 01 - Introdução
Capítulo 40 - Conformidade do MSU
1. A estrutura funcional do Sistema Financeiro Nacional SFN é composta por dois subsistemas:
a) o normativo, que congrega os órgãos normativos, fiscalizadores ou de supervisão; e
b) o operativo, constituído pelas instituições dedicadas à execução das atividades-fim do SFN, notadamente as instituições financeiras e os
demais intermediários financeiros a elas equiparadas. Também participam outras instituições auxiliares que prestam serviços necessários às
atividades do SFN, tais como, as Infraestruturas do Mercado Financeiro IMF, administradoras de consórcios, instituições de pagamento,
demais instituições autorizadas a funcionar ou a operar pelo Banco Central do Brasil e empresas regulamentadas e fiscalizadas por outras
autoridades supervisoras.
2. As instituições financeiras, que podem ser públicas ou privadas, caracterizam-se por terem como atividade principal, ou acessória, a coleta, a
intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e pela custódia de valores de
propriedade de terceiros.
2.1 As administradoras de consórcios não são consideradas instituições financeiras, mas cabe ao Banco Central do Brasil BCB, pela legislação em
vigor, conceder e cancelar a autorização de funcionamento, normatizar e fiscalizar suas operações, aplicar sanções administrativas e adotar
medidas preventivas visando ao regular funcionamento dessas entidades e dos grupos de consórcio por elas administrados, nos termos dos artigos
6º a 8º da Lei nº 11.795, de 8 de outubro de 2008.
2.2 As instituições de pagamento realizam, como atividade principal ou acessória, a prestação de serviços de pagamento no âmbito de um ou mais
arranjos de pagamento, não podendo realizar atividades privativas de instituições financeiras. Cabe ao BCB disciplinar a constituição e o
funcionamento e realizar a supervisão e a aplicação de medidas preventivas e punitivas a essas Instituições, nos termos dos artigos 6º e 9º da Lei
nº 12.865, de 9 de outubro de 2013.
3. As IMFs são entidades que prestam serviços necessários às atividades do SFN, proporcionando a aproximação entre poupadores e investidores e
facilitando os negócios entre eles. Como exemplos têm-se as bolsas de valores, de mercadorias e futuros, ou Entidades Supervisionadas ES que
prestam serviços regulamentados, como a compensação de cheques, a liquidação e a custódia de títulos.
4. O subsistema normativo é constituído por:
a) órgãos normativos, responsáveis pelo estabelecimento de políticas e normas aplicáveis ao SFN; e
b) entidades supervisoras, responsáveis pela execução das políticas e normas estabelecidas pelos órgãos normativos, bem como pela
fiscalização das instituições participantes do SFN.
5. Os órgãos normativos do SFN são:
a) Conselho Monetário Nacional CMN: responsável pelo estabelecimento das diretrizes gerais das políticas monetária, creditícia e cambial;
b) Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP: responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; e
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar CNPC: responsável pela regulação do regime de previdência complementar operado
pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).
6. A cada órgão normativo, estão vinculadas as seguintes entidades supervisoras:
a) CMN: BCB e Comissão de Valores Mobiliários CVM;
b) CNSP: Superintendência de Seguros Privados Susep; e
c) CNPC: Superintendência Nacional de Previdência Complementar Previc.
7. O subsistema operativo abrange:
a) instituições financeiras bancárias: bancos, conglomerados bancários e Caixa Econômica Federal CEF;
b) instituições financeiras não bancárias: cooperativas de crédito, agências de fomento, associações de poupança e empréstimo, companhias
hipotecárias, e sociedades de crédito, financiamento e investimento, de crédito imobiliário, de crédito ao microempreendedor, de crédito
direto, de empréstimo entre pessoas e de arrendamento mercantil;
c) instituições que operam no mercado de capitais, incluindo as sociedades corretoras, as sociedades distribuidoras de títulos e valores
mobiliários e as bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
d) instituições que operam no mercado de câmbio, incluindo as corretoras de câmbio,e as administradoras de cartões de crédito de validade
internacional;
e) sociedades seguradoras e de capitalização e entidades de previdência privada, ligadas aos Sistemas de Previdência e Seguros;
f) entidades administradoras de recursos de terceiros, como aquelas que gerenciam os fundos de investimento e as administradoras de
consórcio;
g) instituições de pagamento, incluindo as instituidoras dos arranjos de pagamento, as empresas emissoras de moeda eletrônica e as
empresas credenciadoras (adquirentes); e
h) entidades prestadoras de serviços financeiros regulamentados, como os de compensação e os de liquidação e custódia de títulos, em
apoio aos mercados financeiros.
1. O Universo Supervisionado pelo Banco Central do Brasil BCB, na forma da legislação, é composto pelas seguintes entidades:
a) bancos comerciais;
b) bancos múltiplos;
c) Caixa Econômica Federal CEF;
d) cooperativas de crédito;
e) bancos de desenvolvimento;
f) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
g) bancos de investimentos;
h) bancos cooperativos;
i) bancos de câmbio;
j) agências de fomento;
k) sociedades de crédito, financiamento e investimento;
l) sociedades de crédito imobiliário;
m) sociedades corretoras de câmbio e de títulos e valores mobiliários;
n) sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
o) associações de poupança e empréstimos;
p) companhias hipotecárias;
q) sociedades de crédito ao microempreendedor;
r) sociedades de arrendamento mercantil;
s) sociedades de crédito direto;
t) sociedades de empréstimo entre pessoas;
u) administradoras de consórcios;
v) instituições de pagamento;
w) instituidores de arranjos de pagamento;
x) entidades operadoras de câmaras e prestadoras de serviço de compensação e de liquidação, entidades registradoras e depositárias
centrais de ativos financeiros e valores mobiliários, denominadas, no seu conjunto, de Infraestruturas do Mercado Financeiro IMF; e
y) escritórios de representação de instituições financeiras sediados no exterior, nos aspectos relacionados à prevenção da lavagem de
dinheiro e ao financiamento ao terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.
1.1 O BCB também supervisiona determinadas entidades enquanto executoras de atividades específicas por ele autorizadas ou ainda determinadas
entidades por ele credenciadas, no âmbito do credenciamento concedido, como é o caso de:
a) empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso internacional;
b) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT, nas transferências internacionais de recursos vinculadas a vales postais internacionais;
c) empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes, no desempenho das atividades de auditoria de instituições
financeiras, entidades de auditoria cooperativa e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB; e
d) empresas de auditoria cooperativa.
2. As instituições que compõem o Universo Supervisionado são aquelas autorizadas a funcionar pelo BCB ou que sejam supervisionadas por ele por
força de atribuição legal para essa finalidade e que, para quaisquer efeitos, estejam em atividade.
3. A competência de supervisão do BCB abrange ainda:
a) a avaliação de instituições em situação pré-operacional, autorizadas a funcionar pelo BCB, por meio de inspeções que verifiquem se estão
aptas a entrarem em operação;
b) a realização de trabalhos em instituições que tenham deixado de operar como instituições financeiras (liquidadas, em processo de
liquidação ordinária ou extrajudicial ou que tenham alterado seu objeto social), em especial trabalhos focados na atuação dessas entidades
enquanto instituições financeiras, como é o caso dos levantamentos de informações e documentos visando à adoção de medidas
administrativas de caráter sancionador e as comunicações a outros Órgãos de indícios de irregularidades por elas praticadas; e
c) a verificação, a partir de representações fundamentadas, da atuação de pessoas físicas ou jurídicas sob suspeita de exercerem, sem a
devida autorização, atividades privativas das instituições que compõem o Universo Supervisionado e a eventual tomada de medidas
administrativas em face de atuação irregular identificada.
1. A atuação do Banco Central do Brasil BCB nas Entidades Supervisionadas ESs decorre do estrito cumprimento de leis que lhe atribuem tal
competência. A principal, de regência do Sistema Financeiro Nacional SFN, é a Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, que criou o Conselho
Monetário Nacional CMN e o BCB, atribuindo a este último competência para fiscalizar:
a) bancos comerciais;
b) bancos múltiplos;
c) bancos de desenvolvimento;
d) bancos de investimentos;
e) caixas econômicas;
f) sociedades de crédito, financiamento e investimento.
g) sociedades corretoras de câmbio;
h) bancos de câmbio;
i) companhias hipotecárias;
j) sociedades de crédito direto; e
k) sociedades de empréstimo entre pessoas.
2. A Lei n° 4.595, de 1964, também atribui ao BCB a competência para atuar visando ao funcionamento regular do mercado cambial, complementada
pela Lei n° 4.131, de 3 de setembro de 1962, que atribui a ele a competência de agir em desfavor de clientes que utilizem declarações falsas para
suportar contratos de câmbio.
3. Outras instituições supervisionadas pelo BCB em decorrência de atribuições legais são:
a) sociedades de crédito imobiliário: Lei n° 4.380, de 21 de agosto de 1964;
b) corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários: Lei n° 4.728, de 14 de julho de 1965. O BCB fiscaliza as operações com títulos
de renda fixa e a Comissão de Valores Mobiliários CVM, as transações com títulos e valores mobiliários;
c) associações de poupança e empréstimo: Decreto-Lei n° 70, de 21 de dezembro de 1966;
d) cooperativas de crédito: Lei n° 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e Lei Complementar n° 130, de 17 de abril de 2009;
e) sociedades de arrendamento mercantil: Lei n° 6.099, de 12 de dezembro de 1974;
f) administradoras de consórcios: Lei n° 11.795, de 8 de outubro de 2008;
g) escritórios de representação de instituições financeiras sediadas no exterior: Lei n° 9.613, de 3 de março de 1998, que trata da prevenção
e combate à lavagem de dinheiro;
h) sociedades de crédito ao microempreendedor: Lei n° 10.194, de 14 de fevereiro de 2001;
i) agências de fomento: Medida Provisória n° 2.192-70, de 24 de agosto de 2001;
j) empresas de auditoria contábil e auditores contábeis independentes no desempenho das atividades de auditoria de instituições financeiras
e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB: Lei n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, artigo 26, parágrafo 3º, com a redação dada
pela Lei n° 9.447, de 14 de março de 1997;
k) empresas de auditoria cooperativa, assim entendidas as entidades de qualquer natureza, que tenham por objeto exercer, com relação a um
grupo de cooperativas de crédito, supervisão, controle, auditoria, gestão ou execução em maior escala de suas funções operacionais: Lei
Complementar n° 130, de 2009, art. 12, inciso V e parágrafo 1º;
l) empresas brasileiras que administram cartões de crédito de uso internacional: Lei n° 4.595, de 1964;
m) instituições de pagamento e arranjos de pagamentos: Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013;
n) câmaras e prestadores de serviço de compensação e de liquidação: Lei nº 10.214, de 27 de março de 2001;
o) entidades registradoras de ativos financeiros e valores mobiliários e entidades de depósitos centralizados de ativos financeiros e valores
mobiliários: Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013; e
p) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT: Lei n° 4.595, de 1964, nas transferências internacionais de recursos vinculadas a vales
postais internacionais.
4. O BCB ainda verifica as seguintes operações:
a) Sistema Nacional de Crédito Rural SNCR: Lei n° 4.829, de 5 de novembro de 1965, e Decreto n° 58.380, de 10 de maio de 1966;
b) Sistema Financeiro da Habitação SFH: Decreto-Lei n° 2.291, de 21 de novembro de 1986, e Lei n° 10.150, de 21 de dezembro de 2000; e
c) Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social PSH, no que se refere à aplicação dos recursos: Decreto n° 5.247, de 19 de
outubro de 2004.
5. Embora a supervisão do mercado de valores mobiliários e, portanto dos fundos de investimento, seja atribuição da CVM (artigos 1º e 2º da Lei nº
6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001), o BCB detém competência para fiscalizar o mercado financeiro
e de capitais (§1º do art. 3º da Lei nº 6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei nº 12.543, de 8 de dezembro de 2011), de modo que o BCB, a
fim de avaliar riscos de contágio às entidades sob sua supervisão e potenciais impactos à estabilidade financeira do SFN:
a) verifica os mecanismos de gestão e de controle dos riscos das administradoras de recursos terceiros e a segregação entre a administração
dos fundos de investimento e a gestão da instituição administradora; e
b) realiza o monitoramento macroprudencial do mercado de fundos de investimento, com o objetivo de acompanhar exposições, riscos e
probabilidades de contágio para as administradoras de recursos de terceiros, às entidades supervisionadas e os potenciais impactos à
estabilidade do SFN.
5.1 A supervisão dos fundos de investimentos é de competência da CVM (artigos 1º e 2º da Lei nº 6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei nº
10.303, de de 2001), com exceção da fiscalização do Fundo de Arrendamento Residencial FAR (§1º do art. 2º da Lei nº 10.188, de 12 de fevereiro
de 2001, com a redação dada pela Lei nº 12.693, de 24 de julho de 2012), que cabe ao BCB.
1. O Acordo da Basileia
1.1. Desde a sua criação em 1930, o Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements BIS) atua como um agente de
cooperação para os bancos centrais, fornecendo aporte financeiro emergencial em caso de crises que ameacem o sistema financeiro internacional
como um todo.
1.2. Em 1975, foi estabelecido o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia (Basel Committee on Banking Supervision BCBS), ligado ao BIS e
formado pelos bancos centrais dos países integrantes do Grupo dos Dez G10. Hoje, é composto por representantes das autoridades de
supervisão e dos bancos centrais da África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Coréia,
Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Reino Unido, Rússia, Singapura,
Suécia, Suíça e Turquia.
1.3. Em 1988, o BCBS divulgou o primeiro Acordo de Capital de Basileia, oficialmente denominado International Convergence of Capital Measurement
and Capital Standards, com o objetivo de criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras, como forma de fazer face ao risco de
crédito.
1.4. No Brasil, o Acordo de 88 foi implementado por meio da Resolução nº 2.099, de 17 de agosto de 1994. Ela introduziu no País exigência de capital
mínimo para as instituições financeiras que varia em função do grau de risco de suas operações ativas.
2. Novos Acordos de Capital da Basileia
2.1. Desde a sua primeira divulgação em 1988, o Acordo de Capital de Basileia é continuamente aprimorado e revisado. Como consequência da grande
crise econômica de 2008, vários novos conjuntos de recomendações foram emitidos. Agora em sua terceira versão Basileia III, ainda não
integralmente finalizada abrange adequação de capital, risco de mercado, liquidez, e testes de estresse e tem como base três pilares mutuamente
complementares:
a) Pilar 1: requerimentos de capital com base nos riscos de crédito, de mercado e operacional;
b) Pilar 2: revisão pela supervisão do processo de avaliação da adequação de capital dos bancos; e
c) Pilar 3: disciplina de mercado.
2.2. Basileia III também tem como base, os Princípios Essenciais para uma Supervisão Bancária Eficaz (Princípios de Basiléia), e recomendações que
visam fortalecer a regulação, supervisão e gestão de risco da indústria bancária, com o intuito de aperfeiçoar a capacidade de as instituições
financeiras absorverem choques provenientes do sistema financeiro ou dos demais setores da economia e, ainda, de reduzir o risco de contágio do
setor financeiro sobre o setor real da economia. Para tanto, foram estabelecidas:
a) composição mais rigorosa de capital;
b) harmonização internacional de ajustes regulamentares sobre capital;
c) ampliação dos procedimentos de transparência dos elementos que compõem o capital;
d) implementação de Índice de Alavancagem a ser aplicado como medida complementar ao requerimento mínimo de capital;
e) criação de duas modalidades de capital (buffers): uma com a finalidade de absorver perdas em períodos de estresse (Capital conservation
buffer) e a outra para absorver perdas decorrentes de alterações no ambiente macroeconômico (Countercyclical buffer); e
f) requerimentos mínimos quantitativos para a liquidez de instituições financeiras.
No Brasil, a implementação dos princípios de Basileia vem sendo respaldada pela emissão de resoluções do Conselho Monetário Nacional CMN:
Resoluções nº 4.192, 4.193, 4.194 (Documento normativo revogado, a partir de 18.2.2018, pela Resolução nº 4.606, de 19 de outubro de 2017) e
4.195 (Documento normativo revogado, a partir de 1º.1.2014, pela Resolução nº 4.280, de 31 de outubro de 2013), todas de 1º de março de 2013.
3. Convênios com bancos centrais e autoridades de supervisão estrangeiras
3.1. Para o aperfeiçoamento dos processos de supervisão de instituições e conglomerados financeiros, cujos negócios englobam entidades coligadas
em outros países, são adotados diversos procedimentos, tais como:
a) elaboração de convênios de supervisão com bancos centrais e autoridades de supervisão estrangeiras;
b) acompanhamento das atividades de bancos centrais, autoridades de supervisão estrangeiras e organismos internacionais em assuntos
relacionados à supervisão;
c) intercâmbio de informações com autoridades supervisoras estrangeiras;
d) coordenação, suporte e acompanhamento das missões de supervisores estrangeiros no País; e
e) divulgação da supervisão brasileira em âmbito internacional.
3.2. Em consonância com as recomendações do BCBS constantes do documento The Supervision of Cross-Border Banking, de outubro de 1996, o
BCB tem envidado esforços para a realização de convênios de cooperação com órgãos de supervisão de instituições financeiras de outros países.
O corpo desses documentos engloba, de modo geral, os seguintes pontos:
a) intercâmbio de informações relacionadas à supervisão de instituições financeiras autorizadas em um país e que possuem
estabelecimentos transfronteiriços no outro país;
b) intercâmbio de informações no caso de abertura de estabelecimentos transfronteiriços ou de aquisições de participações transfronteiriças;
c) intercâmbio de informações relativas à segurança cibernética e a terceiros que prestem serviços tecnológicos;
d) confidencialidade da informação, ressaltando-se as restrições existentes na legislação de cada jurisdição e o uso exclusivamente para fins
de supervisão;
e) procedimentos a serem adotados em inspeções diretas;
f) questões relacionadas à Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo PLD/FT;
g) questões referentes a planos de resolução e de avaliação de resolubilidade, e implementação das medidas de resolução (assuntos
constantes em alguns acordos);
h) autorização expressa no corpo do texto referente à possibilidade da divulgação do convênio;
i) aspectos relacionados a custos da produção e do compartilhamento de informações sobre os respectivos sistemas financeiros, em
situações ordinárias e de crise; e
j) outros itens relacionados com contatos, reuniões, prazo de vigência, modificações, etc.
1. A estrutura do Banco Central do Brasil BCB é constituída basicamente por uma Diretoria Colegiada, composta pelo Presidente mais oito Diretores,
e por unidades (departamentos) ligadas a essas Diretorias. As atividades de Supervisão estão vinculadas à Diretoria de Fiscalização Difis,
responsável pela supervisão prudencial, à Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta Direc, responsável pela supervisão
de conduta, e à Diretoria de Regulação Dinor, responsável pela supervisão do crédito rural.
2. As unidades vinculadas à Difis, à Direc e à Dinor que se ocupam das atividades de supervisão estão indicadas a seguir:
a) Difis:
I - Departamento de Gestão Estratégica e Supervisão Especializada Degef;
II - Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro Desig;
III - Departamento de Supervisão Bancária Desup; e
IV - Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições não Bancárias Desuc.
b) Direc:
I - Departamento de Supervisão de Conduta Decon.
c) Dinor:
I - Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações de Crédito Rural e do Proagro Derop.
3. Essas unidades detém as seguintes competências:
a) Degef:
I - coordenar os processos de planejamento, orçamento e gestão das unidades subordinadas ao Diretor da área;
II - gerir a alocação de recursos de tecnologia da informação das unidades subordinadas ao Diretor da área;
III - prover apoio logístico às unidades subordinadas ao Diretor da área;
IV - coordenar o processo de capacitação dos servidores das unidades subordinadas ao Diretor da área;
V - coordenar o processo de comunicação na Área de Fiscalização, sem prejuízo da competência do Departamento de Comunicação
Comun;
VI - estudar, analisar e coordenar as discussões sobre os processos de supervisão e submeter propostas de ajustes na estrutura da
Área de Fiscalização;
VII - coordenar a implantação de soluções organizacionais definidas para a Área de Fiscalização;
VIII - prover informações gerenciais que contribuam para maior efetividade das ações sob a responsabilidade das unidades da Área de
Fiscalização;
IX - prospectar, acompanhar e assessorar projetos e iniciativas de interesse da Área de Fiscalização;
X - prestar suporte técnico aos departamentos dedicados à supervisão prudencial, por meio da realização de estudos de assessoria
técnica, de inspeções e das demais atividades de supervisão;
XI - prestar suporte técnico ao Comitê de Decisão de Termo de Compromisso Coter em relação ao trâmite do termo de compromisso,
inclusive acompanhando a sua execução, quando firmado;
XII - declarar o cumprimento ou o descumprimento, total ou parcial, das obrigações assumidas no termo de compromisso; e
XIII - realizar a supervisão, à exceção dos riscos financeiros, das:
... .. ...........1 - câmaras e prestadoras de serviço de compensação e de liquidação;
... .. ...........2 - entidades registradoras de ativos financeiros e valores mobiliários; e
... .. ...........3 - entidades de depósitos centralizados de ativos financeiros e valores mobiliários.
b) Desig:
I - realizar o monitoramento da estabilidade, da eficiência, da liquidez e da solvência do Sistema Financeiro Nacional SFN (abordagem
macroprudencial) e das entidades supervisionadas pelo BCB (abordagem microprudencial), à exceção das administradoras de
consórcio;
II - produzir e divulgar informações relativas à estabilidade, à liquidez e à solvência do SFN e às entidades supervisionadas pelo BCB, à
exceção das administradoras de consórcio;
III - realizar a curadoria das bases de dados de interesse da Área de Fiscalização designadas para a unidade; e
IV - definir requisitos de informações para registro de operações ativas e passivas realizadas pelas instituições financeiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pelo BCB, no âmbito de sua competência.
c) Desup:
I - realizar a supervisão prudencial das seguintes entidades:
... .. ...........1 - instituições financeiras bancárias, excetuando-se os bancos cooperativos; e
... .. ...........2 - conglomerados prudenciais liderados por instituições bancárias, inclusive dasinstituições de pagamento que deles participem.
d) Desuc:
I - realizar a supervisão prudencial das seguintes entidades:
... .. ...........1 - cooperativas de crédito;
... .. ...........2 - instituições financeiras não bancárias independentes;
... .. ...........3 - administradoras de consórcio independentes;
... .. ...........4 - bancos cooperativos econglomerados prudenciais que liderem ou onde estejam inseridos;
... .. ...........5 - conglomerados prudenciais que não possuam entre suas empresas instituições financeiras bancárias de qualquer espécie;
1. A Supervisão realizada pelo Banco Central do Brasil BCB acompanha a evolução do mercado financeiro, adaptando seus objetivos, princípios e
políticas, e alinhando-se às melhores práticas e recomendações internacionais. Adota ótica de natureza prudencial e de conduta, postura
preventiva e proativa, com ênfase na governança e na integração entre as unidades da Supervisão.
2. O Modelo de Supervisão adotado, observando as melhores práticas internacionais, é o da supervisão baseada em riscos, com foco na avaliação de
riscos e controles das Entidades Supervisionadas ESs, consubstanciado em processo integrado e contínuo e observando também os objetivos
tradicionais de supervisão, como a verificação de elementos relevantes das demonstrações contábeis e o atendimento às leis e à regulamentação
aplicáveis.
3. O Modelo de Supervisão do BCB incorpora o formato twin peaks, com a separação e independência entre as estruturas e os procedimentos de
supervisão prudencial, que ficam sob a responsabilidade da Diretoria de Fiscalização Difis, e a estrutura e os procedimentos de supervisão de
conduta, conduzidos pela Diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta − Direc.
