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mas por fim doce, alegre e deleitoso”, no decorrer do qual fora necessário atravessar as provas a
que tivera de submeter-se a sua fraca humanidade. Provas que não são, afinal, senão o percurso
tenebroso mas gratificante de um rito de passagem, que permite o acesso definitivo a uma eter-
35 nidade, cujo modelo se reencontra em outros lugares da obra camoniana e constitui a mensagem
profundamente humana e humanística do Poema.
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Invocação
Nos poemas antigos a Invocação era geralmente feita a divindades mitológicas propícias à
Dedicatória
45 A Dedicatória é feita no início do poema, a partir da estrofe 6, a D. Sebastião, personagem
considerada pelo Autor como destinatário privilegiado e tutelar. No final do poema volta a dirigir-
-se ao rei, aconselhando-o, com a amargura adquirida nos anos decorridos na elaboração da
Epopeia. O facto de, no princípio e no fim do poema, ele se dirigir à mesma personagem é um
elemento de notável unidade na sua estrutura.
Narração
50 Começa já depois de passado o cabo da Boa Esperança, isto é, mais de metade da ação geo-
gráfica já efetuada (estrofe 19). Toda a ação se concentra, pois, no espaço e no tempo decorrido
entre Moçambique e o início da viagem de regresso da Índia.
BUESCU, Maria Leonor Carvalhão, 1993.
Apontamentos de Literatura Portuguesa. Porto: Porto Editora (pp. 79-80)
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