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A INFORMACÃO NO RÁDIO

os grupos C.:.! poder e


C I P-~rasil. C.1talogação-na-Publtcação 3 dcterminttcão dos
Camara Br:isileir:i do Livro. SP
conteúdos
Ortnwano, Gisela Swetlana, J943.
0891 A in~or~ação no rádio · 0s grupos de poder e gisela swetlana ortriwano
a determmaçao dos conteúdos / Gisela Swetlana
Ortriwano. - São Paulo . Summus, I 985.
( Novas buscas cm comunicação ; v. 3)

Bibliografia.

1.. ~ádio - B~a~il 2. _Rádio - Brasil - Aspec-


tos poltucos 3. Rad101ornahsmo - Brasil 4. Rádio -
Brasil - Leis e regulamentos 5. Rádio - Pro~ra-
mas - Brasil 1. Título. -

17. e 18. CDD-3 84.540981


17. e 18. -070.190981
I 7. - 384.5440981
I 8. -384.54430981
85-0152 CDU-347.763(81)

lodices para catálogo sistemático:


1. Brasil : Rádio : Aspectos políticos 384.540981
(17. e 18. )
2. Brasil : Rádio : Comunicações 384.540981 ( 17. e 18.)
3. Brasil : Rádio : Comunicações : Direito comercial
347.763(81) (CDU)
4 . Brasil : Rádio : Programas : Comunicações
384.5440981 ( 17. ) 384.5443098 l ( 18. ) l
5. Brasil : Radiodifusão 384.540981 (17. e 18. )
6. Brasil : Radiojornalismo 070.190981 ( 17. e 18. )

summua •dllorlal
nttse caso. Por tudo isso a sua e 1
çbc&amo s sobre ,◄ lnior~ã o R~~ ~
no - e ,~ s.:oncl~io a que
'º ime,1gcnte , competen te.
e:: .
A o bra da Profa. G~la Ortriw .
tecida. pela abrangcn cia d . ano, pela seneJadc com que é
.-.elo roedrtism o do voluU: :em~: que se propôs reunir_ e ~xplicitar,
.,ela clareza e simplicid ade d r l.{ue \.Ú(uÇ~ u•~ r~u~ e ordenar,
. : u conteúdo passa . a .orma. pela substa ncia nquíssima de
1
t1tbliograf ia n~Clonal d~ 1~ ~ ~ r t ao que de melhor existe na
tãncia para profissio . orna ismo. um trabaiho de extrema impor- I.
que represent a par,i":~· rra estudantes e. pelo ~xcmplo contunden te
' u iosos. professore s de Comunic:ição.
Por tudo is50 honra m .d O RADIO NO BRAS IL
o bscrvaç ~ E d • 1 - e ter s1 o convidado a registrar estas
· aque as homenage ns que recebemo s como privilégio.

Santos. setembro de 1984


Walter Sampaio O Rio de Janeiro é considera da a primeira cidade brasileira a
instalar uma emissora de rádio. Antes disso, porém, experiênci as
já eram feitas por alguns amadores , existindo document os que provam
que o rádio, no Brasil, nasceu cm Recife, no dia 6 de abril de 1919,
quando, com um transmisso r importado da França. foi inaugurad a
a Rádio Clube de Pernambu co por óscar Moreira Pinto, que depois
se associou a Augusto Pereira e João Cardoso Ayres.1
Qficialme nte, o rádio é inaugurad o a_ 7 de setem_t,_ro de.. !922,
como parte ..d.as comemoras;ões do Cguenário da-1J 1Q~~
quand-9_, através_g ~ aQ_~pto ~,s. - ~c;iah u~ -.imll9.r~do_s ~ a.
ocasião, al""1ns compQ.n~ntcs da ~Qricdade carioca puderam puvir cm
casa <Lllit@nO_d_o ~~te....E .pitá_çio r.~oa. A Westingho use havia
instalado uma emissora, cujo transmiss or. de 500 watts. estava
localizado no alto do Corcovad o. Durante alguns dias. após a inau-
guração, foram transmitidas...QJKr._~ _di(~tamc nte .@ Teatro ~unifi~l
do Rio de JaneirQ.c_}.. _<!_çmQ_nstra ção _p~blica ~ausou _i~p~cto,_ mas as
transmiss§ es (_oram logo en~errada s por falta de u~ _projeto que_ lhes
d ~ _C..Qntinuid--ªde.

1. A FASE DE IMPLAN TAÇÃO

,. Ilefinitivamcnte,..P.9<!_~Ill_Qs_ç~ erar 20 de abril de 19'P como_


lL_data_ cJ,e: iDS.1ª-~-- d ~ ã . p~ ~Jy_~ü... .$. qQª°-9.9.S ~ ~- a
funcionar a R,ádio Soci~.Jde do_ Rio. de Jawàlil,. Jqndag;i_ pçr RoquetJ~
'finto e tl.CI\Q'... M~~ jm ~ L~m.isso@ .J ~.!!l.-~l:Who niti_damente
educativo.,.

