Você está na página 1de 47

MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA

UNIDADE CURRICULAR DE
FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA

FORMULÁRIO:
TABELAS E ÁBACOS
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

FORMULÁRIO

TÉRMICA
d
Lei de Fourier: q   (W)
dx
1
Coeficiente de transmissão térmica: U  (W/m2ºC)
Rsi   R j  Rse
j

1  1  a  n
Factor de actualização de custos: F
a

Perdas de calor por unidade de tempo: Q  U .A. i   a  (W)

Necessidades nominais anuais de energia útil para aquecimento (Nic)

Nic = (Qtr,i + Qve,i – Qgu,i)/Ap (kWh/m2.ano)

Transferência de calor por transmissão através da envolvente (Qtr,i)

Ao fim da estação de aquecimento: Qtr,i=0,024.GD.Htr,i (kWh)

Htr,i=Hext+Henu+Hadj+Hecs (W/ºC)
Htr,i – coeficiente global de transferência de calor por transmissão na estação de aquecimento (W/ºC);
Hext – coeficiente de transferência de calor através de elementos da envolvente em contacto com o exterior (W/ºC);
Henu – coeficiente de transferência de calor através de elementos da envolvente em contacto com espaços não úteis
(W/ºC);
Hadj – coeficiente de transferência de calor através de elementos da envolvente em contacto com edifícios adjacentes
(W/ºC);
Hecs – coeficiente de transferência de calor através de elementos em contacto com o solo (W/ºC).


H ext   U i Ai     j B j  (W/ºC)
i j
zona corrente, pontes térmicas
pontes lineares
térmicas
planas e
envidraçados

(W/ºC) com

i
 i
 
H ecs   U bf Ai   z j P j U bw
j
j
 (W/ºC)

pavimento em Parede em
contacto com contacto com o
o solo solo
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Perdas de calor por renovação do ar (Qve,i)


Perdas por unidade de tempo: Q ra  0 ,34 .R ph . A p .P d . int   ext  (W)
Ao fim da estação de aquecimento: Qve ,i  0 ,024 .GD.H ve ,i (kWh)

H ve,i  0 ,34 .R ph ,i .Ap .Pd (W/ºC)

Ganhos térmicos úteis na estação de aquecimento (Qgu,i)


Qgu ,i   i .Qg ,i (kWh)
Qg ,i  Qint,i  Qsol ,i (kWh)
Qg,i – ganhos térmicos brutos na estação de aquecimento;
Qint,i – ganhos térmicos associados a fontes internas de calor na estação de aquecimento;
Qsol,i – ganhos térmicos associados ao aproveitamento da radiação solar pelos vãos envidraçados na estação de
aquecimento;
 - factor de utilização dos ganhos térmicos na estação de aquecimento.

Ganhos térmicos brutos associados a fontes internas (Qint,i)


Ao fim da estação de aquecimento: Qint,i  0 ,72.q int .M .Ap (kWh)

com qint=4 W/m2 para edifícios de habitação

Ganhos solares brutos (Qsol,i)


 
Ao fim da estação de aquecimento: Qsol ,i  Gsul   X j  Fs ,i nj As ,i nj .M (kWh)
j  n 
As ,i nj  Aw .Fg .g i
Fs  Fh .F0 .Ff
Se não existir informação disponível: Fh é calculado para um ângulo de horizonte de 45º ou 20º, conforme o edifício esteja
em ambiente urbano ou fora dele (isolado), respectivamente;
Se não existirem palas de sombreamento: F0.Ff=0,9;
Se tiver dispositivos de sombreamento permanentes: gi=gTp; Se não tiver dispositivos de sombreamento permanentes:
gi=Fw,i.g,vi;
Para vidros simples e duplos Fw,i=0,9.

Factor de utilização dos ganhos térmicos ()

Qg ,i
i 
Qtr ,i  Qve ,i
1a
 se 1 e  0
1   a 1 1,8 – edifícios com inércia térmica fraca;
a= 2,6 – edifícios com inércia térmica média;
a 4,2 – edifícios com inércia térmica forte.
 se  = 1
a 1

1
 se  < 0

3
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Necessidades nominais anuais de energia útil para arrefecimento (Nvc)

Nvc = (1-v). Qg,v /Ap (kWh/m2.ano)

Qg ,v
v  v - calculado como na estação de aquecimento
Qtr ,v  Qve,v

Transferência de calor por transmissão através da envolvente na estação de arrefecimento


(Qtr,v)

Ao fim da estação de arrefecimento: Qtr,v=Htr,v.(v,ref - v,ext)Lv/1000 (kWh)

v,ref=25ºC; Lv=2928 horas;


v,ext – temperatura média do ar exterior na zona climática durante a estação de arrefecimento.

Htr,v=Hext+Henu +Hecs (W/ºC)

Transferência de calor por renovação do ar (Qve,v)


Ao fim da estação de arrefecimento: Qve,v=Hve,v.(v,ref - v,ext)Lv/1000 (kWh)

Hve ,v  0 ,34 .R ph ,v .Ap .Pd (W/ºC)

Ganhos térmicos
Qg ,v  Qint,v  Qsol ,v (kWh)
Qg,v – ganhos térmicos brutos na estação de arrefecimento;
Qint,v – ganhos térmicos associados a fontes internas de calor na estação de arrefecimento;
Qsol,v – ganhos térmicos associados à radiação solar incidente na envolvente exterior opaca e envidraçada na estação de
arrefecimento.

Ganhos térmicos brutos associados a fontes internas (Qint,v)


Ao fim da estação de arrefecimento: Qint,v  q int .Ap . Lv 1000 (kWh)

com qint=4 W/m2 para edifícios de habitação.

