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Fabricação
Cláudio Monico
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SUMÁRIO
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1 CONCEITOS PRODUTIVOS
1.1 Manufatura
Manufatura é uma palavra oriunda do latim, manus (mãos) e factus (fazer), que na
língua portuguesa tem o mesmo significado que “feito à mão”.
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O tipo de fabricação realizada por uma dada empresa depende do tipo de produto que
ela fabrica.
Segundo Corrêa (2019) quanto ao que produzem, as empresas podem ser classificadas
em:
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caminhões, ferramentas, entre outros. Grande parte dos bens de capital é utilizada
pelo setor de serviço.
Quando temos algumas entradas que produzem algumas saídas, estamos falando de
sistemas fechados.
Nos sistemas fechados, existem poucas entradas e saídas, que são bem conhecidas e
determinadas. Todos os mecanismos tecnológicos são sistemas fechados
(CHIAVENATO, 2008).
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O sistema de produção possui subsistemas (ou seções) conforme mostra a Figura 1.2.
A empresa depende de vários fornecedores para garantir suas entradas e depende dos
clientes e consumidores para garantir suas saídas.
Existe um detalhamento do sistema empresarial que pode ser ainda mais detalhado
quando nele é incluído o almoxarifado de materiais e matérias-primas, o subsistema
de produção e o depósito de produtos acabados, como podemos ver na Figura 1.3.
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Saiba Mais
Assista ao vídeo “Manufatura 4.0 e seus 4 Pilares” do canal Sapientia Org, disponível
no YouTube em: <https://www.youtube.com/watch?v=dg5yctVN7Vc>. Acesso em: jun.
de 2020.
REFERÊNCIAS
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2.1 Polímeros
A palavra polímero deriva de poli, que significa muitos, e meros que significa parte.
Grande parte dos polímeros possuem em sua estrutura uma base de carbono,
portanto são considerados materiais orgânicos.
Os materiais compostos por polímeros que são utilizados pela engenharia são
sintéticos (a exceção é a borracha natural).
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• Uma peça feita de material polimérico utiliza uma quantidade de energia muito
menor do que uma peça de metal;
E a origem dos polímeros? É importante que você saiba como eles surgem, e a
Química explica muito bem sua origem.
Quando ocorre a união de muitas moléculas pequenas para formar grandes moléculas,
chamadas macromoléculas, os polímeros são sintetizados.
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Assim, cada macromolécula é caracterizada por ter ligações primárias fortes. A síntese
da molécula do polietileno, que é um polímero importante, está mostrada na Figura
2.1.
No caso do polietileno, isto ocorre porque átomos de hidrogênio são substituídos por
átomos de carbono em pontos aleatórios ao longo da cadeia, provocando o
crescimento de cadeias laterais em cada ponto.
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Quando temos um polímero com muitas ligações cruzadas, organiza-se como uma
estrutura em rede, como na Figura 2(d);
(a) linear, característica dos termoplásticos; (b) ramificada; (c) com poucas ligações
cruzadas, como em um elastômero; e (d) com muitas ligações cruzadas ou com
estrutura em rede, como um termorrígido.
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Tanto este aquecimento e o resfriamento podem ser aplicados inúmeras vezes sem
degradar o polímero.
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Os elastômeros (E) são polímeros que possuem um alongamento elástico quando uma
tensão mecânica relativamente baixa é exercida sobre eles. O elastômero é também
conhecido como borracha.
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2.2 Metais
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• Aços;
• Ferros fundidos;
2.2.1 Aços
O aço é uma categoria de liga ferrosa pois possui o ferro (Fe) como participante
principal. O aço pertence a uma outra categoria de ferro, que é o ferro fundido.
Muitos dos produtos industriais são conhecidos por seus nomes comerciais e os aços,
neste aspecto, podem ser distribuídos nas seguintes categorias:
b. Aços de baixa liga: compostos por ligas de ferro-carbono que contêm outros
elementos de liga em teores inferiores a 5% em massa. Característica: possuem
maior limite de resistência, dureza, dureza a quente, resistência ao desgaste e
tenacidade.
c. Aços inoxidáveis: são aços de alta liga e seu principal elemento de liga é o
cromo (acima de 15%), além do níquel e carbono. Característica: Alta
resistência à corrosão, possuindo uma combinação de resistência e ductilidade.
d. Aços ferramenta: são aços com alto teor de liga, projetados para o uso como
ferramentas de corte industrial, matrizes e moldes. Característica: possuem
alta resistência mecânica, dureza, dureza a quente, resistência ao desgaste e
tenacidade ao impacto.