4. O Modelo de Supervisão é composto pelos conjuntos de atividades a seguir descritos, os quais são conduzidos pelas unidades da Supervisão. As
atribuições das unidades encontram-se definidas de modo específico no Regimento Interno do BCB, mas, em linhas gerais, as atividades dos
departamentos podem ser descritas da seguinte forma:
a) a atividade de monitoramento, que consiste de um robusto, complexo e abrangente processo de captura de dados e informações do
universo supervisionado e de outras fontes externas, notadamente as infraestruturas do mercado financeiro, processados e transformados em
duas vertentes: (i) macroprudencial, caracterizada pela geração de informações e análises relacionadas à estabilidade financeira de forma a
subsidiar o Comitê de Estabilidade Financeira Comef, a Presidência, os Diretores e demais unidades na tomada de decisões que possam
afetar a missão do BCB; e (ii) microprudencial, representada por um conjunto de ferramentas de análise, situações monitoradas, sinalizações
e relatórios para subsidiar os processos de supervisão prudencial e de conduta das ESs individualmente;
b) as atividades de supervisão, segmentadas em: (i) supervisão prudencial de bancos e conglomerados bancários, (ii) supervisão prudencial
de cooperativas de crédito e instituições não bancárias; e (iii) supervisão de conduta. Além da vasta gama de informações processadas e
disponibilizadas pelo monitoramento microprudencial, nas atividades de supervisão são coletadas informações e dados adicionais das ESs,
cuja análise resulta em ações de supervisão. No caso dos dois primeiros conjuntos de atividades de supervisão, o foco de atuação está na
solvência e na liquidez de cada entidade do universo supervisionado e, no caso da atividade de a supervisão de conduta, o foco está no
processo de avaliação das ESs quanto ao relacionamento com os clientes/usuários de produtos/serviços financeiros e na prevenção à
lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e
c) as atividades de gestão estratégica e supervisão especializada, que englobam: (i) a gestão estratégica para o planejamento das ações de
supervisão, para o desenvolvimento de recursos humanos e para a disponibilização de recursos tecnológicos e logísticos necessários ao bom
desempenho das atividades de supervisão; (ii) a supervisão técnica especializada, prestando suporte ao conjunto de atividades de supervisão
prudencial, por meio da realização de estudos de assessoria técnica, de inspeções e das demais atividades de supervisão; (iii) a supervisão
prudencial, com exceção dos riscos financeiros, das infraestruturas do mercado financeiro; e (iv) a condução dos Termos de Compromisso.
5. A governança da Difis ampara-se, além das atividades de gestão estratégica, em processos de trabalho coordenados e integrados entre as
unidades e na atuação dos comitês e das redes técnicas, com atuação nos níveis estratégico, tático e operacional.
6. No nível estratégico, o Colegiado Difis, composto pelo Diretor de Fiscalização, pelo Chefe de Gabinete e pelos Chefes de Unidade, é um fórum de
natureza estratégica, com o objetivo de subsidiar o Diretor na tomada de decisões acerca do modelo de supervisão, do processo e da estrutura da
Difis; da elaboração, da aprovação e do acompanhamento do Plano Anual da Supervisão PAS; da integração das unidades; entre outros.
7. No nível tático, o Comitê de Consultoria da Fiscalização Cofis, composto por um Chefe Adjunto de cada uma das unidades da Área de
Fiscalização, com direito a voto, e por um Chefe Adjunto do Degef, na função de coordenador, sem direito a voto, é um fórum com atribuições de
natureza deliberativa para tratamento da governança da tecnologia da informação no âmbito da Área de Fiscalização; da definição da forma de
construção e de governança de ambiente para a integração e o compartilhamento do conhecimento na Área de Fiscalização; do estabelecimento
das políticas de governança e gestão do conteúdo de responsabilidade da Área de Fiscalização no sítio eletrônico do BC; da coordenação da
gestão estratégica do Manual da Supervisão MSU; da gestão do Programa de Desenvolvimento de Pessoas PDP, nos aspectos concernentes à
Difis; e de outros temas definidos pelo Diretor de Fiscalização, e de natureza consultiva para tratamento do modelo de supervisão, dos processos e
das estruturas da Área de Fiscalização; da prospecção de projetos e iniciativas de interesse da Área de Fiscalização; da integração e das políticas
para dar uniformidade no tratamento de assuntos administrativos da Área de Fiscalização.
8. No nível operacional, com o propósito de integrar as atividades transversais às unidades da Difis, foram constituídas as Redes Técnicas da Difis
RTEC-Difis, compostas por servidores da Difis, e que representam uma organização matricial temática de trabalho, cujo objetivo é otimizar o
atendimento de demandas técnicas do Colegiado Difis, do Cofis ou de outras unidades do BCB e atuar na implementação das Prioridades Difis
definidas no PAS. As entregas das RTECs se materializam por meio da publicação de manuais e de orientações técnicas, do desenvolvimento de
novas sinalizações, bem como do alinhamento das unidades da Difis para contribuição no desenvolvimento normativo.
1. Introdução
1.1. No exercício da competência legal do Banco Central do Brasil (Bacen), a Supervisão tem por missão atuar com vistas a assegurar a solidez do
Sistema Financeiro Nacional (SFN) e o regular funcionamento das entidades supervisionadas (ESs). Para isso, tem por objetivos:
a) avaliar as ESs, no tocante aos riscos assumidos e à capacidade de gerenciamento dentro de limites regulamentares e prudenciais;
b) realizar a supervisão de conduta;
c) verificar o cumprimento das normas específicas de sua competência, para que as ESs atuem em conformidade às leis e à regulamentação;
e
d) fomentar a divulgação de informações pelas ESs, com vistas às melhores práticas de governança corporativa nos aspectos de
transparência e eqüidade no relacionamento com os participantes do mercado.
1.2. A Supervisão também verifica a atuação do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e a aplicação dos recursos de programas sociais, conforme as
legislações específicas; acompanha o registro de capitais estrangeiros e as operações de câmbio; e monitora o contingenciamento de crédito ao
setor público; realiza a auditoria de observância relacionada aos dados ou informações fornecidas ao BCB e gere o processo de atendimento das
demandas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, entre outros.
1.3. A seguir, é apresentado o detalhamento de cada um dos objetivos.
2. Avaliação das ESs.
2.1. O processo de supervisão compreende a avaliação dos riscos assumidos pelas ESs, da condição financeira, dos processos de gestão de riscos e
do grau de conformidade às leis e aos regulamentos aplicáveis. São, também, avaliados aspectos individuais e do ambiente potencialmente
sistêmicos.
2.2. Em sintonia com as melhores práticas internacionais, o acompanhamento dos riscos é atividade fundamental nos processos de avaliação e de
monitoramento, especialmente dos riscos de crédito, de liquidez, de mercado, operacional, legal, de estratégia, imagem, e demais aspectos que
possam acarretar risco de reputação ou ameaça à disciplina de mercados, quando envolvam temas relacionados aos clientes e usuários de
produtos e serviços financeiros, à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLD/FT), e às matérias anticoncorrenciais.
2.3. Embora a Supervisão procure conhecer e avaliar os controles internos, a atuação das auditorias interna e externa, e a governança corporativa das
ESs, a responsabilidade pela condução dos negócios recai direta e exclusivamente em seus administradores.
2.4. A legislação e a regulamentação expedida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Bacen destacam a responsabilidade de a
administração das ESs implantar sistemas de controles internos e de gerenciamento de riscos voltados para as atividades por elas desenvolvidas,
de modo a identificar e avaliar fatores de riscos internos e externos que possam afetar a ES.
3. Conformidade às leis e à regulamentação
3.1. A Supervisão está estruturada para verificar o cumprimento de normas específicas de sua competência.
4. Divulgação de informações
4.1. A Supervisão tem por objetivo fomentar a divulgação de informações pelas ESs, com vistas às melhores práticas de governança corporativa, nos
aspectos de transparência e eqüidade no relacionamento com os participantes do mercado.
4.2. O processo de gestão da informação de interesse corporativo do Bacen compreende também a captação, o tratamento e a disponibilização de
informações ao público em geral.
1. Introdução
O Comitê de Basileia, em setembro de 2012, publicou nova versão dos Princípios Fundamentais para uma Supervisão Bancária Efetiva. Em
resposta ao aprendizado decorrente da crise financeira internacional, os princípios foram revisados e ampliados, elevando as exigências para uma
supervisão efetiva.
2. Em síntese, os princípios elevaram as exigências acerca (i) da supervisão macroprudencial; (ii) da intensidade e efetividade da supervisão dos
bancos sistemicamente importantes (globais ou domésticos); (iii) da cooperação e coordenação entre os supervisores home/host: (iv) dos
instrumentos para gestão de crises e resolução bancária; e (v) da avaliação da efetividade da governança corporativa das ESs.
3. As atividades da Supervisão no Banco Central são baseadas nos seguintes princípios:
a) supervisão consolidada focada no risco;
b) supervisão contínua; e
c) transparência.
4. Supervisão consolidada focada no risco
4.1 A atuação da Supervisão tem caráter prudencial e é focada na identificação dos riscos incorridos pelas entidades supervisionadas (ESs) e na
avaliação da capacidade de gerenciamento desses riscos de forma consolidada, sem prejuízo da avaliação das entidades individuais que
compõem os conglomerados bancários e não-bancários.
4.1.1 A supervisão atua sob os mesmos preceitos para a realização da avaliação das entidades independentes, definidas como sendo as ESs não
participantes de conglomerados bancários e não-bancários.
4.2 A ação da Supervisão avalia a capacidade de identificação, entendimento e gerenciamento adequado, pelas ESs, dos riscos a que estão
expostas, bem como de sua atuação preventiva, determinando a adoção de ações corretivas, quando necessárias.
4.3 Também avalia as perspectivas das ESs diante do impacto de avanços tecnológicos, de inovações em produtos, de novas técnicas e sistemas
de gerenciamento de riscos, bem como de mudanças no seu perfil de operação ou nas condições de mercado.
4.4 Além do caráter prudencial, a atuação da Supervisão alcança também as questões relacionadas à conduta das ESs, avaliando o
comportamento institucional no sentido de prevenir a utilização do sistema financeiro em atividades que possam abalar a imagem da própria
entidade, melhorar o grau de aderência às normas e incentivar o desenvolvimento de ações que minimizem os motivos de reclamação pela
sociedade.
4.5 As estratégias de supervisão, definidas em função do porte, da capacidade patrimonial, da natureza das atividades e da qualidade de
administração das ESs, orientam a composição e o escopo das atividades. A programação de atividades pode ser revista periodicamente e
modificada na medida do necessário, incorporando os resultados de monitoramento e inspeções recentes.
4.6 Isso propicia uma alocação eficiente dos recursos, visto que as ações de supervisão são direcionadas prioritariamente aos pontos que
apresentam a maior probabilidade de gerar impacto na estabilidade e viabilidade e na conduta das ESs.
5. Supervisão contínua
5.1 A supervisão contínua consiste no emprego conjunto de procedimentos de monitoramento e inspeções, de forma coordenada, segundo
programação estabelecida para cada ES ou grupo de ESs, buscando garantir mais solidez ao sistema financeiro e melhor qualidade dos serviços
prestados aos clientes de produtos e serviços financeiros.
6. Transparência
6.1 O princípio da transparência demanda que a Supervisão apresente seus objetivos, práticas e atividades às ESs, às autoridades constituídas e à
sociedade. Nesse sentido, este manual é um importante instrumento de transparência da Supervisão.
1. O Plano de Ação da Supervisão PAS é o produto do processo anual de planejamento da Área de Fiscalização Difis e do Departamento de
Supervisão de Conduta Decon. Contempla a definição das ações das unidades (projetos, inciativas e atividades), com o estabelecimento dos
prazos, das entregas intermediárias (produtos), dos servidores envolvidos e, se necessário, da programação financeira.
2. O PAS é elaborado em conjunto por todas as unidades da Difis e pelo Decon visando garantir a integração dos esforços e o aproveitamento de
sinergias. A cada ciclo de planejamento é constituído um Grupo de Trabalho GT interdepartamental, composto por representantes de cada
unidade envolvida, a quem compete coordenar e orientar os trabalhos envolvidos na construção do PAS junto às equipes de suas respectivas
unidades.
3. O Departamento de Gestão Estratégica e Supervisão Especializada Degef é a unidade responsável pela organização e pela coordenação de todo
o processo de elaboração do PAS. Para isso, o Degef estabelece os procedimentos necessários e define, em conjunto com as unidades
envolvidas, o cronograma que contemplará todas as etapas do processo.
4. O planejamento das ações tem como base um conjunto de fatores, tais como:
a) a análise do cenário macroeconômico nacional e internacional;
b) os temas definidos como prioritários pela alta administração do BCB e das unidades envolvidas no PAS;
c) as matrizes de priorização de supervisão e os ciclos de supervisão;
d) as informações decorrentes dos processos de monitoramento;
e) os resultados das ações de supervisão, anteriores ou contínuas, nas entidades supervisionadas;
f) as informações produzidas por empresas de auditoria independente e de auditoria cooperativa;
g) as solicitações e informações de outras Áreas do BCB; e
h) as informações de organismos de supervisão internacionais, de órgãos governamentais e da imprensa.
5. O processo de elaboração do PAS contempla os elementos priorizados no planejamento estratégico do BCB e os temas identificados como
prioritários para o próximo ciclo, conforme análise e proposição do Comitê de Consultoria da Fiscalização Cofis ao Colegiado Difis, que valida as
propostas de temas para Prioridades Difis e para Prioridades Departamentais, bem como os planos de ação das Prioridades Difis. As Prioridades
Difis compõem um conjunto estruturado de tópicos prioritários para o PAS e são concretizadas por meio de planos de ação desdobrados em
projetos corporativos, iniciativas e atividades. As Prioridades Departamentais contemplam temas relevantes a serem tratados no âmbito das
unidades, sendo obrigatório seu desdobramento em iniciativas e atividades, exceto quando se tratar de ênfases de atuação, situação em que o
desdobramento é opcional. As Prioridades Departamentais observam grau de priorização inferior às Prioridades Difis e às ações para cumprimento
do ciclo de supervisão. No que tange à Supervisão de Conduta, a seleção dos temas estratégicos se dá por meio das Prioridades Departamentais
do Decon, com validação pelo Diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta Direc.
6. Após a aprovação das Prioridades Difis, com as respectivas ações vinculadas, e das Prioridades Departamentais, o GT, dentro das respectivas
atribuições de cada membro, é responsável por conduzir os trabalhos para análise, definição, harmonização e integração das demais ações
demandadas e propostas pelas unidades. Nestas etapas, o GT coordena o planejamento das:
a) ações que compõem o ciclo de supervisão;
b) ações, quando houver, relacionadas às Prioridades Departamentais;
c) demais ações de supervisão; e
d) ações que compõem a rotina das equipes, conforme processos da Cadeia de Valor do BCB.
7. As ações planejadas são registradas no Sistema Integrado de Gerenciamento da Ação de Supervisão Sigas, que proporciona informações para
acompanhamento e controle da execução do PAS.
8. Após a programação das ações, o PAS é submetido ao Colegiado Difis e ao Diretor da Direc para homologação. Uma vez homologado, o PAS
entra em execução no início do exercício seguinte.
9. Durante a execução do PAS podem ocorrer eventos que, devido à urgência e à relevância, implicarão a necessidade de definição de novas ações
a serem realizadas pelas unidades. Essas ações poderão ser incluídas no PAS vigente como ações Extra-PAS, uma vez que foram acrescidas
após a homologação do planejamento.
1. O monitoramento do Sistema Financeiro Nacional SFN tem por objetivo identificar e sinalizar situações que ameacem a estabilidade, a eficiência, e
a solvência do SFN e das Entidades Supervisionadas ESs pelo Banco Central do Brasil BCB. Para cumprir esse objetivo, o monitoramento se vale
de duas abordagens distintas e complementares: o monitoramento macroprudencial e o monitoramento microprudencial.
2. Sob o enfoque do monitoramento macroprudencial, o sistema financeiro é monitorado e analisado no seu conjunto, de forma integrada, e
considerando os segmentos, os agregados, os mercados (títulos e valores mobiliários, crédito e câmbio), os produtos, os diferentes agentes e os
vários riscos existentes nesses contextos. As situações de risco detectadas, os diagnósticos periódicos e a proposição de soluções tempestivas
são apresentadas à Diretoria Colegiada e às demais unidades do BCB, com o intuito de subsidiar a tomada de decisões por parte do BCB.
3. Sob o enfoque microprudencial, o acompanhamento de cada ES é realizado por meio da analise dos riscos ou comportamentos destoantes
identificados, considerando os dados da ES em si ou numa visão comparada entre ESs. Esse acompanhamento cobre as mais diversas
perspectivas, passando por áreas mais clássicas, como análise de balanços e balancetes, limites operacionais e solvência, e inclui também análise
de riscos como crédito, liquidez e de mercado, bem como a atuação nos mercados de crédito, de títulos e valores mobiliários, inclusive derivativos,
e de câmbio. As situações de risco identificadas são sinalizadas à supervisão prudencial ou de conduta.
1. Sob o enfoque do monitoramento macroprudencial, o sistema financeiro é monitorado e analisado no seu conjunto, de forma integrada, incluindo os
segmentos, os agregados, os mercados (títulos e valores mobiliários, crédito e câmbio), os produtos e os vários riscos existentes nesses contextos.
2. Em que pese o foco no sistema financeiro, o universo monitorado contempla outros agentes, tais como as famílias, as empresas não-financeiras, o
setor externo e as demais entidades do sistema financeiro amplo, com foco em eventuais impactos sobre o universo supervisionado e o sistema
financeiro como um todo.
3. O objetivo é identificar situações ou eventos que representem risco potencial à estabilidade e ao regular funcionamento do sistema financeiro ou de
algumas das Entidades Supervisionadas ESs que o compõem, propondo o encaminhamento de soluções tempestivas, subsidiando o Banco
Central do Brasil BCB na tomada de decisões.
4. Entre os produtos do monitoramento macroprudencial, destacam-se a apresentação de análises ao Comitê de Estabilidade Financeira Comef, as
contribuições para o Relatório de Estabilidade Financeira REF, incluindo sua edição final, os relatórios periódicos sobre crédito, instrumentos de
captação, derivativos, testes de estresse, contágio, funding externo, mercado de câmbio, sistema bancário paralelo, entre outros.
5. O monitoramento macroprudencial se subdivide nas seguintes áreas temáticas:
a) Situação Econômico-Financeira;
b) Testes de Estresse de Capital;
c) Mercado de Câmbio;
d) Mercado de Crédito;
e) Mercado de Títulos e Valores Mobiliários;
f) Sistema Bancário Paralelo (NBFI);
g) Solvência;
h) Risco de Mercado; e
i) Risco de Liquidez
1. O monitoramento macroprudencial da situação econômico-financeira tem por objetivo prover análise contínua da rentabilidade e de itens
patrimoniais relevantes do sistema bancário, de forma agregada ou segmentada. Os itens patrimoniais são normalmente aqueles não abordados
em outros tópicos de monitoramento macroprudencial e que são passíveis de acompanhamento por meio de informações contábeis. O
acompanhamento da evolução e da tendência dos principais itens analisados contribui para a formação de opiniões prospectivas sobre os aspectos
que podem representar riscos à viabilidade de segmentos ou de modelos de negócios, assim como auxilia a identificar fatores que podem interferir
na rentabilidade bancária.
2. As informações utilizadas nos processos de monitoramento da situação econômico-financeira são obtidas principalmente por meio de documentos
contábeis das instituições financeiras (Cosif) e do Sistema de Informações de Crédito do Banco Central SCR, podendo ser complementadas por
consulta às divulgações financeiras das entidades e por outras fontes e bases de dados remetidas ao Banco Central do Brasil - BCB ou obtidas de
fontes externas. A entidades sistemicamente importantes podem ser consultadas para esclarecimentos de comportamentos mais relevantes.
3. Apesar do uso de processos de trabalho sistematizados e cíclicos, o monitoramento da situação econômico-financeira também se baseia em
estudos exploratórios, seja por motivação de contexto, seja por demandas específicas para reporte ao Comitê de Estabilidade Financeira Comef.
As metodologias de análise geram, sempre que viável, processos automatizados de indicadores. Porém, mesmo em processos mais
automatizados, a análise tem foco no esclarecimento e investigação de tendências e mudanças de comportamento.
4. Os produtos gerados são, entre outros: publicação de relatórios periódicos no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de
Fiscalização (Portal Difis); seções com análise da rentabilidade no Relatório de Estabilidade Financeira REF e, quando programada, análise de
outros aspectos patrimoniais; acompanhamento e estudos para viabilizar informações conclusivas ao Comef; bem como subsídios a decisões da
Diretoria ou para envio à organismos internacionais.
1. Testes de Estresse de Capital são simulações utilizadas para estimar os efeitos da ocorrência de eventos extremos, porém plausíveis, e avaliar a
resiliência de uma instituição ou do Sistema Financeiro Nacional SFN. Dessa forma, é possível determinar o impacto sobre o capital das
instituições resultante desses eventos.
Testes de Estresse Macroeconômico
2. Os Testes de Estresse Macroeconômico consistem na aplicação de cenários de estresse, tendo por base variáveis macroeconômicas, sobre cada
instituição financeira e o SFN como um todo. Perdas simuladas resultantes da aplicação dos cenários às exposições ao risco de crédito e de
mercado (taxas de juros e câmbio) são medidas em relação ao Patrimônio de Referência PR das instituições.
3. Assim, avalia-se a necessidade de capital resultante para continuarem a operar em conformidade com as exigências de Capital Principal, de Nível I
e do Índice de Basileia. Se, na aplicação de um cenário, alguma instituição apresentar situação de insolvência, também são computados os efeitos
do Risco de Contágio.
Análises de Sensibilidade
4. As Análises de Sensibilidade têm por objetivo verificar o efeito isolado de variações incrementais em taxas de juros, câmbio, risco de crédito e
preços de imóveis sobre as instituições e sobre o SFN. Cada fator de risco é sensibilizado por meio de choques predefinidos, dentro de um
intervalo que cobre valores extremos, mesmo que não observados historicamente. De forma semelhante ao Teste de Estresse Macroeconômico, a
necessidade de capital resultante é a principal variável avaliada.
Risco de Contágio
5. O risco de contágio é entendido como a possibilidade de que um evento de insolvência de uma entidade se propague pelo sistema, ocasionando a
quebra de outras entidades.
6. As entidades, tanto do lado real da economia como do mercado financeiro, mantêm, entre si, uma série de interconexões econômicas que ocorrem
seja por meio de exposições via operações de crédito, seja pelas relações comerciais típicas entre clientes e fornecedores. A consequência disso é
que um evento de insolvência em alguma dessas entidades tem elevadas possibilidades de provocar quebras em outras entidades, em razão
dessa dependência. Dito de outra forma, a avaliação isolada de algum evento tenderia a subestimar o real impacto na economia real e sobre o
sistema financeiro.
7. A construção de um modelo de mensuração do risco de contágio visa mapear essa interconectividade, a fim de dimensionar o impacto que
eventuais insolvências, oriundas tanto do sistema financeiro como da economia real, teriam sobre a estabilidade do sistema.
8. Os produtos gerados são divulgados nas apresentações para o Comitê de Estabilidade Financeira Comef e no Relatório de Estabilidade
Financeira REF, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento SIM, quando se trata de uma sinalização, e no Painel do Monitoramento,
disponível no Portal da Área de Fiscalização (Portal da Difis), na forma de relatórios.
1. O monitoramento macroprudencial do mercado de câmbio e de captações externas tem por objetivo a identificação, análise e mitigação de riscos
que possam impactar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional SFN, provenientes de alterações nas relações entre as condições financeiras
internas e externas.
2. O acompanhamento contínuo gera informações agregadas e análises sistêmicas, com base no principais fluxos de recursos do e para o exterior,
destacando as operações de natureza comercial e financeira, o que permite a identificação tempestiva da presença de riscos decorrentes de
fatores conjunturais do setor interno ou externo da economia, do comportamento atípico de agentes, de segmentos e do mercado. Especial
atenção é dada às operações que envolvem crédito e captação de recursos no exterior, tanto por Entidades Supervisionadas ESs como por
empresas não financeiras e pessoas físicas.
