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Entendendo os conceitos de moda

Saiba quais são e entenda as vantagens e desvantagens de cada um
Publicado em 03/07/2023

4 minutos de leitura

Entender melhor sobre como funciona a indústria têxtil é essencial para desenvolver um
negócio sobre uma base firme. De acordo com a Fundação Ellen McArthur, a produção de
artigos de moda dobrou nos últimos 15 anos em todo o mundo, e a tendência é de
continuar aumentando. Por isso, conhecer os três principais conceitos de moda - Slow
fashion , Fast fashion e Ultra-fast fashion - é uma forma de entender como o seu negócio
se encaixa no mercado e como valorizá-lo ainda mais. Nesse conteúdo, trazemos uma
análise sobre cada um deles, desde seu surgimento até sua influência no consumo atual!

Slow Fashion

Cunhado por volta do ano de 2004 por Angela Murrills, o termo slow fashion literalmente é
traduzido como moda lenta. Inspirado no conceito de slow food, o slow fashion é um
sistema de produção da indústria de moda que prioriza a diversidade, o comércio justo e
local, a consciência socioambiental e os processos de produção em pequenas ou médias
escalas.

Ele surgiu com a finalidade de minimizar os danos causados diariamente pelas práticas da
indústria do fast fashion, aparecendo como uma alternativa a centralização e a produção de
produtos em massa. Além disso, tem na transparência um de seus principais motores,
buscando sempre informar a origem e os processos utilizados para o desenvolvimento de
determinado produto.

Não possui uma relação direta com as tendências de uma temporada ou com "modinhas",
valorizando cada etapa do processo de produção, desde os insumos até a venda,
confeccionados por meio de processos sustentáveis e ecologicamente corretos. Os
produtos do slow fashion tem foco na durabilidade, e por isso muitas vezes podem contar
estratégias como:

economia circular;
reutilização;
reaproveitamento de matérias-primas;
customização;
upcycling;

Confira também:

Como trabalhar tendências no slow fashion;

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Toast

Fast Fashion

Em resumo, fast fashion é a produção rápida e em larga escala de produtos de moda. Ele
nasceu com o crescimento e escala de produção das grandes marcas de moda no início
dos anos 1970, mas apesar disso, só ganhou esse nome em 1990, utilizado pela mídia para
expressar a velocidade cada vez maior da produção.

É um sistema de produção em massa que prioriza quantidade e custos menores com

mão de obra e matéria-prima. Diretamente relacionada as tendências e a necessidade de
consumo das pessoas em estarem de acordo com direcionamentos vistos em passarelas,
celebridades e mídia em geral, a produção do fast fashion é feita por grandes marcas que
padronizam roupas e distribuem em largas escalas.

Essas roupas possuem preços acessíveis e garantem que a tendência do momento chegue
mais rápido para atingir um número cada vez maior de consumidores. Uma coleção de
moda, por exemplo, é lançada e substituída toda semana.

Entre as principais características estão:

globalização
fabricação rápida e em massa;
custo de mão de obra e materiais baratos;
ciclo de vida de produtos curtos - atualmente, as peças de fast fashion são usadas, em
média, 5 vezes pelos consumidores antes de serem descartadas, em comparação às
roupas de marcas slow fashion, utilizadas cerca de 50 vezes.

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Freepik

Ultra fast-fashion

Nos últimos anos, o popular modelo de fast fashion vem sendo substituído por uma nova
vertente: o ultra fast fashion, no qual os produtos são desenvolvidos ainda mais rápido e
possuem durabilidade e preço inferiores. Com o crescimento da cultura do consumo
imediatista expandindo de forma extremamente acelerada, principalmente devido aos
baixos preços ofertados, esse tipo de conceito de compra vêm conquistando cada vez mais
adeptos.

Explorando tendências curtas, que entram e saem de moda rapidamente, dezenas de

coleções diferentes surgem ao longo do ano nesse formato. Essa questão é potencializada
pelas redes sociais, à exemplo de algumas das práticas dos usuários do TikTok que
incentivam um maior consumo, como o shopping haul - vídeos compartilhando diversas
peças de roupas compradas em determinada ocasião.

Um dos principais nomes nesse meio é a varejista chinesa Shein, se destacando ao

adicionar centenas de produtos por dia em seu catálogo. Tendo como público alvo principal
a geração Z, a companhia alcançou seu sucesso com uma enorme presença nas redes
sociais, garantindo seu espaço através da popularização das compras online durante a
pandemia e parcerias com influenciadores e celebridades, como Anitta, Alexa Demie e The
Future X.

Entre os pontos negativos desse tipo de prática estão o uso de matérias- primas barata,
baixa qualidade do produto e, levada ao extremo, essa prática chega ao ponto de violar os
direitos humanos e explorar milhares de trabalhadores, que podem chegar a receber apenas
alguns centavos por peça produzida.

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Stats 2023

Imagens: Reprodução.

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