1. Sampaio, Walter. lorfta!ismo audiovisua l, p. 19.

13
12
.. _Mas o ra~io nascia como_ ~-eio ·J:: dit~. !1~º J~ masss1. e , e 2. O RADIO COMERCIAL
dingi:i a quem t1ve~sc poder :iquismvo p·:..ra mandar buscar no exterior \
o~ .iparelhos receptore~. ent:io muuo -:arn~. 1ambef11 a progrJUnaçào fA partir do início do decênio de . . o rádio sofre transformação
rg__o estava voltad~. para atingir aos ob1erivos a. que se propunham radical. Em 1931_. quand_g_surg_e o pr~-:-..t.: u is,cu~_nto_ sob re radi<?-
se~ fundadores: L~ a ~ a_da c_:into 1m 1:1ouco de cducacão. de difusão. o rádio f?rasileirQ jª estava cc. rometido com 0s ··_re~la~~-·
en~ino__e. d:...a!e~ja··. Nasceu como- um .:~orêenmmt:nto ã~~ ciectuais - 9s anúncios dague~1._, ..111~ - P"'"- _{arantir
>- -
sua sobrev1venc1a. ~
- -- ... -
e cient~st~s e strns.J .iní!li_dad_~r ;un .b.a.~::i.mente...i:ulturais. educativas v ubJ_içjdª d~ fgi l)Srmi.J.id4__P.2,: meio do Decreto n. 21. l1 r.
0

