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TELESCÓPIOS…

…e observação astronómica

Ricardo Cardoso Reis


(ricardo.reis@astro.up.pt)

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Os “pais” do telescópio – Lippershey 1608

Oculista holandês.

Diz a lenda que, ao


ver duas crianças
brincar com lentes na
sua loja, descobriu o
efeito da combinação
de lentes para que um
objeto distante
parecesse mais perto.

Johannes Lippershey

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Os “pais” do telescópio – Lippershey 1608

Telescópio

Para o nosso cérebro, a luz viaja sempre em linha reta, por isso,
quando desviamos (focamos) a luz com um telescópio, vemos o
objeto ampliado.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Os “pais” do telescópio – Galileu 1609

Galileu Galilei

Galileu ouviu falar da invenção do holandês, e só da descrição reproduziu-a.


Foi também o primeiro a apontar o telescópio para o céu.

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Sidereus Nuncius

Galileu registou as suas observações no seu famoso livro Sidereus Nuncius

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Lua Sidereus Nuncius
Sol

Júpiter e Luas

Ricardo Cardoso Reis – Fases de


Telescópios 2023 Vénus
A Lua

Planetário do Porto Galileu

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O Sol

Planetário do Porto Galileu

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As Luas de Júpiter

Galileu

Planetário do Porto

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Modelo Geocêntrico do Universo

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As fases de Vénus

Galileu observou um conjunto completo


de fases em Vénus, o que não era
compatível com o modelo geocêntrico

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As fases de Vénus
O movimento do planeta no céu já
era incompatível com Vénus rodar
diretamente à volta do Sol.
Era necessário que houvesse um
epicíclo, isto é, o planeta orbitava
um ponto imaginário, e esse ponto
é que orbitava o Sol.

Mesmo assim, se Vénus e o Sol


orbitassem a Terra, então
veríamos duas vezes Vénus novo,
mas nunca Vénus Cheio.

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As fases de Vénus
Como Galileu observou um
conjunto complete de fases,
procurou uma explicação.

A resposta estava no modelo


heliocêntrico de Copérnico, com
os planetas a orbitar o Sol e
Vénus numa órbita mais interior do
que a Terra.

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Modelo Heliocêntrico do Universo

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“Orelhas” de Saturno

Galileu também observou “orelhas” em Saturno, mas sem saber explicar


o que estava a ver, não registou esta observação no seu livro.

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Os “pais” do telescópio – Kepler 1611

Galileu

Lente
Côncava

Kepler

Lente
Convexa
Johannes Kepler

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Galileu vs. Kepler
Galileu

Kepler

O telescópio de Galileu (ou telescópio terrestre), que usa uma lente


convergente e uma divergente, mantém a imagem direita.
Já o telescópio de Kepler (ou telescópio astronómico), que usa duas lentes
convergentes, inverte a imagem.
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Os “pais” do telescópio – Newton 1668

Newton reparou no efeito de


Isaac Newton ampliação do seu espelho da barba
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Os “pais” do telescópio – Newton 1668

O problema de usar um
espelho para focar a luz é
termos de nos colocar em
frente a ele para poder
observar, tapando a luz

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O espelho secundário

Newton resolveu o problema


inserindo um segundo espelho,
mais pequeno, com um ângulo de
45º, para desviar a luz da trajectória
do espelho que foca a luz

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O espelho secundário

O espelho secuntário tapa uma quantidade mínima da luz, e


desvia o resto para o lado do tubo, permitindo a observação.

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O telescópio reflector

O telescópio Newtoniano é o “avô”


dos modernos observatórios

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


O telescópio reflector

O telescópio Newtoniano é o “avô”


dos modernos observatórios

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Refratores vs. Refletores

Kepler

Newton
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Telescópio Catadióptrico

Mais recentemente os dois modelos foram combinado, dando origem


aos telescópios com um espelho para focar a luz, mas com uma lente
corretora para resolver alguns tipos de aberrações

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O telescópio ao longo da História

Ao longo da História, refletores e refratores foram


aumentando de tamanho, e foram desenvolvidos
em paralelo, até ao início do séc. XX

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O telescópio ao longo da História

Construido em 1897, o Telescópio


Yerkes, com uma lente de 102 cm
e com mais de 19 m de
comprimento, é o maior telescópio
refrator (funcional) de sempre.

No entanto, só a lente pesa cerca


de 6 toneladas!

Lentes maiores eram demasiado


grossas, absorvendo a maior parte
da luz, ou demasiado pesadas,
sendo deformadas devido ao seu
próprio peso.

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O telescópio ao longo da História

Construido em 1908, o
telescópio Hooker tem um
espelho de 2,54 m, mais do
dobro do diâmetro do
telescópio Yerks.