3. A elaboração de estudos especiais decorre das ações de acompanhamento contínuo ou de demandas específicas. Para tanto, consideram-se
situações comparáveis ao cenário em exame, séries de dados históricos e pesquisas junto a ESs.
4. Para o processo de monitoramento são preponderantemente utilizadas informações, prestadas pelas ESs autorizadas, sobre operações de câmbio,
transferências internacionais em reais e captações externas. Outras fontes de informações disponíveis são usadas de forma complementar.
5. Os produtos gerados são boletins e relatórios periódicos para divulgação no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de Fiscalização
(Portal Difis), e no sítio do Banco Central do Brasil BCB na Internet, com a finalidade de orientar as ações de supervisão e estudos específicos
para prestação de informações à Diretoria Colegiada, no âmbito do Comitê de Estabilidade Financeira Comef, ou elaboração do Relatório de
Estabilidade Financeira REF e do Relatório de Economia Bancária REB.
1. O monitoramento macroprudencial do mercado de crédito tem por objetivo prover análise contínua da exposição incorrida pelo Sistema Financeiro
Nacional SFN, de forma agregada ou segmentada, a riscos de crédito de entidades não-financeiras, acompanhando tendências históricas, eventos
recentes e antecipando cenários que possam representar riscos de crédito transversais ou localizados dentro do SFN. Dessa forma, ele é avaliado
tanto pela ótica dos tomadores quanto dos doadores de recursos financeiros.
2. O monitoramento do mercado de crédito segmenta-se em três abordagens principais:
a) Crédito concedido pelas Entidades Supervisionadas ESs: acompanhamento dos indicadores de crédito, monitorando-se as
macrotendências em relação às carteiras das ESs, aos principais riscos e à cobertura desses riscos no âmbito agregado do SFN;
b) Crédito às Famílias: acompanhamento de riscos, especificidades e principais produtos de crédito às pessoas físicas; e
c) Crédito às Empresas: acompanhamento de riscos, especificidades e fontes de financiamento às pessoas jurídicas não-financeiras, pelos
diferentes tipos de porte.
3. Não é objeto do monitoramento do mercado de crédito o acompanhamento em bases individuais de instituições financeiras.
4. As informações utilizadas nos processos de monitoramento do mercado de crédito são obtidas principalmente no Sistema de Informações de
Crédito SCR do Banco Central do Brasil BCB e complementadas por outras fontes, como outras bases de dados remetidas ao BCB ou mediante
convênios com organismos públicos e privados.
5. O monitoramento do mercado de crédito é realizado na forma de análises exploratórias que, a depender de seus objetivos e resultados,
consubstanciam-se em metodologias analíticas e processos de trabalhos sistematizados, eventualmente automatizados, para geração de
indicadores e análises rotineiras.
6. Os produtos gerados são, entre outros: relatórios periódicos para divulgação no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de
Fiscalização (Portal Difis); seções relativas a crédito do Relatório de Estabilidade Financeira REF; estudos específicos para prestação de
informações à Diretoria Colegiada no âmbito do Comitê de Estabilidade Financeira Comef; subsídios à coordenação de ações junto a organismos
internacionais; bem como atendimento a outras demandas de informação, sejam elas da Diretoria Colegiada, de outros departamentos do BCB, ou
do público em geral.
1. O monitoramento macroprudencial do mercado de títulos e valores mobiliários tem por objetivo produzir informações agregadas e análises
sistêmicas, com foco em produtos, categorias de participantes e segmentos de mercado, avaliando diferentes variáveis, com diversas categorias e
níveis de agregação, identificando tendências, estratégias e mudanças de comportamento, no que diz respeito tanto ao universo supervisionado do
Banco Central do Brasil BCB como às demais categorias de agentes que operam com títulos e valores mobiliários, tendo em vista o
monitoramento da estabilidade financeira.
2. As principais fontes utilizadas no monitoramento do mercado de títulos e valores mobiliários são as bases de dados recebidas das entidades
autorizadas a exercer a atividade de registro/depósito de ativos financeiros e de valores mobiliários. Também são utilizadas, como fontes,
informações cadastrais e financeiras disponíveis no BCB.
3. O monitoramento do mercado de títulos e valores mobiliários é realizado na forma de análises exploratórias que, a depender de seus objetivos e
resultados, podem vir a consubstanciar-se em metodologias analíticas e processos de trabalhos sistematizados, eventualmente automatizados,
para geração de indicadores, estatísticas e relatórios padronizados.
4. Os produtos gerados são relatórios periódicos, publicados no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de Fiscalização (Portal Difis), e
estudos específicos para prestação de informações à Diretoria Colegiada, inclusive no âmbito do Comitê de Estabilidade Financeira Comef, e para
subsidiar outras ações de monitoramento e de supervisão.
1. O monitoramento do sistema bancário paralelo, mais conhecido internacionalmente pela sigla NBFI Non-bank financial intermediation, visa avaliar
riscos tipicamente bancários, relacionados à intermediação de crédito oriundos de entidades, ou atividades fora do escopo da supervisão e
regulação do sistema bancário tradicional que possam afetar a estabilidade do sistema financeiro. As principais preocupações estão relacionadas a
transformações de maturidade e de liquidez, transferência imperfeita de risco de crédito, além de alavancagem financeira e arbitragem regulatória.
2. Os conceitos aplicados são baseados naqueles utilizados no âmbito do Financial Stability Board FSB e suas interpretações estão ainda em
desenvolvimento no curso dos exercícios globais do NBFI e nas discussões nos grupos de trabalho internacionais dos quais o Banco Central do
Brasil BCB participa.
3. O monitoramento tem como prioridade os fundos de investimento, que representam a principal parcela da intermediação financeira não bancária
brasileira, e seus relacionamentos com o sistema bancário. O foco reside na liquidez dos fundos de investimento e como isso pode impactar as
instituições financeiras gestoras.
4. Além dos fundos de investimento, são coletados, anualmente, dados de outras entidades e atividades, com o objetivo de avaliar o potencial
crescimento dos riscos típicos de NBFI no sistema financeiro brasileiro.
5. Os produtos gerados são disponibilizados no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de Fiscalização (Portal Difis), quando se trata
de relatórios, nas apresentações para o Comitê de Estabilidade Financeira Comef e no Relatório de Estabilidade Financeira REF, quando
oportuno e conveniente.
1. O monitoramento macroprudencial do risco de liquidez tem por objetivo avaliar, periodicamente, potenciais riscos à estabilidade do Sistema
Financeiro Nacional SFN e das Entidades Supervisionadas ESs, decorrentes da liquidez retida pelas ES, ou pela necessidade de recursos
líquidos e fontes de financiamento requeridos para as operações conduzidas pelas ES, em condições de normalidade e em cenários prospectivos
de estresse.
2. O processo de monitoramento está alicerçado nos dados informados pelas instituições registradoras ou depositárias de ativos financeiros
autorizadas pelo BCB (B3, Selic, SCR, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR, etc.), pelos sistema de reservas do
BCB, pelo sistema de registro de operações de câmbio do BCB, nos registros contábeis, nos dados recebidos diretamente das ESs através de
documentos declaratórios regulamentares e informações públicas.
3. As análises são conduzidas através de relatórios periódicos, que acompanham sistematicamente indicadores regulamentares de risco de liquidez
decorrentes do Acordo de Basiléia (LCR e NSFR) e seus componentes, indicadores e métricas de risco definidos e selecionados previamente com
base nos maiores potenciais de impacto para o Sistema Financeiro Nacional, assim como estudos especiais específicos confeccionados sob
demanda.
4. O processo de monitoramento macroprudencial compreende a análise do SFN agregado, assim como algumas possíveis estratificações, tais como
Segmentação Prudencial e Tipo de Controle, entre outras consideradas necessárias ao acompanhamento regular e em cenários de estresse.
5. Potenciais riscos à estabilidade do SFN ou das ESs decorrentes da liquidez retida nas ESs ou segmentos do SFN, assim como necessidade de
recurso líquidos ou financiamentos (funding), além de resultados relevantes e informativos desse monitoramento macroprudencial, são reportados
à Diretoria Colegiada e ao Comitê de Estabilidade Financeira Comef.
1. O monitoramento macroprudencial do risco de mercado e do risco de taxa de juros na carteira bancária IRRBB tem por objetivo avaliar,
periodicamente, potenciais riscos à estabilidade do Sistema Financeiro Nacional SFN, e das Entidades Supervisionadas ESs, de forma
segmentada ou agregada, decorrentes dos descasamentos e exposições aos fatores de risco de mercado (moeda estrangeira, taxa de juros
prefixada, cupom de moeda estrangeira, cupom de índice de preço, cupom de taxas e commodities) e dos descasamento de juros nas operações
da carteira bancária em condições de normalidade e em cenários prospectivos de estresse.
2. O processo de monitoramento está alicerçado nos dados informados pelas instituições registradoras ou depositárias de ativos financeiros
autorizadas pelo BCB (B3, Selic, SCR, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR, etc.), pelo sistema de registro de
operações de câmbio do BCB, nos registros contábeis, nos dados recebidos diretamente das ESs através de documentos declaratórios
regulamentares, e informações de preços de ativos financeiros públicas, proprietárias e contratadas de empresas provedoras de informações
financeiras.
3. As análises são conduzidas através de relatórios periódicos, que acompanham sistematicamente indicadores de riscos e métricas de exposição,
definidos e selecionados previamente com base nos maiores potenciais de impacto para o SFN, assim como estudos especiais específicos,
confeccionados sob demanda.
4. As avaliações compreendem a análise do SFN agregado, assim como algumas possíveis estratificações, tais como Segmentação Prudencial, Tipo
de Controle, Perfil de Atividade, entre outras consideradas necessárias ao acompanhamento regular e em cenários de estresse.
5. Potenciais riscos à estabilidade do SFN ou das ESs decorrentes de fatores de mercado, assim como os resultados relevantes e informativos desse
monitoramento macroprudencial, são reportados à Diretoria Colegiada e ao Comitê de Estabilidade Financeira Comef.
1. O monitoramento macroprudencial da solvência do Sistema Financeiro Nacional SFN objetiva verificar e notificar comportamentos ou tendências
de grupos, segmentos ou extratos do sistema que possam significar risco à estabilidade do SFN, em função de deterioração da
qualidade/quantidade de capital existente para suportar os riscos incorridos.
2. A análise do capital regulatório busca aferir se os instrumentos que compõem a base de capital estão aptos a absorver perdas e, caso não estejam,
ajustes prudenciais expressos na regulação ou impostos pela supervisão são efetuados para que o capital considerado para os limites operacionais
seja a representação mais fidedigna dos recursos disponíveis para cobertura de perdas não esperadas.
3. As informações utilizadas nos processos de monitoramento da solvência do SFN são obtidas principalmente por meio do Documento de Limites
Operacionais DLO, documentos contábeis das instituições financeiras (Cosif) e do Sistema de Informações de Crédito do Banco Central SCR,
podendo ser complementadas por outras fontes e bases de dados remetidas ao Banco Central do Brasil BCB ou obtidas de fontes externas.
4. Os produtos gerados são, entre outros: publicação de relatórios periódicos no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de
Fiscalização (Portal Difis); seções com análise da solvência do SFN no Relatório de Estabilidade Financeira REF; acompanhamento e estudos
para viabilizar informações conclusivas ao Comitê de Estabilidade Financeira Comef; bem como subsídios à decisões da Diretoria Colegiada do
BCB ou para envio a organismos internacionais.
1. No monitoramento microprudencial, a abordagem se concentra na avaliação da situação econômico-financeira e das demais dimensões de risco da
instituição individual ou conglomerado, de modo a proteger os seus depositantes e demais credores e prevenir que essa instituição venha a se
tornar um risco à estabilidade doSistema Financeiro Nacional SFN.
2. Para a realização do monitoramento microprudencial, o acompanhamento de cada Entidade Supervisionada ES é realizado analisando-se os
riscos ou comportamentos destoantes identificados, considerando os dados da ES em si ou em uma visão comparada entre ESs. Esse
acompanhamento cobre as mais diversas perspectivas, passando por áreas mais clássicas, como análise de balanços e balancetes, limites
operacionais e solvência, e inclui também análise de riscos como crédito, liquidez e de mercado, bem como a atuação nos mercados de crédito, de
títulos e valores mobiliários, inclusive derivativos, e de câmbio.
3. O monitoramento microprudencial está estruturado de forma a desenvolver e executar Situações Monitoradas SMs. SM é a verificação da
ocorrência de um evento pré-definido que representa preocupação para a supervisão prudencial ou de conduta. As SMs são compostas por um
conjunto de métricas, parâmetros e filtros, que são aplicados sobre as bases de dados disponíveis, a fim de caracterizar o indício de ocorrência da
situação-problema em uma determinada ES.
4. Todo o resultado do processamento das SMs é compartilhado com a Supervisão, ou seja, para cada ES são compartilhados os eventos onde não
foram encontrados problemas e, caso o monitoramento identifique indícios de descumprimentos regulamentares, riscos relevantes, situações
atípicas e/ou inconformidades observadas no relacionamento das ESs com os clientes ou na prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do
terrorismo, as SMs são formalmente sinalizadas à supervisão prudencial ou de conduta por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
5. O monitoramento microprudencial é continuamente aprimorado por meio da identificação novas situações-problema, produtos, condições e critérios
a serem incorporados ao modelo, que podem requerer o desenvolvimento de novas SMs ou ajustes na parametrização das SMs existentes. Os
retornos (feedbacks) da Supervisão são recebidos e analisados por meio:
a) de canal de sugestões disponível no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de Fiscalização (Portal Difis);
b) da Rede Técnica da Área de Fiscalização específica para as SMs a RTEC-SM, cujo objetivo é fomentar o processo de envio de
comentários e sugestões das unidades da Área de Fiscalização Difis na ocorrência de revisões ou desenvolvimentos de novas SMs pela
área de monitoramento; e
c) do SIM, a partir dos comentários e da classificação atribuída pela Supervisão em relação à pertinência e relevância das sinalizações
recebidas.
1. O monitoramento da situação econômico-financeira das entidades que compõem o Sistema Financeiro Nacional SFN tem por objetivo detectar
tempestivamente situações que alterem significativamente a capacidade de geração de resultados e a estrutura patrimonial dessas entidades,
principalmente quando houver desvios em relação a padrões históricos de comportamento, relevância de exposições atípicas ou sinais de menor
viabilidade dos modelos de negócio.
2. As informações utilizadas nos processos de monitoramento da situação econômico-financeira são obtidas principalmente por meio dos documentos
contábeis das instituições financeiras (Cosif), podendo ser complementadas por outras fontes e bases de dados remetidas ao Banco Central do
Brasil BCB ou obtidas de fontes externas.
3. O processo de monitoramento microprudencial é construído principalmente com base no desenvolvimento e processamento de Situações
Monitoradas SM. As SM econômico-financeiras visam à identificação de situações que possam trazer consequências negativas para a
continuidade e viabilidade dos negócios das Entidades Supervisionadas ESs, principalmente devido à eventual perda de rentabilidade ou alocação
em itens patrimoniais que venham a caracterizar maior exposição a risco ou menor capacidade futura de geração de resultados. Os assuntos
cobertos pelas SM econômico-financeiras estão detalhados no MSU 7.05.10. Os resultados de todo o processamento das SM são disponibilizados
à supervisão direta, com as situações relevantes sendo sinalizadas por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
4. Além das SM, o monitoramento microprudencial da situação econômico-financeira gera os seguintes produtos, com o objetivo de suportar o
processo de supervisão contínua das ESs:
a) informes e súmulas sobre segmentos específicos, contemplando as principais características de seus respectivos modelos de atuação;
b) desenvolvimento e manutenção de ferramentas de análise; e
c) estudos técnicos sobre temas específicos, normalmente com finalidade de suprir a fiscalização ou a área de normas com informações que
suportam a condução de processos sobre os temas.
1. O monitoramento de limites operacionais tem por objeto acompanhar o cumprimento dos limites operacionais estabelecidos pela regulamentação,
por parte das Entidades Supervisionadas ESs.
2. As informações utilizadas para a execução do monitoramento de limites operacionais são extraídas dos demonstrativos contábeis, do
Demonstrativo Diário de Acompanhamento das Parcelas de Requerimento de Capital DDR, do Demonstrativo de Limites Operacionais DLO, do
Sistema de Registro de Operações de Crédito com o Setor Público CADIP, do Sistema de Informações de Créditos SCR, da Posição de Cotas e
de Grupos das Operações de Consórcio Bens Imóveis e Móveis SAG e do Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do Banco
Central Unicad. Além disso, são também utilizados dados enviados pelas entidades administradoras de sistemas de registro e de liquidação
financeira de ativos financeiros e de valores mobiliários e obtidos do Sistema Especial de Liquidação e Custódia Selic.
3. O processo de monitoramento microprudencial é construído principalmente com base no desenvolvimento e processamento de Situações
Monitoradas SM. As SM de limites operacionais são definidas por um conjunto de métricas e filtros estabelecidos nas respectivas normas e estão
detalhadas no MSU 7.05.20. Os resultados de todo o processamento das SM são disponibilizados à supervisão direta, com as situações relevantes
sendo sinalizadas por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
4. Os principais produtos são:
a) sinalizações à supervisão sobre as ESs desenquadradas; e
b) relatórios gerenciais.
1. O monitoramento de operações no mercado de Títulos e Valores Mobiliários TVM contempla rotinas para identificação de negócios realizados em
padrões destoantes daqueles observados no mercado.
2. As fontes primárias de informação utilizadas são os dados recebidos das entidades autorizadas a exercer a atividade de registro e/ou depósito de
ativos financeiros e de valores mobiliários, além de informações cadastrais e financeiras disponíveis no Banco Central do Brasil BCB.
3. Além da análise de situações específicas detectadas durante as atividades de monitoramento ou apontadas por outras unidades do BCB ou por
entidades externas, o monitoramento microprudencial é realizado principalmente por meio do desenvolvimento e execução rotineira de Situações
Monitoradas SM. As SM de operações de TVM visam aferir: o cumprimento de requisitos legais/regulamentares; a consistência entre informações
contábeis e das centrais de registro/depositárias; a integridade de dados; além da detecção de atipicidades em operações nos mercados primário e
secundário de títulos e valores mobiliários. Os assuntos englobados pelas SM de operações de TVM estão detalhados no MSU 7.05.30.
4. Nos casos em que as diferenças encontradas são consideradas significativas, a instituição financeira é interpelada para oferecer explicações e, em
sendo o caso, providenciar os ajustes necessários junto à entidade administradora do sistema de registro de ativos financeiros e de valores
mobiliários, ou corrigir a informação contábil prestada.
5. Caso não sejam apresentadas explicações satisfatórias, a divergência é sinalizada ao supervisor da instituição, por meio do Sistema Integrado do
Monitoramento SIM.
6. Informações relativas aos estoques de TVMs e aos resultados das conciliações podem ser gerados a qualquer momento para subsidiar outros
trabalhos de monitoramento e de supervisão.
1. O monitoramento do risco de crédito das Entidades Supervisionadas ESs que compõem o Sistema Financeiro Nacional SFN tem por objetivo
identificar, tempestivamente, eventos que impliquem aumento relevante no risco das exposições de crédito dessas ESs ou não conformidade com
exigências regulamentares específicas.
2. As informações utilizadas no processo de monitoramento de risco de crédito são obtidas principalmente do Sistema de Informações de Créditos
SCR e do Padrão Contábil das Instituições Reguladas pelo Banco Central do Brasil Cosif, remetidas pelas entidades que compõem o SFN, sem
prejuízo da utilização de outras fontes ou bases de dados e informações.
3. O monitoramento microprudencial é realizado principalmente por meio do desenvolvimento e execução de Situações Monitoradas SM. As SM de
risco de crédito são eventos cuja ocorrência pode trazer consequências negativas para a continuidade dos negócios das ESs, principalmente
devido à eventual insuficiência de provisão em relação ao nível de risco de crédito a que se expõem. Os assuntos englobados pelas SM de risco de
crédito estão detalhados no MSU 7.05.40. Os resultados do processamento das SM são disponibilizados à supervisão, e as situações relevantes
são tempestivamente sinalizadas, por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
4. Além da execução das SM, o monitoramento do risco de crédito das ESs que compõem o SFN publica relatórios periódicos sobre risco de crédito e
desenvolve estudos técnicos sobre temas específicos, análises comparativas e outros trabalhos, com a finalidade de suprir a fiscalização com
informações que suportam a condução de seus processos.
1. O monitoramento do risco de liquidez das Entidades Supervisionadas ESs que compõem o Sistema Financeiro Nacional SFN tem por objetivo
detectar tempestivamente situações de riscos potenciais a continuidade de negócios das entidades, decorrentes de alterações significativamente
na liquidez, na necessidade de recursos líquidos e nos requerimentos de financiamento (funding), que demonstrem indícios de elevação da
exposição ao risco de liquidez das entidades, principalmente quando houver desvios em relação aos padrões de comportamento esperado.
2. O processo de monitoramento está alicerçado nos dados informados pelas instituições registradoras ou depositárias de ativos financeiros
autorizadas pelo Banco Central do Brasil - BCB (B3, Selic, SCR, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR, etc.), pelo
sistema de reservas bancárias do BCB, pelo sistema de registro de operações de câmbio do BCB, nos registros contábeis, nos dados recebidos
diretamente das ESs através de documentos declaratórios regulamentares e informações públicas.
3. O processo de monitoramento compreende o acompanhamento dos indicadores regulamentares e a construção e acompanhamento de indicadores
internos de risco, através da análise, da definição de padrões e limites de variações dos indicadores ou conjunto de indicadores. Os indicadores
compreendem:
a) indicadores regulamentares de risco de liquidez e seus componentes - são acompanhados o nível (risco de não cumprimento dos níveis
mínimos exigidos) e a tendência dos indicadores regulamentares:
I - Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR: introduzido em outubro de 2015, é calculado diariamente pelas ESs sujeitas ao
cumprimento do requerimento mínimo. Além do limite regulamentar, são avaliados aspectos como evolução do indicador, descasamento
de moedas, exposições advindas de subsidiárias no exterior, entre outros;
II - Indicador de Liquidez de Longo Prazo NSFR - introduzido em outubro de 2018, é calculado mensalmente pelas ESs sujeitas ao
cumprimento do requerimento mínimo. Além do indicador, são avaliados aspectos como evolução do indicador, descasamento de
moedas, exposições advindas de subsidiárias no exterior, entre outros; e
III - Componentes dos Indicadores Regulamentares: como partes integrantes das exigências regulamentares, as ESs devem a informar
seus valores. Com base nesses componentes, o monitoramento define situações monitoradas que buscam, prospectivamente, verificar
tendências e níveis críticos que podem ser indícios de um processo de deterioração dos indicadores Regulamentares.
b) indicadores e métricas internas de monitoramento de risco de liquidez: com base nas informações disponíveis, são definidas métricas
internas que aferem o risco de liquidez nas suas diversas dimensões. Esses indicadores e métricas são calculados e monitorados em bases
diárias e mensais e compreendem o risco de liquidez de curto prazo, de longo prazo e riscos estruturais, assim como seus componentes; e
4. O processo de construção, estudo e definição de padrões e eventos críticos, com base nos indicadores internos, é executado dinamicamente, de
forma que a governança do processo de monitoramento observe que os eventos potenciais de maior impacto estejam sendo monitorados com
base nos indicadores internos e regulamentares.
5. O monitoramento é realizado principalmente por meio de Situações Monitoradas SMs, sendo parte essencial do processo, também, a confecção
de relatórios informativos padronizados e estudos especiais sob demanda:
a) as SMs são construídas como um conjunto de eventos que refletem desvios relevantes nesses indicadores, que são considerados indícios
de elevação substancial no risco de liquidez, sendo passível de comprometer a continuidade da ES. Os assuntos cobertos pelas SM de risco
de liquidez estão detalhados no MSU 7.05.50; e,
b) os relatórios informativos padronizados e estudos especiais buscam suprir a área de fiscalização e as áreas de interesse do BCB com
informações que suportem a condução dos processos relacionados com a estabilidade financeira e continuidade das ES, assim como apoiar
e contribuir para a evolução do processo de supervisão contínua.