Ganhos solares na estação de arrefecimento (envolvente opaca e envidraçada) (Qsol,v)


 
Ao fim da estação de arrefecimento: Qsol ,v   Gsol  Fs ,v nj As ,v nj  (kWh)
j  n 

Gsol – Energia solar média incidente em cada orientação durante toda a estação de arrefecimento.

Fs  Fh .F0 .Ff
Para a estação de arrefecimento: Fh.=1,0;
Se não existirem palas de sombreamento: F0.Ff=0,9;

4
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Para superfícies opacas Fs=1,0 (opcional).

Área efectiva colectora de um vão envidraçado n com orientação j: As ,i nj  Aw .Fg .g v


g v  Fmv .gT  (1  Fmv )gTp
Fmv - fração de tempo em que os dispositivos de sombreamento móveis se encontram totalmente ativados (é função da
orientação e se não existirem dispositivos móveis Fmv=0);
gT – fator solar global do vão envidraçado com todos os dispositivos de sombreamento (permanentes ou móveis)
totalmente ativados;
gTp - fator solar global do vão envidraçado com todos os dispositivos de sombreamento permanentes existentes. Se não
existirem gTp=Fw,v g,vi .

 g vc  g 
Vidro simples: gT  g  ,vi   ; Vidro duplo: g T  g  ,vi   vc 
i  0 ,85  i  0 ,75 
g,vc - factor solar do vão envidraçado com vidro corrente e dispositivo de protecção solar (permanente ou móvel)
totalmente ativado; produtório das protecções solares existentes do exterior para o interior até à primeira opaca, inclusive.
g,vi - factor solar do vidro.

Área efectiva colectora de um elemento n da envolvente opaca exterior com orientação j: As ,v nj   .U .Aop .Rse
 - coeficiente de absorção da superfície exterior do elemento opaco;
U - coeficiente de transmissão térmica do elemento opaco;
Aop – área do elemento opaco.

HUMIDADES

Equação de estado dos gases perfeitos: pV  MRT

Constante de proporcionalidade do ar seco: Ra = 287 J/kgºK

Constante de proporcionalidade do vapor de água: Rw = 461 J/kgºK

Conversão de unidades de temperatura: T (ºK) = 273.15 +  (ºC)

Mw
Concentração mássica de vapor: cw   w (kg/m3)
V

Mw pw
Teor de humidade do ar: w   0.622 (kg/kg)
Ma p atm  pw

w
Grau de saturação: 
ws

5
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

 17.269 
610,5 e 237.3  se   0
Pressão de saturação: ps   (Pa)
21.875 

610.5 e 265.5  se   0

ou

0.018463   2  0.27841    4.58 se   0


ps   (mmHg)
0.007299   2  0.33643    4.58 se   0

Pressão atmosférica: patm = 101325 Pa

Conversão de unidades de pressão: 1 mmHg = 133,3 Pa

w
Humidade relativa: 
s
dpw
Difusão de vapor: g   (g/m2h)
dx

VENTILAÇÃO

Caudal de ventilação: Q  nV (m3/h)


Caudal de ventilação por efeito térmico: Q  Cd A * gH (m3/s)
T

 2 Asaída
A*  (Asaída+Aentrada);  
1    1  2 Aentrada

Caudal de ventilação por acção do vento: Q  Cd A * *v  p (m3/s)

1 1 1
 
A ** 2 2
Aentrada 2
Asaída

P t  dc i t 

Equação de equilíbrio de caudais: n t   V dt (h-1)
c i t   c e t 

6
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

ACÚSTICA

 G 
Nível de uma grandeza: L( G )  10 log   (dB)
 G0 
 0.32V 
Diferença de níveis sonoros normalizada: D nT ,w  R w  R w  TM w  10 log   (dB)
 S 

Lei da massa:
 Para 50  ms < 150 Kg/m2 Rw = 12,6 log (ms) +12,6 dB;
 Para ms  150 Kg/m2 Rw = 37,5 log (ms) – 42 dB;

 n 
  Si 
Paredes heterogéneas: R w  10 log  n i 1  (dB)
 Rw ,i 10 
  S i  10 
 i 1 
onde: Si = área do elemento i;
Rw,i = redução sonora do elemento i;
n = número de elementos que compõem a parede (associados em paralelo).

Paredes duplas:
1 1 1
Frequência de ressonância f 0  C  
d  m1 m 2

d - espessura da caixa de ar (entre panos se material poroso; livre se material não
poroso)
C=60 caixa de ar sem material poroso mi - massa do pano i
C=53 caixa de ar total ou parcialmente preenchida com material poroso

Frequência de ressonância f0 (Hz) Rw (dB)


80 35-Rw/2
100 32-Rw/2
125 30-Rw/2
160 28-Rw/2
200 -1
250 -3
315 -5
400 -7
500 -9
630-1600 -10
>1600 -5
Rw é o valor do pano de maior m
Para f0 abaixo de 200 Hz, o valor mínimo de Rw é 0 dB

7
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Transmissão marginal: Rw + Rw < 35 dB  TMw = 0 dB;


35 dB  Rw + Rw < 45 dB  TMw = 3 dB;
45 dB  Rw + Rw < 55 dB  TMw = 4 dB;
Rw + Rw  55 dB  TMw = 5 dB.