Apesar disso, sendo um


espelho, pesava menos de
1/3 que a lente do Yerkes –
cerca de 2 toneladas.

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O telescópio ao longo da História

Marte

Marte observado pelo Telescópio Hooker (2,54 metros) - 1909


Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
O telescópio ao longo da História

1949 –Telescópio Hale ; Espelho de 5 m


O Hale é tão grande que as pessoas sentam-se no lugar do espelho secundário

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O telescópio ao longo da História

Marte

Marte observado pelo telescópio Hale (espelho 5m) - 1956

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Poluição Luminosa

Com a invenção da luz elétrica, surgiu também um dos maiores problemas


da Astronomia moderna – a Poluição Luminosa, isto é, as luzes das cidades
que, em vez de apontarem para o chão, apontam para o céu.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Poluição Luminosa

Com a invenção da luz elétrica, surgiu também um dos maiores problemas


da Astronomia moderna – a Poluição Luminosa, isto é, as luzes das cidades
que, em vez de apontarem para o chão, apontam para o céu.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Poluição Luminosa

A poluição luminosa forma autênticas abóbadas de luz


à volta dos centros hurbanos
Gerês – 25/06/2016
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Poluição Luminosa

Mesmo em locais mais isolados, ainda assim há poluição luminosa

Gerês – 25/06/2016
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Poluição Luminosa

Poluição luminosa é também a luz indesejada que nos entra pelas janelas
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Poluição Luminosa

Boa iluminação
Má iluminação (ilumina o chão)
(ilumina o céu)

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Poluição Luminosa

Mais luz não é sinónimo de mais segurança!


Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Poluição Luminosa

Mais luz não é sinónimo de mais segurança!


Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Como se observa nos dias de hoje?

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Os grandes consórcios internacionais

Nos dias de hoje, praticamente nenhum país isolado tem suficiente orçamento
para a ciência, que lhe permita construir grandes observatórios.
Na Europa, vários países juntaram-se em grandes consórcios, como a Agência
Espacial Europeia (ESA) ou o Observatório Europeu do Sul (ESO) e, em
conjunto, constroem os maiores observatórios terrestres e missões espaciais.

Portugal é membro de pleno direito de ambas e através de


instituições como o Instituto de Astrofísica e Ciências do
Espaço (IA), participam no design, conceção, operação e
exploração científica de instrumentação e missões espaciais

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Os modernos observatórios

Por causa da poluição luminosa, os modernos observatórios são construidos


em locais isolados. Para compensar a turbulência da atmosfera, são também
escolhidos locais bastante elevados
VLT (ESO). Quatro telescópios de
espelho único, com 8,2 m de
diâmetro.
Situado no Cerro Paranal Chile, a
2600 m de altitude.

W. M. Keck. Dois telescópios com


espelhos modulares de 10 m.
Situado em Mauna Kea, Hawaii, a
4100 m de altitude
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Os modernos observatórios

Sala de Comando do GranTeCan

Nos dias de hoje, instrumentos altamente sofisticados, com capacidades


Salapara
muito de Comando
além dos do VLT olhos, registam a luz dos astros. Os astrónomos
nossos
ficam confortavelmente sentados em frente a computadores, que comandam
estes
Ricardoenormes telescópios
Cardoso Reis – Telescópios 2023
Turbulência da Atmosfera

As diferenças de temperatura entre as


diferentes camadas da atmosfera provocam
movimentos das massas de ar, que por sua
vez, causam desvios no trajeto da luz.

Esta é a causa da cintilação


das estrelas no céu, ou do
efeito de “ar a mexer” num
dia quente de verão

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Telescópio Espacial Hubble

Outra solução, tanto para a turbulência e transparência da atmosfera,


como para a poluição luminosa, é colocar telescópios no espaço

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Telescópio Espacial Hubble

Marte

Marte observado pelo Telescópio Espacial Hubble


(2,4 metros) - 2003
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Telescópio Espacial CHEOPS

Observar trânsitos de exoplanetas conhecidos, para melhor os caracterizar.


Além de desenvolver software de análise dados, o IA participa também no
planeamento das observações.
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Telescópio Espacial James Webb

Espelho modular de 6,5 metros,


acompanha a órbita da Terra
em torno do Sol, à distância de
1,5 milhões de km

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Euclid

Telescópio Espacial Euclid


Espelho de 1,2 metros, que permite
observar galáxias numa porção do céu
muito maior do que seria possível na Terra

Missão da ESA para procurar a verdadeira


natureza da energia e da matéria escura,
ao fazer um mapa do Universo e ver como
este evoluiu com o tempo

O IA desenvolveu e gere o software que


coordena o plano de observação e
coordena os grupos científicos que irão
utilizar os dados obtidos para além do foco
da missão, p.ex., para determinar como é
que a matéria visível se relaciona com os
vastos halos de matéria escura