e._ al tru1sucas. de 1. de· mãiço ·aê . l 932, que regulãmcntou o Decreto


0 n.J :-0.04T.
de maio de 193 I. primeiro diploma legal sobre a radiodifusão . ~urgido
' No iníci_o ,. q__uvia_:se ~pcrai.CQ.l]J 9jscº-.?_..:ffiprcs1_ados RW2S _próp.rios
nove anos após a implantação do rádio no país. As primeiras emis-
ouvintes, reqta1s_de poesia, conccrtosL palestras cultwais etc.. sempre
uma pr?gramaça o muito " ~eleta... apesar de Roquettc Pinto estar soras a entrar em operação. antes do Decreto n.0 10.047. obuveram
convencido, desde o míc10. de que o radio se transformaria num suas licenças com base na regulamentação da radiotelegraiia. o
Regulamento para Serviços de Radiotelegrafia e Radiocelefoma.
meio de comunicação de massa./ E. de\'iào a essa certeza e à vontade
Decreto n.0 16.657, de 5 de novembro de l924.4~ ~e;:gp ~,...
~e divulgar a ciência pelas camadas populares. muitas iniciativas ~ rtir dos anos 30, P.reocu2,ar-g ~ri11mcnte _COJ!l o novo meio.
roram tomadas no sentido da implantação efetiva da radiodifusão que definia ~omo "servii;p de . interesse: oac1on.i!l. e de. fi~lidi,1dc
no Brasil.
educativa". regulam~ng_o_...Q_seu J unciop-ª_mento e pass~C!_qo '! iJ!la-
t-..ctinda nos :1nos :o, o radio já começa a espalhar-se_ps:1º.Je.rri.- gmar maneiras de_fil.oporcionar-lhe j)ascs econômicas mais~ sólidas,
tório brasileiro. As primeiras emissoras tjnh.am semp_rc: em sua dcno- concretizad(!S , ~lo Decretq ni ']. 1.11 I ,_ ql!_e_ autorizaya i! _v_esculaç:io
ll!inagQ__os t~ mos_ "c!1:1be .. O_l!.~·sq,cie_s!adf:._pois _na_verda ~cirun de propaganda pelo rádiÕ. tendo limitado sua manifestação, nuc1al-
ç_~mo 12_lubes_ou __a~SQciações fo_I.madas pelos iq_eal\s!._as que aç__re_ditavam _ m_e~'- ª 10~ da programação , pos~eriormente elevada p~ 20"& e.
a_tualm_c;_nte, fixi3da em 25 % . ..- ·
na pote_!:!cia)idap e do_ novo meio.
.i,. A introdução de mensagens comerciais transfigura imediatamente"
'(-..ics~a mi.JI1e1_r;;-fa~~·- o rágjo_se _m:intinh'LfQ.ll1 mensaiidades_pagas
pel_os que possuiam aparelhos receptores,. por Q.O<!_ÇQ..~ eventuais de o rádio: o que era ·'erudito", ''educativo··. ·'cultural.. passa a traos-1
entidades privadas ou públicas e. muito raramerue, çom a jns.erção formar-se em ·'popular'', voltado ao lazer e à diversão. O i.:omércio:
de _anú_!!S!Qs..rn9s__ que. a.. rjgor, eram proibid<>i ~la ie~js!aÇ,io da e a indústria forçam os programadores a mudar de linha : parai
,época, .E também eram feitos ·a pelos para que os interessadõs atingir o público, os ·'reclames·· não podiam interromper conceno~.
adetíssem à emissora como sócios. ajudando a mantê-la. Mas, como mas passaram a pontilhar entre execuções de música JX>pular. horanos1
humorísticos e outras atrações que foram surgindo e passara m J
diz Renato ~·1urce. " a constância não é uma virtude muito brasileira. dominar a programação .Y •
aepois de alguns meses. ninguém mais pagava".: E o rádio_luta.va
CQDl. ctifi&J.tl®d.~s ..... S1:IIL estrut_y_ra CCQJJQ.tnko~fina.nceir.a .que pudesse 'Com o a d ~__g_~ _ru!.b !icida~_ as ~ssc,_ras ~aro- d.e ~
iayQLeg,LQ ...$U desCJ1vo1vimento. _ . __ _ . . __ ___ _ ~rg31nizar. 1:omo ~ll!,P!Csas para di~putar o mer~ A c~tiçicr
teve, ongmalmentc, três fac:::tas: desen.volv1mento técnico. stc.Uus da
--- André Casquei :viadrid salienta que, durante o decênio de 20. emissora e sua popularidade. .,..,i_preocupação "cducauva~ foi sendo
"a cultura popular não tinha acesso ao rádio, que não se caracteri- deixada de lado_e..,_ em s~u l~gar.., começaram a se ~mpor M interesse~
zava como entretenimento de massa·•_. sendo "veículo de formas de rrr~ç__~tis.•
diversão__individualista,_ familiar ou particular, _m_uito _pou~~ _!X_ti:n-
sn:a.s.:,:. E· esse quadro se evideric,a "pelo pequeno número de emis- 1"As transformações surgidas no país a partir tia Revoluc Jo de
soras instaladas. _o pouco intçresse _ga própria sociedade global, 1930, com o desJX>ntar Je novas forças, como o comerc10 e :1 mo us-
3 tria. que precisavam colocar seus produtos no mercado 101crno.
r elativªmen_t~ _a__o Jádio''
aliados a mudanças na própria estrutura administrativa feJerul. com
a forte centralização do poder cxccuuvo engendra® por G (!Ui lv
~- O rádio continua na onda. Vfsão, 22-3-1976, p. 8 1.
3. .\taúnd. Andre C.1squeJ. A specto v JcJ teluad1od1f11stlo hrasileira. ~,pe•
c1fic~mente. pp. 3~-39. 4. Lopes, Saint•Clair. Com.111t1cQ,;ào - rad1od1fusão nort". p.. ~:.
V -
arga.s. sao o contexto q_ue favorece a expansão da radiodifusão· o l( Logo no início desses-ª!loLl.Q.... ..Q.. ~ - J ai:ru,élll já veicul~a
radio mostra-se um meio extremamente ericaz para · · propãganda política e, em deteqp.inadQr epis_9dios. como a Revoluçao
½troduçãa_dc esJjmulos ao consumo. - tnCC:!:J;!Vª!.....J Constitucionalista de 1932, em São r'aulo, conclamou o pov~ em
.,.Qs_ cmru_csários come_s"'àm-a ECr~ber q , di é · ·
efietCl}tC p~ra_ div-ulgar - scÜs produtos do qi:
11 •--· ...... ·... -.. vtdo ao graode numero
·
is
r:ekulos ~Ul~O mat_s
d e :inalfabetos.., - nn~os.