6. O monitoramento de risco de liquidez também é responsável pelo monitoramento da liquidez das ESs em situações de contingência e crises
financeiras. A ocorrência de situações críticas também pode acionar processos especiais de monitoramento, de forma a acompanhar
tempestivamente o impacto desses eventos na situação de liquidez de determinada entidade ou grupo de entidades (segmentos).
1. O monitoramento do risco de mercado e do risco de taxa de juros da carteira bancária IRRBB das Entidades Supervisionadas ESs que compõem
o Sistema Financeiro Nacional SFN tem por objetivo detectar, tempestivamente, situações de riscos potenciais à continuidade de negócios das
entidades no curto prazo, ou comprometimento estrutural de longo prazo na gestão da estrutura de juros dos ativos e passivos, decorrentes da
exposições aos fatores de risco de mercado (moeda estrangeira, taxa de juros prefixada, cupom de moeda estrangeira, cupom de índice de preço,
cupom de taxas e commodities) e dos descasamento de juros nas operações da carteira bancária, em condições de normalidade e em cenários
prospectivos de estresse, que demonstrem indícios de elevação da exposição ao risco de mercado das entidades, principalmente quando houver
desvios em relação aos padrões de comportamento esperado.
2. O processo de monitoramento está alicerçado nos dados informados pelas instituições registradoras ou depositárias de ativos financeiros
autorizadas pelo Banco Central do Brasil BCB (B3, Selic, SCR, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR etc.), pelo
sistema de registro de operações de câmbio do BCB, nos registros contábeis, nos dados recebidos diretamente das ESs através de documentos
declaratórios regulamentares, e informações de preços de ativos financeiros públicas, proprietárias e contratadas de empresas provedoras de
informações financeiras.
3. O processo de monitoramento compreende o acompanhamento dos indicadores regulamentares e a construção e acompanhamento de indicadores
internos de risco, através da análise, da definição de padrões e limites de variações dos indicadores ou conjunto de indicadores. Os indicadores
compreendem:
a) indicadores regulamentares e seus componentes - os indicadores regulamentares de risco de mercado compõem o cálculo dos Ativos
Ponderados pelo Risco RWA para risco de mercado e o cálculo da suficiência de capital para IRRBB:
I - exposição aos fatores de risco padronizados (juros, moedas, commodities e ações);
II - exposições cambiais e estruturas de hedge cambial (overhedge);
III - descasamentos de prazos;
IV - volatilidade de juros; e
V - indicadores regulamentares de risco de taxa de juros na carteira bancária - Variação de Valor Econômico ΔEVE e Variação da
Receita Líquida de Juros ΔNII.
b) indicadores e métricas internas de monitoramento de risco de mercado e IRRBB: com base nas informações disponíveis, são definidas
métricas internas que aferem os riscos de mercado e IRRBB nas suas diversas dimensões. Esses indicadores e métricas são calculados e
monitorados em bases diárias e mensais e compreendem os riscos de mercado da carteira de negociação (trading book), os riscos de
mercado e o IRRBB da carteira bancária (banking book) e a potencial contaminação do efeitos de curto prazo das exposições aos fatores de
risco de mercado na liquidez das ES.
4. O processo de construção, estudo e definição de padrões e eventos críticos, com base nos indicadores internos, é executado dinamicamente, de
forma que a governança do processo de monitoramento observe que os eventos potenciais de maior impacto estejam sendo monitorados com
base nos indicadores internos e regulamentares.
5. O monitoramento é realizado principalmente por meio de Situações Monitoradas SMs, sendo parte essencial do processo também a confecção de
relatórios informativos padronizados e estudos especiais sob demanda:
a) as SMs são construídas como um conjunto de eventos que refletem desvios relevantes nesses indicadores, que são considerados indícios
de elevação substancial no risco de liquidez, sendo passível de comprometer a continuidade da ES. Os assuntos cobertos pelas SM de risco
de mercado estão detalhados no MSU 7.05.60; e,
b) os relatórios informativos padronizados e estudos especiais buscam suprir a área de fiscalização e as áreas de interesse do BCB com
informações que suportem a condução dos processos relacionados com a estabilidade financeira e continuidade das ES, assim como apoiar
e contribuir para a evolução do processo de supervisão contínua.
6. O monitoramento do risco de mercado também é responsável pelo acompanhamento das exposições em situações de contingência e crises
financeiras. A ocorrência de situações críticas também pode acionar processos especiais de monitoramento de risco de mercado, de forma a
acompanhar tempestivamente o impacto desses eventos de mercado na continuidade das ES e possíveis contaminações na liquidez de
determinada entidade ou grupo de entidades (segmentos).
1. O Monitoramento da Qualidade das informações está em consonância com a Política de Auditoria de Observância e tem por objeto avaliar as
quatro dimensões da qualidade das informações prestadas pelas Entidades Supervisionadas ESs pelo Banco Central do Brasil BCB, assegurando
a higidez do Sistema Financeiro Nacional SFN:
a) tempestividade;
b) completude;
c) conformidade; e
d) consistência.
2. Os processos de monitoramento de qualidade envolvem as seguintes verificações:
a) validação dos documentos (tempestividade, completude e conformidade); e
b) consistência de informações entre diferentes fontes, incluindo informações obtidas por meio de convênios ou informações publicamente
disponíveis (consistência).
3. O monitoramento da qualidade consiste na aplicação dos seguintes tipos de crítica:
a) críticas de pré-envio: críticas que são verificadas pela própria entidade supervisionada por meio de aplicação específica desenvolvida pelo
BCB (validador). Os documentos que possuem validador não devem ser enviados pela ES sem que o documento tenha sido validado
previamente pela aplicação (completude e conformidade);
b) críticas de aceitação: críticas aplicadas após a recepção do documento e que ensejam a solicitação de substituição do documento, em
caso de não conformidade (tempestividade, completude e conformidade); e
c) críticas de verificação: são críticas que envolvem a verificação de consistência de informações internas e entre diferentes fontes, podendo
envolver a comparação de informações obtidas por meio de outros documentos recebidos pelo BCB, convênios ou informações públicas,
disponíveis na internet (consistência).
4. A identificação de um evento que evidencie falhas em qualquer uma das quatro dimensões da qualidade é objeto de comunicação para as
instituições financeiras, para que possam justificar a sua ocorrência, corrigir a informação ou substituir o documento.
5. Os resultados do processo de monitoramento de qualidade são disponibilizados em formato de relatórios, e os resultados agregados por instituição
são usados pelos agentes de curadoria dos documentos para a consecução da Política de Auditoria de Observância.
1. O monitoramento das operações de câmbio e de captações externas tem por objetivo analisar as informações recebidas sobre as operações
realizadas pelas Entidades Supervisionadas ESs autorizadas a operar em câmbio, em moeda estrangeira ou em transferências internacionais em
reais. A análise visa a identificação de inconsistências, de irregularidades e de operações atípicas.
2. Na geração das informações requeridas ao cumprimento dos objetivos, o monitoramento utiliza os dados das operações de câmbio e das
transferências internacionais em reais encaminhados pelas ESs, registradas no Sistema Câmbio, ou enviados ao Banco Central do Brasil BCB
segundo condições estabelecidas na regulamentação em vigor. Complementarmente, são utilizadas informações provenientes de outrasfontes.
3. O processo de monitoramento microprudencial é construído principalmente com base no desenvolvimento e processamento de Situações
Monitoradas SMs. As SMs do mercado de câmbio são aquelas que possam trazer consequências negativas para a continuidade dos negócios das
ESs, principalmente devido a riscos à imagem relacionadas à lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo. Os assuntos cobertos pelas
SMs do mercado de câmbio estão detalhados no MSU 7.05.80. Os resultados de todo o processamento das SMs são disponibilizados à supervisão
direta, com as situações relevantes sendo tempestivamente sinalizadas por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
4. Além das SMs, o monitoramento microprudencial do mercado de câmbio gera os seguintes produtos, com o objetivo de suportar o processo de
supervisão contínua das entidades:
a) ferramentas: matriz de riscos das Instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio, consultas às exposições de risco por cliente e
operação; e
b) estudos técnicos sobre temas específicos, análises comparativas e outros trabalhos, com a finalidade de suprir a supervisão com
informações que suportam a condução de seus processos.
1. O monitoramento microprudencial da solvência objetiva acompanhar o comportamento da quantidade e qualidade do capital, além da dinâmica dos
riscos assumidos pelas instituições, visando identificar trajetórias ou tendências que possam significar risco à continuidade dos negócios, quer seja
em função de estrutura de capital inadequada para suportar os riscos incorridos, quer seja pela mensuração incompleta das perdas não esperadas.
2. As informações utilizadas no processo de monitoramento de risco de solvência são obtidas principalmente do Documento de Limites Operacionais
DLO e do Plano Contábil das Instituições Financeiras Cosif, remetidas ao Banco Central do Brasil BCB pelas entidades que compõem o Sistema
Financeiro Nacional SFN, de acordo com a legislação em vigor, sem prejuízo da utilização de outras fontes e bases de dados.
3. O processo de monitoramento microprudencial tem como base o desenvolvimento e processamento de Situações Monitoradas SM. As SM de
Solvência buscam evidenciar, tempestivamente, trajetórias de indicadores selecionados que demonstrem potenciais fragilidades, principalmente
relacionadas à capacidade de absorção de perdas por parte do capital em face dos riscos assumidos. Os assuntos cobertos pelas SM de risco de
solvência estão detalhados no MSU 7.05.90. Os resultados de todo o processamento das SM são disponibilizados à supervisão direta, com
sinalização dos eventos julgados relevantes.
4. Além das SM, o monitoramento microprudencial de solvência gera os seguintes produtos, com o objetivo de suportar o processo de supervisão e
regulação das ESs:
a) Informe de Capital Trimestral com os principais destaques da capitalização do sistema bancário; e
b) avaliações e estudos de impacto sobre temas específicos, suprindo a fiscalização e/ou a regulação com informações que suportem a
estruturação de trabalhos.
1. A inspeção consiste em elemento essencial do processo de supervisão para a avaliação da situação econômico-financeira, da gestão, da
observância da legislação e da regulamentação aplicáveis, e de assuntos ou de áreas de relevância da Entidade Supervisionada (ES). A inspeção
tem como objetivo a identificação de riscos relevantes para a ES e a avaliação dos respectivos controles, assim como a verificação da atuação da
alta administração na manutenção da solidez e do regular funcionamento da ES. As avaliações podem ser realizadas tanto nas dependências da
ES como à distância, nos casos em que a presença física não se faça necessária.
2. Na fase de elaboração do Plano de Ação da Supervisão (PAS), conforme as necessidades identificadas em relação às ESs, são definidos os tipos
de inspeções a realizar, considerando o objeto de avaliação e o nível de profundidade previsto para os exames.
3. Na programação de uma inspeção, devem ser consideradas as características da ES, como tipo, porte e grau de complexidade, para o
dimensionamento da equipe e da duração dos trabalhos.
4. Uma inspeção é constituída por quatro fases principais:
a) planejamento e preparação: compreende tarefas como definição do escopo da inspeção, designação da equipe, estabelecimento de
prazos, elaboração do Pt PROG, requisição de informações e de documentos à ES;
b) execução: fase em que são obtidas as informações necessárias ao cumprimento do que foi planejado e em que se chega às principais
conclusões do trabalho. Pode ser realizada à distância e/ou nas dependências da ES, por meio de reuniões, visitas a setores, análise de
bases de dados, de documentos, de procedimentos e processos, e de sistemas e estruturas; requer a elaboração de papéis de trabalho;
c) elaboração de relatório: nesta fase, são consolidados, finalizados e revisados todos os papéis de trabalho;
d) conclusão da inspeção e comunicação do resultado à ES: compreende a finalização do Relatório de Supervisão (registro formal no Sistema
de Processamento Eletrônico de Documentos − e-BC ou no SisAPS), registro dos resultados da inspeção e dos apontamentos nos sistemas
correspondentes (SisAPS, Siscom, Sistema Memória da Fiscalização, e-BC) ou na Súmula de Apontamentos do SisAPS e a expedição de
Ofício sobre o resultado da inspeção e/ou formalização de Termo de Comparecimento ou de Ata de Reunião, quando necessário.
1. O acompanhamento das instituições constitui atividade integrante da supervisão de entidades supervisionadas, e o seu planejamento deve
considerar as características das instituições como tipo, porte, perfil de risco e complexidade.
2. O acompanhamento tem por objetivo verificar, complementarmente à atividade de inspeção: a solidez; as alterações na estrutura patrimonial e no
perfil de riscos; a qualidade da gestão; o cumprimento de normas e limites regulamentares; e a confiabilidade das informações contábeis e
financeiras das entidades supervisionadas.
3. A atividade de acompanhamento deve permitir ao supervisor atuar proativamente, propondo ações específicas de supervisão e disponibilizando
tempestivamente informações aos níveis hierárquicos superiores.
O Banco Central, em decorrência de suas ações de supervisão, comunicará às ESs os resultados de seus trabalhos, inclusive os apontamentos
encontrados, visando a sua regularização. O Banco Central também deverá emitir comunicação ao Ministérios Público, no caso de indícios de
crime definidos em lei, ou a outros órgãos da administração pública, no caso de indícios de irregularidades ou de ilícitos administrativos da
respectiva competência.
1. O Banco Central do Brasil BCB dispõe de instrumentos prudenciais preventivos, coercitivos, acautelatórios, sancionadores e de solução de
controvérsias, para manter a disciplina, a estabilidade e o regular funcionamento do Sistema Financeiro Nacional SFN, do Sistema de Consórcios
SC, do Sistema de Pagamentos Brasileiro SPB e das entidades que os compõem.
2. São instrumentos prudenciais preventivos, coercitivos, acautelatórios, sancionadores ou de solução de controvérsias:
a) medidas prudenciais preventivas previstas na Resolução nº 4.019, de 29 de setembro de 2011;
b) medidas prudenciais preventivas previstas em outras normas;
c) medidas coercitivas, como a exigência de plano de solução ou regularização;
d) medidas coercitivas, previstas no art. 16 da Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017;
e) Termo de Comparecimento;
f) medidas acautelatórias;
g) multa cominatória;
h) Processo Administrativo Sancionador PA Sancionador;
i) Termo de Compromisso;
j) Acordo Administrativo em Processo de Supervisão APS;
k) admissão de depósito vinculado.
3. As unidades da Área de Fiscalização do BCB devem adotar as medidas mais adequadas ao caso concreto, observando, entre outros princípios, os
da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, interesse público e eficiência. (Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de
1999, art. 2º).
4. A aplicação de medidas prudenciais preventivas ou sancionadoras não afasta a adoção de outras ações de supervisão ou a determinação às
Entidades Supervisionadas ESs para que efetuem correções e ajustes em suas práticas e procedimentos, visando o cumprimento da legislação e
da regulamentação vigentes.
1. O Banco Central do Brasil BCB, no exercício de sua competência fiscalizadora, dispõe de poder legal para instaurar processo administrativo
sancionador, nos casos em que se verificarem indícios da ocorrência de infração a norma legal ou regulamentar, relativa às atividades de:
a) instituições financeiras;
b) demais entidades supervisionadas pelo BCB;
c) integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro SPB; e
d) pessoas físicas ou jurídicas que:
I - exerçam, sem a devida autorização, atividade sujeita à supervisão ou à vigilância do BCB;
II - prestem serviço de auditoria independente, para entidades supervisionadas ou para integrantes do SPB, ou de auditoria cooperativa;
III - atuem como administradores, membros da diretoria, do conselho de administração, do conselho fiscal, do comitê de auditoria e de
outros órgãos previstos no estatuto ou no contrato social de entidades supervisionadas e de integrantes do SPB; e
IV - atuem como administradores ou responsáveis técnicos das pessoas jurídicas que prestem serviço de auditoria independente ou de
auditoria cooperativa previsto no inciso II.
2. Cabe, também, ao BCB instaurar processo administrativo sancionador em desfavor de pessoas físicas ou jurídicas não-financeiras, nos casos de
irregularidades cometidas:
a) na contratação de operações de câmbio; e
b) no fluxo de capitais com o exterior.
3. A infringência a norma legal ou regulamentar disciplinadora das atividades fiscalizadas pelo BCB sujeita os infratores às penalidades de:
a) advertência (prevista na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998);
b) admoestação pública;
c) multa;
d) proibição de prestar determinados serviços para as entidades supervisionadas pelo BCB e para os integrantes do SPB;
e) proibição de realizar determinadas atividades ou modalidades de operação;
f) inabilitação para atuar como administrador e para exercer cargo em órgão previsto em estatuto ou em contrato social de entidades
supervisionadas pelo BCB e de integrantes do SPB;
g) cassação da autorização para funcionamento ou para administração de grupos de consórcio; e
h) cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento (previstas na Lei nº 9.613, de 1998).
4. Os processos administrativos sancionadores compreendem as seguintes fases:
a) instauração: citação do acusado;
b) defesa: apresentação da defesa pelo acusado, por escrito e instruída com os documentos em que se fundamenta;
c) exame do processo: análise dos autos;
d) decisão de primeira instância: decisão administrativa proferida pelo BCB;
e) recurso: apresentação de recurso em face da decisão de primeira instância ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional
CRSFN; e
f) decisão de segunda instância: decisão administrativa proferida pelo CRSFN.
5. As decisões do BCB são tornadas públicas, em resumo, mediante publicação no sítio eletrônico
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/diarioeletronico.
6. Os resultados dos julgamentos do CRSFN, em caso de recurso, são publicados no sítio eletrônico https://www.gov.br/economia/pt-
br/orgaos/orgaos-colegiados/conselho-de-recursos-do-sistema-financeiro-nacional.
7. Informações estatísticas sobre decisões e penalidades aplicadas pelo BCB também podem ser acessadas no sítio eletrônico
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/processossfn.
8. Nos casos de imposição de multa, o não recolhimento no prazo fixado implica a inscrição do débito na Dívida Ativa e no Cadastro Informativo de
Créditos não Quitados do Setor Público Federal Cadin.
9. Os processos administrativos instaurados pelo BCB obedecem o disposto: na Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017, que dispõe sobre o
processo administrativo sancionador na esfera de atuação do BCB; na Lei nº 9.613, de 1998, que dispõe sobre a prevenção da utilização do
Sistema Financeiro Nacional SFN para os ilícitos previstos naquela Lei; e na Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999, que estabelece o prazo de
prescrição para o exercício da ação punitiva pela Administração Pública Federal.
10. Os procedimentos e rotinas aplicáveis aos processos administrativos sancionadores instaurados pelo BCB estão consolidados no Manual de
Processo Administrativo MPAD.
1. O Termo de Compromisso TC é um acordo administrativo, previsto no art. 11 da Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017, por meio do qual o
Banco Central do Brasil BCB deixa de instaurar ou suspende a tramitação de Processo Administrativo Sancionador PA Sancionador, desde que o
compromitente se obrigue a cessar determinada prática ou seus efeitos lesivos, a corrigir as irregularidades apontadas e indenizar os prejuízos, a
recolher contribuição pecuniária e a cumprir as demais condições acordadas.
1.1. Trata-se de instrumento que visa atender ao interesse público por meio da agilidade no ajustamento da conduta e na reparação dos prejuízos.
2. A proposta de TC em relação às infrações às normas legais e regulamentares cujo cumprimento seja fiscalizado pelo BCB é de iniciativa do
administrado e poderá ser apresentada a qualquer momento antes da decisão de primeira instância do PA Sancionador, ou mesmo antes da
instauração do referido PA Sancionador.
2.1. O TC pode ser proposto por Entidades Supervisionadas ESs, por pessoas físicas que atuem ou que atuaram como administradores, membros da
diretoria, do conselho de administração, do conselho fiscal, do comitê de auditoria e de outros órgãos previstos no estatuto ou contrato social da
instituição. O TC também pode ser proposto por aqueles que prestem ou prestaram serviço de auditoria independente ou auditoria cooperativa, nos
termos do art. 2º da Lei nº 13.506, de 2017, bem como pelos administradores ou responsáveis técnicos das pessoas jurídicas que prestaram esses
serviços, e por pessoas que, sem autorização do BCB, exerçam ou exerceram atividade sujeita à sua supervisão ou vigilância.
3. O BCB decidirá sobre a celebração de TC visando o interesse público e em juízo de conveniência e oportunidade, nos termos previstos pela Lei nº
13.506, de 2017.
4. A apresentação de proposta de TC não impede a instauração nem suspende o andamento do PA Sancionador. A celebração do TC, por sua vez,
suspende o andamento do PA Sancionador com relação ao acusado que o firmou.
5. O TC não importa confissão quanto à matéria de fato, nem reconhecimento da ilicitude da conduta analisada.
5.1. A proposta de TC é sigilosa, apenas os TCs celebrados serão objeto de publicação no site do BCB na internet, no prazo de cinco dias após a
assinatura, na forma do art. 13 da Lei nº 13.506, de 2017.
5.2. O sigilo da proposta de TC de que trata o art. 13, § 1º, da Lei nº 13.506, de 2017, compreende a negociação entre o proponente e o BCB e os
documentos correspondentes, que instruem o processo e definem o mérito do instrumento a ser celebrado.
6. A celebração de TC não dispensa o dever legal de comunicação ao Ministério Público e aos demais órgãos competentes, na hipótese prevista no
art. 9º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001.
7. A proposta de TC deverá ser apresentada pelo interessado por simples petição, contendo relato circunstancial dos fatos, bem como:
a) a declaração de cessação da prática sob investigação e, se for o caso, também dos seus efeitos lesivos, ou, não sendo possível fazê-lo
imediatamente, o compromisso de cessá-la conforme as condições estabelecidas no TC;
b) as medidas que serão adotadas para a correção das irregularidades apontadas e o prazo previsto para tal;
c) a descrição e a quantificação dos prejuízos porventura causados, o modo e o prazo para a sua efetiva indenização;
d) o valor da contribuição pecuniária a ser recolhida ao BCB; e
e) número de telefone e endereço de e-mail para contato.
7.1. Havendo PA Sancionador instaurado, a proposta de TC tramitará em autos apartados.
8. A proposta de TC será recebida e conduzida pelo Departamento de Gestão Estratégica e Supervisão Especializada Degef.
8.1. Recebida a proposta de TC, o Comitê de Decisão de Termo de Compromisso Coter decidirá, em cognição sumária, pelo prosseguimento da sua
análise ou pela sua rejeição.
8.1.1. A proposta de TC será rejeitada se:
a) versar sobre fatos que representem indícios de infração grave em qualquer das hipóteses previstas no art. 4º, da Lei nº 13.506, de 2017 ou
no art. 41 da Resolução BCB nº 131, de 20 de agosto de 2021;
b) versar sobre infrações relacionadas ao registro e censo de capitais estrangeiros no País ou à declaração de capitais brasileiros no exterior;
ou
c) não houver interesse do BCB na sua celebração, considerados o interesse público e o juízo de conveniência e oportunidade.
8.2. O TC deverá conter cláusula penal para o caso de mora do compromitente, sem prejuízo do seu estabelecimento, em juízo discricionário do BCB,
para o caso de total ou parcial inadimplemento das obrigações compromissadas ou em segurança especial de determinada cláusula.
8.2.1. O TC poderá conter cláusulas que estipulem obrigações instrumentais, assim entendidas aquelas estabelecidas a fim de facilitar a verificação
acerca do cumprimento das demais obrigações acordadas.
8.3. Para fins de negociação das obrigações a serem assumidas no TC, serão considerados, entre outros elementos, a natureza e a repercussão das
infrações, o momento da apresentação da proposta e os antecedentes do interessado.