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Telescópio Espacial James Webb

Ao contrário do Hubble, que orbita a apenas 600 km da superfície da Terra,


o JWST e o Euclid estão num dos pontos de equilíbrio gravitacional entre o
Sol e a Terra – os Pontos de Lagrange. No L2, eles acompanham a órbita da
Terra à volta do Sol e garantem que têm sempre o Sol “pelas costas”

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Telescópio Espacial James Webb

O L2 fica a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, pelo


que não serão possíveis missões de serviço ao JWST
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Os observatórios do Futuro (próximo)

Extremely Large Telescope (ELT)


Observatório do ESO, com espelho modular de 39,3 metros, composto por 800 módulos com
1,4m de diâmetro. Área coletora de luz ~ 980 m2
(“First Light” prevista para 2027)

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


European Extremely Large Telescope

Estes telescópios não têm espelhos únicos – usam um conjunto de vários


espelhos hexagonais, disposto em “favo de mel”. Cada segmento é montado
sobre um motor, com um computador a controlar o movimento.
Esta técnica, chamada Ótica Adaptativa, dá aos segmentos sempre a
inclinação perfeita, para que o conjunto simule um espelho único e corrija, em
tempo real. a turbulência da atmosfera, simulando um telescópio no espaço

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Extremely Large Telescope (ESO)

Simulação do tamanho do espelho do ELT


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European Extremely Large Telescope

Imagem artística que compara a cúpula do ELT com um Boeing 747

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Extremely Large Telescope

ELT em construção, em outubro de 2023


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Os observatórios do Futuro (próximo)

Xuntian
Telescópio Espacial da CNSA. Com apenas 2m, é menor que o Hubble, mas
tem um campo de visão 300x maior – em 10 anos observará 40% do céu, com
uma câmara de 2,5 Gigapixel.
Lançamento previsto para 2024

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Os observatórios do Futuro

PLATO (PLAnetary Transits and Oscillations of stars)


Missão da ESA para estudar sistemas extrassolares,
com ênfase em planetas do tipo terrestre, na zona
de habitabilidade de estrelas do tipo solar. Usando
asterossismologia permite caracterização muito
precisa das estrelas observadas
Lançamento planeado para 2026.

Nancy Grace Roman Space Telescope


Missão da NASA para observar milhões de
galáxias no Infravermelho, de modo a tentar
vislumbrar a distribuição de Energia Escura.
Através de microlentes gravitacionais, vai
ainda procurar exoplanetas
Lançamento planeado para 2026-2027.

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Os observatórios do Futuro

ARIEL (Atmospheric Remote-sensing Infrared Exoplanet Large-survey)


Missão da ESA para estudar a composição química e distribuição de temperaturas das atmosferas
de 1000 exoplanetas conhecidos. Lançamento planeado para 2029
.

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Os observatórios do Futuro (distante)

LISA
Missão liderada pela ESA, com a NASA,
para observar ondas gravitacionais. São
3 satélites colocados a 2,5 milhões km
distância, “ligados” por lasers.
Segue a órbita da Terra à volta do Sol.
Tem lançamento planeado para 2037.

LUVOIR
Um dos quatro possíveis projetos
da NASA para um “Super”-Hubble, com
8 ou 15 metros diâmetro. Semelhante em
aspeto ao JWST, observará no Ultravioleta, Visível e
Infravermelho.
Lançamento nunca antes de 2039.
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Instrumentação

O olho humano foi substituido


por instrumentos como os
CCD’s – Charged Coupled
Device (ou mais recentemente
CMOS – Complementary
Metal-Oxide-Semiconductor) e
os Espectrógrafos

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Instrumentação – CCDs e CMOS

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Instrumentação – CCDs e CMOS

Estes sensores foram mais tarde exportados para o nosso dia-a-dia.

São estes que estão no “coração”


das máquinas fotográficas digitais

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Fotografia

Funcionamento do CCD
“Chuva” – Fotões
“Água” – Carga Elétrica
“Baldes” – Píxeis

Quando os “baldes de cima” enchem, a carga de cada píxel é contada


(“balde” da esteira abaixo) e traduzida em maior ou menor brilho.
Cada píxel mostra mais ou menos brilho e no conjunto formam uma imagem.

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O Espectro Visível do Sol

Ao fazer passar a luz branca do Sol por um prisma, conseguimos


dividi-la nas suas cores constituintes – o Espectro visível do Sol

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O Espectro Visível do Sol

Em alta resolução, o espectro do Sol apresenta bandas escuras – riscas de


absorção. Cada uma delas indica a presença de um elemento específico na
nossa estrela.

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O Espectro Electromagnético

Os nossos olhos são sensíveis apenas a um pequeníssima parte de todo o


espectro electromagnético.