- Para
favor da causa política, com César Ladeira ganha~d'? fama nacional
como locutor oficial da Revolução, atr"-"..:S da Radio Rccordit"q~e.
v · ·· aliás, foi pioneira em múltiplos sentidos. Primeira lide~ _de aud1enc1a,
~urgem então novas fun - d" · · " ......... ,.,
r . çocs, . netamente ligadas ao desenvolvimento introduziu a programação política, ao trazer os P?~ticos aos se.us
~d~•co_ e , ~conõmt~- do pais. ·'Vencidos .:>s ultimos obstáculos de microfones - para " palestras instrutivas", como ~1zi:3 seu pr~prie-
m Jur1d1ca, 9 radio ~~aria a serviço da vida cç_onQm.ica nado- tário, Paulo Machado de Carvalho. Depois, orgamzan~ ª. cad~ta de
nal todas , as , uas ~~c?-~•ahdadcs~ consolidando-~. definitivamente, emissoras paulistas na propaganda da Revolução Const1tuc1onahsta e,
como vei~lo pubhcttano de múltiplos objetiv~ de expressão cm 1934, toma-se agente da reviravolta que se operaria na progra-
popu1ar e integração nacional.·• s mação das emissoras brasileiras logo a seguir.
"com o ~ádio co~ercial incipiente, não tendo ainda lUJlil estru- ,._A._JkÇ.Q~tQ.\L.\UILru>.vo...m.od.elo...d.e_pll2gram.iç.ão o(ianizado
~~ra bur~crát~~a ori_ant.Zada, os primeiros profissionais - chamados por César Ladeira, introd!1.zi11d~ULC~t......PJQfisswn& e _e~clusiv;o, com
programistas -:- adquirem espaço nas estaç~ ~rodqic:m _prQ&ra- remuneração mensal. A partir daí. oomec,a_ _LÇQ[Jjda __e-ªs gr~ndes
mas e_ reven<!_ern._mtervalos Pª-ra anunciantes.l'Faziam .de tudo: contato, emisSQ.@LE_Ontratam a "p_e~o _de q,i,m2'.'~tr~JQ9..Y1ª.rCS e orquestras
r~daç_:10, ~~u~ão e apresentação. À medida que o- nível de impro- fjlarmônicas.'t E mesmo as emissoras de pequeno porte procuram
v1saçao ., dun_m_uia, for~m-sc articulando as equipes. "'E. ao mesmo também ter o seu pessoal fixo. Essa mudança aguçou - ou mesmo
t e ~ o rácho '21l~ª~ _um P-r~e~ de rdormulaçao . ™.ural. desencadeou - o espírito de concorrência entre as emissoras. inclusive
amphapqp sc_u s rcc~TS?s, para poder atender ~ novas au:ihu.içõ~_na. as de outros Estados, que imitaram a programação lançada pela
p rocç_sso _da 1~d~stnal_1~ãQ._ da urbaniza~o._ (ja ~ciali1;1~ e_da Record.
teCI!Qlogia. Ina integrar-se em outros níveis da realidade nacional e
>- Em 1935, ocorrem dois fatos marcantes para o desenvolvimento
passaria a responder às necessidades coletivas como meio recreaúvo
e informativo, manipulador da opinião"~• ' da programação nas emissoras brasileiras. A Rádio Kosmos, de São
Paulo. depois Rádio América. cria o primeiro auditório e, a parti
"'Para cumprir melhor o seu papel. o rádio não pode mais viver daí, " vul&ari~am-se as u:.urupj~~- CQJJl_-ª partig~:k) _go _púl,Hc9.
apenas da improvisação. Precisa mudar, para poder fazer face à nova i.Jlclusiv~...9LJ)rogrnn1as_de ®ditório".' Paralelamente, é inaugurad
situação. Estntlura-se @.IDQ_ i;m12r~inv~ ~ . passa a contratar no Rio de Janeiro a Rádio Jornal do Brasil, que "estabeleceria um
artis~s. e prpQ!!!.Q.f!u"Os programas são preparados com antecedência sistemática de programas fundamentada na informação, dentro d
e a preocupação está voltada para conseguir cada vez maior audiência, conduta austera, que a norteia até os dias prcsentes'°.tº
popularizando-se, criando os primeiros ídolos populares. "A lingua-
~~o!f>I\jca. _aos _p~ucos~ vai, ~endo aprendida_:.. M,ais colggu_i_~!. "'E o rádio brasileiro vai encontrando seu caminho, definindo s u a ~'
mais dtre ta,......de entend1mento_Jac1l~ om$a a ln.Yi<!i( togas as linha de atuação e assumindo um papel cada vez mais importante .~
emissões . .,, Os programadores passam a ter horário certo e a pro- na vida política e econômica do país. _Getúlio Vargas foi o primeiro
gramação. como um todo, é distribuída de modo racional no tempo." 7 ggv~mant~ j?rasileiro a ver no rádio &ran,de.. im.pottânçia poijtiç_a. E
passa a utilizá-lo den_tro de um m09elo autoritári~
1-Com a publicidade como suporte da programação, o objetivo
principal passa a ser o de alcançar grandes audiências, mercado ~Logo após a Revolµ~ão~e 3Q.. hav~ sid.Q_qifillq_~ e.Q.artarneuto
para os produtos anunciados. Assim, "opera-se radical mudarlca na Qf_i~iaL d~.froQ_~nda - .RQf, encarregado de uma seção de r:ídio
fQ.Dlla e oo conteúdo dos pro.gramas. buscando-se uma_ lin~ai que antecedeu a "Hora do Brasil". Em.J_934. o DOP foj tLans1ºrm:ld0
eclética. de maior apelo às emoções, intimista, livre, comunicativa. em Dca,artamenlo de Propaganda e Difusão Cultural, surgindo então
J.nicm-.i.e ~ r_pfissionalização na área da criatividade radiof.ônjça '! . . "• "A Voz do Brasil". Posteriormente, o Dccr~Q_I}-~ l.91 5. de :.7 de
dezembro de 1939, criava_Q ..Qc~.imento_ de Imprensa e Pro p3-
ganda - DIP, diretamente ligado à Presidência da República e
5. Madrid. André Casquei. Op. cir.. p. 39.
6. lbid, p. 42.
7. Costella. Antonio. Comunicação - do grito ao satélite, p. 181. 9. Costella, Antonio, Op. ci1 .• pp. 181- 182.
8. M adrid. André Casquei. Op. cir .• p. 42. 10. Madrid, André Casquei. Op. cit., p. 58.

