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MANUAL DE ENDODONTIA
PRÉ-CLÍNICA
FOA - ARAÇATUBA
DISCIPLINA DE ENDODONTIA
2020
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autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 29/10/2023, 17:07:51
Sumário
I- ABERTURA CORONÁRIA 01
Incisivo Lateral Superior....................................................... 12
Molar Superior...................................................................... 16
Limite de Instrumentação…………………………...………… 22
Odontometria........................................................................ 27
IV - CURATIVO DE DEMORA 32
Aplicação do Otosporin em dentes inferiores....................... 33
01
I - ABERTURA CORONÁRIA
CONCEITO
Procedimento através do qual expomos a câmara pulpar e removemos todo o seu teto.
INTRODUÇÃO
O campo de trabalho do endodontista é a cavidade pulpar. Durante um tratamento de
canal radicular, este campo é visualizado apenas parcialmente. Para compensar esta
falta de visão direta do campo onde vai atuar, o endodontista conta com a radiografia.
Além disso, deve ter o perfeito conhecimento prévio da anatomia interna dos dentes,
tanto dos aspectos normais como das variações mais frequentes.
Câmara Pulpar
Cavidade Pulpar
Canal Radicular
02
Dente Jovem
Dente Cariado
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03
- Vestibular
- Lingual/Palatina
Câmara Pulpar
- Mesial
- Distal
- Oclusal/Incisal
(Teto)
- Cervical
(soalho ou
assoalho)
Orifícios
(Entradas dos Corno Pulpar
canais radiculares)
(Divertículo)
Teto
Assoalho
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04
Terço Cervical
Terço Médio
Terço Apical
A Canal Dentinário
B Canal Cementário
n tecido conjuntivo maduro
A
n sem odontoblastos
n revestido por cemento
n completamente formado de 3 a 5
B anos após erupção
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05
a) Canal Principal
b) Canal Bifurcado/Colateral
f) Intercanal/Interconduto (2,2%)
h) Canais Reticulares
f
i) Deltas Apicais (37,2%)
j) Canal Cavo-Inter-radicular
De Deus 1992
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06
DENTES SUPERIORES
Direção Retilínea
07
08
DENTES INFERIORES
Comprimento Médio 25 mm
09
10
• Ponta diamantada
(3080 ou 3082) • Broca Endo-Z
• Broca Carbide 1557
Além das brocas ou pontas, são empregados curetas de haste longa n° 11/12, 29/30 ou
35/36, espelho bucal primeiro plano, explorador duplo clínico no. 5 e explorador para
Endodontia.
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11
• Direção de Acesso – é a
angulagem que se deve dar à
broca para que esta atinja a
câmara pulpar, devendo-se
respeitar a angulagem dos dentes
na arcada.
• forma de Contorno – é
realizada com a remoção do teto
da câmara pulpar. O formato da
cavidade corresponde à forma da
câmara pulpar de cada elemento
dental. Utiliza-se para tanto, uma
broca com ponta inativa para se
evitar desgaste indesejado.
• desgaste Compensatório – é
o desgaste adicional que se
realiza para que se consiga um
acesso direto aos canais
radiculares, sem interferência de
projeções dentinárias.
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12
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
13
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório
G - Forma final:
Lembretes:
1- presença de ombro palatino
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14
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Pré-Molar Superior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
15
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Pré-Molar Superior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório
G - Forma final:
Lembretes:
1- grande achatamento M-D
2- preservar as paredes M-D
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16
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Molar Superior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
17
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Molar Superior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório:
G - Forma final:
Lembretes:
1- Projeção dentinária na parede mesial
2- presença de 4o canal
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18
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Molar Inferior
A - Exame Radiográfico:
C - Ponto de Eleição:
D - Direção de Acesso:
19
SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
§ Molar Inferior
E - Forma de Contorno:
F - Desgaste Compensatório:
G - Forma final:
Lembretes:
1- Projeção dentinária na parede mesial
2- presença de 4º canal
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20
CANAIS RADICULARES
CONCEITO
Finalidade: proporcionar melhor visibilidade das entradas dos canais, poderá ser
realizada com um escavador de tamanho adequado ao volume da câmara pulpar,
procurando seccionar o tecido ao nível da entrada do canal. A limpeza da câmara pulpar
só estará completada quando suas paredes estiverem claras e as entradas dos canais
radiculares bem visíveis.