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Instrumentação – Espectrógrafos

Os espectrógrafos são instrumentos que nos permitem ver o espectro, em


especial para lá do visível.
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ESPRESSO

O ESPRESSO é um espectrógrafo de alta resolução, instalado no VLT, que


consegue detetar variações de velocidade inferiores a 10 cm/s (ou 0,4 km/h).
A participação portuguesa neste instrumento é coordenada pelo IA, e com ele
será possível detetar e caracterizar exoplanetas semelhantes à Terra.
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“Transparência” da atmosfera terreste

A nossa atmosfera não deixa passar de forma igual a radiação de todos estes
comprimentos de onda, em especial as radiações mais energéticas como os
ultravioleta, raios Gama ou X.

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Os modernos observatórios – Rádiotelescópios
FAST (Provincia Guizhou, China)
Antena única de 500 metros de
diâmetro

VLA (Novo México, EUA)


27 antenas móveis de 25
metros, com dispersão
máxima de 46 km

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Rádio

Na banda rádio, conseguimos ver


o campo magnético de Júpiter

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Os modernos observatórios – Telescópios microondas

O ALMA (ESO) tem 54 antenas móveis de 12 metros e 12 antenas móveis de 7 metros,


que podem ter uma dispersão entre 150m e 16 km.
Está situado no planalto de Chajnantor, Chile, a 5.500 metros de altitude.
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Os modernos observatórios – Telescópios microondas

HL Tauri (ALMA)

Disco protoplanetário de HL Tauri.

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Os modernos observatórios – Telescópios microondas

HL Tauri (imagem artística)

Disco protoplanetário de HL Tauri. Como este sistema tem apenas 1 milhão de anos, ainda
não houve tempo para se formarem planetas, que estarão a ser formados nas falhas
observadas neste disco, com 25 horas-luz de diâmetro (Plutão está a 5,5 horas-luz do Sol).

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Telescópio Espacial James Webb - Infravermelho

Além do visível, o Webb também observa no infravermelho próximo.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

No visível, objetos opacos


(como poeiras) tapam a visão
para o que está dentro, ou
atrás.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

No visível, objetos opacos


(como poeiras) tapam a visão
para o que está dentro, ou
atrás.

No infravermelho é possível
“vêr” o calor emitido por
corpos, mesmo que estes
estejam tapados por algo

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

Os “pilares da criação”, na
Nebulosa da Águia.

Tanto o interior dos pilares,


como resto da nebulosa, no
fundo, têm tanta poeira, que
mal se veem estrelas.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

Os “pilares da criação”, na
Nebulosa da Águia.

Tanto o interior dos pilares,


como resto da nebulosa, no
fundo, têm tanta poeira, que
mal se veem estrelas.

O JWST, no infravermelho,
consegue vêr através da poeira

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Infravermelho

Neptuno observado no infravermelho, com o telescópio de 10 metros W. M. Keck

O fundo destas imagens do Keck é totalmente escuro

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

Nas imagens do JWST, o fundo está coberto de “manchas”

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Infravermelho

Nas imagens do JWST, o fundo está coberto de “manchas”


Na realidade, o telescópio é tão sensível que as “manchas”, no que devia ser um fundo
“escuro”, são na realidade galáxias.

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Solar Dynamics Observatory (SDO)
(Visível e Ultravioleta)

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Ultravioleta
Uma flor, observada no visível (esquerda) e em ultravioleta (direita)

Aos nossos olhos, a flor parece igual, mas no ultravioleta, a zona central, com o
pólen, absorve os ultravioleta, tornando-a escura.
As abelhas veem uma parte do ultravioleta, o que as ajuda a identificar a zona
da planta para onde se devem dirigir.

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Sol

Visível Ultravioleta

Observado no ultravioleta (à direita), o Sol revela fenómenos explosivos,


como Flares, proeminências ou ejeções de matéria coronal
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Telescópio Espacial XMM-Newton (raios X)

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Raios X

Os raios-X são tão energéticos, que atravessam os tecidos moles sem problemas, mas não
conseguem atravessar os ossos, que são mais densos.

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Raios X

Galáxia M51

Em raios-X conseguimos observar os fenómenos mais energéticos do Universo, como por


exemplo material a cair para o Buraco Negro Supermassivo no centro das galáxias, ou
explosões de supernovas.

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Observações multi-frequência

Galáxia de Andrómeda (M31)

Rádio

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Observações multi-frequência

Galáxia de Andrómeda (M31)

Infravermelho

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Observações multi-frequência

Galáxia de Andrómeda (M31)

Visível

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Observações multi-frequência

Galáxia de Andrómeda (M31)

Ultravioleta

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Observações multi-frequência

Galáxia de Andrómeda (M31)

Raios X

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De volta à Terra

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“Telescópio aumenta 100x” - será bom?