8.4. O prazo para que o Coter decida sobre a celebração de TC, contado da data do recebimento da proposta, é de 210 dias.
9. O proponente poderá apresentar, no prazo de dez dias contado da ciência da decisão, pedido de reconsideração ao Coter.
10. Compete ao Degef prestar suporte técnico ao Coter em relação ao trâmite do TC, executar serviços de secretaria e conduzir a negociação das
propostas de TC.
11. Compete ao Degef acompanhar a execução do TC, além de declarar o cumprimento ou descumprimento, total ou parcial das obrigações
assumidas, com o auxílio dos demais departamentos de supervisão.
12. As condições do TC não poderão ser alteradas durante a sua execução, salvo por nova deliberação do Coter, mediante requerimento da parte
interessada.
13. O Degef poderá declarar o cumprimento do TC se verificar que, embora não tenha havido o cumprimento das obrigações instrumentais porventura
estabelecidas, as demais obrigações previstas no TC foram cumpridas de forma satisfatória, o que não isentará o compromitente do pagamento da
multa diária ou da cláusula penal compensatória porventura estabelecida em segurança da cláusula descumprida.
13.1. Ressalvada a hipótese do item 13, o descumprimento total ou parcial das obrigações assumidas ou a constatação da falsidade da declaração de
cessação da conduta irregular implicará o descumprimento do TC, a adoção das medidas administrativas e judiciais necessárias para a execução
das obrigações assumidas e a instauração ou o prosseguimento do PA Sancionador, a fim de dar continuidade à apuração das infrações e de
aplicar as sanções cabíveis.
1. A medida acautelatória, prevista no art. 17 da Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017, e regulamentada nos arts. 84 a 90 da Resolução BCB nº
131, de 20 de agosto de 2021, poderá ser aplicada antes da instauração ou durante o trâmite do processo administrativo sancionador, desde que
presentes os seguintes requisitos:
a) presença de indícios de autoria e de materialidade da infração; e
b) atualidade ou iminência de lesão ao Sistema Financeiro Nacional, ao Sistema de Consórcios, ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, à
instituição ou a terceiros.
2. O Banco Central do Brasil BCB poderá cautelarmente:
a) determinar o afastamento de quaisquer das pessoas que atuem como administradores, membros da diretoria, do conselho de
administração, do conselho fiscal, do comitê de auditoria ou de outros órgãos previstos no estatuto ou no contrato social de Entidade
Supervisionada ES;
b) impedir que o investigado atue em nome próprio ou como mandatário ou preposto como administrador ou como membro da diretoria, do
conselho de administração, do conselho fiscal, do comitê de auditoria ou de outros órgãos previstos no estatuto ou no contrato social de ES;
1. O Banco Central do Brasil BCB, nos termos do art. 16 da Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017, poderá determinar que as Entidades
Supervisionadas ESs e demais pessoas mencionadas no art. 2º da referida Lei:
a) prestem informações ou esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais;
b) cessem a prática de atos que prejudiquem ou coloquem em risco o funcionamento regular da ES, do Sistema Financeiro Nacional, do
Sistema de Consórcios ou do Sistema de Pagamentos Brasileiro; e
c) adotem medidas necessárias ao funcionamento regular da ES, do Sistema Financeiro Nacional, do Sistema de Consórcios ou do Sistema
de Pagamentos Brasileiro.
2. O descumprimento das medidas coercitivas mencionadas no item 1 sujeitará o infrator ao pagamento de multa cominatória, nos termos do art. 18
da Lei nº 13.506, de 2017.
1. O Termo de Comparecimento é aplicado com a convocação dos representantes legais da Entidade Supervisionada ES e, caso entendido
necessário, dos seus controladores e/ou representante de auditoria independente, para informarem acerca das medidas que adotarão com vistas à
regularização das seguintes situações:
a) descumprimento dos padrões mínimos de capital, bem como inobservância de limites operacionais, conforme disposições regulamentares
vigentes;
b) crise de liquidez que, pela sua gravidade, possa colocar em risco a continuidade da ES;
c) grave situação dos controles internos, que comprometa ou venha a comprometer as condições indispensáveis para o funcionamento da
ES;
d) graves deficiências ou procedimentos cuja continuidade comprometa ou venha a comprometer o regular funcionamento da ES, em face
dos riscos legal, operacional, de reputação ou de imagem;
e) graves deficiências no fornecimento de informações indispensáveis ao Banco Central do Brasil, que possam acarretar insuficiência de
elementos para avaliação da situação econômico-financeira ou dos riscos incorridos pela ES nos trabalhos de supervisão ou de
monitoramento;
f) inadequação, inexistência ou falta de efetividade de procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo;
g) inadequação ou deficiência nas questões referentes ao relacionamento com clientes e usuários de produtos e serviços financeiros; e
h) situações que, a critério da equipe de supervisão, possam acarretar riscos à solidez da ES, ao regular funcionamento ou à estabilidade do
Sistema Financeiro Nacional SFN, entre outras elencadas nas normas vigentes.
1. CONCEITUAÇÃO
1.1. Esta Seção trata das medidas prudenciais preventivas previstas no art. 3º da Resolução nº 4.019, de 29 de setembro de 2011, aplicáveis às
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil BCB.
1.2. A aplicação de medidas prudenciais preventivas não possui caráter sancionador e, portanto, não substitui ou prejudica a eventual instauração de
processos administrativos sancionadores.
2. APLICAÇÃO DAS MEDIDAS
2.1. A proposta de aplicação compete à equipe de supervisão, consignada a concordância do Chefe de Subunidade e do Chefe Adjunto de Unidade,
que a encaminhará ao Chefe de Unidade, a quem caberá a decisão de aplicação das medidas prudenciais preventivas definidas no art. 3º da
Resolução 4.019, de 2011.
2.2. Decidida a imposição de medidas prudenciais preventivas, cabe ao Chefe de Unidade da equipe proponente comunicar tal imposição à Entidade
Supervisionada ES, por meio de ofício específico. Nesse ofício devem ser evidenciadas as medidas determinadas, a descrição sucinta dos motivos
e a convocação dos representantes da ES para lavratura de Termo de Comparecimento específico, que tratará dos assuntos previstos no art. 4º da
Resolução nº 4.019, de 2011.
2.3. Caso estiver vinculada a aplicação de multa cominatória à imposição de medidas prudenciais preventivas, o ofício específico, previsto no item 2.2
acima, deverá evidenciar também a advertência de que o não cumprimento das determinações no prazo fixado sujeita a ES ao pagamento de
multa cominatória; o valor diário e a norma que fundamenta a aplicação da multa cominatória; e a indicação do prazo para apresentação de
impugnação da multa.
2.4. A convocação dos representantes da ES e a lavratura do Termo de Comparecimento devem ocorrer de acordo com o rito previsto nos artigos 4º e
5º da Resolução nº 4.019, de 2011.
3. IMPUGNAÇÃO E PEDIDO DE RECURSO
3.1. A ES poderá impugnar a imposição da(s) medida(s) prudencial(is) preventiva(s).
3.2. A ES deve ser formalmente comunicada pela equipe de supervisão, ou pela equipe técnica responsável, no momento da lavratura do Termo de
Comparecimento, sobre o seu direito de impugnar a(s) medida(s) prudencial(is) preventiva(s).
3.3. A impugnação deverá ocorrer no prazo máximo de dez dias, a contar da data da assinatura do Termo de Comparecimento.
3.4. A impugnação deve ser dirigida ao Chefe de Unidade, que, após a análise dos argumentos apresentados pela ES, decidirá sobre o deferimento ou
não do pedido, no prazo de dez dias, contados do seu recebimento. A ES deve, então, ser formalmente comunicada a respeito dessa decisão.
3.5. No caso de decisão do Chefe de Unidade desfavorável à ES, caberá recurso administrativo a ser dirigido ao Diretor de Fiscalização. O pedido de
recurso deve ser apresentado no prazo máximo de dez dias, a contar da data da comunicação à ES da decisão da impugnação.
3.6. O pedido de recurso administrativo deve transitar previamente pelo Chefe de Unidade, o qual, se não reconsiderar a imposição da(s) medida(s)
prudencial(is) preventiva(s), deve submeter o recurso, no prazo de cinco dias, contado do seu recebimento, ao Diretor de Fiscalização.
3.7. A impugnação e o pedido de recurso administrativo não impedem e não suspendem a aplicação de medidas prudenciais preventivas.
1. Depósito vinculado é o depósito realizado em conta específica de custódia no Banco Central do Brasil BCB para as seguintes finalidades:
a) subscrição inicial ou aumento de capital em moeda corrente; ou
b) cobertura de deficiência de capital necessário para enquadramento nos limites operacionais (Resolução nº 4.019, de 29 de setembro de
2011).
1. O Banco Central do Brasil BCB, nos termos do art. 30 da Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017, poderá celebrar acordo administrativo em
processo de supervisão com pessoas físicas ou jurídicas que confessarem a prática de infração às normas legais ou regulamentares cujo
cumprimento lhe caiba fiscalizar, com extinção de sua ação punitiva ou redução de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) da penalidade aplicável,
mediante efetiva, plena e permanente cooperação para a apuração dos fatos, da qual resulte utilidade para o processo, em especial:
a) a identificação dos demais envolvidos na prática da infração, quando couber;
b) a obtenção de informações e de documentos que comprovem a infração noticiada ou sob investigação.
2. O acordo administrativo em processo de supervisão será publicado no site do BCB na internet, no prazo de cinco dias contado de sua assinatura.
3. Em caso de descumprimento, o beneficiário ficará impedido de celebrar novo acordo administrativo em processo de supervisão pelo prazo de três
anos, contado a partir do conhecimento pelo BCB.
4. O acordo administrativo em processo de supervisão não afeta a atuação do Ministério Público e dos demais órgãos públicos no âmbito de suas
correspondentes competências.
1. A Governança da Informação é realizada conforme estabelecido na Política de Governança da Informação do Banco Central do Brasil PGI,
implementada pelo Comitê de Governança da Informação CGI.
2. A PGI tem, entre seus objetivos, garantir, em quantidade, qualidade e tempestividade suficientes, os insumos de informação necessários ao
cumprimento da missão institucional do Banco Central do Brasil BCB, com base nos seguintes princípios:
a) valor estratégico da informação;
b) abertura de dados e transparência, sempre que possível sob a forma ativa;
c) alinhamento com o arcabouço normativo e legal;
d) segurança e privacidade;
e) padronização e racionalização de informações e processos;
f) eficiência; e
g) priorização do uso de meios digitais e inovação.
3. Dentre as ações envolvidas na Governança da Informação, as unidades da fiscalização são responsáveis pela curadoria das informações utilizadas
para a execução de processos ou atividades da cadeia de valor do BCB às quais estejam vinculadas.
4. A curadoria de informações consiste em um conjunto de ações que visam a zelar pela existência, consistência, integridade, precisão, relevância,
autenticidade, segurança e documentação das informações, respeitando-se os objetivos, princípios e diretrizes da PGI. Parte dessas ações é
executada com o envolvimento de outras unidades do BCB.
1. As unidades da Supervisão são curadoras das bases de dados relacionadas aos processos e às atividades da cadeia de valor do Banco Central do
Brasil BCB às quais estejam vinculadas e por isso responsáveis por realizar ações de curadoria.
2. O servidor indicado para exercer a função de agente de curadoria de uma base de dados designada à unidade da Supervisão deve promover:
a) a disponibilidade e a tempestividade das informações;
b) a gestão da qualidade dos dados; e
c) a definição de critérios de segurança e classificação das informações.
3. Para cumprir o objetivo previsto, o agente de curadoria se responsabiliza pela execução das seguintes ações relacionadas à gestão das
informações:
a) definir e manter:
I - as regras de retenção e de descarte das informações;
II - os valores de referência para os dados;
III - os requisitos, as regras de negócio e as métricas para a gestão da qualidade de dados; e
IV - as regras de acesso às informações, conforme os respectivos critérios de segurança e classificação;
b) monitorar e controlar a qualidade dos dados;
c) identificar e promover a resolução de eventuais problemas nas informações;
d) prover auxílio em relação ao acesso e à análise das informações;
e) assegurar o devido atendimento às consultas dos interessados, observando as restrições cabíveis;
f) comunicar mudanças e problemas aos usuários das informações; e
g) manter atualizada as documentações relacionadas à base de dados.
4. A demais responsabilidades e atividades comuns às unidades curadoras e aos agentes de curadoria observam a regulamentação da Política de
Governança da Informação do BCB, o Manual do Agente de Curadoria, instituído pela Portaria nº 95.215, de 16 de outubro de 2017, e o
Regulamento de Auditoria de Observância anexo à Portaria nº 95.212, de 16 de outubro de 2017.
1 A atividade de auditoria de observância consiste no conjunto de ações exercidas em relação às Entidades Fornecedoras de Informações (EFIs)
visando assegurar a tempestividade e a qualidade das informações oriundas do Sistema Financeiro Nacional (SFN), por força de obrigações legais
e regulatórias. Essas ações são de natureza corretiva e, portanto, podem eventualmente redundar na proposição de Processo Administrativo
Sancionador, conforme dispõe a Política de Governança da Informação (PGI), Portaria nº 90.187, de 17 de agosto de 2016.
2 Conforme dispõe o Regulamento de Auditoria de Observância, instituído pela Portaria nº 95.212, de 16 de outubro de 2017, os atores envolvidos
na Auditoria de Observância são as EFIs, as unidades curadoras, os agentes de curadoria de informações e os agentes de auditoria de
observância, estes últimos designados pelo Chefe do Decon. Cabe aos agentes de curadoria a adoção das ações consideradas suficientes para a
solução dos problemas de tempestividade ou de qualidade relativos ao fornecimento das informações sujeitas à sua curatela, cabendo aos agentes
de auditoria de observância, mediante provocação das unidades curadoras, cuidar, caso pertinente, dos problemas em que a ação pontual do
agente de curadoria não foi capaz de solucionar ou das situações de dificuldade classificadas pelas unidades curadoras como emergenciais.
Independentemente de provocação das unidades curadores, os agentes de auditoria de observância também abordarão as EFIs de acordo com
análises de relatórios e indicadores de regularidade no fornecimento de informações.
1 O Guia de Práticas da Supervisão GPS visa ampliar a transparência sobre os critérios considerados na Supervisão dos aspectos prudenciais e de
conduta, no âmbito dos processos de supervisão das Entidades Supervisionadas ESs.
2 Os documentos que fazem parte do GPS são uma compilação das expectativas do Banco Central do Brasil BCB, o qual toma por base as
melhores práticas em gestão de riscos, especialmente as consignadas nos diversos documentos emitidos pelo Comitê de Basiléia, e em prevenção
à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, emitidas pelo Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento
do Terrorismo (GAFI/FATF), bem como as exigências já previstas nas normas em vigor.
3 O GPS não representa um conjunto de novas exigências impostas pela regulação. Eventual caracterização de irregularidade no caso de
inadequação em relação ao que espera o órgão supervisor depende da configuração de inobservância aos comandos da regulamentação editada
pelo Conselho Monetário Nacional - CMN ou pelo BCB.
4 O GPS não é fonte de capitulação de eventuais apontamentos da supervisão, devendo-se referenciar a norma adequada.
Em Elaboração
1 Definição
1.1 Corresponde ao requisito de percentuais mínimos para constituição de provisões estabelecido pela Resolução nº 2.682, de 21 de dezembro de
1999.
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
Em Elaboração
1. Definição
1.1. Corresponde aos procedimentos para avaliação da compensação de exposições em mercadorias, para fins de apuração da RWACOM.
Corresponde ao processo de autorização para a utilização de modelo interno para cálculo do requerimento de capital relativo às exposições de
risco de mercado, RWAMINT.
-
Em Elaboração
1. O monitoramento microprudencial está estruturado de forma a desenvolver e executar Situações Monitoradas SMs. SM é a verificação da
ocorrência de um evento pré-definido que representa preocupação para a supervisão prudencial ou de conduta. As SMs são compostas por um
conjunto de métricas, parâmetros e filtros, que são aplicados sobre as bases de dados disponíveis, a fim de caracterizar o indício de ocorrência da
situação-problema em uma determinada Entidade Supervisionada ES.
2. As SMs podem avaliar o cumprimento de exigências regulamentares, a exposição aos diferentes tipos de riscos presentes nas atividades de
intermediação financeira, a análise da situação econômico-financeira das ESs, bem como o relacionamento das ESs com os clientes e usuários de
produtos e serviços financeiros e a prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou, ainda, a qualidade das informações
prestadas pelas ESs.
3. As SMs são classificadas nas áreas temáticas abaixo, que, por sua vez, se subdividem em diferentes assuntos, conforme detalhamento nas
respectivas seções deste capítulo do MSU:
a) Situação-Econômico Financeira;
b) Limites Operacionais;
c) Atuação no mercado de Títulos e Valores Mobiliários TVM;
d) Risco de Crédito;
e) Risco de Liquidez;
f) Risco de Mercado;
g) Qualidade de dados
h) Atuação no mercado de câmbio; e
i) Solvência.
4. O processamento de cada SM é executado de maneira regular, de acordo com o escopo e a frequência definidos, de maneira automatizada e
complementada por análises das equipes de monitoramento, se necessário, para confirmar a ocorrência da situação-problema analisada.
5. Caso o monitoramento identifique indícios de descumprimentos regulamentares, riscos relevantes, ocorrência de deficiências ou distorções
significativas, a SM é formalmente sinalizada à Supervisão por meio do Sistema Integrado do Monitoramento SIM.
6. Além das sinalizações enviadas à Supervisão, os resultados do processamento das SMs ficam disponibilizados para a Supervisão de forma
unificada e padronizada em painéis gerenciais (dashboards), que por meio de escala de cores indicam o nível e a evolução da conformidade das
ESs com as SMs executadas em um determinado período.
7. As SMs são continuamente aprimoradas, por meio da identificação de novas situações-problema, produtos, condições e critérios a serem
incorporados ao modelo, que podem requerer o desenvolvimento de novas SMs ou ajustes na parametrização das SMs existentes. Esse
aprimoramento ocorre a partir da análise interna das áreas de monitoramento, de discussões em fóruns e grupos técnicos internos e externos, bem
como de retornos da Supervisão, por meio da análise da pertinência e relevância das sinalizações recebidas, ou através do canal de sugestões
disponível no Painel do Monitoramento, acessível no Portal da Área de Fiscalização (Portal Difis), onde os supervisores podem registrar
comentários para uma SM específica ou para um agrupamento de SMs que tratam de um mesmo tema ou assunto.
7.1. As novas SMs e alterações relevantes são submetidas à avaliação de uma Rede Técnica da Área de Fiscalização específica para as SMs a
RTEC-SM, cujo objetivo é fomentar o processo de envio de comentários e sugestões das unidades da Área de Fiscalização Difis relativos a
revisões ou desenvolvimentos de SMs pela área de monitoramento.
1. As Situações Monitoradas Econômico-Financeiras verificam nível, tendência e comportamento de aspectos relevantes para a supervisão, com base
nos dados contábeis informados mensalmente pelas Entidades Supervisionadas ESs (exceto administradoras de consórcios), podendo ser
utilizados dados extracontábeis sempre que necessário. Nesse sentido, utiliza-se a visão comparativa entre ESs, com vistas a identificar
comportamentos destoantes ou que seu nível mais atípico e relevante, por si só, represente risco às ESs. Os assuntos monitorados e analisados
são:
a) Ativos e passivos de tesouraria: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos e passivos, com vistas a verificar riscos
potenciais relacionados a eles;
b) Ativos não geradores de renda de intermediação financeira: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos, de forma
agregada, e dos seus principais componentes, com vistas a identificar riscos de comprometimento da capacidade de geração de resultados ou da
qualidade do capital regulamentar;
c) Bens não de uso próprio: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos, com vistas a identificar riscos de comprometimento
da capacidade de geração de resultados ou da qualidade do capital regulamentar, riscos de superavaliação de ativos, dificuldades e/ou prejuízos
na sua alienação;
d) Captações: monitoramento e análise da evolução das captações e seus custos, buscando avaliar a compatibilidade com o comportamento dos
ativos e a dependência de instrumentos/modalidades ou mudanças de composição que gerem maior custo, assim como alocações não esperadas
de recursos captados;
e) Cooperados: monitoramento e análise da filiação de cooperativas singulares em centrais e da associação de entidades financeiras em seus
quadros de associados;
f) Crédito: monitoramento e análise da evolução do crédito ou de operações com características de crédito e das taxas e margens praticadas,
buscando identificar aumento de risco da carteira, comprometimento da capacidade de geração de resultados ou política de risco de crédito mais
agressiva;
g) Créditos tributários: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos, com vistas a identificar riscos de comprometimento da
capacidade de geração de resultados e riscos de superavaliação de ativos;
h) Derivativos: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos e passivos, com vistas a verificar riscos potenciais relacionados a
eles;
i) Distribuição de resultados: monitoramento e análise da distribuição de resultado, a fim de identificar o comprometimento de potencial crescimento
das ESs ou do seu nível de capitalização;
j) Evolução de itens patrimoniais: monitoramento e análise da evolução de ativos e passivos, de forma agregada, e dos seus principais
componentes, a fim de identificar deterioração da situação patrimonial ou desproporcional assunção de riscos;
k) Garantias financeiras: monitoramento e análise do nível e da evolução do provisionamento para perdas e do retorno dessas operações, com
vistas a identificar indícios de risco de crédito elevado, piora nas expectativas de perdas ou aumento do risco de subprovisionamento de perdas;
l) Intangíveis: monitoramento e análise da relevância e evolução desses ativos, com vistas a identificar riscos de comprometimento da capacidade
de geração de resultados e riscos de superavaliação de ativos;
m) Mercado de capitais: monitoramento e análise de dados de mercado, buscando identificar superavaliação patrimonial;
n) Outras exigibilidades: monitoramento e análise da relevância e evolução das demais exigibilidades, com vistas a verificar riscos potenciais
relacionados a cada um deles;
o) Outros ativos usuais: monitoramento e análise da relevância e evolução dos demais ativos, com vistas a verificar riscos potenciais relacionados
a cada um deles;
p) Passivos atuariais e contingentes: monitoramento e análise da evolução e comportamento dos passivos atuariais e contingentes, de modo a
identificar riscos para o comprometimento do patrimônio;
q) Resultado e rentabilidade: monitoramento e análise do nível e evolução da rentabilidade e da natureza e composição do resultado, de forma
agregada, e dos seus principais componentes, buscando aferir a respeito da suficiência, qualidade e sustentabilidade na capacidade de geração de
resultados;
r) Salvaguarda de moeda eletrônica: monitoramento do saldo dos recursos líquidos correspondentes aos saldos de moedas eletrônicas mantidas
em contas de pagamento;
s) Títulos e valores mobiliários TVM: monitoramento e análise da carteira de TVMs, buscando identificar concentração excessiva em determinados
tipos de títulos, que possam comprometer a qualidade da carteira ou sugerir maior volatilidade aos resultados.
1. As Situações Monitoradas dos limites operacionais observam o cumprimento das seguintes exigências regulamentares:
a) Limite de Imobilização;
b) Limite de Imobilização de Administradoras de Consórcios;
c) Limite de Requerimento Mínimo de Patrimônio de Referência PR;
d) Limite de Requerimento Mínimo de Nível I do PR;
e) Limite de Requerimento Mínimo de Capital Principal;
f) Limite de Capital Realizado Mínimo;
g) Limite de Patrimônio Líquido PLMínimo;
h) Limite de Endividamento de Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte SCMPP;
i) Limite de Financiamento de Títulos e Valores Mobiliários TVM- Operações;
j) Limite de Financiamento de TVM- Garantias;
k) Limite de Fundo de Liquidez de Agência de Fomento;
l) Limite de Exposição Cambial;
m) Limite de Operações Compromissadas;
n) Limite de Crédito ao Setor Público;
o) Limite de Exposição ao Risco de Crédito;
p) Limite de Exposições Concentradas;
q) Limite de Patrimônio Líquido Ajustado PLA Mínimo para Administradoras de Consórcios;
r) Limite de Alavancagem para Administradoras de Consórcios;
s) Limite de Liquidez de Curto Prazo LCR;
t) Limite de Liquidez de Longo Prazo NSFR;
u) Limite para Suficiência de Adicional de Capital Principal;
v) Limite de Endividamento de SCMPP;
w) Limite de exposição a partes relacionadas;
x) Limite de razão de alavancagem; e
y) Limite de requerimento de PR considerando IRRBB.