16 17
que ~ubsutu1u o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural conjunto das praticas sociais do período'' . conclui q_ue _''as razões
''lÇ11._d_2 ,i._ sçu e_ngi_rgg _a . !is~aj_ização e c~nsura nãp _s_<L d.ç_ cQDtcúd~ maiores de sua eficácia ultrapassariam . ~ evidente. o ambno cultural
da~ ••~; ogram~ço~s rad1otomc~s. _c,~mo as do cinema, teatro e jor- propriamente dito. e poderiam ~er lc lizada~ no conj~~t~> Jas rela_-
na1~ . . Depo~s. A Voz do Brasil passou a ser responsabilidade d~ ções sociais, econômicas e políticas :e tenam perm,uoo a amola
Agencia Nacional. atuaJ Empresa Brasileira de Notícias - EBN.'<
penetração de seu projeto. Cumpre.f\OS portanto. ~ ~preend~r a ~
P~ ~.,,,., ~- yi,.ta econômico, o _rádio pa~sou a receb_c,r çada Rádio Nacional no conjunto dos me. ni:,mos de legrnmação . ide_:>- t
vez mais mvesumentos publicitários. que acabam fortalecendo um lógica acionados direta ou indiretamente pelo sis:..: ... .:. ~: ~--•""-'.:º "
vasto ra!!lo de atividades. o d~ ~g~n_cias E~Qlic1tárias. -- - política. vale dizer. como prática cultural, com auton_omia e _atuaçao t;
~esse ambiente, s~rge um marco muito importante : é inaugurada
a _em1s~ora que acabana por tornar-se ê maior lend~ rádiQ.. brasi-
. .
específicas destinada no entanto' em última instância. .,.. a reiterar
quadro geral dos valores dominantes no período. _:EiliL...~QI<l1t:
. o ~o