Nível sonoro de percussão normalizado: L' n ,w  Ln ,w ,eq  Lw  K (dB)


L nT ,w  L n ,w  10 log 0.032V 
' '
(dB)

Pavimentos não revestidos: Ln,w,eq = 164 – 35 log (ms) (dB)


n m
Área de absorção sonora equivalente: Aeq   n i Ai   S j  j  S (m2)
i 1 j 1

 0.161V
Tr  A se   0.10
 eq
Tempo de reverberação:  (seg)
T  0.161V
  0.10


r

 S  2.3 log10 1    se

ILUMINAÇÃO NATURAL
( M  t )  Aw  
Factor de luz de dia: DFmédio  (%)
A  (1   2 )

8
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Despacho nº15793-F/2013

Tabela 01 F- NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins


Estatísticos)
NUTS III Municípios
Minho-Lima Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte
de Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira

Alto Alfândega da Fé, Boticas, Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro,
Trás-os-Montes Mirandela, Mogadouro, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços, Vila Flor, Vila Pouca de
Aguiar, Vimioso, Vinhais

Cávado Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro, Vila Verde

Ave Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do
Minho, Vila Nova de Famalicão, Vizela

Grande Porto Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa,
Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia

Tâmega Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco
de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Resende

Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio,
Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa,
Douro Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre
de Moncorvo, Vila Nova de Foz Coa, Vila Real

Entre Douro e Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Vale de
Vouga Cambra

Baixo Vouga Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do
Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos

Baixo Mondego Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-
Velho, Mortágua, Penacova, Soure

Beira Interior Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel,
Norte Sabugal, Trancoso

Beira Interior Sul Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Vila Velha de Ródão

Cova da Beira Belmonte, Covilhã, Fundão

Serra da Estrela Fornos de Algodres, Gouveia, Seia

9
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades,
Dão - Lafões Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Sátão, Tondela,
Vila Nova de Paiva, Viseu, Vouzela
Pinhal Interior Alvaiázere, Ansião, Arganil, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã,
Norte Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela,
Tábua, Vila Nova de Poiares
Pinhal Interior Sul Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei
Pinhal Litoral Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal, Porto de Mós
Oeste Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã,
Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras
Médio Tejo Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém,
Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha
Lezíria do Tejo Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio
Maior, Salvaterra de Magos, Santarém
Grande Lisboa Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca de Xira
Península de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal
Setúbal
Alto Alentejo Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira,
Gavião, Marvão, Monforte, Mora, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre

Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mourão, Portel,


Alentejo Central Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel, Vendas Novas, Viana do Alentejo, Vila Viçosa

Alentejo Litoral Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém, Sines


Baixo Alentejo Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do
Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa, Vidigueira
Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique,
Algarve Olhão, Portimão, S. Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo, Vila Real de Santo
António
Região Autónoma Vila do Porto, Lagoa, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca
dos Açores do Campo, Angra do Heroísmo, Praia da Vitória, Santa Cruz da Graciosa, Calheta, Velas,
Lajes do Pico, Madalena, São Roque do Pico, Horta, Lajes das Flores, Santa Cruz das
Flores, Vila do Corvo
Região Autónoma Calheta, Câmara de Lobos, Funchal, Machico, Ponta do Sol, Porto Moniz, Ribeira
da Madeira Brava, Santa Cruz, Santana, São Vicente, Porto Santo

Tabela 02 F - Critérios para a determinação da zona climática de inverno


Critério GD  1300 1300 < GD  1800 GD > 1800
Zona I1 I2 I3

10
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 03 F - Critérios para a determinação da zona climática de verão


Critério ext, v  20°C 20°C < ext, v  22°C ext, v > 22°C
Zona V1 V2 V3

Tabela 04 F - Valores de referência e declives para ajustes em altitude para a estação


de aquecimento
z M GD ext, i GSul
REF REF a REF a REF a kWh/m2
m meses mês/km °C °C/km °C °C/km por mês
Minho-Lima 268 7,2 1 1629 1500 8,2 -5 130
Alto Trás-os-Montes 680 7,3 0 2015 1400 5,5 -4 125
Cávado 171 6,8 1 1491 1300 9,0 -6 125
Ave 426 7,2 0 1653 1500 7,8 -6 125
Grande Porto 94 6,2 2 1250 1600 9,9 -7 130
Tâmega 320 6,7 0 1570 1600 7,8 -5 135
Douro 579 6,9 0 1764 1400 6,3 -4 135
Entre Douro e Vouga 298 6,9 1 1544 1400 8,4 -5 135
Baixo Vouga 50 6,3 2 1337 1100 9,5 -5 140
Baixo Mondego 67 6,3 0 1304 1000 9,7 -5 140
Beira Interior Norte 717 7,5 0 1924 1000 6,3 -3 135
Beira Interior Sul 328 5,4 1 1274 1800 9,1 -6 140
Cova da Beira 507 7,1 0 1687 1400 7,5 -5 140
Serra da Estrela 553 7,5 0 1851 1600 7,0 -5 135
Dão - Lafões 497 7,3 0 1702 1900 7,5 -6 135
Pinhal Interior Norte 361 6,8 0 1555 1600 8,3 -5 140
Pinhal Interior Sul 361 6,7 1 1511 1500 8,4 -4 145
Pinhal Litoral 126 6,6 0 1323 1900 9,6 -5 140
Oeste 99 5,6 0 1165 2200 10,3 -8 145
Médio Tejo 168 5,9 0 1330 1300 9,5 -4 145
Lezíria do Tejo 73 5,2 3 1135 2700 10,2 -7 145
Grande Lisboa 109 5,3 3 1071 1700 10,8 -4 150
Península de Setúbal 47 4,7 0 1045 1500 10,7 -4 145
Alto Alentejo 246 5,3 2 1221 1200 9,6 -3 145
Alentejo Central 221 5,3 2 1150 1100 10,0 -4 150
Alentejo Litoral 88 5,3 2 1089 1100 10,8 -2 150
Baixo Alentejo 178 5,0 0 1068 1000 10,7 -2 155
Algarve 145 4,8 0 987 1800 11,3 -6 155
R.A. Açores 10 2,9 1 604 1500 14,4 -7 110
R.A. Madeira 380 3,2 1 618 1500 14,8 -7 105