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


“Telescópio aumenta 100x” - será bom?

Assim como numa


fotografia digital,
aumentar mais a
imagem não significa
que se consiga ver
melhor

2 Megapixeis 10 Megapixeis

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Como classificar um telescópio
Poder colecor – Capacidade de “recolher” luz. Depende do diâmetro da objetiva ou espelho
primário. Quanto mais luz se recolher, melhor é a qualidade da imagem.

Objetiva

Ocular

Poder coletor = área objetiva / área do olho = π (D/2)2 / π (d/2)2

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Como classificar um telescópio
Abertura (f/ number) – Razão entre a distância focal e a pupila de entrada. Determina o
campo de visão do sistema.
Como num telescópio a pupila de entrada é igual ao diâmetro da objetiva/espelho principal,
esta quantidade está diretamente ligada ao poder coletor

Relação de abertura = D/F

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Relação de abertura = D/F

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Como classificar um telescópio
Poder resolvente – Capacidade de observar separadamente dois objetos muito juntos.
Depende do diâmetro da objetiva e da qualidade do sistema óptico.

Esqueda: Foto da descoberta da maior lua de Plutão, Caronte, no limite do poder resolvente.
Direita: Os mesmo objetos, à mesma escala, fotografados (e muito bem resolvidos) pelo
telescópio espacial Hubble.

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Como classificar um telescópio
Poder de ampliação – Razão entre a distância focal da objetiva e a distância focal ocular.
Para o mesmo telescópio (isto é, com a mesma objetiva/espelho principal), a ampliação só
varia com a ocular.

Ampliação = distância focal objetiva / distância focal ocular = F/f

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Como classificar um telescópio
Poder de ampliação – Razão entre a distância focal da objetiva e a distância focal ocular.
Para o mesmo telescópio (isto é, com a mesma objetiva/espelho principal), a ampliação só
varia com a ocular.

F objectiva
2m = 2000 mm

80x 200x

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Que características são mais importantes?

Exemplo 1 D F

D/2 d/2
Omegon Telescópio AC 70/700 AZ-2

Poder colector = π x (35mm)2 / π x (3mm)2 =


3847mm2/28mm2 = 137

Razão de abertura = 70/700 = f/10


f
Ocular de 25mm
Ampliação = 700 / 25 = 28x

Trocando por uma ocular de 10mm


Ampliação = 700 / 10 = 70x

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Que características são mais importantes?

Exemplo 2

Omegon Telescópio AC 70/900 AEQ-1

Poder colector = π x (35mm)2 / π x (3mm)2 =


3847mm2/28mm2 = 137

Razão de abertura = 70/900 = f/12,9

Ocular de 25mm
Ampliação = 900 / 25 = 36x

Trocando por uma ocular de 10mm


Ampliação = 900 / 10 = 90x

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Que características são mais importantes?

Exemplo 3

Omegon Telescópio AC 102/660 AZ-3

Poder colector = π x (51mm)2 / π x (3mm)2 =


8167mm2/28mm2 = 292

Razão de abertura = 102/660 = f/6,5

Ocular de 25mm
Ampliação = 660 / 25 = 26x

Trocando por uma ocular de 10mm


Ampliação = 660 / 10 = 66x

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Que características são mais importantes?

Exemplo 4

Omegon Telescópio Dobson ProDob N


203/1200 Radiant
Poder colector = π x (101mm)2 / π x (3mm)2 =
32031mm2/28mm2 = 1144

Razão de abertura = 203/1200 = f/6

Ocular de 25mm
Ampliação = 1200 / 25 = 48x

Trocando por uma ocular de 10mm


Ampliação = 1200 / 10 = 120x

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Que características são mais importantes?

Exemplo 5

Omegon Telescópios Cassegrain Pro CC


203/2436 OTA (só tubo)
Poder colector = π x (101mm)2 / π x (3mm)2 =
32031mm2/28mm2 = 1144

Razão de abertura = 203/2436 = f/12

Ocular de 25mm
Ampliação = 2436 / 25 = 97x

Trocando por uma ocular de 10mm


Ampliação = 2436 / 10 = 244x

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Alguns acessórios

Barlow Redutor focal Bateria portátil

Filtro lunar Filtro solar Prisma

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Aberrações ópticas
Aberração Cromática: Os raios de luz com diferentes comprimentos de onda são desviados
de maneira diferente, não focando todos no mesmo ponto

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Aberrações ópticas
Aberração Cromática: Os raios de luz com diferentes comprimentos de onda são desviados
de maneira diferente, não focando todos no mesmo ponto

Nas gotas de água, dão origem aos arco-íris

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Aberrações ópticas
Aberração Cromática: Os raios de luz com diferentes comprimentos de onda são desviados
de maneira diferente, não focando todos no mesmo ponto

Tanto nos telescópios


como nas máquinas
fotográficas, dão origem
a sombras azuladas ou
avermelhadas nos limites
da imagem

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Aberrações ópticas
Aberração Esférica: Os raios de luz são desviados de maneira diferente mais perto do centro
do que mais perto da orla do elemento óptico.

