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Palhoça
2017
LEONARDO GERMANO HAERTEL
Palhoça
2017
LEONARDO GERMANO HAERTEL
______________________________________________________
Professor e orientador Rejane Roecker, Dr./Ms./Bel./Lic.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Geraldo Gama Salles Filho, Dr./Ms./Bel./Lic.
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Prof. Estela Hoffman, Dr./Ms./Bel./Lic.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico este trabalho em questão à minha
família, a qual me apoiou em todas as decisões
de minha vida, e, aos meus professores por
explanarem seus conhecimentos, participando
do meu desenvolvimento e análise crítica.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho, irá retratar sobre a Modelagem de Negócio de Canvas dentro de uma pequena
empresa, dentro de um contexto de uma administração estratégica, e, por sua vez, administração
recente e moderna, onde prepara as organizações para defrontar os desafios e a constante
mudança do mercado mundial. Dentro desse âmbito, o trabalho procurou esclarecer na sua
fundamentação teórica pontos de importância sobre a Modelagem de Negócios de Canvas,
Planejamento Estratégico, Administração Estratégica e a Administração em si, distinguindo a
administração atual nas organizações, método administrativo organizacional e a conexão entre
Administração Estratégica, Planejamento Estratégico e Modelagem de Negócio de Canvas.
Além disso, o autor irá buscar o máximo de informações para que possa ter êxito nas
interpretações e agir com propriedade no planejamento que está em visão. Assim, fazendo um
amplo levantamento de dados sobre a empresa e seu modo de trabalho, com isso tendo dados
específicos para fazer um trabalho no qual possa trazer bons resultados e frutos assim que
colocados em prática na organização.
This work will portray Business Model Canvas within a small business within a context of
strategic management and, in turn, a recent and modern administration, where it prepares
organizations to meet the challenges and the constant change of the world market. Within this
scope, the paper sought to clarify in its theoretical foundation points of importance about the
Business Model Canvas, Strategic Planning, Strategic Management and Administration itself,
distinguishing the current administration in the organizations, organizational administrative
method and the connection between Strategic Administration , Strategic Planning and
Business Model Canvas. In addition, the author will seek as much information as possible so
that he can succeed in the interpretations and act with propriety in the planning that is in
vision. Thus, making a broad survey of data about the company and its way of working, with
it having specific data to do a job in which can bring good results and results as they put into
practice in the organization.
2.1 ADMINISTRAÇÃO
Administrar não significa simplesmente executar tarefas ou operações, mas fazer com
que elas sejam executadas por outras pessoas em conjunto e de maneira satisfatória
que traga resultados. O administrador não é o que faz, mas o que faz fazer. A
administração faz as coisas acontecerem através das pessoas em conjunto para
permitir que as organizações alcancem sucesso em suas estratégias e operações. Na
realidade, a administração não é uma ciência exata, mas uma ciência social, pois ela
lida com negócios e organizações basicamente através de pessoas e de conceitos
(CHIAVENATO, 2005, p. 06).
Para Trigueiro (2013) A administração é uma ação que um indivíduo efetua algo
sob supervisão de outro. Assim, há subalternidade, nos dias atuais o conceito de administração
compreende outras condições que requerem participação, envoltura e cooperação, tirando o
foco de somente se ter obediência.
2.1.1 PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
São quatro os princípios gerais para os quais o executivo deve estar atento: a) O
princípio da contribuição aos objetivos máximos da empresa. b) O princípio da
precedência do planejamento, correspondendo a uma função administrativa que vem
antes das outras (organização, direção e controle). c) O princípio da maior penetração
e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série de modificações nas
características e atividades da empresa. d) O princípio da maior eficiência, eficácia e
efetividade. O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as
deficiências (OLIVEIRA, 2001, p. 35).
Para Gracioso (2001) por descrição, uma decisão estratégica é toda aquela que
implica uma maneira nova de compartilhar ou aplicar os recursos principais da empresa. Nem
toda tomada de decisão estratégica é a longo prazo, bem que seja, absolutamente, de longo
alcance. Invariavelmente, são definições que se diferenciam da de grau tático, ou operante, e
por sua vez, abrange a ação direta dos níveis superiores da organização.
Ainda, segundo Gracioso (2001) há uma convicção, ainda nos dias atuais totalmente
inabalável, de que no Brasil é improvável planejar, ofertado o grande nível de imprevisibilidade
do mercado. Com efeito, após vinte anos de loucuras, a resolução era “empurrar com a barriga”.
Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000) a teoria de planejamento aceitou a
maior parcela dos argumentos da teoria de design, com ressalva de uma ou outra.
Primeiramente, o modelo era o mesmo, mas a sua efetivação era amplamente formal, muito
programada. Assim, o modelo simples se tornou uma desenvolvida cadeia de ciclos.
Acerca dos diferentes modelos de planejamento estratégico, vejamos:
Para Serra (2002 apud ANGELONI; MUSSI, 2008, p. 50) a estratégia é capaz de
ser estabelecida como a procura contínua por uma vantagem competitiva formada por
propósitos organizacionais de longo prazo.
Neste sentindo, vale destacar que:
O planejamento tático segundo Antas (2016, grifo nosso) são as atitudes que serão
realizadas e estabelecidas por gerentes com foco na sua repartição de negócio e peculiares às
suas exiguidades para responder à estratégia. Cada gestor deve atrair toda a equipe na
estruturação de propostas ou atitudes que deverão consumar os propósitos estabelecidos.
Já para Chiavenato (2005, grifo nosso) o planejamento tático envolve uma
determinada unidade organizacional, focando ao médio prazo e desenvolvido pelo
intermediário. Além disso, enfatiza as atividades correntes de várias unidades ou departamentos
da organização. Sendo assim, o administrador utiliza do planejamento tático para se basear o
que essas unidades ou departamentos devem fazer para a empresa alcançar o sucesso desejado
no decorrer do período da ação.
Para Silva (2013, grifo nosso) planejamento operacional é diretamente encarregado
pela realização de bens ou serviços. Esse grau de administração é a juntura entre a realização
de cada departamento e o resto da organização. Reage também como gestão e supervisão do
trabalho operacional nos processos da organização.
Para Batoccho e Biagio (2012, grifo nosso) o planejamento operacional de uma
empresa começa com a organização de uma estrutura funcional que exige uma alocação das
pessoas nas atividades da empresa, à amplitude de responsabilidade de cargo de cada uma e ao
grau de autoridade de cada cargo, além disso e não menos importante, as determinações das
relações hierárquicas da empresa.
Ainda para Batocchio e Biagio (2012) o planejamento operacional deve contar com
um sistema de gestão que será utilizado pela empresa e um calendário para a introdução desses
sistemas. Sendo importante que esse sistema que venha a ser utilizado seja englobante,
considerando no início alguns fatores, como controle de estoques, origens de fabricação,
faturamento e custos.
Além do processo administrativo planejamento, tem-se, em segundo lugar, o processo
administrativo organização. “Organizar, antes de tudo, é um processo de tomada de decisões,
como também são as demais funções da administração. Para organizar, o administrador divide,
integra e coordena as atividades e os recursos organizacionais, de forma a alcançar as metas
definidas” (PERCI; SOBRAL, 2013, p. 40, grifo nosso).
“Organização constitui a segunda etapa do processo administrativo, vindo logo
após o planejamento e sendo seguida pela direção e pelo controle. Organização é a função
administrativa que se incumbe do agrupamento dos órgãos e das atividades necessárias para
atingir os objetivos da empresa” (CHIAVENATO, 2009, p. 49, grifo nosso).
“A função de organizar serve para agrupar e estruturar todos os recursos da empresa
– órgãos, pessoas e equipamentos – para permitir e facilitar o alcance dos objetivos almejados
da melhor forma possível” (CHIAVENATO, 2009, p. 50).
Para Perci e Sobral (2013, grifo nosso) a divisão do trabalho, uma estimativa básica
da organização. Afinal uma organização realiza diversas tarefas e para isso as organizações
devem dividir o trabalho, e, caso for de um porte maior criar setores para um processo mais
organizado e eficiente. A divisão do trabalho proporciona uma colaboração eficiente entre os
integrantes organizacionais, obedecendo parâmetros racionais, seguindo as seguintes situações:
especialização vertical e horizontal, hierarquia e diferenças horizontais.
Para Perci e Sobral (2013) a integração é outro fator importante para uma
organização, onde esses setores irão trabalhar em conjunto, realizando cada um a sua parte do
processo para que o resultado final seja alcançado com excelência e organização. Também
obedecendo critérios racionais como: integração nos cargos, posições e funções organizacionais
e nos critérios de departamentalização, sendo responsáveis por compilar as atividades e recursos
da organização em setores e unidades de trabalho.