11
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 05 F - Valores de referência e declives para ajustes em altitude para a estação


convencional de arrefecimento.
z ext, v Isol
REF REF a kWh/m2 acumulados de junho a setembro
m °C °C/km 0° 90° 90° 90° 90° 90° 90° 90° 90°
N NE E SE S SW W NW
Minho-Lima 268 20,5 -4 785 220 345 475 485 425 485 475 345
Alto Trás-os-Montes 680 21,5 -7 790 220 345 480 485 425 485 480 345
Cávado 171 20,7 -3 795 220 345 485 490 425 490 485 345
Ave 426 20,8 -3 795 220 350 490 490 425 490 490 350
Grande Porto 94 20,9 0 800 220 350 490 490 425 490 490 350
Tâmega 320 21,4 -3 800 220 350 490 490 425 490 490 350
Douro 579 22,7 -6 805 220 350 490 490 420 490 490 350
Entre Douro e Vouga 298 20,6 -3 805 220 350 490 490 425 490 490 350
Baixo Vouga 50 20,6 -2 810 220 355 490 490 420 490 490 355
Baixo Mondego 67 20,9 0 825 225 360 495 495 420 495 495 360
Beira Interior Norte 717 21,7 -5 820 220 355 495 500 425 500 495 355
Beira Interior Sul 328 25,3 -7 830 220 360 500 495 420 495 500 360
Cova da Beira 507 22,5 -6 825 225 360 495 495 425 495 495 360
Serra da Estrela 553 21,0 -4 820 225 355 495 495 420 495 495 355
Dão - Lafões 497 21,2 -3 815 220 355 495 490 415 490 495 355
Pinhal Interior Norte 361 21,2 -2 825 220 357 500 495 420 495 500 357
Pinhal Interior Sul 361 22,4 -3 830 225 360 500 500 420 500 500 360
Pinhal Litoral 126 20,1 -2 830 225 360 500 495 415 495 500 360
Oeste 99 21,0 0 830 225 360 500 495 415 495 500 360
Médio Tejo 168 22,1 -7 835 220 360 500 495 415 495 500 360
Lezíria do Tejo 73 23,1 -6 835 225 365 500 495 410 495 500 365
Grande Lisboa 109 21,7 -10 840 225 365 500 495 410 495 500 365
Península de Setúbal 47 22,8 -5 845 225 365 505 495 410 495 505 365
Alto Alentejo 246 24,5 0 845 225 365 505 500 415 500 505 365
Alentejo Central 221 24,3 0 850 225 370 510 500 415 500 510 370
Alentejo Litoral 88 22,2 0 850 225 365 510 495 405 495 510 365
Baixo Alentejo 178 24,7 0 855 225 370 510 495 405 495 510 370
Algarve 145 23,1 0 865 225 375 515 500 405 500 515 375
R.A. Açores 10 21,3 -6 640 195 285 375 375 235 375 375 285
R.A. Madeira 380 20,2 -6 580 195 260 325 320 280 320 325 260

Despacho nº15793-I/2013

Tabela 01 I – Fator de orientação para as diferentes exposições, Xj


Orientação do vão (j) N NE/NW S SE/SW E/W H

Xj 0,27 0,33 1 0,84 0,56 0,89

12
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Despacho nº15793-K/2013

Tabela 01 K - Valores das resistências térmicas superficiais, Rse e Rsi


Resistência térmica superficial (m2.ºC/W)

Sentido do fluxo de calor Exterior Rse Interior Rsi

Horizontal 0,04 0,13

Vertical: Ascendente 0,04 0,10

Descendente 0,04 0,17

Nota: No cálculo do coeficiente de transmissão térmica de um elemento que separa um espaço interior de
um espaço não útil ou de um edifício adjacente, devem ser consideradas duas resistências térmicas
superficiais interiores, Rsi, uma correspondente ao interior da fracção e outra ao interior do espaço não
útil.

Tabela 02 K – Valores da resistência térmica dos espaços de ar não-ventilados, Rar


Espessura do Resistência
Sentido do fluxo espaço de ar térmica
do calor (mm) Rar
(m2.ºC/W)
<5 0,00
5 0,11
Horizontal 10 0,15
15 0,17
25 a 300 0,18
<5 0,00
Vertical 5 0,11
Ascendente 10 0,15
15 a 300 0,16
<5 0,00
5 0,11
Vertical 10 0,15
Descendente 15 0,17
25 0,19
50 0,21
100 0,22
300 0,23

13
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 07 K – Valores por defeito para os coeficientes de transmissão térmica lineares


 [W/(m.ºC)]
Sistema de isolamento das paredes
Isolamento Isolamento Isolamento repartido
interior exterior ou na caixa de ar de
Tipo de ligação parede dupla
Fachada com pavimentos térreos 0,80 0,70 0,80
Fachada com pavimento sobre o Isolamento sob o 0,75 0,55 0,75
exterior ou local não aquecido pavimento
Isolamento sobre o 0,10 0,50 0,35
pavimento
Fachada com pavimento de nível intermédio (1) 0,60 0,15 (2) 0,50 (3)
Fachada com varanda (1) 0,60 0,60 0,55
Isolamento sob a 0,10 (4) 0,70 0,60
laje de cobertura
Fachada com cobertura Isolamento sobre a 1,0 0,80 1,0
laje de cobertura
Duas paredes verticais em ângulo saliente 0,10 0,40 0,50
O isolante térmico
da parede contacta 0,10 0,10 0,10
com a caixilharia
Fachada com caixilharia O isolante térmico
da parede não
0,25 0,25 0,25
contacta com a
caixilharia
Zona da caixa de estores 0,30 0,30 0,30
(1) Os valores apresentados dizem respeito a metade da perda originada na ligação.
(2) (3) (4) Majorar quando existe um teto falso em: (2) 25%; (3) 50%; (4) 70%.