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Aberrações ópticas
Aberração Esférica: Os raios de luz são desviados de maneira diferente mais perto do centro
do que mais perto da orla do elemento óptico.

Os objetos vão ficando desfocados,


do centro para a periferia
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Aberrações ópticas
Aberração Esférica: Os raios de luz são desviados de maneira diferente mais perto do centro
do que mais perto da orla do elemento óptico.

Os objetos vão ficando desfocados,


do centro para a periferia
Os objetos vão ficando desfocados,
do centro para a periferia
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Aberrações ópticas
Astigmatismo: Os diferentes planos do elemento óptico focam os raios de luz de maneira
diferente.

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Aberrações ópticas
Astigmatismo: Os diferentes planos do elemento óptico focam os raios de luz de maneira
diferente.

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Vantagens de cada tipo de telescópio
Telescópio refractor: Boa estabilidade dos elementos opticos, melhor contraste, não
precisam de alinhamento. São melhores para observar planetas, devido ao melhor contraste,
pois o secundário de um refletor pode tapar até cerca de 25% da imagem.

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Vantagens de cada tipo de telescópio

Telescópio reflector: Mais leves e compactos, ausência de aberração cromática, espelhos


grandes são mais fáceis e baratos de fazer do que boas lentes.

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Vantagens de cada tipo de telescópio
Telescópio catadióptrico: Igual ao anterior, mas corrige outras aberrações, como astigmatismo

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Sistema de Coordenadas Terrestres

Para localizar um local na Terra, usamos coordenadas – Latitude e Longitude

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Sistema de Coordenadas Terrestres

Como a Terra é esférica, as coordenadas são definidas a partir de círculos


de referência – o Meridiano de Greenwich e o Equador.

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Sistema de Coordenadas Terrestres

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A Esfera Celeste

O céu , devido a um efeito de projeção, também parece formar uma esfera

Posição Posição
real aparente

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A Esfera Celeste

O mesmo efeito de projeção faz com, no céu, os planetas do Sistema Solar


pareçam estar nas constelações do zodíaco.

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A Esfera Celeste

Como as estrelas
parecem formar uma
“esfera de estrelas fixas”,
podemos localizar
objetos no céu de
maneira semelhante à
Latitude e Longitude

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Sistema horizontal local

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Sistema horizontal local

Direcção fundamental Plano fundamental


vertical do lugar horizonte do observador

Coordenadas
azimute (A) altura (h)

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Montagem Alt-Azimutal

Neste sistema de coordenadas, os telescópios movem-se como um canhão

Esquerda/Direita Cima/Baixo

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Montagem Alt-Azimutal

Montagem Dobsoniana

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Mas a esfera celeste não roda em torno do Zénite!

O céu aparenta girar em volta da estrela polar


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Observador local

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O plano do Sistema Solar – a Eclíptica

No Sistema Alt-Azimutal,
escolhemos um ponto cardeal
e começamos a contar a partir
desse (normalmente, o Sul).

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O plano do Sistema Solar – a Eclíptica

No Sistema Alt-Azimutal,
escolhemos um ponto cardeal
e começamos a contar a partir
desse (normalmente, o Sul).

Mas no céu, o ponto de


referência é mais complexo.
Usa-se um dos pontos de
interseção entre o plano do
nosso Sistema Solar (a
Eclíptica) e o Equador Celeste.

Como há dois, o escolhido foi o


Ponto Vernal, o local do céu
onde o Sol se encontra no dia
do Equinócio de Primavera

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Sistema Equatorial Celeste

Direcção fundamental Plano fundamental


eixo de rotação da Terra equador
Coordenadas
declinação (d) ascensão recta (a)

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Montagem Equatorial

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Alinhamento do telescópio

Alinhamento polar

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Comparação entre os dois sistemas

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Alinhamento do telescópio

Buscador (Finder)

No início das observações é preciso alinhar o buscador com o telescópio, de preferência


usando um objeto imóvel.