“A coordenação corresponde à utilização de mecanismos que buscam a
colaboração entre vários departamentos, para que se alcancem os objetivos globais da
organização” (PERCI;SOBRAL, 2013, p. 41, grifo nosso).
“Uma das prioridades de qualquer administração, a partir da autoridade que lhe foi
atribuída e da liderança, é estruturar a organização sobre a qual ela age. Basicamente, a estrutura
de qualquer organização é entendida como o conjunto das diferentes maneiras de se subdividir
um trabalho em diferentes tarefas e sua coordenação, e é a partir dela que os objetivos e metas
organizacionais são atingidos” (YU, 2011, p. 25).
Ainda para Yu (2011) dado que a análise de decisão deixa de ser um ambiente
individual e passa a ser mais ampla, ou seja, um ambiente organizacional, começa-se a ver
influências de variáveis significativas ao ambiente e no processo decisório, como: tarefas,
tradição e políticas, além disto vem à tona o ambiente externo e suas pressões, este modificando
a interação do ambiente em que a empresa atua ou até mesmo o ambiente interno. Tendo em
vista a tomada de decisão dos colaboradores respectivamente com a hierarquia organizacional
da empresa, levamos como fato que a estrutura organizacional está vinculada com o processo
de tomada de decisão, assim como o processo de tomada de decisão está vinculada com a
estrutura organizacional.
Figura 1 – Contribuições de teorias para as estruturas organizacionais
3.3.1 Mercados
A empresa atua no mercado de franquias, com uma concorrência muito forte por
ser localizada em uma praça de alimentação de shopping, onde a busca por clientes e preços
mais atrativos é contínua. A comercialização de seus produtos é feita através de uma cozinha
central, que fornece os produtos para que possam ser manipulados.
3.3.2 Produtos
3.6.2 Administração de RH
A gestão de produção da empresa é dada por um gestor que é responsável por toda
parte de produção e manipulação dos alimentos. São as pessoas que cuidam de toda parte
operacional no dia-dia da loja, além disso, ele é que faz o treinamento dos auxiliares para que
tudo saia dentro do padrão da franquia. Ele recebe treinamento semestral da franquia, com
novos treinamentos e atualizações sobre novos padrões de manuseio de alimentos e montagem
dos pratos.
A Germano Haertel CIA LTDA ME, conta com alguns prós e contras. Um de seus
pontos fortes é por ser localizada em um shopping, assim, tendo um giro de clientes muito
grande, atendendo em um horário comercial muito eficaz englobando diversos públicos em
diversos períodos do dia. Além disso, por se tratar de uma franquia, a empresa conta com uma
consultoria mensal por parte da franquia, assim ajudando ainda mais na gestão do negócio e
facilitando o controle operacional da empresa. Já os pontos fracos, são a concorrência muito
grande e contínua na praça de alimentação onde está localizada, e sua alta variedade de
produtos, que dificultam o controle por parte do empresário e a manipulação por parte de seus
colaboradores.
3.6.8 Perspectivas
A empresa tem uma perspectiva de mercado muito ampla pelo seu tamanho, hoje
ela conta somente com uma sede em São José – SC, porém com o passar desses quatro anos de
trabalho a empresa está com o intuito de investir em mais uma franquia até final de 2017. O
projeto é de abrir mais uma franquia, em Criciúma – SC, em um shopping recém-inaugurado e
da mesma empresa franqueadora, mesmo assim os proprietários estão estudando qual franquia
e qual ponto devem instalar sua nova empresa, acerca disso os mesmo estão fazendo um estudo
e pesquisa para saber qual franquia tem o melhor custo benefício, desde investimento inicial até
público alvo.
Depois de caracterizar a empresa estudada, a seguir é apresentado o capítulo de
resultados.
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Justis (1989 apud ORTIGOZA, 1996, p. 22, grifo meu) "franchising é uma
oportunidade de negócio através da qual um proprietário (produtor ou distribuidor) de um
serviço ou produto com marca registrada, garante direitos exclusivos para um indivíduo para a
distribuição e/ou venda local do serviço ou produto, de acordo com padrões de qualidade, em
troca de pagamento ou royalties."
A legislação brasileira, por sua vez, estabelece que "franquia empresarial é o sistema
pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente,
associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi exclusiva de produtos e serviços
e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo
franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique
caracterizado vínculo empregatício" (ORTIGOZA, 1996, p. 23).