Tabela 08 K– Coeficiente de absorção da radiação solar 


Cor 
Clara (branco, creme, amarelo, laranja, vermelho-claro) 0,4
Média (vermelho-escuro, verde-claro, azul claro) 0,5
Escura (castanho, verde-escuro, azul-vivo, azul-escuro) 0,8

Tabela 09 K– Razão entre o valor do coeficiente de absorção a considerar no cálculo


dos ganhos de calor através de uma fachada ventilada e o valor do coeficiente de
absorção do paramento exterior da fachada
Elemento Fator
Face interior do revestimento exterior de baixa emissividade e/ou caixa de ar fortemente ventilada 0,10
Outros casos 0,25

14
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 10 K– Razão entre o valor do coeficiente de absorção a considerar no cálculo


dos ganhos de calor através de uma cobertura em desvão e o valor do coeficiente de
absorção da cobertura exterior
Desvão Emissividade Fator
Normal 0,8
Fortemente ventilado
Baixa 0,7
Normal 1,0
Fracamente ventilado
Baixa 0,9
Normal
Não ventilado 1
Baixa

Tabela 12 K– Fator solar do vidro para uma incidência solar normal ao vão,
Composição do vidro
Vidro Incolor 4mm 0,88
Simples Incolor 5mm 0,87
Incolor 6mm 0,85
Incolor 8mm 0,82
Colorido na massa 4mm 0,70
Colorido na massa 5mm 0,65
Colorido na massa 6mm 0,60
Colorido na massa 8mm 0,50
Refletante Incolor 4 a 8mm 0,60
Refletante colorido na massa 4 a 5mm 0,50
Refletante colorido na massa 6 a 8mm 0,45
Fosco (1)
Vidro Incolor 4 a 8mm + Incolor 4 mm 0,78
Duplo Incolor 4 a 8mm + Incolor 5 mm 0,75
(ext + int)
Colorido na massa 4mm + Incolor 4 a 8 mm 0,60
Colorido na massa 5mm + Incolor 4 a 8 mm 0,55
Colorido na massa 6mm + Incolor 4 a 8 mm 0,50
Colorido na massa 8mm Incolor 4 a 8 mm 0,45
Refletante Incolor 4 a 8mm + Incolor 4 a 8 mm 0,52
Refletante colorido na massa 4 a 5mm + Incolor 4 a 8 mm 0,40
Refletante colorido na massa 6 a 8mm + Incolor 4 a 8 mm 0,35
Tijolo de Vidro 0,57
Fosco (1)
(1) Nas situações de vidro foscado, podem ser utilizados valores de fator solar correspondentes às soluções de vidro
incolor de igual composição.

15
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 13 K– Valores correntes do fator solar de vãos envidraçados com vidro corrente
e dispositivos de proteção solar

Tipo de Proteção Vidro Simples Vidros Duplos


Clara Média Escura Clara Média Escura
Portada de madeira 0,04 0,07 0,09 0,03 0,05 0,06
Persiana de réguas de madeira 0,05 0,08 0,10 0,04 0,05 0,07

Persiana de réguas metálicas ou


plásticas 0,07 0,10 0,13 0,04 0,07 0,09
Estore veneziano de lâminas de
madeira - 0,11 - - 0,08 -
Proteções
exteriores Estore veneziano de lâminas
metálicas - 0,14 - - 0,09 -
Lona opaca
0,07 0,09 0,12 0,04 0,06 0,08
Lona pouco transparente
0,14 0,17 0,19 0,10 0,12 0,14
Lona muito transparente
0,21 0,23 0,25 0,16 0,18 0,2
Estores de lâminas
0,45 0,56 0,65 0,47 0,59 0,69
Cortinas opacas
0,33 0,44 0,54 0,37 0,46 0,55
Cortinas ligeiramente
transparentes 0,36 0,46 0,56 0,38 0,47 0,56
Cortinas transparentes
Proteções 0,38 0,48 0,58 0,39 0,48 0,58
interiores Cortinas muito transparentes
0,70 - - 0,63 - -
Portadas opacas
0,30 0,40 0,50 0,35 0,46 0,58
Persianas
0,35 0,45 0,57 0,40 0,55 0,65
Proteção entre dois vidros estore
veneziano, lâminas delgadas - - - 0,28 0,34 0,40

Tabela 14 K - Fração de tempo em que os dispositivos móveis se encontram


ativados, Fmv
Orientação do vão N NE/NW S SE/SW E/W H
Fmv 0 0,4 0,6 0,7 0,6 0,9

16
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Tabela 15 K - Valores do fator de sombreamento do horizonte Fh na estação de


aquecimento
Portugal Continental e RAA Latitude de 39° RAM Latitude de 33°
Ângulo do
horizonte H N NE/ E/W SE/ S H N NE/ E/W SE/ S
NW SW NW SW
0° 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
10° 0,99 1 0,96 0,94 0,96 0,97 1 1 0,96 0,96 0,97 0,98
20° 0,95 1 0,96 0,84 0,88 0,90 0,96 1 0,91 0,87 0,90 0,93
30° 0,82 1 0,85 0,71 0,68 0,67 0,88 1 0,85 0,75 0,77 0,80
40° 0,67 1 0,81 0,61 0,52 0,50 0,71 1 0,81 0,64 0,59 0,58
45° 0,62 1 0,80 0,58 0,48 0,45 0,64 1 0,80 0,60 0,53 0,51

Tabela 20 K - Fração envidraçada, Fg


Caixilharia
Fg
Sem quadrícula Com quadrícula
Alumínio ou aço 0,70 0,60
Madeira ou PVC 0,65 0,57
Fachada-cortina de alumínio ou aço 0,90 -

Tabela 21 K - Fator de correção da seletividade angular dos envidraçados na


estação de arrefecimento, Fw,v
Orientação do vão
Fw,v
N NE/NW S SE/SW E/W
Vidro plano simples 0,85 0,90 0,80 0,90 0,90
Vidro plano duplo 0,80 0,85 0,75 0,85 0,85
Nota: Fw,v =0,90 para vãos no plano horizontal.