O ferro fundido é uma liga ferrosa que possui entre 2,1% a 4% de carbono e entre 1% e
3% de silício, muito utilizada em fundição.
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Quando falamos dos tipos de ferro fundido, citamos o ferro fundido cinzento, o ferro
fundido nodular, o ferro fundido branco e o ferro fundido maleável.
a) Ferro Fundido Cinzento: possui uma quantidade de ferro fundido com uma
composição que varia de 2,5% a 4% de carbono e 1% a 3% de silício. Possuem
resistência à compressão e a ductilidade é muito baixa, sendo assim, é um
material frágil. O ferro fundido cinzento é usado em blocos de motores e
cabeçotes de automóveis, carcaças de motor e bases de máquinas-ferramenta.
São os elementos metálicos e as ligas que não têm como elemento principal o ferro.
Neste grupo podemos incluir o alumínio, magnésio, cobre, níquel, titânio e zinco, e
suas ligas.
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2.2.4 Superligas
2.3.1 Compósitos
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2.3.2 Cerâmica
2.3.3 Vidros
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2.3.4 Madeira
As madeiras são manufaturadas após sua extração dos meios naturais no formato de
troncos, em várias formas de vigas, chapas e perfis, e então são transformadas em
móveis em geral e inúmeros utensílios.
2.3.5 Papel
O papel foi inventado na China no século II, e durante 1500 anos (aproximadamente) a
matéria-prima mais comum para fazê-lo não era madeira, mas sim fibras de algodão
extraídas de roupas velhas, panos e trapos.
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Conclusão
Saiba Mais
REFERÊNCIAS
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3.1 Fundição
Vários materiais podem ser fundidos, como aços, ferros fundidos, alumínio, cobre,
zinco, magnésio e respectivas ligas.
a) Fundição em areia;
e) Fundição em centrífuga;
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Vamos chamar de modelo bipartido da peça, que pode ser feito em madeira, metal ou
argila, e é moldado na areia contida na caixa de metal. Para as partes vazadas do
modelo é colocado o macho, que é retirado após a fundição, originando na cavidade
que será em seguida feita, os canais de alimentação e a saída de ar.
Após a união das duas caixas bipartidas, será vazado o metal líquido, que irá escorrer
por meio de seu próprio peso através dos canais de alimentação.
Podemos citar como exemplos deste tipo de processo de fundição o bloco do motor de
automóvel e o volante de prensa excêntrico, como mostra a Figura 3.2.
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Figura 3.3 – Etapas de fabricação das cascas de fundição para a fabricação de uma
biela utilizando processo de fundição denominado shellmolding (moldagem por
casca)
Neste momento forma-se uma casca (etapa 4) que representa o perfil geométrico da
peça.
Na etapa 5 a casca formada sobre o molde é destacada e as duas partes unidas são
montadas e alojadas em uma outra caixa, logo em seguida ocorre o despejar de um
metal líquido dentro das cascas e, ao solidificar o metal, as cascas são descartadas.
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3.2 Usinagem
A usinagem é um processo de manufatura no qual uma ferramenta de corte
é usada para remover material de um sólido de tal maneira que o
remanescente tenha a forma da peça desejada. Os principais processos de
usinagem são torneamento, furação, fresamento e aplainamento. A
usinagem é aplicada a uma grande variedade de materiais, gerando
qualquer geometria regular, tais como superfície plana, cilindros e orifícios
redondos. É frequentemente usada como processo secundário ou de
acabamento quando a peça for produzida por fundição, conformação
plástica ou metalurgia do pó. (KIMINAMI, et. al; 2013, p. 22)
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Os tratamentos térmicos podem ser realizados em uma peça metálica nas diversas
etapas de seu processo de produção. Em alguns casos, o tratamento é aplicado antes
da conformação plástica (por exemplo, para reduzir a dureza do metal, de forma que
ele possa ser mais facilmente conformado enquanto permanece aquecido). Em outros
casos, o tratamento térmico é usado para aliviar os efeitos do encruamento que ocorre
durante a conformação, de modo que o material possa ser submetido a uma
deformação adicional. O tratamento térmico também pode ser aplicado ao final das
etapas de conformação, ou próximo à etapa final, para alcançar a resistência mecânica
e a dureza necessárias ao produto. Os principais tratamentos térmicos são:
recozimento, transformação martensítica nos aços, endurecimento por precipitação e
tratamento de endurecimento superficial.