Como o buscador amplia menos, mas tem muito maior campo de visão, usa-se como
“mira”, para acertar mais facilmente com os objetos que queremos observar
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Alinhamento do telescópio

Comando do Sistema “GoTo”

O Sistema “GoTo” requere alinhamento inicial da montagem


e do telescópio

Exemplo – usar no Planetário:


Alinhar o eixo da montagem com a estrela polar (Norte)

Coordenadas do local: 41,15N, 8,62W

Data: 2023-11-18 (Verificar se é DD/MM ou MM/DD)

Hora: 20:30

Escolher alinhamento por 1, 2 ou 3 estrelas (mais preciso),


ou por um astro do Sistema Solar (menos preciso), ou o
novo skyalign (não é necessário qualquer conhecimento
prévio sobre o céu)

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Medir ângulos no céu

Para medir ângulos no céu, normalmente usam-se instrumentos como o


quadrante, sextante ou astrolábio… algo pouco comum nas nossas casas,
nos dias de hoje,

Sextante

Astrolábio

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Medir ângulos no céu

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Medir ângulos “a olho”

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Medir ângulos “a olho”

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Medir ângulos “a olho”

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Cartas Celestes

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Cartas Celestes

www.skymaps.com

As cartas celestes são mapas do céu, que nos permitem localizar não só
objetos visíveis a olho nu, como objetos de céu profundo, só observáveis
com telescópios. Devem ser lidas por cima das nossas cabeças.
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023
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Cartas Celestes

Cartas celestes com “janela” são específicas para ver o céu de uma
determinada latitude. São mais precisos, pois permitem ver o céu de
qualquer data/hora específica para essa latitude.
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Stellarium
Programas de computador como o stellarium (stellarium.org) permitem
simular o céu de qualquer hora/dia/mês/ano.

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Apps para aparelhos móveis

Android Android Android Android Android


+ + + +
IOS IOS IOS IOS

Há imensas apps para aparelhos móveis que funcionam apontando o


telemóvel numa determinada direção, e o ecrã mostra o que está visível no
céu nessa direção.

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O que se pode observar?

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Sol Nunca olhar directamente para o Sol, muito
menos com um telescópio “normal”!

É sempre necessário usar


filtros apropriados.
Visível
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Sol Nunca olhar directamente para o Sol, muito
menos com um telescópio “normal”!

É sempre necessário usar


filtros apropriados.
H-Alfa (vermelho)
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Lua

A Lua encontra-se em média a 384 400 km da Terra.

Demora 29,5 dias a completar uma volta ao nosso

planeta, e o mesmo tempo a rodar sobre si própria.

Por isto apresenta sempre a mesma face virada

para a Terra.

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Marte

Marte tem metade do tamanho da Terra e duas luas muito pequenas. Tem o
maior vale e a maior montanha do Sistema Solar, e apresenta vários indícios
da presença de água líquida na sua superfície.

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Júpiter

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, 11 vezes maior que a Terra, com
62 luas conhecidas. Quatro delas podem ser observadas com pequenos
telescópios.

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Júpiter

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Saturno

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar , 9 vezes maior que a


Terra. Tem 62 luas conhecidas e anéis compostos por gelo, que reflectem
muito bem a luz do Sol.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Saturno

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar , 9 vezes maior que a


Terra. Tem 62 luas conhecidas e anéis compostos por gelo, que reflectem
muito bem a luz do Sol.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


O céu apresenta uma faixa luminosa – a Via Láctea

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M13 – Enxame de Hércules (verão)

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


M13 – Enxame de Hércules (verão)

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Albireo (verão/início de outono)

Binário de estrelas a cerca de 400 anos-luz.A estrela azul é muito quente,


a vermelha é uma estrela fria.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Albireo (verão/início de outono)

Binário de estrelas a cerca de 400 anos-luz.A estrela azul é muito quente,


a vermelha é uma estrela fria.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


M57 – Nebulosa do Anel (verão/início de outono)

Nebulosa planetária M57, a 4100 anos luz. É o fim de vida de uma estrela
semelhante ao Sol.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


M57 – Nebulosa do Anel (verão/início de outono)

Nebulosa planetária M57, a 4100 anos luz. É o fim de vida de uma estrela
semelhante ao Sol.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


Pequenas “regiões difusas”

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


M31 – Galáxia de Andrómeda (outono/início inverno )

Porto

É a maior galáxia das redondezas, com cerca de 300 mil milhões de estrelas.
Está a mais de 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea, mas as duas galáxias
vão colidir, daqui a 3 mil milhões de anos.

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M31 – Galáxia de Andrómeda (outono/início inverno )

Reserva Dark Sky Alqueva

É a maior galáxia das redondezas, com cerca de 300 mil milhões de estrelas.
Está a mais de 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea, mas as duas galáxias
vão colidir, daqui a 3 mil milhões de anos.

Ricardo Cardoso Reis – Telescópios 2023


M31 – Galáxia de Andrómeda (outono/início inverno )

Telescópio Espacial Hubble

É a maior galáxia das redondezas, com cerca de 300 mil milhões de estrelas.
Está a mais de 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea, mas as duas galáxias
vão colidir, daqui a 3 mil milhões de anos.