Tabela 22 K - Coeficiente de redução de perdas de espaços não úteis, bztu


Venu  50m3 50m3<Venu 200m3 Venu> 200m3
bztu
f F f F f F
Ai/Au<0,5 1,0 1,0 1,0
0,5 Ai/Au< 1 0,7 0,9 0,8 1,0 0,9 1,0
1 Ai/Au< 2 0,6 0,8 0,7 0,9 0,8 1,0
2 Ai/Au< 4 0,4 0,7 0,5 0,9 0,6 0,9
Ai/Au4 0,3 0,5 0,4 0,8 0,4 0,8
Nota: (1) f - Espaço não útil que tem todas as ligações entre elementos bem vedadas, sem aberturas de ventilação
permanentemente abertas; F - Espaço não útil permeável ao ar devido à presença de ligações e aberturas de ventilação
permanentemente abertas.
(2) Ai – somatório das áreas dos elementos que separam o espaço interior útil do espaço não útil ; Au – somatório das
áreas dos elementos que separam o espaço não útil do ambiente exterior; V enu – volume do espaço não útil.
(3) Para espaços fortemente ventilados bztu deverá tomar o valor de 1,0.
(4) Para elementos em contacto com edifícios adjacentes deve ser utilizado um valor de bztu de 0,6.

17
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Decreto-Lei n.º 101-D/2020 (de 7 de dezembro)

Portaria n.º 138-I/2021 (de 1 de julho)

ANEXO I

Requisitos mínimos de desempenho energético aplicáveis à envolvente dos edifícios

1 — Envolvente opaca dos edifícios

Para efeitos do disposto nos artigos 6.º a 8.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro, a envolvente
opaca dos edifícios novos e renovados deve obedecer aos seguintes requisitos:

1.1 — Requisitos gerais:

a) Os elementos da envolvente opaca dos edifícios novos ou renovados devem estar devidamente caracterizados
em termos do seu desempenho térmico e das características técnicas que possam determinar ou afetar esse
desempenho;
b) A caracterização referida na alínea anterior deve ser evidenciada através de documentação e/ou fichas técnicas,
bem como de etiqueta energética emitida no âmbito de sistema de etiquetagem aplicável nos termos de
regulamentação europeia ou nacional em vigor;
c) Perante a inexistência de sistema de etiquetagem nos termos da alínea anterior, o diretor--geral da Direção -
Geral de Energia e Geologia (DGEG) pode reconhecer, por despacho, sistema voluntário estabelecido para esse
efeito ao abrigo da legislação relativa ao desempenho energético dos edifícios;
d) Os elementos previstos na alínea a) devem dispor de marcação CE e declaração de conformidade que declare
que o produto cumpre todas as disposições aplicáveis.

18
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

1.2 — Requisitos de desempenho energético geral:

a) O coeficiente de transmissão térmica dos elementos da envolvente opaca dos edifícios de habitação e de
comércio e serviços, novos ou renovados, não pode ser superior aos valores indicados nas Tabelas 1 a 4.

19
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

b) Os edifícios de habitação encontram -se isentos do cumprimento dos requisitos relativos aos
coeficientes de transmissão térmica superficiais da zona corrente da envolvente opaca previstos na
alínea anterior, desde que seja garantido o cumprimento dos requisitos de conforto térmico previstos na
alínea a) do n.º 9 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro;
c) Na situação prevista na alínea anterior, os elementos da envolvente corrente opaca devem apresentar um
coeficiente de transmissão térmica superficial igual ou inferior a 0,90 W/(m2.°C), ou no caso de
soluções construtivas em taipa ou similares, igual ou inferior a 1,30 W/(m2.°C);
d) Os edifícios de comércio e serviços encontram -se isentos do cumprimento dos requisitos relativos aos
coeficientes de transmissão térmica superficiais da envolvente opaca previstos na alínea a), desde que o somatório
de energia útil para aquecimento e arrefecimento ambiente seja inferior ao obtido considerando o cumprimento
dos mesmos;

2 — Envolvente envidraçada dos edifícios

Para efeitos do disposto nos artigos 6.º a 8.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro, na envolvente
envidraçada dos edifícios novos e dos edifícios renovados deve obedecer aos
seguintes requisitos:

20
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

2.1 — Requisitos gerais:

a) Os elementos da envolvente envidraçada dos edifícios novos ou renovados devem estar devidamente
caracterizados em termos do seu comportamento térmico ou das características técnicas que possam determinar
ou afetar esse comportamento;
b) A caracterização referida na alínea anterior deve ser evidenciada através de documentação e/ou fichas técnicas,
bem como de etiqueta energética emitida no âmbito de sistema de etiquetagem aplicável nos termos de
regulamentação europeia ou nacional em vigor;
c) Perante a inexistência de sistema de etiquetagem nos termos da alínea anterior, o diretor-geral da DGEG pode
reconhecer, por despacho, sistema voluntário estabelecido para esse efeito ao abrigo da legislação relativa ao
desempenho energético dos edifícios;
d) Os elementos previstos na alínea a) devem dispor de marcação CE e declaração de conformidade que declare
que o produto cumpre todas as disposições aplicáveis;