c;lcveria .atu~ mQ_ um. meQllls,mo d.e_,anJra.i.e_.s~ ~~110~~'2- a H


l~ As ll...ho.ras.. ~o dia Q d_e ..s_e_tembro de.1 936, um gongo soou l!lª9!S...ll~P...eç_t~tivas _sQ.Çiaj_s dentro dos limites compatív_e is com.
tre~ vezes e, a seguir. a voz de Celso Guimarães anunciava : ·'Alô.
Alo. ~rasil! Está no ar a R~dio Nacional do Rio de Janejr~~ Para o sistema como um todo·•-~
~odre Casqu~l Madrid. o início . de s_u as atividades representou o · •o decênio de 30 foi importante para que o rádio se definisse1
fa~o ~ue _ sena ? _marco da mais séna transformação ocorrida na cm seus caminhos e encontrasse ,o seu rumo na fase seguinte. acom-
rad1od1fusao bras1le1ra, até o advento da televisão. -fA partir da Rádio panhando e auxiliando o desenvolvimento nacional como um tcda.,
Nac_ioaal do ~o_Qe Janeiro, o r_ádio de~volv~ -s-~9r~anjzad.Q_J ui~ " O impacto do rádio sobre a sociedade brasileira a partir de meados
crattcamC:_nte" .12 O conselho de administração da Rádio Nacional era da década de 30 foi muito mais profundo do que aquele q ue a
formado por oito divisões especializadas. sob as ordens de um diretor televisão viria a produzir trinta anos depois. De certa forma. oi
geral - Yitor Costa - , que se esforçava na produção de programas jornalismo impresso, ainda erudito. tinha apenas relativa eficácia_ '·a '
que fossem capazes de atrair grande público " A gigantesca ergam~ grande maioria da população nacional era analfabeta). O rad10 1
zação vr tia-se de dez maestros, 124 músicos, 33 locutores. 55 radia- comercial e a popularização do .veículo implicaram a criação de um
tores, 39 radiatrizes. 52 cantores, 44 cantoras, 18 produtores. 13 elo entre o indivíduo e a coletividade. mostrando-se capaz não apenas ~
repórteres, 24 redatores, quatro secretários de redação e cerca de de vender produtos e ditar ' modas' . como 'também de mobilizar ,
240 funcionários administrativos.·· 13 Contava com seis estúdios, um massas. levando-as a uma participação ativa na vida nacional. Os
auditório de 500 lugares, operando com dois transmissores par~ progressos da industrialização ampliavam o mercado consumidor,·
ondas médias (25 e 50 kW), e dois para ondas curtas (cada um criando as condições para a padronização de gostos. crenças e valores. 'j
com 50 kW ) , conseguindo cobrir todo o território e até o exterior .ÁAs classes médias urbanas ( principal público ouvinte do rád io )
com seu sinal que chegava a atingir a América do Norte, a Europa passariam a se considerar parte integrante do universo simbôlicoi
e a África. A época_. _às portas do Estadq_}íovq,_ .Q. rádio já l!ra representado pela nação. Pelo rádio. o indivíduo encontra a nação .!
fenômeno de ~assas e suas mensagens alcançavam a mais ampla de forma idílica: não a nação ela própria. mas a imagem que deta
divuli~ção,x- se está formando." '~ _ _ . •
_w E~ 1~~p. o Qoyerno decidiy gue a Rádio Nacional "tinha..su~ __ 1:: assim pr~paraq9~@dio eniaJlOS anos !9~ a chamada 'épo<:a
ser u~ mo-de - afirmação -'ÍCL..regime"f e "Getúlio Vârgas de oürõ- dõ rádio brasileiro·•~ Cada vez mais as emtSsoras começm ·
decretou a encampação da empresa A Noite, à qual pertencia a a sentir a concorrencia ex.istênte entre elas. "Corno a ún ica man.eua
emissora'J. " Miriam Goldfeder, que realizou um trabalho analisando de atrair o anúncio é garantir-lhe maior penetração. inicia-se uma
a R ádio Nacional. procurando identificar "seu significado políti- guerra pela conquista de publicas sempre maiores. :Síl àn.sü. ~e
co-ideológico mais amplo, a partir da função ocupada por ela no angariar ouvintes, inclusi:; os ~'f::r~~os analfabetos a ::_.og,,ra-
macão de certas emisso as v~(:__ - - - riz:ÍndÕ. ã cxêm o d:i
~ádio Nacional &1a J>ªClt: dS:WJs prognmaçõcs s:o&ãg, m;us dq stuc
11. Federico, Maria Elvira 8 . Hwória da comunicação - rddio <! tv !S)_ popular a descem ao popularssro ,. 3A hi]XI) giyçl. .. ..
no Brasil. p. 63.
12. Madrid. André Casquei. Op. cit.. p. 58.
13. Costella, Antonio. Op. cit .. p. 182-183. 1S. Goldfeder. ~iriam . Po r trás das ondas da Rcwio S ac:c>rit1l. p. 40
14. :',.1 iranda. Orlando. A era do rádio. ln : .Vosso Século, Abril Cultural. 1gnfo do autor l .
n.li 17. p. 72 . 16. Miranda. Orlando. Op. cit.. p. n.
17. Costella. Antonio. Op. crt • p '. !13
18
l9
1
. Ê a guerr~ pela audiência, com as emissoras concorrendo entre locutor exclusivo do Repórter Esso durante 18 anos. tornou-se popular
s1 para garant_lf o faturam~nto . Cada uma delas procura mostrar cm todo o Brasil...frreparado pela ur - Unitcd Press lnternational,
ma1_0~ PÇQl,!land~~e, f_a tor_ 1mporta!)t~ para que os anunciantes- se seguia as normas rígidas e funcionai:. dos noticiários raàíofônicos