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Pequenas “regiões difusas”

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M42 - Nebulosa de Orion (inverno/início primavera)

Reserva Dark Sky Alqueva

Nebulosa de formação estelar M42, a 1500 anos-luz de distância.


Tem um diâmetro de cerca de 30 anos-luz

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M42 - Nebulosa de Orion (inverno/início primavera)

VLT (ESO)

Nebulosa de formação estelar M42, a 1500 anos-luz de distância.


Tem um diâmetro de cerca de 30 anos-luz

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Que telescópio comprar?

Comprar um telescópio é como comprar um carro – quanto maior e com


mais extras, mais caro será, mas mais capacidades tem.

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Que telescópio comprar?

Para quem não conhece nada do céu e tem 3 999€!

STELLINA

Sem ocular

Totalmente automático

Controlado por App móvel

CCD faz soma automática de imagens

Permite ver as imagens em até 10


aparelhos móveis em simultâneo

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Que telescópio comprar?

Fotos tiradas por um Stellina na cidade do Porto

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Que telescópio comprar?

Para quem quer a melhor relação custo / benefício e tem boas costas

Skywatcher Telescópio Dobson N


305/1500 Skyliner FlexTube BD DOB
GoTo

Preço: 2 470 € (1 535 € sem Go To)

20 kg

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Para quem quer um bom telescópio visual e para astrofotografia

Celestron N 200/1000 Advanced VX


AS-VX 8" GoTo

f/5 ; PC: 820 ; Aumento máx: 400x

Preço: 1 990 €

33 kg

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Uma solução de compromisso

Skywatcher N 150/750 Explorer 150P


EQ3 Pro SynScan GoTo

f/5 ; PC: 459 ; Aumento máx: 300x

Preço: 1000 €

14 kg

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Para quem quer um bom telescópio sem ter de pedir um empréstimo

Omegon Telescópio Dobson


Advanced N 254/1250

Preço: 960 €

12 kg

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Para iniciantes, com boa relação qualidade/preço

Celestron N 130/650 NexStar 130 SLT


GoTo

f/5 ; PC: 350 ; Aumento máx: 260x

Preço: 680 €

8 kg

www.astroshop.pt

Sistema Goto com alinhamento SkyAlign,


que permite fazer alinhamento apontando
para quaisquer 3 objetos brilhantes no
céu, mesmo sem saber quais são!

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Que telescópio comprar?

Para quem quer um telescópio por menos de 500€

Skywatcher Telescópio Dobson N


150/1200 Skyliner Classic DOB

Preço: 420 €

6 kg

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Para quem quer um telescópio para astrofotografia a sério

Omegon Telescópio Pro Ritchey-Chretien


RC Truss Tube 406/3250 GM 3000

Preço: 28 500€ (7 800€ OTA)

38kg (sem tripé)

www.astroshop.pt

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Que telescópio comprar?

Para pequenos observatórios

Officina Stellare Telescópio


RiFast 800/3040 CGC OTA

Preço: 161 100€ (205 130€ com


espelho cerâmico)

180 kg

www.astroshop.pt

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Fotografia

Máquina fotográfica
Anel T

São equivalentes a uma ocular, com distância focal igual à diagonal do sensor.
Fullframe (35mm x 24mm) = 42mm
APS-C (25,1×16,7 mm) = 30,14mm

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Fotografia

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Fotografia

ISO

Full frame

Canon 6d mark II ~ 1200 €


ISO 40 000 (102 400 extendido)

Sony Alpha 7 S iii ~2000 €


ISO 409 600

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Fotografia

ISO APS-C

Pentax K-3 Mark III ~1700 €


ISO 1 600 000
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Fotografia

CCD dedicado
Trabalha 40ºC abaixo da temperatura
ambiente

Sensor de 36,8mm x 36,8mm


(4096x4096)

Custa 12 000€

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Exercício

Escolher um telescópio adaptado às vossas necessidades

Visual Astrofotografia
Planetas Nebulosas Planetas Nebulosas
Prioridade à distância focal Prioridade à abertura Prioridade para a Prioridade para a
montagem e telescópio montagem e telescópio
com boa distância focal rápido

O que quero fazer? Quanto quero gastar?


(Não esquecer os acessórios, como as oculares, bateria, prisma,filtros, etc.)

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www.planetario.up.pt
Fa c e b o o k & I n s t a g ra m : p l a n e t a r i o d o p o r t o
X ( Tw i t t e r ) : P l a n e t a r i o P o r t o
Yo u t u b e : @ p l a n e t a r i o - p o r t o

www.iastro.pt
Fa c e b o o k : i a s t r o . p t
X ( Tw i t t e r ) , Yo u t u b e & i n s t a g r a m : I A s t r o P T

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