21
#10 #15
Movimento de exploração:
pouca pressão apical e rotação
de ¼ de volta no sentido horário
e depois no anti-horário (restrito
aos 2/3 do canal radicular)
Não utilizar extirpa-nervos. A remoção do tecido pulpar deverá ser feita por
fragmentação, durante as manobras de alargamento e limagem dos canais radiculares.
,
22
LIMITE DE INSTRUMENTAÇÃO
A maioria dos forames não coincidem com vértice apical da raiz. Desta forma, o canal
cementário também não continua na mesma direção do canal dentinário.
Canal
Dentinário
Constrição
apical
Limite
Dentina CDC
Canal 0,5 mm
Cementário
+
23
SISTEMA RECIPROCANTE
Instrumentos, pontas de papel e cones de guta-percha
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25
PREPARO DE CANAIS DE RADICULARES
TÉCNICA DE PREPARO SISTEMA RECIPROCANTE
Esta medida serve para definir o limite de trabalho durante toda a primeira fase do
tratamento endodôntico.
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26
PREPARO DE CANAIS DE RADICULARES
TÉCNICA DE PREPARO SISTEMA RECIPROCANTE
A partir desta etapa, o canal radicular deverá estar sempre preenchido por
solução irrigadora, toda vez que receber uma lima Endodôntica.
Reconhecer as Variações:
• presença de desvios;
27
28
a) b) c)
2 mm 0 mm - 1 mm
Obs: Se a distância da ponta do instrumento até o ápice for maior que 3 mm, ajustar o
instrumento em mais 2mm e repetir a radiografia.
CRD – 1 mm = CRT
Em Necropulpectomia (tratamento em polpa necrosada) o CRT tambem é de 1mm
aquém do ápice, entretanto, como o forame está contaminado, devemos limpá-lo com
um instrumento que se ajuste ao mesmo (menor que a LAI). Para isto, introduzimos um
instrumento que se ajuste em diâmetro no CRD (CRT + 1mm) e realizamos movimento
de ¼ de volta, seguido da retirada do instrumento e limpeza de sua extremidade com
gaze estéril
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29
30
LAF
LAI
45 50 55 60
OBS:
• Entre um instrumento e outro realizamos abundante irrigação dos
canais radiculares.
• Nos dentes com mais de 25 mm de comprimento usar a Limas K
de 31 mm.
• Nos casos de NECROPULPECTOMIA, fazer a LIMPEZA DO
FORAME APICAL COM UMA LIMA MENOR QUE A LAI (lima do tipo
K # 10 ou 15, após a Odontometria e repetir após terminar o
Preparo Biomecânico).
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31
CONCEITO
PRINCÍPIOS DA IRRIGAÇÃO
- A agulha irrigadora deve ser com ponta romba;
- A agulha não pode obliterar a luz do canal;
- A agulha deve atingir o terço apical do canal (3 mm aquém do ápice);
- Irrigar no mínimo 2 ml por canal a cada troca de instrumento. Renovar a solução
quando a câmara não estiver preenchida ou quando se observar muitos detritos;
- Durante a irrigação, realizar movimentos de entrada e saída para potencializar o
refluxo;
- Irrigar e aspirar simultaneamente para aumentar o fluxo da solução.
Cânula
aspiradora
Agulha
irrigadora
3 mm
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32
IV – CURATIVO DE DEMORA
CONCEITO
TIPOS DE MEDICAÇÕES
BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA
33
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES INFERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 2
3a 3b
34
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES INFERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
4 5
6 7
35
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES INFERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
8 9
10a 10b
36
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES SUPERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 1%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem.