ci~c1~1ssçm pelo , 1~ve§.t~!!t ~ d~...?gas_ v.erbas. E também - à~ conCÕr- norte-americ anos. ~ ~ ç o s . _várias_ .mi.~soras .b~s_pass _aram
rencia entre o radio e os ~e1culos impressos começa a ser discutida. ~ambém a_transmitir o ·'Repórt~t _Es. .., _<llle foi extj_~1t9_ nQ_ dia 3 l
.J.cr ucLs,111i,,1v Yx 19§8._19 Pontual. mu1·.J gente costumava acerr~-: _,.
. -~ cli°:a _é propício para q"ue o lbope - Instituto Brasileiro de
inicie suas :itividades. Fundado a relógio ao ouvir sua característica . " Q ·&_~r_ter ~ssg' ~~nst1tu1u
Op1mao P_ubhca e Estatística -
~voluçá Q e uma seJ11ente beofa.zcja. q1J-e lo~o fruuf1cou no
13 de ma10 de 1942. suas pesquisas iniciais eram bastante simpli-
rádio brasileiro. 'y io
ficadas. Co~ o passa~ dos anos. foram sendo sofisticadas. Hoje, 0
lbo~ . possui u~a eq~~pe de 1.200 entrevistado res e um computador Em 1942, a Rádio Tupi de São Paulo também começa a s~~
de ultima ~eraçao, ut1hzado para fazer os relatórios que são vendidos tradição jornalística, colocando--oo ar o "Grande Jornal Falado _T upi .
aos seus clientes. criado por Coripheu de Azevedo Marques e Armando Bcrtom. com
uma hora de duração diária. •o "Repórter _Esso·• e o ''Gran~ J orpaJ
. Com o acirramento da disputa pelas verbas. não só entre as Falado Tupi" foram l!ll'JS.QS..l!!!J'2rtantcs par.!._!lUC_ o _r~Qi.OjQi,I.l~!iSI!lO
emissoras mas também com relação a outros meios, muitas vezes b.rasjlcjro fos$e_ eQcpntrIDldo ~u.a ~filliçfto, . QS canti.!lhos d~ uma
os resulta~os apresentado ~ pelo Ibope foram postos em dúvida. lin&Yagem própria para o mcj.Q,_gei.xando de _ser apcn~__a .::temua
Outras ~nttc!ades de pesquisa de audiência foram surgindo, normal- ao microfone'' das notícias doL,jw::nais.jmpr_cssQs,
mente l1ga~as às grandes agências de publicidade, interessadas no
bom encaminham ento das verbas de seus clientes. ;,. No horário da manhã. o "Matmino- Tupi'·. também criado por
Coriphcu de Azevedo Marques, cuja primeira edição foi ao ar a 3
J<o ..d~o.__de 40 vê o surgimento da primeira radionov~_hl - de abril de 1946, é outro marco importante,; Foram 10.187 edições.
cm 19-42.- Ja ao ac pela Rádio Nacional do Rio de Janei~o, '.:Em a última a 31 de janeiro de 1977.
Busca da Felicidade" . O gênero prolifera rapidamente , fazendo parte
da programaçã o da maioria das emissoras da época e dos anos
seguintes. Em 1945, só a própria Rádio Nacional transmitia 14 3. OS NOVOS RUMOS
novel<1.s cli_iuiamente.)( -
(AJ_gul!!_as erJlissqras ~om~am a especializar-se em determinado s XA "época de ouro·• do rádio termina. coincidentcmente, com
campq,s de atividade. A Rádiq__ P_anamcrican_a, de São Paulo, a partir o surgimento no Brasil de um novo meio: a televi~ão. _Qu_ª º?º'
de 1947 , transforma- se na "Emis~or:_a dos Esportes"~ conseguindo surge, ela vai buscar no_ _!'~dl~ ~eus primcir~s profiss1oi:ia1~ 1mua1
liderança de audiência e introduzind o muitas inovações nas transmis- seus quadros e cariegã:~som ~la a . pµ_blicidade. Para enfrentar :i
sões esportivas .~ também a fase em que o radiojornalis mo começa concorrênciã -cõm a televisão. o rádio precisava procurar uma noval
a sur_gir como atividade mais estruturad~ COl.ll ..Q !an_çam_e..lllQ_JÍe linguagem, mais econômica.,(
alguns jornais que marcaram definitivame nte o gênero. Entre~ XA.os poucos, ele vai encontrando novos rumos. 1'1.Q..J.!liCJO_, _f9i
merecem destaque o "Repórter E~~ "Grande Jornal Falado Tuei" reduzido à fase do vitroliio: muita música e _ pouc9s . pcQiiamas
e o "Matutínq_!up1'~ produzidos/Como o faturamento era menor. as emissor~ passaram
"'Em 1941, por necessidade imperiosa de nos colocarmos a par a investir menos. tanto em produção quanto cm equipamento e
da II Guerra Mundial, surgiu o 'Repórter Esso'r exatamente às pessoal técnico e artístico ...Jo rádio aptcnd~ -'ª ,)-~ ! ~ .as~ c
12h45m do dia 28 de agosto, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, estrelas por disc:Js e fitas gravadas, as novel~ pelas . n~~•~1as ~ as
precedido do prefixo que se tornaria célebre, 1 composto de fanfarras brincadeiras dc...auditório_pelos_scrviço.s de unltdade publi<:a. f Qt s~
e clarins, de autoria do Maestro Carioca.·• • !Com seu slogan de encaminhand o ..nq_s~ntidp de ~1ender .!:S~ ecessid ades reg1onais.
" ~ nb.iL.. OCJ.llM da _históri_a:, _ o R~pórre~ Esso, . du_ra~te os_ ~ 7 princjpalmen te ãO nível · da informação. Cõmeça :i :1centuar-se :i
an.9s em que esteve no a~ .QC:.!!.. em primeira ~ao_ as ..2!}_nc1pa1s ~oucias espêcjaljzacão dªs.smissor~ . prQCutando_c.ada._yma d_cbs._ um .Plililiq>
do Brasil e do n.:rn.lliill- A voz grave e modulada de Heron Domm~es.
19. E atenção: acabou o Repóncr Esso. V~,a. ~-1-1 969. r. <7
20. Sampaio. Walter. Op. ci r.. p. 2~.
18. Sampaio, Walter.