1. As situações monitoradas sobre Títulos e Valores Mobiliários TVM têm por objetivo aferir o cumprimento de requisitos legais e regulamentares; a
consistência entre informações contábeis e das centrais de registro e depositárias; a integridade de dados além da detecção de atipicidades em
operações nos mercados primário e secundário de TVM. Dados das centrais registradoras e depositárias, contábeis, do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia Selic e do Sistema de Informações do Banco Central Sisbacen constituem as principais fontes do monitoramento dos
mercados de TVM. Os assuntos monitorados e analisados são:
a) Características dos TVM: verificação de exigências legais e/ou regulamentares como prazo mínimo de emissão, identificação de comitentes,
existência de lastro;
b) Conciliação Cosif x Registradoras: comparação entre os valores contábeis e os constantes das centrais de registro e/ou depositárias;
c) Captações fora de padrão: verificação diária das taxas de emissão de instrumentos de captação, com o objetivo de identificação das instituições
que praticam as taxas mais elevadas; e
d) Negociação de TVM: detecção de operações fora de padrões de mercado, de acordo com critérios estatísticos para operações cursadas em
mercado secundário no Selic e operações intradia (day-trade) para as quais forem apuradas diferenças significativas entre os valores de compra e
venda em um par ou em cadeias de operações.
1. As Situações Monitoradas de Risco de Crédito acompanham a tendência e o comportamento de aspectos relevantes ou indícios de problemas
potenciais que possam impactar negativamente a continuidade dos negócios das Entidades Supervisionadas ESs, principalmente devido à
eventual insuficiência de provisão em relação ao nível de risco de crédito a que se expõem. As Situações Monitoradas de Risco de Crédito se
aplicam à carteira de crédito como um todo e também às modalidades de crédito relevantes. As informações utilizadas nesse processo são obtidas
principalmente no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central SCR, sem prejuízo da utilização de outras fontes ou bases de dados e
informações. Os assuntos monitorados e analisados são:
a) Ativo problemático: monitoramento e análise dos ativos problemáticos, considerando sua evolução e composição, com o objetivo de
identificar deterioração da qualidade dos ativos e elevação do risco de crédito da ES;
b) Reestruturação: monitoramento e análise das reestruturações de operações de crédito, considerando sua evolução e composição, visando
identificar deterioração da qualidade dos ativos e elevação do risco de crédito da ES;
c) Concessão de crédito: monitoramento e análise das concessões de crédito, incluindo características dos tomadores e das operações de
crédito, buscando identificar elevação do apetite a risco da ES;
d) Garantias: monitoramento e análise da cobertura das operações de crédito por garantias, inclusive quanto ao Loan to Value LTV, de modo
a identificar elevação do risco de crédito da ES, aumento do seu apetite ao risco e não conformidades com limites estabelecidos pelas
normas em vigor;
e) Cessão de crédito: monitoramento e análise das cessões de carteiras de crédito, incluindo características dos tomadores e das operações
de crédito, para identificar elevação do risco de crédito da ES, alteração no seu perfil de atuação ou comportamento atípico;
f) Garantias prestadas: monitoramento e análise das garantias financeiras prestadas, incluindo caraterísticas dos beneficiários, com vistas a
identificar elevação do risco de crédito da ES;
g) Perdas associadas ao risco de crédito: monitoramento e análise das perdas associadas ao risco de crédito, para identificar deterioração da
qualidade dos ativos e elevação do risco de crédito da ES;
h) Provisão para risco de crédito: monitoramento e análise das provisões para risco de crédito constituídas pela ES, com o propósito de
identificar inadequação de cobertura de risco;
i) Renda de operações de crédito: monitoramento e análise das rendas reconhecidas pela ES nas operações de crédito, buscando identificar
não conformidades com as normas contábeis em vigor;
j) Taxas de juros de operações de crédito: monitoramento e análise das taxas de juros das operações de crédito, com o objetivo de identificar
não conformidades com os limites estabelecidos pelas normas em vigor; e
k) Risco de crédito de Títulos e Valores Mobiliários TVM privados: monitoramento e análise dos TVMs privados, incluindo características dos
emissores e suas operações de crédito, de modo a identificar deterioração da qualidade dos ativos e elevação do risco de crédito da ES.
1. As Situações Monitoradas de risco de liquidez têm como foco os aspectos quantitativos da liquidez disponível e o risco de insuficiência dessa
liquidez para a continuidade das Entidades Supervisionadas ESs. Os assuntos monitorados e analisados englobam indicadores regulamentares
(LCR e NSFR) e métricas internas de monitoramento, que são construídas com base nos dados informados pelas instituições registradoras ou
depositárias de ativos financeiros autorizadas pelo BCB (ex.: B3, Selic, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR,
etc.), registros contábeis, dados recebidos diretamente das ESs (ex.: SCR) e informações públicas.
2. Com base no nível e na variação dos diversos indicadores, o monitoramento define eventos quantitativos, cuja materialização, observada nos
dados, irá evidenciar indícios de elevação do risco de liquidez a patamares que podem comprometer a continuidade dos negócios da ES. Esses
diversos eventos abrangem os assuntos:
a) indicadores regulamentares de risco de liquidez e seus componentes: são acompanhados o nível (risco de não cumprimento dos níveis
mínimos exigidos) e a tendência dos indicadores regulamentares para as ESs que devem cumprir:
I - Indicador de Liquidez de Curto Prazo LCR: introduzido em outubro de 2015, é calculado diariamente pelas ESs sujeitas ao
cumprimento do requerimento mínimo. Além do limite regulamentar, são avaliados aspectos como evolução do indicador, descasamento
de moedas, exposições advindas de subsidiárias no exterior, entre outros;
II - Indicador de Liquidez de Longo Prazo NSFR: introduzido em outubro de 2018, é calculado mensalmente pelas ESs sujeitas ao
cumprimento do requerimento mínimo. Além do indicador, são avaliados aspectos como evolução do indicador, descasamento de
moedas, exposições advindas de subsidiárias no exterior, entre outros;
III - Componentes dos Indicadores Regulamentares: como partes integrantes das exigências regulamentares as ESs devem informar
seus valores. Com base nesses componentes, o monitoramento define situações monitoradas que buscam, prospectivamente, verificar
tendências e níveis críticos que podem ser indícios de um processo de deterioração dos indicadores regulamentares.
b) indicadores e métricas internas de monitoramento de risco de liquidez: com base nas informações disponíveis, são definidas métricas
internas que aferem o risco de liquidez nas suas diversas dimensões e definidos os eventos críticos que compõem as Situações Monitoradas.
Esses indicadores e métricas são calculados e monitorados em bases diárias e mensais e abordam:
I - Índice de Liquidez IL e Índice de Liquidez Estrutural ILE;
II - Ativos Líquidos Disponíveis;
III - Necessidade de Liquidez de Curto Prazo;
IV - Recursos Estáveis Disponíveis (funding disponível);
V - Necessidade de Recursos Estáveis (necessidade de funding);
VI - Perfil das Captações:
... .. ...........1 - concentração da captação em instrumentos específicos (ex: DPGE e LFG);
... .. ...........2 - concentração da captação em contrapartes;
... .. ...........3 - concentração da captação em faixas de prazo;
... .. ...........4 - perfil de risco dos depositantes (Varejo, Atacado, Investidores Profissionais, etc);
VII - Descasamentos de Prazos de Ativos e Passivos (fluxos de caixa):
... .. ...........1 - comprometimento da liquidez considerando os vencimentos contratuais de captações (horizonte de sobrevivência em um cenário de
não renovação total de passivos); e
... .. ...........2 - comprometimento da liquidez em cenários extremos de resgates (crise reputacional severa).
1. As Situações Monitoradas de risco de mercado e de risco de taxa de juros na carteira bancária IRRBB têm como foco os aspectos quantitativos da
exposição aos fatores de risco de mercado e o risco de perdas financeiras decorrentes dessas exposições comprometerem a continuidade das
Entidades Supervisionadas ESs. Os assuntos monitorados e analisados englobam tanto parâmetros regulamentares como métricas internas de
monitoramento, que são construídas com base nos dados informados pelas instituições registradoras/depositárias de ativos financeiros autorizadas
pelo BCB (ex: B3, Selic, entre outros), pelos sistemas de pagamento e compensação (CIP, STR, etc), registros contábeis, dados recebidos
diretamente das ESs (ex: SCR) e informações públicas.
2. Com base no nível e na variação dos diversos indicadores, o monitoramento define eventos quantitativos, cuja materialização, observada nos
dados, irá evidenciar indícios de elevação do risco de mercado a patamares que podem comprometer a continuidade dos negócios da ES. Esses
diversos eventos abrangem os assuntos:
a) indicadores regulamentares e seus componentes: os indicadores regulamentares de risco de mercado compõem o cálculo dos Ativos
Ponderados pelo Risco RWA para risco de mercado e o cálculo da suficiência de capital para IRRBB:
I - exposição aos fatores de risco padronizados (juros, moedas, commodities e ações);
II - exposições cambiais e OverHedge;
III - descasamentos de prazos;
IV - volatilidade de juros; e
V - indicadores regulamentares de risco de taxa de juros na carteira bancária - Variação de Valor Econômico ΔEVE e Variação da
Receita Líquida de Juros ΔNII.
b) indicadores e métricas internas de monitoramento de risco de mercado: com base nas informações disponíveis, são definidas métricas
internas que aferem o risco de mercado nas suas diversas dimensões e definidos os eventos críticos que compõe as Situações Monitoradas.
Esses indicadores e métricas são calculados e monitorados em bases diárias e mensais e abordam:
I - exposições efetivas e potenciais aos fatores de riscos e seus possíveis impactos em termos de solvência e de liquidez das ESs;
II - movimentos que possam causar uma distorção de preços e ativos nos mercados funcionais;
III - comprometimento da liquidez em cenários adversos de taxa de juros e moedas;
IV - redução de ativos líquidos, com saídas de caixa acumuladas devido a pagamentos de ajustes e chamadas de margens
relacionadas a operações de derivativos; e
V - descasamentos estruturais de prazos e de moedas dos ativos e passivos, que com mudanças de cenários, possam trazer riscos à
continuidade dos negócios das ESs.
1. O monitoramento da qualidade das informações tem por objetivo verificar as informações utilizadas nos processos de monitoramento, em relação
aos aspectos de completude, consistência, conformidade e tempestividade.
2. Os processos de monitoramento da qualidade das informações são aplicados a todas as informações sob a curadoria do departamento, incluindo
informações recebidas por meio das instituições financeiras, como as informações obtidas no Sistema de Informações de Crédito do Banco Central
SCR ou do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional Cosif, bem como informações advindas de outros órgãos ou entidades
não supervisionadas.
3. O monitoramento da tempestividade é realizado por sistema específico, o Sistema de Controle da Remessa de Documentos CRD. O
monitoramento dos demais aspectos de qualidade (completude, consistência e conformidade) encontra-se em fase de migração para o modelo de
Situações Monitoradas de Qualidade SMQs, que visa uniformizar a governança e os processos de avaliação da integridade nas diversas bases de
dados. As SMQs têm foco na identificação de problemas que possam prejudicar ou dificultar o monitoramento dos riscos associados ao Sistema
Financeiro Nacional SFN.
4. As SMQs observam os seguintes aspectos:
a) conformidade verificação do formato e de aspectos semânticos do documento;
b) completude verificação da existência dos campos obrigatórios;
c) consistência interna cruzamento de informações do próprio documento;
d) consistência externa cruzamento de informações do documento com outros documentos e fontes externas, tais como:
I - Sistema de Informações sobre Entidades de Interesse do BCB Unicad;
II - Sistema de Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas da Receita Federal do Brasil;
III - Sistema de Controle de Óbitos SisObi;
IV - Instituto Nacional de Seguridade Social INSS;
V - Câmara Interbancária de Pagamentos CIP;
VI - Sistema Nacional de Gravames SNG;
VII - Entidades registradoras e depositárias centrais de ativos financeiros e valores mobiliários; e
VIII - Sistema Câmbio;
e) consistência temporal cruzamento de informações do próprio documento, mas de datas anteriores.
5. Os seguintes documentos foram migrados para o modelo de SMQ:
a) Sistema de Informações de Crédito SCR: 3040;
b) Cosif: 4010; 4016, 4020, 4026, 4040, 4046,4060, 4066, 4150, 4303, 4313, 4343, 4413, 4423, 4433, 4500 e 4510; e
c) Informações sobre Cotistas de Fundos: 5401 e 5402.
1. As Situações Monitoradas de Mercado de Câmbio acompanham a tendência e o comportamento de aspectos relevantes ou indícios de problemas
potenciais que possam impactar negativamente a continuidade dos negócios das Entidades Supervisionadas ESs, principalmente devido ao risco
de imagem relacionado à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. As Situações Monitoradas de Mercado de Câmbio se aplicam às
operações de câmbio e às transferências internacionais em reais. As informações utilizadas nesse processo são obtidas principalmente a partir dos
registros no Sistema Câmbio realizados pelas ESs autorizadas a operar no mercado de câmbio, sem prejuízo da utilização de outras fontes ou
bases de dados e informações. Os assuntos monitorados e analisados são:
a) Situação cadastral: monitoramento verificando a existência de operações de câmbio para pessoa física com situação cadastral
incompatível;
b) Operações de importação: monitoramento e análise da razoabilidade das remessas de recursos ao exterior a título de pagamento de
importações; e
c) Matriz de risco: monitoramento e análise das operações cursadas pelas ESs de maior risco, conforme pontuação apontada pela
metodologia de avaliação com uso de abordagem baseada em riscos.
1. As Situações Monitoradas de Solvência verificam tendência e comportamento de aspectos relevantes para a solvência das Entidades
Supervisionadas ESs, com base nos dados contábeis e de capital informados mensal e diariamente. Nesse sentido, utilizam-se métricas
regulamentares e não regulamentares com o objetivo de identificar comportamentos que representem acumulação de riscos ou capitalização
insuficiente das ESs. Os assuntos monitorados e analisados são:
a) Indicadores regulamentares de capital: monitoramento e análise do nível, comportamento e evolução dos indicadores regulamentares de
capital, com vistas a avaliar eventual necessidade de capitalização ou gerenciamento de exposição;
b) Métricas não regulamentares de capital: monitoramento e análise do comportamento de métricas desenvolvidas para indicar
antecipadamente deterioração da situação de solvência, potencialmente não evidenciada em indicadores regulamentares, bem como
potenciais situações de assunção de riscos, considerando a capitalização atual das instituições;
c) Evolução e composição do capital: monitoramento e análise da evolução e composição do capital regulamentar e contábil para averiguar
os recursos captados, retidos e distribuídos, além da influência de ajustes prudenciais que dão tratamento a ativos contingentes componentes
do capital;
d) Evolução e composição da exposição: monitoramento e análise do comportamento da exposição, para evidenciar assunção de riscos
dentro e fora de balanços contábeis, influência de fatores de conversão e outros; e
e) Evolução e composição dos ativos ponderados pelo risco: monitoramento e análise da evolução, composição e natureza dos ativos
ponderados pelo risco, com vistas a identificar movimentação/concentração de operações em determinados perfis de riscos, influência de
mitigadores, perfis de mitigadores utilizados e fatores de conversão.
1. Definição
1.1. O processo de supervisão conduzido pelo Banco Central do Brasil compreende, dentre os seus objetivos, a identificação dos principais riscos
assumidos pelas Entidades Supervisionadas ESs, a avaliação dos seus sistemas de controles e a análise do seu modelo de negócios, de maneira
que a Supervisão possa formar sua opinião abrangente sobre as ESs.
1.2. No caso da supervisão prudencial de entidades bancárias, esse processo é conduzido em base contínua, com o suporte da metodologia Sistema
de Avaliação de Riscos e Controles SRC, a qual é composta pelo conjunto de critérios e procedimentos estruturados que permitem à supervisão
prudencial consolidar e manter atualizado seu conhecimento sobre o perfil de risco das ESs, bem como identificar tempestivamente as situações
que apresentem maior risco. Vale notar que, no contexto da supervisão bancária brasileira, o processo de revisão pela supervisão (Supervisory
Review and Evaluation Process SREP) da avaliação feita pelas ESs da adequação do seu capital interno (Internal Capital Adequacy Assessment
Process ICAAP) está inserido na metodologia SRC.
1.3. A conclusão sobre a ES, consolidada no SRC, é obtida por meio de duas análises principais: a avaliação de riscos e controles e a análise de
modelo de negócios. Trata-se de análises independentes, porém inter-relacionadas, que são realizadas de forma contínua com base nas
informações qualitativas e quantitativas obtidas das próprias ESs e de outras fontes disponíveis. Tais análises também são afetadas pelos
resultados de outras ações executadas durante o ciclo de supervisão, incluindo o processo de avaliação, pela supervisão prudencial, dos planos de
recuperação elaborados pelas ESs com o objetivo de restabelecer os níveis adequados de capital e de liquidez, e de preservar a sua viabilidade
em resposta a situações de estresse.
1.4. O ciclo de supervisão é o período dentro do qual são realizadas as ações necessárias à consecução do escopo definido para a ES, considerando a
avaliação de riscos e controles e a análise de modelo de negócios, bem como outras ações necessárias à formação da opinião do Supervisor sobre
a ES. Ao final desse período, o Supervisor apresenta suas conclusões ao Comitê do Sistema de Avaliação de Riscos e Controles Corec.
1.5. A duração do ciclo de supervisão depende do segmento no qual a ES está enquadrada, conforme critérios da Resolução nº 4.553, de 30 de janeiro
de 2017. Dessa forma, o ciclo será:
S1: anual;
S2: bienal;
S3 e S4: trienal.
1.6. Excepcionalmente, o ciclo de supervisão poderá ser reduzido para bienal, para ESs pertencentes aos segmentos S3 e S4, e anual, para ESs
pertencentes ao segmento S2, devendo o Supervisor apresentar justificativa para a alteração, aprovada pelo respectivo Chefe-Adjunto.
1.7. A partir das avaliações realizadas, são atribuídas notas às análises de modelo de negócios e de riscos e controles. Tais notas são agregadas para
a obtenção da nota final, a qual deve expressar a opinião da supervisão prudencial sobre o perfil de risco da ES.
1.8. O SRC tem o suporte do Sistema de Automação de Processos da Supervisão SisAPS, cuja finalidade é permitir o registro e o acompanhamento
dos produtos decorrentes das etapas do processo desenvolvidas durante o ciclo de supervisão.
2. Avaliação de Riscos e Controles
2.1. Consiste em avaliar, para os riscos associados às atividades mais significativas da ES: o nível dos riscos inerentes; a qualidade dos controles
implantados para mitigar esses riscos, e o risco residual, sendo este o risco remanescente depois de considerado o efeito mitigador dos sistemas
de controles empregados. Além disso, pode compreender a avaliação específica da estrutura e da efetividade da governança corporativa da ES.
Tais avaliações são sintetizadas na matriz de riscos e controles da ES.
2.2. Cada risco definido na metodologia é avaliado tanto no nível de risco inerente quanto no nível do respectivo controle, de modo independente. Cada
risco inerente e controle é composto por elementos, os quais são avaliados com o auxílio de quadros de critérios padronizados. Cada elemento
avaliado recebe uma nota de 1 a 4, sendo 1 a melhor e 4 a pior nota.
2.3. A nota de cada risco inerente ou controle é obtida pelo cálculo da média simples entre as notas dos respectivos elementos avaliados.
2.4. As notas de risco inerente e do respectivo controle são agregadas e ponderadas, obtendo-se a medida de risco residual para cada tipo de risco.
2.5. As notas de risco residual de cada tipo de risco também são agregadas e ponderadas, obtendo-se a nota consolidada da matriz de riscos e
controles da ES.
2.6. A nota final da análise de riscos e controles será representada pela nota consolidada da matriz. Caso o escopo da ES inclua a avaliação específica
da governança corporativa, a nota dessa avaliação será agregada e ponderada com a nota da matriz, obtendo-se assim a nota final da análise de
riscos e controles.
2.7. As notas calculadas de cada risco inerente ou controle, de governança corporativa, bem como a nota final da análise de riscos e controles, poderão
ser ajustadas pelo avaliador, caso este considere que a nota calculada automaticamente não reflete sua real percepção sobre a avaliação
efetuada. Os ajustes das notas devem ser fundamentados pelo avaliador.
2.8. A relevância de cada atividade significativa e dos tipos de riscos associados, representada pelo respectivo percentual de participação no conjunto
das atividades e dos riscos, pode ser revista em qualquer momento do ciclo de supervisão em função de alterações nas condições da ES.
2.9. Os procedimentos detalhados para a realização dessa avaliação, incluindo a descrição dos tipos de riscos avaliados, constam da Subseção Análise
de Riscos e Controles, desta Seção.
3. Análise de Modelo de Negócios
3.1. Propicia a análise de aspectos relacionados ao modelo de negócios da ES, incluindo os seguintes componentes: Estratégia, Solidez Patrimonial,
Liquidez, Resultados e Gestão de Capital.
3.2. Cada componente é composto por elementos, os quais são avaliados com o auxílio de quadro de critérios padronizados. Para cada elemento
avaliado, deve ser atribuída uma nota de 1 a 4, sendo 1 a melhor e 4 a pior nota.
3.3. A nota de cada componente da análise de modelo de negócios é obtida pelo cálculo da média simples entre as notas dos respectivos elementos
avaliados.
3.4. As notas atribuídas a cada componente são agregadas e ponderadas, originando a nota consolidada da análise de modelo de negócios da ES.
3.5. As notas calculadas de cada componente, bem como a nota final da análise de modelo de negócios, poderão ser ajustadas pelo avaliador, caso
este considere que a nota calculada automaticamente não reflete sua real percepção sobre a avaliação efetuada. Os ajustes das notas devem ser
fundamentados pelo avaliador.
3.6. A nota consolidada da análise de modelo de negócios deve refletir a opinião do Supervisor sobre a adequação do modelo de negócios da ES e sua
viabilidade.
1. Introdução
1.1. Consiste em avaliar, para os riscos associados às atividades mais significativas da entidade supervisionada ES, o nível dos riscos inerentes, a
qualidade dos controles implantados para mitigar esses riscos, e o risco residual, sendo este o risco remanescente depois de considerado o efeito
mitigador dos sistemas de controles empregados. Além disso, pode compreender a avaliação específica da estrutura e da efetividade da
governança corporativa da ES. Tais avaliações são realizadas durante o ciclo de supervisão por meio da aplicação dos critérios e procedimentos
previstos na metodologia do Sistema de Avaliação de Riscos e Controles SRC, os quais podem ser complementados por outras ações de
supervisão, quando necessárias ao aprofundamento das avaliações.
1.2. Cada tipo de risco definido na metodologia é avaliado quanto ao nível de risco inerente e, de modo independente, à qualidade dos controles
implantados para mitigá-lo. Em razão do porte, complexidade, segmento de atuação e peculiaridades de cada ES, e em linha com o princípio da
proporcionalidade, o Supervisor deve selecionar os tipos de riscos que deverão ser avaliados em cada atividade significativa.
1.3. Também em linha com o princípio da proporcionalidade, o Supervisor deve definir, para cada tipo de risco, o conjunto de elementos e itens que
serão considerados na avaliação do risco inerente e do respectivo controle.
1.4. A seleção dos tipos de riscos e dos elementos que serão avaliados pode ser revista em qualquer momento do ciclo de supervisão, em função de
alterações nas condições e no perfil de risco da ES.