2.2 — Requisitos de desempenho energético geral:

a) O coeficiente de transmissão térmica dos elementos da envolvente envidraçada novos ou renovados, dos
edifícios de habitação e de comércio e serviços, não pode ser superior aos valores indicados da Tabela 6.

b) No caso de edifícios de habitação ou de espaços com dormida em edifícios de comércio e serviços, o


cumprimento dos requisitos previstos na alínea anterior pode ser avaliado tendo em conta o contributo dos
dispositivos de proteção solar, considerando o valor de UWDN;
c) Os seguintes edifícios encontram -se isentos do cumprimento dos requisitos relativos aos coeficientes de
transmissão térmica superficiais previstos na alínea a):
i) Edifícios de habitação, desde que seja garantido o cumprimento dos requisitos de conforto térmico
previstos na alínea a) do n.º 9 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro;
ii) Edifícios de comércio e serviços, desde que o somatório de energia útil para aquecimento e arrefecimento
ambiente seja inferior ao obtido considerando o cumprimento dos requisitos previstos na alínea anterior.
d) Na situação prevista na subalínea i) da alínea anterior, os elementos da envolvente envidraçada exterior devem
apresentar um coeficiente de transmissão térmica superficial igual ou inferior a 3,00 W/(m2.°C);

21
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

g) Os vãos envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos solares em espaços interiores
úteis devem verificar a seguinte condição:

em que:
gtot — Fator solar dos vãos envidraçados com os dispositivos de proteção totalmente ativados;
Fo — Fator de sombreamento por elementos opacos horizontais sobrejacentes ao envidraçado, designadamente
palas, varandas, outros corpos ou partes de um edifício;
Ff — Fator de sombreamento por elementos opacos verticais adjacentes ao envidraçado, designadamente palas,
outros corpos ou partes de um edifício;
gtot,máx — Fator solar máximo admissível dos vãos envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com
ganhos solares, obtido da Tabela 8.


i) Em edifícios de habitação, nos espaços interiores úteis em que Aenv,espaço seja superior a 15 % da Apav, os vãos
envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos solares devem verificar a seguinte
condição:

Aenv,fac — Soma das áreas dos vãos envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos solares
dos espaços interiores úteis por orientação, incluindo a horizontal [m2];
Afac — Soma das áreas da envolvente, vertical ou horizontal, com condição fronteira exterior ou interior com
ganhos solares dos espaços interiores úteis por orientação [m2].

j) Nos GES (Grande Edifício de Comércio e Serviços) em que Aenv,fac seja superior a 30 % da Afac, os vãos
envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos solares em espaços interiores úteis devem
verificar a seguinte condição:

em que:
Aenv,fac — Soma das áreas dos vãos envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos solares
dos espaços interiores úteis por orientação, incluindo a horizontal [m2];
Afac — Soma das áreas da envolvente, vertical ou horizontal, com condição fronteira exterior ou interior com
ganhos solares dos espaços interiores úteis por orientação [m2].

22
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

k) Os vãos orientados no quadrante norte, inclusive, encontram -se isentos do cumprimento dos requisitos
previstos nas alíneas g), i) e j);
l) Os seguintes edifícios encontram -se isentos do cumprimento dos requisitos relativos ao fator solar dos
envidraçados previstos na alínea g), i) e j):
i) Edifícios de habitação, desde que seja garantido o cumprimento dos requisitos de conforto térmico
previstos na alínea a) do n.º 9 do artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro;
ii) Edifícios de comércio e serviços, desde que o somatório de energia útil para aquecimento e arrefecimento
ambiente seja inferior ao obtido considerando o cumprimento dos requisitos previstos na alínea anterior.
m) Em edifícios de habitação, os vãos envidraçados com condição fronteira exterior ou interior com ganhos
solares, inseridos em espaços interiores úteis, em que se verifique que Aenv,espaço seja igual ou inferior a 5 %
da Apav encontram -se, ainda, isentos do cumprimento dos requisitos previstos na alínea g);

ANEXO II

Requisitos relativos aos sistemas técnicos

1 — Sistemas de ventilação

1.2.1 — Edifícios de habitação:
a) Os edifícios de habitação devem garantir um valor de taxa de renovação horária de ar de acordo com os
valores indicados na Tabela 10, calculado de acordo com a metodologia prevista no Manual SCE nos termos do
n.º 4 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 101 -D/2020, de 7 de dezembro.

23
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Isolamento sonoro de elementos envidraçados

Tipo de envidraçado Espessura (mm) Rw (dB)


3 28
4 29
5 30
6 31
8 32
Vidro simples
10 33
12 34
6 (laminado) 32
8 (laminado) 33
10 (laminado) 34
4+(6 a 16)+4 29
6+(6 a 16)+4 32
6+(6 a 16)+6 31
8+(6 a 16)+4 33
Vidro duplo 8+(6 a 16)+6 35
10+(6 a 16)+4 35
10+(6 a 16)+6 35
6+(6 a 16)+6(laminado) 33
6+(6 a 16)+4(laminado) 37

Isolamento sonoro das portas

Largura da frincha (mm) Rw (dB)


0,5 36
1,0 33
5,0 26
10,0 23

24
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Caracterização do isolamento de revestimento de piso a ruídos de percussão.

