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1. Introdução
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Ml
Que tem tudo isso a ver com a Universidade? Até aqui parece
desempenhar papel secundário ou marginal nessa luta de idéias,
encastelada em cátedras e departamentos, presa na teia do seu ensino
formal, decorativo ou profissionalizante.
Episodicamente, a Academia só aparece como cenário quando
um ou outro desses teóricos penetra seus umbrais. Em breve, essa
calmaria aparente vai mudar quando o Marxismo de cátedra passa a
ativista e militante e a ideologia, criada e alimentada em centros
externos à Universidade, reflui para suas salas e corredores, daí para
as ruas e praças. Para esses intelectuais, os centros Populares de
Cultura, o Movimento de Educação de Base que preparavam a
Revolução nada mais eram que estações na marcha para o Povo. Na
cabeça desses ideólogos de vocação e mentalidade totalitária, a cultura
popular vai se identificar cada vez mais com a consciência
revolucionária. (34)
Os movimentos estudantis de Esquerda lograram papel
importante. Entre 1960 e 1964, a União Nacional dos Estudantes (UNE)
controlada por uma coalizão de comunistas, e pela Ação Popular,
organismo católico de Esquerda, constituía a força dominante no
movimento pela reforma universitária. Enquanto isso, as autoridades
apegavam-se ao statu quo, aos consagrados rituais de poder e
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confessa que "desde essa altura tal fervor nunca se desmentiu e é raro
tentar resolver qualquer problema de sociologia ou de etnologia sem
ter primeiro vivificado a minha reflexão por algumas páginas do 18
Brumário de Luiz Bonaparte ou da Crítica da Economia Política."
Em 1935, valiosa é sua descrição da elite paulista, mais seu
retrato dúbio dos estudantes:
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Notas
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