1.5. Deve ser atribuída uma nota para cada elemento avaliado, com base no respectivo quadro de critérios de avaliação.
1.6. A nota do risco inerente e a nota do controle serão obtidas a partir da média das notas atribuídas aos elementos que compõem a avaliação. As
notas de risco inerente e do respectivo controle são agregadas e ponderadas, obtendo-se a medida de risco residual para cada tipo de risco.
1.7. As notas de risco residual de cada tipo de risco também são agregadas e ponderadas, obtendo-se assim a nota consolidada da matriz de riscos e
controles da ES.
1.8. A nota final da análise de riscos e controles será representada pela nota consolidada da matriz. Caso o escopo da ES inclua a avaliação específica
da governança corporativa, a nota dessa avaliação será agregada e ponderada com a nota da matriz, obtendo-se assim a nota final da análise de
riscos e controles.
1.9. As avaliações e notas dos elementos e dos riscos inerentes e controles podem ser revistas e atualizadas em qualquer momento do ciclo, em
função dos resultados das ações realizadas durante o processo contínuo de avaliação, com base nos procedimentos previstos na metodologia, ou
nas demais ações específicas. O mesmo se aplica à avaliação específica da governança corporativa, quando incluída no escopo.
2. Identificação das Atividades Significativas
2.1. A metodologia SRC prevê a desagregação da ES em atividades significativas ASs, com o intuito de mapear os principais riscos aos quais está
exposta e os principais controles adotados para mitigação desses riscos. A desagregação é realizada no Sistema de Automação de Processos da
Supervisão SisAPS, ficando evidenciada na matriz de riscos da ES.
2.2. As ASs são classificadas em duas categorias:
- ASs de negócio: linhas de negócios, produtos ou processos de uma ES ou de uma de suas unidades de negócios; e
- ASs corporativas: compreende o conjunto de atividades e processos de caráter corporativo.
2.3. As atividades de negócio podem ser agrupadas em unidades, que por sua vez são agrupadas no bloco de Negócio. As atividades corporativas são
agrupadas no bloco Corporativo.
2.4. A avaliação dos riscos inerentes e controles se dá nos níveis de atividade.
2.5. Para identificação das ASs, podem ser utilizados os relatórios gerenciais, a estrutura organizacional da ES e o seu balanço patrimonial.
2.6. Os fatores mais importantes para a seleção das ASs de negócio são o seu impacto potencial sobre o capital e os resultados da ES, podendo ser
adotados outros critérios considerados pertinentes, a partir principalmente da observação dos dados fornecidos pela ES.
2.7. Na atividade corporativa, são avaliados os riscos e controles de caráter corporativo associados à ES.
2.8. A seguir, é destacada a lista de tipos de riscos definidos para a metodologia do SRC:
a) Risco de Crédito;
b) Risco de Mercado;
c) Risco de Contágio;
d) Risco Operacional;
e) Risco de Reputação;
f) Risco de TI (Tecnologia da Informação);
g) IRRBB.
2.9. Para determinar a nota consolidada da matriz de riscos e controles, as notas de risco residual de cada tipo de risco são ponderadas de acordo com
a importância relativa de cada unidade e atividade.
2.10. Cada unidade e atividade têm sua importância estabelecida como alta, médio-alta, médio-baixa ou baixa, considerando sua contribuição aos
critérios utilizados para seleção das ASs, bem como o nível de risco que cada segmento representa para a ES.
2.11. Os tipos de riscos também têm sua importância ponderada como alta, médio-alta, médio-baixa ou baixa, e são representadas por escala de 4
níveis.
2.12. As ponderações das unidades, atividades e dos tipos de riscos ficam registradas no SisAPS e podem ser reavaliadas em qualquer momento do
ciclo, em função de alterações nas condições da ES.
3. Avaliação dos Riscos Inerentes
3.1. O risco inerente é o risco que, por sua natureza, não pode ser segregado da atividade bancária, ou seja, é o risco intrínseco das distintas atividades
e áreas da entidade, sem considerar os sistemas de controles implantados para sua mitigação. O nível de cada risco inerente é dimensionado pela
análise conjunta dos elementos destacados para a respectiva avaliação.
1. Definição
1.1 Define-se risco de crédito como o risco de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas obrigações
financeiras nos termos pactuados. O risco de crédito ocorre sempre que houver comprometimento ou exposição dos recursos da ES por acordos
contratuais quer estejam ou não registrados no balanço patrimonial ou em contas de compensação. Decorre, ainda, da impossibilidade da parte
devedora em honrar os compromissos conforme acordado em decorrência do risco país, de transferência e de não cumprimento de obrigações
financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito. Além disso, o risco de crédito deriva de
operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, de posições assumidas em operações com derivativos, assim como da concessão de
avais ou fianças, dentre outras operações.
1. Definição
1.1. Corresponde ao conjunto de políticas, processos, procedimentos, pessoas e sistemas por meio dos quais a ES gerencia, de forma contínua, sua
exposição ao risco de crédito em suas operações.
1. Definição
1.1. Define-se risco de mercado como o risco de ocorrência de perdas resultantes de flutuações adversas nos valores de mercado das posições detidas
pela ES. Inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, taxas de juros, preços de ações e preços de mercadorias (commodities). O
risco de mercado pode advir de um único fator de risco ou de uma combinação de diferentes fatores de risco.
1. Definição
1.1. Corresponde ao conjunto de políticas, processos, sistemas de mensuração, ferramentas, estruturas organizacionais e procedimentos por meio dos
quais a ES administra sua exposição ao risco de mercado.
1. Definição
1.1 O risco operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de falha, deficiência ou inadequação de
processos internos, pessoas e sistemas. O risco operacional inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela
instituição, às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades
desenvolvidas pela instituição. GPS - Risco Operacional
1. Definição
1.1 A gestão do risco operacional corresponde ao conjunto de políticas, processos, procedimentos, pessoas e sistemas por meio dos quais a instituição
gerencia sua exposição ao risco operacional inerente à complexidade, diversidade, frequência e volume de suas operações. A gestão do risco legal
está inserida neste contexto, diferenciando-se pela participação de assessores jurídicos no processo. GPS - Gestão do Risco Operacional
1. Definição
1.1 O risco de contágio é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas para as entidades integrantes do conglomerado prudencial (CP),
incluindo a instituição financeira (IF) líder, decorrentes de seus relacionamentos (contratuais ou não) com suas controladas não integrantes do
conglomerado (não consolidadas), suas coligadas, a empresa controladora da IF líder, as entidades pertencentes a estruturas paralelas, e as
entidades não consolidadas nas quais, a despeito de haver ou não participação no capital, podem demandar futuro suporte financeiro, ainda que
não haja obrigação legal ou contratual de realizá-lo. GPS - Risco de Contágio
1. Definição
1.1. Este grupo de controle consiste na análise das ações desenvolvidas pela administração para o gerenciamento do risco de contágio incorrido pelo
conglomerado prudencial (CP). Este risco decorre dos relacionamentos (contratuais ou não) das entidades integrantes do conglomerado (incluindo
a instituição financeira [IF] líder) com as suas controladas não consolidadas no CP, suas coligadas, o controlador da IF líder, as entidades
pertencentes a estruturas paralelas, e as entidades não consolidadas nas quais, a despeito de haver ou não participação no capital, podem
demandar futuro suporte financeiro, ainda que não haja obrigação legal ou contratual de realizá-lo. GPS - Gestão do Risco de Contágio
1. Definição
1.1. O risco de reputação consiste na possibilidade da formação de uma percepção negativa a respeito da entidade supervisionada (ES), em qualquer
aspecto, por parte do público com quem transaciona ou se relaciona (clientes, contrapartes, colaboradores, acionistas, investidores e reguladores)
e das entidades ou setores capazes de influenciar aqueles com quem transaciona (mídia, sindicatos e sociedade em geral), levando à perda de
participação no mercado, à redução da rentabilidade, a litígios onerosos ou à queda nos preços das ações e, em última instância, afetando sua
continuidade.
1. Definição
1.1. Esse grupo consiste na análise das ações orientadas pelo Conselho de Administração (CA) e empreendidas pela Diretoria para gerenciar o risco de
reputação da entidade supervisionada (ES).
1. Definição
O risco de Tecnologia da Informação (TI) refere-se à possibilidade de perdas ou impactos negativos que possam ser provocados pelos riscos
inerentes ao emprego de recursos de TI na operacionalização dos negócios de uma Entidade Supervisionada (ES), abrangendo os dados e
informações , os processos e as pessoas envolvidas. GPS - Risco de TI
1. Definição
A gestão dos riscos de Tecnologia da Informação (TI) compreende o conjunto de políticas, processos, práticas, procedimentos, órgãos de
governança (por exemplo, comitês ou fóruns), pessoas, sistemas, ferramentas, equipamentos e demais recursos empregados pela Entidade
Supervisionada (ES) para gerenciar sua exposição aos riscos tecnológicos, incluindo aspectos de Segurança Cibernética e da Informação (SI),
inerentes às suas atividades. GPS - Gestão do Risco de TI
1. Este item abrange a avaliação da estrutura de governança corporativa da ES, e da sua efetividade no estabelecimento e na manutenção de um
ambiente de negócios, de gestão e de controles alinhado à cultura e às estratégias aprovadas.
1. Definição
1.1. Define-se o IRRBB como o risco, atual ou prospectivo, do impacto de movimentos adversos das taxas de juros no capital e nos resultados da
instituição financeira, para os instrumentos classificados na carteira bancária.
1. Definição
1.1. Corresponde ao conjunto de políticas, processos, sistemas de mensuração, ferramentas, estruturas organizacionais e procedimentos por meio dos
quais a ES administra sua exposição ao IRRBB.
1. Definição
1.1 Define-se risco social como a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de eventos associados à violação de direitos e garantias
fundamentais ou a atos lesivos ao interesse comum.
1.2 Define-se risco ambiental como a possibilidade de ocorrência de perdas ocasionadas por eventos associados à degradação do meio ambiente,
incluindo o uso excessivo de recursos naturais.
1.3 Define-se risco climático, em suas duas vertentes, como:
- risco climático de transição: possibilidade de ocorrência de perdas ocasionadas por eventos associados ao processo de transição para uma
economia de baixo carbono, em que a emissão de gases do efeito estufa (GEE) é reduzida ou compensada e os mecanismos naturais de captura
desses gases são preservados; e
- risco climático físico:possibilidade de ocorrência de perdas ocasionadas por eventos associados a intempéries frequentes e severas ou a
alterações ambientais de longo prazo, que possam ser relacionadas a mudanças em padrões climáticos.
1 Definição
1.1 Corresponde ao conjunto de políticas, processos, procedimentos, pessoas e sistemas por meio dos quais a ES gerencia, de forma contínua, sua
exposição aos riscos social, ambiental e climático.
1. Introdução
1.1. Compreende a avaliação do modelo de negócios das entidades supervisionadas - ESs, realizada durante o ciclo de supervisão, por meio da análise
dos seguintes componentes: Estratégia, Solidez Patrimonial, Liquidez, Resultados, Gestão de Capital e Gestão do Risco de Liquidez. As
conclusões dessa avaliação devem permitir a verificação da viabilidade do modelo de negócios de uma instituição e, em conjunto com as
conclusões da análise de riscos e controles do SRC, devem direcionar a atuação da supervisão prudencial.
1.2. A periodicidade de atualização das conclusões de cada componente da análise de modelo de negócios deve ser determinada pelo Supervisor,
podendo ser revista em qualquer momento do ciclo de supervisão, em função de alterações nas condições da ES.
1.3. Além das atualizações realizadas com base na periodicidade definida, as conclusões da análise de modelo de negócios podem ser revistas em
qualquer momento do ciclo, principalmente quando ocorrerem eventos com impacto material na situação da ES, identificados durante o processo
contínuo de avaliação.
2. Avaliação dos Componentes da Análise de Modelo de Negócios
2.1. No processo de análise de modelo de negócios, a relevância de cada componente, representada pelo respectivo percentual de participação no
conjunto dos componentes, é atribuída pelo Supervisor e pode ser revista em qualquer momento do ciclo, em função de alterações nas condições
da ES.
2.2. Cada componente da análise é composto por elementos de avaliação. A avaliação parte do julgamento e da escolha da nota de cada elemento,
com o auxílio de quadros de critérios de avaliação por elemento.
2.3. Para cada elemento deve ser atribuída uma nota, com base no respectivo quadro de critérios de avaliação.
2.4. A nota do componente é obtida pelo cálculo da média simples entre as notas dos respectivos elementos avaliados, e pode ser ajustada pelo
avaliador, caso este considere que a nota calculada não reflete a sua real percepção sobre o componente avaliado. As notas dos componentes
serão agregadas e ponderadas, obtendo-se a nota consolidada da análise de modelo de negócios.
2.5. As avaliações e notas dos elementos e dos componentes da análise de modelo de negócios podem ser revistas e atualizadas em qualquer
momento do ciclo, em função dos resultados das ações realizadas durante o processo contínuo de avaliação, com base nos procedimentos
previstos na metodologia ou nas demais ações específicas.
2.6. A nota consolidada deve refletir a opinião do Supervisor sobre a adequação do modelo de negócios da ES. Para verificação da adequação da nota,
podem ser utilizadas as definições apresentadas a seguir:
a) Nota Consolidada de 1,00 a 1,90: Instituições sólidas em quase todos os aspectos. São as mais capacitadas para suportar deteriorações
nas condições dos negócios e resistem a influências externas, tais como instabilidade econômica em sua área de negócios. Apresentam as
melhores performances e são consideradas benchmark em seu segmento. Não há preocupações materiais para a supervisão prudencial.
b) Nota Consolidada de 1,91 a 2,50: Instituições fundamentalmente sólidas. São estáveis e podem suportar deteriorações nas condições dos
negócios e resistir a influências externas. Não há preocupações materiais para a supervisão prudencial.
c) Nota Consolidada de 2,51 a 3,10: Apresentam vulnerabilidades. Demonstram pequena capacidade para suportar deteriorações nas
condições dos negócios. Essas instituições financeiras apresentam preocupação para a supervisão prudencial e requerem atenção.
d) Nota Consolidada de 3,11 a 4,00: Em geral demonstram práticas ou condições inapropriadas em termos de resultados, liquidez e/ou
solidez patrimonial. Enfrentam deficiências financeiras sérias, o que resulta em desempenho insatisfatório. As instituições financeiras nesse
grupo, em geral, não demonstram capacidade para suportar deteriorações nas condições dos negócios. Suporte financeiro externo imediato
(inclusive por parte dos acionistas) ou outro tipo de suporte pode ser uma necessidade para que a ES possa continuar operando.
3. Definição dos Componentes
a) Estratégia: Compreende a avaliação de aspectos relacionados ao modelo de negócios, à estratégia corporativa e à competitividade da ES,
contribuindo para a formação de opinião sobre as perspectivas de atuação bem-sucedida e a sustentabilidade da ES.
b) Solidez Patrimonial: Compreende a avaliação da qualidade e da suficiência da base de capital prudencial e da sua adequação frente aos
riscos incorridos pela ES, em conjunto com os aspectos avaliados nos componentes Resultados e Liquidez. Considera, ainda, a adequação
do reconhecimento e da mensuração contábil dos principais itens ativos e passivos nas demonstrações financeiras, bem como a avaliação de
determinados aspectos relativos à composição e evolução desses itens patrimoniais.
c) Liquidez: Compreende a avaliação do nível de risco de liquidez da ES com base na análise de sua capacidade de honrar saídas de caixa
previstas e inesperadas.
d) Resultados: Compreende a avaliação da capacidade atual e das perspectivas da ES para gerar resultados que suportem a expansão (ou
ao menos a manutenção) dos seus negócios, que sejam decorrentes de suas atividades operacionais e compatíveis com os riscos aos quais
está exposta, e que possam absorver eventuais aprovisionamentos que se fizerem necessários, bem como oferecer a remuneração esperada
do capital próprio.
e) Gestão de Capital: Compreende a avaliação da adequação das políticas, da estrutura e dos procedimentos para a gestão do capital da ES,
incluindo o programa de testes de estresse.
f) Gestão do Risco de Liquidez: Corresponde ao conjunto de políticas, processos, sistemas de mensuração, ferramentas, estruturas
organizacionais e procedimentos, por meio dos quais a ES administra seu risco de liquidez.
1. Definição
1.1. A análise econômico-financeira da solidez patrimonial (Anef Solidez Patrimonial) consiste na avaliação da qualidade e da suficiência da base de
capital prudencial e de sua adequação frente aos riscos incorridos pela entidade supervisionada (ES). GPS - Anef Solidez Patrimonial
1. Definição
1.1. Classificar o nível de risco de liquidez da ES, o qual consiste na possibilidade de não se dispor de fundos ou da garantia de que existirão fundos
para honrar todas as exigibilidades em determinado horizonte de tempo. Ou, segundo uma definição mais clássica, o risco de liquidez é a
ocorrência de desequilíbrio entre ativos realizáveis e passivos exigíveis que possa afetar a capacidade de pagamento da ES, levando-se em conta
as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.
1. Definição
1.1. A análise econômico-financeira de resultados (Anef Resultados) consiste na avaliação da capacidade atual e das perspectivas da ES para gerar
resultados, com base na avaliação de três elementos: Suficiência, Qualidade e Sustentabilidade. GPS - Anef Resultados
Compreende a avaliação de aspectos relacionados ao modelo de negócios, à estratégia corporativa e à competitividade da Entidade
Supervisionada - ES, contribuindo para a formação de opinião sobre as perspectivas de atuação bem sucedida e a sustentabilidade da ES.
1. Definição
1.1. Corresponde ao conjunto de políticas, processos, sistemas de mensuração, ferramentas, estruturas organizacionais e procedimentos por meio dos
quais a ES gerencia seu capital.
1. Definição
1.1. Corresponde ao conjunto de políticas, processos, sistemas de mensuração, ferramentas, estruturas organizacionais e procedimentos, por meio dos
quais a ES administra seu risco de liquidez.
1. Definições
1.1. O processo de supervisão de cooperativas de crédito e de instituições não bancárias conduzido pelo Banco Central do Brasil compreende, dentre
os seus objetivos, a análise dos principais riscos assumidos pelas Entidades Supervisionadas (ESs), seus sistemas de controles e sua situação
econômico-financeira, de maneira que a Supervisão possa formar sua opinião conclusiva e abrangente sobre as ESs, a cada ciclo de supervisão.
1.2. O ciclo de supervisão é definido como a periodicidade em que devem ser realizadas atividades de supervisão que subsidiem a formação da opinião
do Supervisor sobre a ES.
1.3. A classificação das instituições nos ciclos de supervisão definidos (contínuo, curto e longo) é obtida com base na combinação entre o grau de
impacto (porte) da ES e o seu risco inerente, sendo atualizada anualmente, para elaboração do Plano de Ação da Supervisão (PAS).
1.4. O período do ciclo depende do nível de prioridade da ES, podendo ser anual para as ESs do ciclo contínuo, trienal para ESs do ciclo curto e
quinquenal para ESs do ciclo longo.
1.5. O cumprimento do ciclo de supervisão definido se dá por meio da realização de Inspeção não Bancária, Inspeção Agregada não Bancária e
Acompanhamento Contínuo de ES.
1.6. As instituições com uma combinação de baixo impacto e baixo risco são submetidas ao processo de supervisão massificada. As ações
direcionadas a estas ESs não visam o cumprimento do ciclo de supervisão em uma periodicidade definida, mas sim a cobertura contínua do
universo supervisionado. Isso ocorre por meio de um processo de trabalho ancorado nas situações monitoradas e no tratamento das sinalizações
do monitoramento e de informações relevantes contidas nos relatórios de auditoria independente e cooperativa. A partir dessas informações, e
quando pertinente, podem ser realizados trabalhos específicos.
1.7. Ao final da realização de cada ação de supervisão, é registrada a opinião conclusiva sobre a ES pelo supervisor responsável, conforme MSU
4.30.30.20.01, bem como as ações decorrentes daquela atividade.
2. Inspeção não Bancária
2.1. A Inspeção não Bancária (INB) consiste na avaliação de confederação, cooperativa de crédito ou instituição não bancária, abrangendo as áreas ou
os assuntos considerados relevantes pela supervisão, de acordo com o porte, a complexidade e o nível de risco da ES.
2.2. A avaliação pode contemplar a realização de testes e verificações de forma presencial ou remotamente, a partir de informações disponíveis no
Banco Central ou requisitadas à ES.
2.3. A INB é realizada por meio da aplicação de Roteiros Padronizados de Inspeção e Avaliação, que têm como objetivo estabelecer critérios
harmônicos, por segmento, para a inspeção de cooperativas e instituições não bancárias, visando à avaliação qualitativa e quantitativa da ES,
consubstanciada por meio de relato sobre cada quesito analisado e atribuição de nota aos itens verificados.
3. Inspeção Agregada não Bancária
3.1. A Inspeção Agregada não-Bancária (IANB) tem o objetivo de avaliar um tema específico de forma detalhada e abrangente para um conjunto de
instituições com características similares ou pertencentes a um mesmo sistema cooperativista.
3.2. A atividade envolve análises de documentos, de informações e de bases de dados referentes a um assunto específico, relativos a um conjunto de
instituições.
3.3. As falhas ou as deficiências verificadas quando da aplicação da IANB são comunicadas simultaneamente a todas as instituições avaliadas. Dessa
forma, o tratamento dos apontamentos é realizado de forma sistêmica, possibilitando a melhoria contínua das políticas, dos processos e das regras
de um segmento supervisionado ou de um sistema, sendo mais um instrumento de gestão importante para o conjunto de instituições.
4. Inspeção Horizontal
4.1. A inspeção horizontal (IH) consiste na avaliação específica simultânea de um assunto para um conjunto de ESs, com o objetivo de identificar
eventual não adequação a normas vigentes ou situações de risco.
4.2. Essa atividade possibilita detectar situações de risco individual e agregado, que podem ensejar ações de supervisão.
1. Itens Avaliados
1.1. Os Roteiros de Inspeção e Avaliação de Cooperativas de Créditos e de Instituições de Crédito são compostos de quesitos organizados em seis
módulos: Governança e Controles Internos, Gestão Integrada de Riscos, Tesouraria, Operações de Crédito, Demais Ativos e Passivos, e Situação
Econômico-financeira. Em cada módulo são avaliados os seguintes pontos:
2. Módulo Governança e Controles Internos
2.1. Adequação da estrutura organizacional.
2.2. Adequação da política de sucessão de administradores.
2.3. Revisão de deficiências apontadas em ações de supervisão anteriores, bem como análise das recomendações decorrentes dos trabalhos das
auditorias (interna, cooperativa e independente).
2.4. Compatibilidade da política de conformidade com a natureza, o porte, a complexidade, a estrutura, o perfil de risco e o modelo de negócio da
instituição, de forma a assegurar o efetivo gerenciamento do seu risco de conformidade.
2.5. Efetividade do processo de planejamento estratégico da instituição.
2.6. Aderência a manuais, procedimentos e regulamentos.
2.7. Experiência e capacitação técnica dos membros de órgãos estatutários, principais gestores e colaboradores para o desempenho das funções.
2.8. Atuação do conselho de administração, se existente, e da diretoria executiva, destacando a definição de políticas, a elaboração do planejamento
estratégico, o grau efetivo de participação na tomada de decisões, na verificação do cumprimento de normas, no patrocínio aos controles internos e
às atividades de compliance, na atenuação dos conflitos de interesse e na discussão de assuntos relevantes, a suficiência do tempo dedicado à
instituição e a devida segregação de funções alcançada.
2.9. Atuação do conselho fiscal, destacando a extensão e a profundidade dos exames que realiza, instrumentos e relatórios sistematicamente utilizados
e abrangência e relevância dos assuntos tratados.
2.10. Instrumentos e canais de comunicação, quanto à eficiência, à acessibilidade e à tempestividade.
2.11. Estrutura, políticas, controles e processos relacionados ao risco operacional e à gestão de continuidade de negócios.