Natureza do revestimento de piso L w


Designação Características do elemento resiliente (dB/oit)

Tacos de madeira Espessuras entre 5 e 15 mm 0


Piso flutuante de Parquet de madeira de 5 a 15 mm de espessura sobre
18
Madeira espuma de polietileno extrudido
Massa volúmica Espessura (mm)
(kg/m3)
95 10 19
100 20 20
100 10 18
Aglomerado negro
de cortiça 102 6 17
Lajeta flutuante de
4 cm de 112 10 18
espessura, com a 120 40 20
face aparente
revestida a tacos 140 12 18
de pinho 194 5 15
Massa volúmica do regranulado (kg/m3)

Feltro betuminoso 52 19
com regranulado 66 20
de cortiça
114 21
146 20
Massa volúmica Espessura (mm)
Aglomerado (kg/m3)
composto de 400 6 16
cortiça
490 12 15
750 3 11
Tufada com base de látex 33
Alcatifa Tufada com base de favos de borracha 35
Tufada sobre tecido de juta 23
Feltro Polipropileno fibrilado 21

25
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Correcção K para a transmissão marginal em pavimentos (em dB).

Massa média das paredes do compartimento inferior (kg/m2)


Massa do pavimento(kg/m2)
100 150 200 250 300 350 400 450 500
100 1 0 0 0 0 0 0 0 0
150 1 1 0 0 0 0 0 0 0
200 2 1 1 0 0 0 0 0 0
250 2 1 1 1 0 0 0 0 0
300 3 2 1 1 1 0 0 0 0
350 3 2 1 1 1 1 0 0 0
400 4 2 2 1 1 1 1 0 0
450 4 3 2 2 1 1 1 1 1
500 4 3 2 2 1 1 1 1 1
600 5 4 3 2 2 1 1 1 1
700 5 4 3 3 2 2 1 1 1
800 6 4 4 3 2 2 2 1 1
900 6 5 4 3 3 2 2 2 2

26
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Quadro 1 - FACTORES DE CONSERVAÇÃO DOS ENVIDRAÇADOS

Localização do Edifício Tipo de Trabalho Inclinação dos Factor de Conservação


Envidraçados
vertical 0.9
Trabalho não poluente inclinada 0.8
Zona não industrial ou
horizontal 0.7
de indústrias não
vertical 0.8
poluentes
Trabalho poluente inclinada 0.7
horizontal 0.6
vertical 0.8
Trabalho não poluente inclinada 0.7
horizontal 0.6
Zona industrial poluente
vertical 0.7
Trabalho poluente inclinada 0.6
horizontal 0.5

Quadro 2- COEFICIENTES DE REFLEXÃO DE DIFERENTES SUPERFÍCIES

Material Coeficiente de Reflexão (%)


Relva 6
Vegetação (média) 25
Água 7
Asfalto 7
Macadame 18
Terra Húmida 7
Pedra 5 - 50
Ardósia 8
Cascalho 13
Mármore (branco) 45
Cimento 27
Betão 30 - 50
Ladrilhos, Tijolo (barro) 25 - 45
Vidro
Incolor, Bronze ou Cinzento 7
Reflectante 20 - 40
Espelho (vidro) 80 - 90
Pinturas
Preto 5
Vermelho Vivo 17
Azul Pálido 45
Laranja Pálido 54
Amarelo Pálido 70
Branco 85
Madeira 5 - 40
Neve 60 - 75

27
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Quadro 3- COEFICIENTES DE REFLEXÃO RECOMENDADOS PARA AS SUPERFÍCIES DA


ENVOLVENTE INTERIOR DOS EDIFÍCIOS

Tipo de Superfície Coeficientes de Reflexão (%)


Tectos 60 - 80
Paredes 40 - 60
Mobiliário, Planos de Trabalho 25 - 45
Máquinas e Equipamentos 25 - 45
Pisos 20 - 35

Quadro 4- TRANSMITÂNCIA DO VIDRO

Tipo de Vidro Espessura (mm) Transmitância


Vidro Simples
Incolor 3 mm 0,90
6 mm 0.89
9 mm 0.88
12 mm 0.86
Cinzento 3 mm 0.62
6 mm 0.41
9 mm 0.28
12 mm 0.19
Bronze 3 mm 0.69
6 mm 0.52
9 mm 0.37
12 mm 0.28
Azul-Verde 12 mm 0.74
Vidro Duplo
Com os 2 vidros incolores 0.89

Com vidro bronze no exterior e incolor 0.78


no interior
Com vidro selectivo verde no exterior e 0.48
incolor no interior
Com vidro de baixa emissividade 0.59
com película (e=0.2 mm) na superfície 2
(ver Fig.1) e vidro incolor no interior
Com vidro incolor no exterior e vidro de 0.73
baixa emissividade (ver Fig.1) com
película (e=0.2 mm) na superfície 3
Com vidro de baixa emissividade com 0.70
película (e=0.05mm) na superfície 2 (ver
Fig.1) e vidro incolor no interior

28
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

Exterior Interior

1
3
2
4

Fig.1 – VIDRO DUPLO. IDENTIFICAÇÃO DAS RESPECTIVAS SUPERFÍCIES.

Quadro 5- FACTORES DE LUZ DE DIA MÍNIMOS

Tipo de Trabalho DF- Factor de Luz de Dia Mín. (%)


Estúdio de Arte 4.0 – 6.0
Fábrica, Laboratório 3.0
Escritório, Sala de Aula, Ginásio 2.0
Sala de Jantar, Sala de Espera 1.0
Quartos, Corredores 0.5

29
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

30
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

31
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

32
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

33
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

34
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

35
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

36
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

37
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

38
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

39
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

40
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

41
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

42
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

43
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

44
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

45
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

46
MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITECTURA FORMULÁRIO DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES

47

Você também pode gostar