Recozimento
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Quando o recozimento é realizado para permitir que a peça sofra mais trabalho a frio
ele é chamado recozimento intermediário.
A martensita é uma fase dura e frágil, que tem a capacidade única de elevar a
resistência mecânica dos aços a níveis muito altos.
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A perlita é uma mistura das fases ferrita e cementita na forma de pequenas lamelas
paralelas. Ela é obtida pelo resfriamento lento a partir do campo austenítico, tal que a
trajetória de resfriamento passa por Ps acima do “nariz” da curva TTT, conforme é
apresentado na Figura 3.8.
A bainita é uma mistura alternativa das mesmas fases, que pode ser produzida por
resfriamento inicial rápido até uma temperatura acima de Ms, de modo que o nariz da
curva TTT seja evitado.
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A martensita é uma fase diferenciada, é uma solução sólida de ferro e carbono cuja
composição é a mesma da austenita que lhe deu origem.
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tornando impossível para esses aços formar martensita pelos métodos tradicionais de
tratamento térmico.
Tratamento térmico
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Mostradas juntas, as três etapas do tratamento térmico dos aços para produzir
martensita revenida podem ser visualizadas na Figura 3.9.
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Conclusão
Este bloco apresentou os principais materiais utilizados em nosso dia-a-dia. Identificou
a essência de cada material, as principais propriedades físicas e químicas, além de
vários exemplos de outros tipos de materiais.
Para que possamos compreender os processos de fabricação é necessário verificar a
essência de cada material, em todas suas particularidades, pois basta um processo
para dar origem a um material diferente, o que explica o porquê da engenharia ter
inúmeras funcionalidades de produtos diferentes.
REFERÊNCIAS
GROOVER, M. P. Introdução aos Processos de Fabricação - tradução e revisão técnica
André Ribeiro de Oliveira ... [et al.]. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
LIRA, V.M. Princípios dos processos de fabricação utilizando metais e polímeros [livro
eletrônico] / Valdemir Martins Lira. – São Paulo: Blucher, 2017.
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4 ENGENHARIA DE MÉTODOS
Cada vez que se faz uma consultoria para propor melhorias e para o melhor
funcionamento do processo produtivo, o consultor deve ter uma visão sistêmica do
processo de modo a evitar analisar apenas uma parte do processo e gerar um gargalo
maior em outra parte.
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Alguns dos fatores que estão ligados à necessidade de implementar uma melhoria no
método são:
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Estas são algumas das técnicas que podem ser utilizadas para priorização:
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G U T
GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA
Após a realização das ações, deve-se passar para a etapa de análise dos dados
encontrados.
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Completo de todas as
variáveis e as
relações com
os produtos
agora e no
futuro
Não há um padrão de símbolos oficiais para desenhar o processo produtivo por meio
de um fluxograma, porém, geralmente, são seguidos os modelos a seguir como base
para o mapeamento dos processos, conforme representados na Figura 4.4:
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A forma pela qual cada nível de processo será analisado dependerá das ferramentas
que serão escolhidas para essa finalidade.
Vale a pena salientar que é importante conhecer como as empresas estão realizando a
análise de seus processos.
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✓ Benchmarking;
✓ Matriz importância-desempenho;
✓ Kaizen;
✓ Análise entrada-saída;
✓ Fluxograma;
✓ Diagrama de relacionamento;
✓ Diagrama de Pareto;
✓ Gráfico controle;
✓ 5W2H;
✓ Matriz Swot;
✓ Lista de verificação;
✓ Brainstorm;
✓ Brainwriting;
✓ Ferramentas Lean.
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Quais são, afinal, as dimensões médias do brasileiro? Para responder a essa pergunta,
técnicos da Associação Brasileira do Vestuário percorreram o Brasil de fita métrica na
mão, medindo os habitantes de Norte a Sul, não só quanto ao peso e a estatura, mas
também de outras 167 medidas antropométricas que definem as dimensões-chave do
corpo brasileiro.
Costuma-se dizer que a altura média do brasileiro é de 1,70 m. “Isso é um mero chute,
não existe”, diz Carlos Mauricio Duque dos Santos, diretor da DCA Ergonomia e Design.
“O ‘homem médio’ é uma abstração matemática.” (apud MARTINS; LAUGENI, 2005).
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Conclusão
Estes resultados estão diretamente ligados aos estudos dos movimentos, pois
garantem uma performance ou produtividade mais efetiva ao processo produtivo.