2.12. Governança, políticas e processos relacionados ao gerenciamento do risco socioambiental.
2.13. Adequação da infraestrutura de TI, aspectos relativos à segurança da informação e procedimentos existentes para prover suporte aos usuários da
infraestrutura de TI.
2.14. Itens avaliados exclusivamente nas cooperativas de crédito:
a) Pertinência e importância dos assuntos discutidos em assembleia, participação dos associados, critérios de distribuição de sobras e de
rateio de perdas, formação de reservas e destinação de recursos ao Fates e a fundos específicos e sua devida contabilização.
b) Aspectos relevantes do Estatuto Social e do Regimento Interno da cooperativa.
c) Compatibilidade dos principais objetivos e metas da cooperativa singular com o planejamento do sistema cooperativo (central e
confederação) ao qual pertence e ações adotadas para a sua consecução.
d) Procedimentos que assegurem o impedimento de contratação de operações com não associados e procedimentos que evitem a
associação de pessoas que não reúnam condições estatutárias para se associar, bem como o adequado tratamento dos atos não
cooperativos.
e) Formação cooperativista dos associados.
3. Módulo Gestão Integrada de Riscos
3.1. Adequação da Declaração de Apetite por Riscos (RAS).
3.2. Estrutura, políticas, metodologias, procedimentos e ferramentas de gerenciamento contínuo e integrado de riscos.
3.3. Políticas e estratégias de gerenciamento de capital.
4. Módulo Tesouraria
4.1. Conciliação entre registros contábeis e relatórios de custódia.
4.2. Critérios de classificação contábil e evolução de ativos de tesouraria.
4.3. Política de aplicação de recursos e captação de depósitos, em especial as taxas praticadas.
4.4. Limite de exposição para aplicação em depósitos e títulos e valores mobiliários de responsabilidade ou de emissão de uma mesma entidade,
empresas coligadas e controladora e suas controladas.
4.5. Estrutura, políticas, controles e processos relacionados ao risco de liquidez.
4.6. Estrutura, políticas, controles e processos relacionados ao risco de mercado e IRRBB.
5. Módulo Operações de Crédito
5.1. Perfil da carteira de crédito e das demais operações sujeitas ao risco de crédito, inclusive em relação às maiores exposições, operações em atraso,
baixadas para prejuízo e comportamento histórico das perdas.
5.2. Adequação da classificação de risco e do provisionamento das operações de crédito e consistência com a classificação contábil.
5.3. Processo de concessão de crédito.
5.4. Cessões de crédito e prestação de garantias por meio de avais e fianças
5.5. Parcelas de capital destacadas para cobertura de risco de crédito.
5.6. Suficiência e adequação dos procedimentos de cobrança.
5.7. Exposição da entidade ao risco de outras contrapartes (intermediários, convenentes, custodiantes, entre outros).
5.8. Adequação da política de crédito e conformidade das operações de crédito, das garantias prestadas e das demais operações sujeitas ao risco de
crédito com as políticas de crédito definidas pela entidade, com a legislação e com as demais normas vigentes.
1. Itens Avaliados
1.1. O Roteiro de Inspeção e Avaliação de Corretoras e Distribuidoras é composto de quesitos organizados em seis módulos: Governança, Gestão de
Riscos e Controles Internos, Operações da Carteira Própria, Intermediação, Demais Ativos e Passivos, e Situação Econômico-financeira. Em cada
módulo são avaliados os seguintes pontos:
2. Módulo Governança
2.1. Adequação, formalização e definição de responsabilidades e funções na estrutura organizacional, bem como estrutura societária da instituição.
2.2. Adequação da política de sucessão de administradores.
2.3. Revisão de deficiências apontadas em ações de supervisão anteriores, bem como análise das recomendações decorrentes dos trabalhos das
auditorias (interna e independente).
2.4. Processos de identificação e de contratação de operações com partes relacionadas.
2.5. Adequação da estrutura ao porte e ao perfil operacional.
2.6. Segregação de tarefas e de funções e funcionamento de comitês.
2.7. Atuação do conselho de administração, se existente, e da diretoria executiva, destacando a definição de políticas, a elaboração do planejamento
estratégico, o grau efetivo de participação na tomada de decisões, na verificação do cumprimento de normas, no patrocínio aos controles internos e
às atividades de compliance, na atenuação dos conflitos de interesse e na discussão de assuntos relevantes, a suficiência do tempo dedicado à
instituição e a devida segregação de funções alcançada.
2.8. Atuação do conselho fiscal, se existente, destacando a extensão e a profundidade dos exames que realiza, instrumentos e relatórios
sistematicamente utilizados e abrangência e relevância dos assuntos tratados.
2.9. Atuação de Agentes Autônomos de Investimento.
2.10. Adequação da infraestrutura de TI, aspectos relativos à segurança da informação e procedimentos existentes para prover suporte aos usuários da
infraestrutura de TI.
2.11. Políticas e procedimentos de controles internos e de conformidade.
3. Módulo Gestão de Riscos e Controles Internos
3.1. Adequação da Declaração de Apetite por Riscos (RAS).
3.2. Estrutura, políticas, metodologias, procedimentos e ferramentas de gerenciamento contínuo e integrado de riscos.
3.3. Políticas e estratégias de gerenciamento de capital.
4. Módulo Operações da Carteira Própria
4.1. Formalização e adequação da política de gestão da carteira própria.
4.2. Critérios de classificação e metodologia de avaliação a mercado de títulos e valores mobiliários.
4.3. Conciliação contábil da carteira própria.
4.4. Custódia da carteira própria.
4.5. Cumprimento de limites regulamentares.
4.6. Adequação dos processos para identificação, avaliação, monitoramento e controle da exposição ao risco de liquidez.
4.7. Adequação da política e do fluxo operacional do processo de negociação de câmbio.
4.8. Adequação da política e do fluxo operacional do processo de negociação de ouro.
5. Módulo Intermediação
5.1. Políticas, estratégias e planejamento da área de intermediação.
5.2. Definição e adequação das funções e das responsabilidades dos colaboradores.
5.3. Capacitação técnica e certificação de colaboradores.
5.4. Movimentações de conta corrente de clientes.
5.5. Operações de financiamento para compra de valores mobiliários.
5.6. Contratos e contabilização de operações de empréstimo e de aluguel de títulos e valores mobiliários.
5.7. Operações com instrumentos financeiros derivativos.
5.8. Resultados com a atividade de intermediação e com administração de recursos de terceiros.
6. Módulo Demais Ativos e Passivos
6.1. Adequação dos procedimentos para a constituição de provisões para passivos contingentes.
6.2. Adequação dos saldos contabilizados nas rubricas Provisões e Devedores por Depósitos em Garantia.
6.3. Créditos Tributários e obrigações fiscais diferidas.
6.4. Critérios de redução ao valor recuperável dos ativos.
6.5. Composição e evolução das rubricas dos demais ativos e passivos considerados relevantes.
7. Situação Econômico-Financeira
7.1. Suficiência de capital em face das operações realizadas e enquadramento nos limites regulamentares.
7.2. Composição dos ativos, relação entre os geradores e os não geradores de renda.
7.3. Estrutura de receitas e compatibilidade com os custos operacionais.
7.4. Eficiência da instituição e estrutura de suas despesas.
1. Itens Avaliados
1.1. O Roteiro de Inspeção e Avaliação de Administradoras de Consórcio é composto de quesitos organizados em cinco módulos: Controles Internos;
Situação Econômico-financeira; Gestão de Grupos Ativos; Gestão de Recursos de Grupos Encerrados; Registros e Tratativas de Denúncias e
Medidas Coercitivas.Em cada módulo são avaliados os seguintes pontos:
2. Módulo Controles Internos
2.1. Definição de funções e de responsabilidades.
2.2. Segregação das atividades atribuídas aos integrantes da administradora, de modo que seja evitado o conflito de interesses.
2.3. Identificação e avaliação de fatores de risco, internos e externos (por exemplo, plano de contingência, avaliação de ameaças, capacitação).
2.4. Adequação e efetividade dos relatórios de controles internos.
2.5. Aderência às recomendações das auditorias interna e externa e da Supervisão.
2.6. Adoção de medidas corretivas pelos gestores da administradora.
2.7. Tempestividade, consistência e fidedignidade das informações remetidas no documento 2080.
2.8. Instrumentos e canais de comunicação, quanto à eficiência, à acessibilidade e à tempestividade.
2.9. Adequação da infraestrutura de TI, aspectos relativos à segurança da informação e procedimentos existentes para prover suporte aos usuários da
infraestrutura de TI.
3. Situação Econômico-Financeira
3.1. Histórico e perspectiva de cumprimento dos padrões mínimos de capital e dos limites regulamentares.
3.2. Limite de alavancagem.
3.3. Limite de imobilização.
3.4. Conciliação contábil das disponibilidades da administradora.
3.5. Receitas operacionais, em especial a taxa de administração, e despesas operacionais.
3.6. Capacidade de pagamento de recursos não procurados.
3.7. Escrituração e reconhecimento de provisões em face das probabilidades de perda das ações respectivas, bem como a correta divulgação e
tratamento dos passivos contingentes.
4. Módulo Gestão de Grupos Ativos
4.1. Procedimentos para a constituição dos grupos de consórcio.
4.2. Recursos disponíveis dos grupos.
4.3. Situação patrimonial dos grupos de consórcio ao final de seu prazo.
4.4. Limite de cotas de um mesmo consorciado ativo.
4.5. Taxa de ocupação do grupo e eventual inviabilização de contemplações previstas no contrato de adesão.
4.6. Aderência do contrato de adesão à legislação e à regulamentação vigente.
4.7. Processo de contemplação implementado pela administradora.
4.8. Procedimentos para a efetiva constituição e execução das garantias, de forma a salvaguardar o patrimônio dos grupos de consórcio quando do
processo de contemplação.
4.9. Políticas e controles do processo de cobrança, bem como sua efetiva adoção em casos concretos.
4.10. Estrutura comercial e funcional em relação à área de abrangência dos negócios e aos segmentos em que atua.
4.11. Dossiês dos consorciados quanto aos dados cadastrais e respectiva documentação comprobatória.
4.12. Assembleias gerais: disponibilização das demonstrações financeiras dos respectivos grupos, fornecimento de todas as informações necessárias
para elucidação de eventuais questões levantadas pelos consorciados, respeito aos quóruns mínimos para votação de assuntos importantes aos
grupos.
4.13. Controles das disponibilidades dos grupos.
4.14. Política de aplicação dos recursos dos grupos.
4.15. Procedimentos de transferência dos recursos relativos à taxa de administração, seguros, juros e multas.
4.16. Procedimentos de entrega dos créditos aos consorciados contemplados, estoque de pendências de pagamento e eventual correlação entre ambos.
4.17. Adoção de medidas preventivas em face de situação de inadimplência nos grupos.
4.18. Segregação de registros contábeis dos consorciados atrasados, ajuizados e com bens retomados ou apreendidos
4.19. Procedimentos de contratação e operacionalização do seguro de quebra de garantia.
5. Módulo Gestão de Grupos Encerrados
5.1. Procedimentos de encerramento dos grupos, permitindo a adequada apuração do resultado dos saldos finais do grupo e as respectivas
distribuições entre os cotistas.
5.2. Segregação de registros de recursos não procurados e dos valores pendentes de recebimento objeto de cobrança judicial.
5.3. Aderência dos procedimentos de aplicação e remuneração dos recursos não procurados de grupos encerrados.
5.4. Procedimentos adotados para fins de devolução dos recursos não procurados
5.5. Adoção de medidas que viabilizem a cobrança de taxa de permanência sobre recursos não procurados.
5.6. Procedimentos de recuperação, rateio e disponibilização dos recursos pendentes de recebimento.
1. Definição
1.1. O risco de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (LD/FT) é a possibilidade de a instituição ser utilizada por seus clientes para a
realização dos crimes de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. A LD é a transformação de recursos obtidos como resultado de
atividades ilegais em valores que parecem ser provenientes de fontes legítimas. FT tem por finalidade a ideologia e a motivação política por trás do
financiamento, que pode ser próprio ou de terceiros. Em geral, procuram-se bancos e outras instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil
em virtude da facilidade e da velocidade na transferência de recursos, da grande variedade de serviços financeiros disponíveis e da proteção
trazida pelo sigilo bancário. GPS - Risco de LD/FT
1. Definição
1.1. A gestão do risco de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (LD/FT) é composta por um conjunto de políticas, estruturas
organizacionais, procedimentos e sistemas, que devem estar em conformidade com as obrigações regulamentares e com as boas práticas
internacionais em matéria de prevenção à LD/FT.
1. Definição
1.1. O risco de relacionamento com clientes e usuários de produtos e serviços financeiros é a possibilidade de ocorrência de danos a clientes e
usuários decorrentes de condutas inadequadas adotadas pela Entidade Supervisionada (ES) na realização de seus negócios. GPS - Risco de
Relacionamento
1. Definição
1.1. A gestão de risco de relacionamento com clientes e usuários compreende políticas, procedimentos, estruturas organizacionais, sistemas e
controles estabelecidos pela Entidade Supervisionada (ES) para gerenciar e mitigar sua exposição ao risco no relacionamento com clientes e
usuários de produtos e serviços financeiros, os quais devem ser compatíveis com o seu porte, com a natureza de seus produtos e serviços e com o
perfil de seus clientes e usuários. GPS - Gestão de Risco de Relacionamento
Glossário
Termo Descrição
Ajustes Conceituam-se como ajustes quaisquer fatos que acarretem alterações nos valores nas contas
patrimoniais ou de resultado das entidades supervisionadas, gerando a determinação da adoção de
providências regularizadoras. Objetivam corrigir informações sobre a situação contábil e econômico-
financeira da entidade sob análise.
Amostra da TR Informações diárias de certificados de depósitos bancários e recibos de depósitos bancários, prefixados,
com prazo entre 30 e 35 dias, inclusive, são captadas diariamente dos bancos múltiplos, bancos
comerciais, bancos de investimento e Caixa Econômica Federal, para uso exclusivo do Banco Central do
Brasil. Semestralmente, são selecionados os trinta maiores conglomerados financeiros, em termos de
captação de depósitos, para compor a base de dados que fornecerá informações para a apuração da Taxa
Referencial (TR) e da Taxa Básica Financeira (TBF).
Análise de cenários Metodologia de teste de estresse que permite avaliar, ao longo de um período determinado, o impacto
decorrente de variações simultâneas e coerentes em um conjunto de parâmetros relevantes no capital da
instituição, em sua liquidez ou no valor de um portfólio.
Análise de sensibilidade Metodologia de teste de estresse que permite avaliar o impacto decorrente de variações em um parâmetro
relevante específico no capital da instituição, em sua liquidez ou no valor de um portfólio.
Bank for International Settlements BIS O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês, Bank for International Settlements) é
um organismo internacional que fomenta a cooperação entre bancos centrais e outras agências com o
objetivo de manter a estabilidade monetária e financeira. Serve de fórum para debates, fomenta a
pesquisa, realiza uma série de serviços para os bancos centrais, tem a função de agente fiduciário.
Fundado em 1930, tem sede em Basileia, na Suiça. (www.bis.org)
Cadastro Informativo de Créditos Não O Cadin é um banco de dados no qual estão registrados os nomes de pessoas físicas e jurídicas em
Quitados com o Setor Público Federal Cadin débito para com órgãos e entidades federais.
Catálogo de Documentos Cadoc Editado pelo Banco Central, o Cadoc relaciona todos os documentos que as instituições têm obrigação de
apresentar ao BCB.
Certificado de Recebívies Imobiliários CRI O Certificado de Recebíveis Imobiliários CRI é título de crédito nominativo, de livre negociação, de
emissão exclusiva das companhias securitizadoras, lastreado em créditos imobiliários e constitui
promessa de pagamento em dinheiro (Art. 6º da Lei 9.514, de 20 de novembro de 1997).
Citação Ato administrativo pelo qual se dá ciência a pessoa física ou jurídica da existência de processo
sancionador contra ele, para que, caso queira, apresente defesa contra a acusação das irregularidades
que lhe são imputadas.
Comissão de Valores Mobiliários CVM A CVM é uma autarquia federal responsável pela regulação, autorização e fiscalização do mercado de
capitais no Brasil (aplicações em portfólio, mercado futuro, bolsa de valor). (www.cvm.gov.br )
Conglomerado econômico-financeiro Definido pela regulamentação como o conjunto de participações societárias diretas ou indiretas, no País e
no exterior, detidas pelas instituições que dependem de autorização do BCB para funcionar.
Conglomerado financeiro Formado pelo conjunto de entidades financeiras vinculadas, direta ou indiretamente, por participação
acionária ou por controle operacional efetivo, caracterizado pela administração ou gerência comum ou
pela atuação no mercado sob a mesma marca ou nome comercial.
Conselho de Controle de Atividades Criado pela Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras Coaf,
Financeiras Coaf com as seguintes finalidades previstas nos artigos 14 e 15: (a) receber, examinar e identificar as
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas; (b) Comunicar às autoridades competentes para a instauração
dos procedimentos cabíveis nas situações em que concluir pela existência, ou fundados indícios, de
crimes de lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores, ou de qualquer outro ilícito; (c)
Coordenar e propor mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações rápidas e
eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores; (d) Disciplinar e aplicar
penas administrativas.
Conselho de Recursos do Sistema Órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Economia, que tem por
Financeiro Nacional CRSFN finalidade julgar, em última instância administrativa, os recursos contra as sanções aplicadas pelo BCB e
pela CVM, e, nos processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo Coaf, SUSEP e demais
autoridades competentes.
Day-trade Termo na língua inglesa que define a compra e venda definitiva de um determinado papel, ocorridas no
mesmo dia, de forma que a instituição apure perda ou lucro, sem carregar nenhuma posição em carteira
de um dia para o outro.
Fundo de Compensação de Variações Fundo público criado pela Resolução nº 25, de 16.6.1967, do Conselho de Administração do extinto Banco
Salariais FCVS Nacional da Habitação BNH, e ratificado pela Lei nº 9.443, de 14.3.1997, destinado precipuamente à
cobertura de eventuais saldos devedores residuais existentes quando do término do contrato de
financiamento habitacional no âmbito do SFH. Com a Lei nº 12.409, de 25.5.2011, passou a oferecer
cobertura direta a contratos de financiamento habitacional averbados na Apólice Pública do SH/SFH até
31.12/2009.
Limites Operacionais São parâmetros estabelecidos normativamente às instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo BCB e administradoras de consórcio, com a finalidade de assegurar a higidez
do sistema financeiro nacional.
Glossário
Termo Descrição
Monitoramento O monitoramento feito pelo BCB identifica ameaças à estabilidade do Sistema Financeiro Nacional SFN e
os riscos às instituições financeiras. Consiste no acompanhamento sistemático das informações
disponíveis, para detectar tempestivamente situações ou eventos que fujam aos padrões de
comportamento esperado, tanto em termos regulamentares quanto de avaliação de riscos.
Patrimônio de Referência PR O patrimônio de referência PR é definido para fins de apuração dos limites operacionais, sendo composto
pelo somatório dos seguintes níveis: (i) Nível I representado pelo patrimônio líquido, acrescido do saldo
das contas de resultado credoras, e deduzido do saldo das contas devedoras, excluídas as reservas de
reavaliação, as reservas para contingências e as reservas especiais de lucros relativas a dividendos
obrigatórios não distribuídos e deduzidos os valores referentes a ações preferenciais cumulativas e a
ações preferenciais resgatáveis; e (ii) Nível II representado pelas reservas de reavaliação, reservas para
contingências, reservas especiais de lucros relativas a dividendos obrigatórios não distribuídos, ações
preferenciais cumulativas, ações preferenciais resgatáveis, dívidas subordinadas e instrumentos híbridos
de capital e dívida. Para um entendimento completo dos limites envolvidos nessa definição deve ser
consultada a regulamentação pertinente.
Plano Contábil das Instituições do Sistema Editado pelo BCB, o Plano Contábil é um conjunto integrado de normas, procedimentos e critérios de
Financeiro Nacional Cosif escrituração contábil utilizados pelas instituições autorizadas a funcionar pelo BCB.
Plano de Ação da Supervisão PAS Conjunto de ações que contempla os projetos corporativos, as iniciativas, as atividades e as tarefas que
serão desempenhadas pelas unidades com atribuições de supervisão durante um exercício. É composto
pelas ações definidas durante o processo de elaboração do planejamento e pelas ações programadas ao
longo do exercício, denominadas Extra-PAS.
Risco de Crédito Risco de que a contraparte na transação não honre sua obrigação nos termos e condições do contrato. O
risco de crédito está presente nas chamadas operações de crédito, como empréstimos e financiamentos, e
em qualquer outra modalidade representada por instrumentos financeiros que estejam no ativo da
instituição, seja nas contas patrimoniais, seja nas de compensação.
Risco de Estratégia Risco de experimentar perdas em resultados, ou deterioração de capital, decorrentes de decisões
empresariais adversas, relacionadas a aspectos como objetivos e iniciativas estratégicas com impactos
na competitividade das entidades supervisionadas , implantação inadequada de decisões ou falta de
reação a mudanças no ambiente empresarial.
Risco de Liquidez Possibilidade de a ES não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas,
correntes e futuras, incluindo as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações
diárias e sem incorrer em perdas significativas, e de não conseguir negociar a preço de mercado uma
posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão
de alguma descontinuidade no mercado.
Risco de Mercado Possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de instrumentos
detidos pela ES, incluindo a variação das taxa de juros e dos preços das ações classificados na carteira
de negociação, variação cambial e dos preços de mercadorias (commodities).
Risco de Reputação Possibilidade da formação de uma percepção negativa a respeito da ES, em qualquer aspecto, por parte
do público com quem transaciona ou se relaciona (clientes, contrapartes, colaboradores, acionistas,
investidores e reguladores) e das entidades ou setores capazes de influenciar aqueles com quem
transaciona (mídia, sindicatos e sociedade em geral), levando à perda de participação no mercado, à
redução da rentabilidade, a litígios onerosos ou à queda nos preços das ações e, em última instância,
afetando sua continuidade.
Risco Legal Risco de ocorrência de perdas oriundas da inadequação ou deficiência em contratos firmados pela
instituição, de sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e contratuais, e de
indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. A
divergência na interpretação das leis e contratos e falhas na comprovação do direito alegado são fatores
que potencializam o risco legal.
Risco Operacional Risco de a instituição incorrer em perdas resultantes de falha, fraude, deficiência ou inadequação de
processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
Risco Sistêmico O risco sistêmico é definido como o risco de interrupção para os serviços financeiros causado por uma
ineficácia total ou de parte do setor financeiro, tendo potencial de gerar consequências negativas para a
economia real.
Sistema de Informações do Banco Central O Sisbacen é um conjunto de recursos de tecnologia da informação, interligados em rede, utilizado pelo
Sisbacen BCB na condução de seus processos de trabalho.
Spread estático Representa o valor do deslocamento paralelo de uma curva de juros. Na ferramenta em questão, esse
spread é a diferença entre a curva de juros referencial, proveniente da BM&F, e a curva de juros que,
usada para a marcação a mercado, resultaria no preço efetivamente negociado.
Teste de estresse reverso O teste de estresse reverso é a metodologia que identifica o cenário que leva a resultados extremos para
a instituição, como a iliquidez, uma grande perda esperada ou até a inviabilidade do banco. No caso dos
testes de estresse reversos, a instituição deverá desenvolver cenários relacionados às fragilidades
intrínsecas à exposição ao risco de crédito de sua carteira. Essas fragilidades não necessariamente são
as mesmas colocadas nos
Glossário
Termo Descrição
Teste de estresse reverso cenários históricos ou prospectivos anteriormente abordados. Metodologia de teste de estresse que
permite a identificação dos eventos e circunstâncias adversos associados a níveis predefinidos de
resultado, capital ou liquidez, incluindo os que configurem a inviabilidade da entidade supervisionada.