“O conceito de refeições rápidas (fast food) foi trazido ao Brasil em 1952, pelo
Bob’s, com sua loja no Rio de Janeiro. Entretanto, a difusão por amplas parcelas da população
desse conceito no país é uma ocorrência da década de oitenta” (MERLO, 2000, p. 39).
Conforme ilustra figura 4 a seguir, o crescimento da franquia Mc Donald’s no Brasil
vem forte desde a década de noventa.
“A principal vantagem citada por vários autores para o franqueado é que esse terá
acesso a um negócio já desenvolvido e minimizará o risco de montagem de novo
empreendimento” (MERLO, 2000, p. 53).
Figura 10 – Avaliação dos prós e contras do sistema para os franqueadores
O delivery ainda não se encontra ativo para loja dos shoppings, é um projeto
nacional da franquia, porém é necessário uma série de estudos e processos para que haja
liberação dos shoppings e o processo ocorra de forma que não atrapalhe o andamento de outras
operações, a figura 15 demonstra os processos de um delivery através de um fluxograma
realizado pela franquia em parceria com a empresa.
Figura 15 – Fluxograma de um delivery
Além disso, outros canais de comunicação da empresa são o local onde a empresa
está situada e através do telefone ou whatsapp da empresa para uma reserva de pedido.
O relacionamento com os clientes é baseado em estar sempre preparado para
atender as expectativas do mesmo, diferenciar-se dos concorrentes através de produtos e serviço
de qualidade, e, não menos importante, fidelizar o cliente com o cartão fidelidade oferecido e
com os canais de comunicação apresentados. O cartão cliente fiel Patroni, é entregue a clientes
com potencial fidelização a empresa, ele é válido por trinta dias e a cada dez refeições
carimbadas e assinadas pelos atendentes da empresa, ganha-se um prato executivo estipulado
na hora da compra conforme mostra a figura 16.
Figura 16 – Cartão cliente fiel
1
Segundo o IBGE (2015) as classes econômicas do Brasil estão divididas em A, B, C, D e E, levando em
consideração o número de salários mínimos de renda como preposição para a classificação em cada classe. A
partir do pretexto de que os clientes da organização são de classe A, B e C, a classificação explana que a classe
considerada “A” tem sua renda acima de vinte salários mínimos, já a classe “B” tem sua renda classificada de
dez a vinte salários mínimos e a classe “C” classifica-se de quatro a dez salários mínimos.
Figura 17 – Manual de integração de colaboradores
E suas fontes de receitas são pagamentos direto no caixa com formas de pagamentos
diversas, desde dinheiro, passando por vales de alimentação até cartões de crédito e débito.
Além disso, trabalha com convênios para algumas empresas através de pagamentos quinzenal
a partir da emissão de nota fiscal.
Desta forma, foi apresentado o modelo de Canvas aplicado a Germano Haertel CIA
LTDA ME, a fim de dar subsídios a empresa para uma gestão mais profissional e assertiva, a
seguir são apresentadas as considerações finais do estudo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BATOCCHIO, Antonio; BIAGIO, Luiz. Plano de negócios. São Paulo: Manole, 2012.
CARRASCO, Luiz. Uma análise da aplicação do business model canvas – BMC a partir da
visão de empreendedores que se encontram em diferentes fases do negócio – uma experiência
da incubadora de empresas e projetos do inatel. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE
PARQUES TECNOLÓGICOS E INCUBADORAS DE EMPRESAS, 26., Belém, Anais...
2014.
GHISI, Júlia; ALBUQUERQUE, Priscilla. Guia prático das novas ferramentas comerciais:
da construção da marca ao atendimento ao consumidor. Porto Alegre: Bookman, 2016.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GODOY, Arilda. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Rio Claro: RAE,
1995.
MATTAR, Fauze. Pesquisa de Marketing 2: Execução e Análise. São Paulo: Atlas, 2005.
MOURA, Luiz. Oficina com Alexandre Osterwälder: Canvas model. São Paulo: Sebrae,
2014.
PECI, Alketa; SOBRAL, Filipe. Fundamentos de administração. São Paulo: Pearson. 2013.
PINA, Vitor. Inteligência estratégica nos negócios. São Paulo: Atlas, 1994.
SÁ, Sylvia. Como é o comportamento do consumidor na praça de alimentação. Exame, 2011.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/como-e-o-comportamento-do-
consumidor-na-praca-de-alimentacao/ >. Acesso em: 09 nov. 2017.
YU, Abraham. Tomada de decisão nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2011.