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Saiba Mais
Assista ao vídeo “Ergonomia no ambiente de trabalho” do canal Mundo TST.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RHVQLfgkMwU>. Acesso em:
jun. de 2020.
REFERÊNCIAS
GROOVER, M. P. Introdução aos Processos de Fabricação – tradução e revisão técnica
André Ribeiro de Oliveira [et al.]. Rio de Janeiro: LTC, 2018.
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5 ESTUDO DO TRABALHO
Outros desafios a serem abordados nesse bloco são as habilidades adquiridas para
executar o trabalho, pois conforme o método projetado se torna possível estabelecer
o ritmo de trabalho. A intenção em avaliar o ritmo de trabalho é estipular o tempo das
tarefas, para que seja possível padronizar o tempo de produção, através da
cronoanálise.
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Dessa forma, inúmeras variáveis devem ser consideradas quando fazemos o estudo de
tempo no trabalho. Para isso, trabalhamos com alguns elementos, que se inter-
relacionam por meio de fórmulas:
• Tempo real (TR): definido por Moreira (2012, p.) como “[...] aquele que
decorre realmente quando é feita uma operação”, variando de operador
para operador e, também, “para o mesmo operador em ocasiões
distintas.”;
TN = TR x ritmo
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Tempo padrão (TP), de acordo com Moreira (2012), “[...] é aquele requerido por uma
operação, quando as interrupções e condições especiais da operação forem levadas
em conta.”, ou seja, ao adicionarmos as tolerâncias ao TN, conforme mostrado na
fórmula a seguir:
TP = TN/(1 – T)
▪ Controle de produção;
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Quando cronometramos uma atividade, não podemos utilizar diretamente tal medida
como padrão nas operações. Isso acontece por duas razões:
Assim, o tempo cronometrado é chamado de tempo real (TR) e o ajustamos com base
na eficiência observada durante a cronometragem, ou seja, o ritmo em que o operador
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TN = TR x ritmo
Vamos supor que o trabalho é executado nas seguintes condições: posição fixa em pé,
na qual é exercida uma força de aproximadamente 4,5 kg, com iluminação adequada,
condições atmosféricas adequadas, sem exigência de atenção, com nível de ruído
baixo, em uma tarefa sem complexidade, muito monótona e entediante.
Temos, então:
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TP = TN / (1 – T)
5.2 Ritmos
Para que seja possível indicar os elementos necessários para a avaliação de ritmos é
preciso compreender o objetivo que se pretende alcançar com a avaliação.
• Filmadora;
• Prancheta;
▪ Caneta.
Essas ferramentas são essenciais para o registro das observações e coleta de material
para posterior análise.
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Também há trabalhadores que realizam suas atividades de forma mais lenta quando
são observados por imaginarem que a observação é realizada para aumentar a
velocidade da linha de produção.
Mesmo tendo posse de todos esses recursos é preciso praticar as técnicas de avaliação
de ritmos, pois é a experiência do profissional que determinará o resultado do estudo,
tendo em vista que essa é uma avaliação subjetiva.
Existem algumas técnicas de estudos de tempos que podem ser agregadas à avaliação
de ritmos para o estudo do tempo e movimento. Essas técnicas são:
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TN = TC x V
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5.3 Cronometragem
A cronometragem pode ser feita por meio da filmagem da tarefa que será avaliada ou
por meio da observação, e em qualquer uma delas é necessário realizar o registro dos
movimentos encontrados e do tempo de realização de cada um deles.
Cabe ressaltar que para fazer esse tipo de análise é necessário ser muito observador e
manter a concentração para que nenhum movimento passe sem ser percebido.
Outra questão importante é o fato de os trabalhadores não aceitarem muito bem a
observação de seu trabalho, sendo fundamental criar um vínculo com eles para coleta
de informações.
Conclusão
Este bloco ilustrou como acontecem os levantamentos em relação ao tempo e ao
cálculo do tempo padrão, tão importante para cálculos de custos e referências
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REFERÊNCIAS
“Cronometragem”. In: Wikipédia. Disponível em: < https://bit.ly/2NrzS08>. Acesso em:
jun. de 2020.
KLIPPEL, A. F., ROCHA, H. M., ABBUD, C., CAIXETA, P. H. Engenharia de métodos – 2.
ed. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
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Quando seu rendimento em alguma disciplina não está muito bom, você aumenta sua
atenção a alguns detalhes como não faltar as aulas, prestar mais atenção nas
explicações, fazer mais exercícios e monitorar seu desempenho nas avaliações? Não é
assim que funciona normalmente?