3 – Seleção de um cone de papel estéril com base no instrumento de referência e no
Comprimento de Trabalho;
4 – Verificar se o cone selecionado atinge o comprimento de trabalho;
1 2
3 4
37
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES SUPERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
5a 5b
5c 6
38
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES SUPERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
7 8
9 10
39
APLICAÇÃO DO OTOSPORIN EM DENTES SUPERIORES
(BIOPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
11 12
Remoção da medicação:
40
APLICAÇÃO DO PARAMONOCLOROFENOL COM FURACIN (PMCF)
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
1 – Realizar irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final com
cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
3 – Aplicar EDTA com agulha calibrada de forma smelhante ao otosporin, por 3 minutos;
1a 1b
2 3
41
APLICAÇÃO DO PARAMONOCLOROFENOL COM FURACIN (PMCF)
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
4 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
5 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
4a 4b
5a 5b
42
APLICAÇÃO DO PARAMONOCLOROFENOL COM FURACIN (PMCF)
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
6 7
8a 8b
43
APLICAÇÃO DO PARAMONOCLOROFENOL COM FURACIN (PMCF)
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
9 A solução de
paramonoclorofenol
associada ao furacin deve
ser depositada sobre uma
pinça fechada observando
a penetração do curativo
na ponta da pinça
44
APLICAÇÃO DO PARAMONOCLOROFENOL COM FURACIN (PMCF)
(NECROPULPECTOMIAS – 3 A 7 DIAS):
11 12
Remoção da medicação:
13
• Na próxima sessão deve-se
remover o selamento
provisório;
• Remover o cone de papel com
uma pinça clínica;
• Executar o procedimento de
irrigação dos canais
radiculares de forma
abundante até perceber que
Preenchimento total com todo medicamento foi
material selador temporário removido.
• Secar os canais radiculares.
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45
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
1 – Realizar irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5% ou 1%, seguida de aspiração final
com cânula aspiradora fina;
2 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
3 – Aplicar EDTA nos casos de necro, com agulha calibrada de forma semelhante ao
otosporin, por 3 minutos;
1a 1b
2 3
46
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
4 – Realizar irrigação final com hipoclorito de sódio a 2,5% ou 1%, seguida de aspiração
final com cânula aspiradora fina;
5 – Secar completamente o canal com cones de papel do diâmetro do instrumento de
referência (IR) utilizado na segunda fase do preparo. Certificar que o cone de papel está
chegando ao CRT para completa secagem;
4a 4b
5a 5b
47
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
6 7
8 9
48
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
10 11
12 13
Se
houver
bolhas,
agitar
uma lima
tipo k #15
para
remove-
Radiografia comprovando a las
qualidade do preenchimento
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49
APLICAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO COM LENTULO
14 15
Remoção da medicação:
16
• Na próxima sessão deve-se
remover o selamento provisório;
• Executar o procedimento de
irrigação dos canais radiculares de
forma abundante até perceber que
Preenchimento total com todo medicamento foi removido;
material selador temporário
• Secar os canais radiculares.
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50
CONCEITO
A obturação dos canais radiculares compreende o preenchimento completo do espaço
criado com a remoção da polpa e preparo biomecânico, com materiais de propriedades
físicas e biológicas apropriados.
1a 1b
1c
51
Técnica da Condensação Lateral
Rx de comprovação da
seleção do cone
3 4
52
Técnica da Condensação Lateral
5 6
7 8
53
Técnica da Condensação Lateral
9 10
11 12
54
Técnica da Condensação Lateral
13 - Realizar uma radiografia comprobatória onde deverá ser avaliado os 2/3 apicais da
obturação para detectar eventuais falhas. Caso apresente falhas, devemos colocar mais
cones acessórios até que uma nova radiografia comprove a completa obturação;
14 - Corte da obturação com condensador
de Paiva aquecido e de calibre compatível
com a embocadura do canal;
13
10
Radiografia comprobatória da
obturação
14a 14b
55
Técnica da Condensação Lateral
15
Condensar verticalmente
com condensador a frio
16 17
56
Técnica de Obturação do Cone Único para o Sistema Reciprocante
57
Técnica do Cone único
Rx de comprovação da
seleção do cone
3 4
58
Técnica do Cone único
5 6
7 8