Em uma produção funciona da mesma maneira, pois ela gera resultados no transcorrer
do processo, que são avaliados se vão ou não afetar o que foi planejado e qual o grau
de desempenho destas ações.
Como o controle de produção traduz a última etapa do PPCP, na qual até então foram
planejados os eventos e materiais necessários, a produção foi programada no sentido
de sabermos em qual máquina, qual ferramental, qual processo, em qual prazo de
saída do PA (Produto Acabado), agora vemos o acompanhar das ações da produção,
seus resultados e seus desempenhos, visando compará-lo em relação ao que foi
planejado.
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De maneira geral, todo sistema é composto por partes. O controle de produção não
foge a essa regra, e é dividido em fases ou etapas e sub-etapas:
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Controle com amostras: aqui existe a parcialidade nos controles, pois pequenas
amostras são colhidas aleatoriamente e são expostas a provas e resultados.
Deste modo o própria seção ou célula já possui uma autogestão, criando consciência
sobre seu próprio desempenho.
Se dividem em:
Exemplo 1:
Quando o valor de horas trabalhadas for maior que as horas previstas temos uma
situação de ineficiência, isto é, ocorreram problemas nesta produção ou o padrão
pode estar superdimensionado.
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Verifica qual o porcentual das horas de equipamentos foi utilizado para realizar este
lote de produção, apenas multiplicando por 100.
Tempo previsto
Coeficiente de Tempo utilizado =
Tempo gasto
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Uma vez que ocorreu a produção, deve ser apresentado como foi realizado e
programado, quanto se perdeu no processo, se a matéria prima foi bem utilizada ou se
atendeu devidamente aos pedidos de vendas.
c) Índice de qualidade: este índice mostra quanto daquilo que foi produzido se
perdeu no processo de produção, isto é, não se transformou em produto
aproveitável em qualidade. Normalmente a engenharia da empresa determina
quanto é possível se perder no processo produtivo, como material perdido
durante o acerto de máquina, set up de máquina, produto novo etc.
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𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐌𝐏 𝐩𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐭𝐚
Índice de uso da Matéria Prima = 𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐌𝐏 𝐮𝐭𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚
Os estoques devem ser controlados devido sua importância para o cumprimento dos
pedidos de venda, assim como o custo de estocagem. Quando falamos de estoques
nos referimos aos estoques de matéria prima, estoque de processos e estoques de
produtos acabados.
Os prazos de produção têm origem nos prazos dos pedidos de vendas. Este controle
mostra quais prazos de produção foram atendidos ou não. A programação foi emitida
através da Ordem de Fabricação ou Ordem de Produção, que identifica os prazos de
abertura da produção e qual a sua duração, apoiada nos padrões estabelecidos,
gerando consequentemente o prazo de término.
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6.2 KPIs
K = Key;
P = Performance;
I = Indicator.
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6.3 Qualidade
Apesar das várias definições sobre qualidade uma mais objetiva é a qualidade como
aptidão para o uso, a conformidade com os requisitos exigidos e a busca pelo ideal.
Então, concluímos que a grande diferença está no fato de que o controle da qualidade
visa a inspeção da gestão da qualidade, ou seja, termos um processo de mais
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▪ Diminuição do desperdício;
▪ Diminuição de custos;
Refugo (do inglês scrap) é um conceito focado nos desperdícios e quando se trata de
economia industrial temos o refugo na produção.
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• Eles deverão saber quais ferramentas devem ser usadas em cada etapa do ciclo
de produção.
Essas são informações que devem ser comunicadas e treinadas junto aos
colaboradores de uma maneira fácil e bem entendida, para não interferir no projeto de
produção.
Conclusão
Neste bloco pudemos observar como as empresas controlam suas operações
produtivas em vários cenários, como o de produção quantitativa e produção
qualitativa. Muitos índices de desempenho foram criados para apontamentos
específicos em funcionalidades, servindo tanto como efeito de informação reportadas,
informações para ações corretivas e como informações preventivas. Os KPIs têm uma
finalidade mais abrangente pois navegam desde um plano estratégico até a um plano
operacional. O monitoramento dos refugos e retrabalhos mitigam as anomalias e
potencializam a produtividade.
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REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. Planejamento e controle da produção. 2.ed. São Paulo: Manole, 2008.
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