20
cspec1fico)f Ja não era mais poss1vel manter produções tão caras lardim, Que teY~ como objetivoJ!"'~es.çr o , di~loe:o c~m ~
quanto as do período antcnor : a especializ:,cão vai se acentuando ouvintes. \Inicialmente, o Serviçg_clL Jtlhdad~ P~bltca-- s~giu na:
cacfa vez mais. principalmente nas grandes cidades. As emissoras rn_di9$=-aivulgfill@-11QlétS 9e ~ CllilQQ.L, oerdt~QL- _Po~te@i::me_nte,
-;nuadas f!as ci9ades d_c menor ~~ n~o pj!der_am _aço_rnminjlar essa os seryjcos vão se ampliandp. che~ o a cnar, ~etorcs _e_x~=-
tendência e tiv<:ram que continuar """'_,,,_ ,;t~ " .. ,r;,.;al variado_:'. dentro das e~:~:--:.::.: 1'J,.,cc:~ 'llesma .ha, a Radio Pan~m . ·
,. Q ra~iojo~li_smo _g_~nha_ __gr~n~e impulso. Um novo tipo de ~ãoPaulo iiistâroú um serviço particular de meteorologia. Outras
programaçao noticiosa foi lançado pela R.iàio Bandeirantes de
. - das estradas. o í enas d e emprego etc . ..-~
emissoras dão• as cond1çoes
São Paulo. em 1954, mostrando-se revoluciom.rio e influenci~do '
Na mesma epoca. · tam bc'm no Rio de Janeiro,
a Rád.10 T am010.
-i _programa~ão d~ outras emissoras. A Bandeirantes. ·'fez-se pio- pr.ocurava outra altematiY.a_paJ~ as. rádios· inl.LoJlllL-0- ~e.IDa de.
neira no sistema intensivo de noticiário . . em que as notícias "~Sª exclusivamente_ músj~--- pl~ncjado por José _Maur~- ~ s~a-~
com um minuto de duração entravam a cada quinze minutos e. nas duas alternativas passam a caracterizar a programaçao radiofom c.
horas cheias. em boletins de três minutos ·•_:,, nos anos 60. . . -:,
J '
"Mas é na área da eletrônis~ g~c o rádio ~ncontra i.eu mi!i.L(Q.n_c "A tendência à programação musical torna-se cada vez mais
aliado, que vai permitir que ele explore piênãmcnre seu potencial ~ acentuada dentro de determinado tipo de emissoras, que alcança
o transistor começa a revolucionar o mercado x inclusive grande sucesso comercial. A Rádio Excelsior, de São Paulo.
Esse componente eletrônico foi apresentado ao mundo em ~3 lança sua new face em 1968 e durante muitos anos permanece como
de dezembro de 1947. pelos cientistas norte-americanos John Bardecn, emissora exclusivam~ntc musical~
Walter Brattain e William Schockley, que receberam o Prêmio Nobel ..{Ainda no decênio de 60, começam a operar as Pfimcir_a~-
de Física em 1956. ~missoras. em, FM - rreg~ mõ®lãda-: Iificiahrienfê - fõrilêCem
Das produções caras, com multidões de contratados, o rádio "música -ambiente'' para assinantes interessados em ter um back-
parte agora para uma comunicação ágil. noticiosa e de serviços. grouru{ q~c parecesse apropriado ao tipo de ambiente. ''de~c melo-
Aliado a outros avanços tecnológicos.i o · to r deu ao rádio dias suaves para hospitais e residências até música alegre e _estimulante
Sl!Urincipalarm~ de fatu~ !!le!lto_: é_p~sível ouvi!: _!:ádio a gual~er para indústrias e escritórios". 23 Nos últimos anos: as em1ss~r~s F:-1
hora e cm qualque_r __lu_gar. não _precisando m ~ ~ o às tomadas. têm sido as responsáveis por uma ebulição no meto que o radio nao
Já no final do decênio, em 19'59, Jo rádio brasileiro está em condições _ conhecia desde o surgimento da televisão, · no início dos anos 50. --t-
de acelerar -suá- corrida-para um radiojornalismÕ- mais atuante: -ao (A primeira emissora brasileira a expl?rar esse _s_erviço fo,i . a
vivo, permitindo que reportagens fossem transmitidas diretamente Rádio Imprensa, do Rio de Janeiro. Postenormcntc. Jª no dccemo
da rua e entrevistas realizadas fora dos estúdios. "Com - os -aperfei- de 70, esse tipo de transmissão utilizaria canais abertos. surgmdo
çoamentos verificados na parte eletrônica das estações móveis - am número bastante elevado de emissoras operando em FM, todas
carros com transmissores volantes - em muito se reduziu o volume voltadas para a programação exclusivamente musical. A primeira
e o peso dos equipamentos técnicos, com sensível melhQra. também., emissora a operar exclusivamente nas ondas da freqüência moduJada
na qualidade da transmisão. ·• 22 As emissoras de maior porte passam foi a Rádio Difusora de São Paulo - FM. Mas há os que contestam
a uhhzar cada vez mais acentuadamente as unidades móveis, agili- a primazia da Difusora nesse setor. uma vez que a Rádio Eldorado
zando a transmissão da informaçãoj de São Paulo. quando foi fundada, em 1958, transmitia em ondas
1 QutrQ ,rn~suura guc o rádio tentasse deixar de perder ~~e~ médias e "por questão de prestígio usava também a FM para
par.a.....a !CkYisão., J íllD.bém foi dado em 1959. A R ádio Jornal do transmitir só música. fora da faixa comercial".~
Brasil. do Rio de Janeiro, lança um tipo de programa que seria Um outro 1m1po de emissor~ começa a dar ênf;J.Sc à_pr.~a.Dlil-
depois adotado pelas emissoras ~e todo_o país : gs servicos d_e ucj- cão mais "falada·•. que busçava reencontrar o di:ilo,gs:i com o publico.
lidade ~~~ª · A inovação foi mtroduZJda pelo 1ornahsta Remaldo Suq~em programas de troca de informações, como o "Show da

11 22.
tb,d .. p 23. Vende-se música a domicilio e ao gosto do frcgues. i·eja , :1 -1-1%9.
22. Vampré. Cktáv10 Augusto. Rmus e l'\·ol uçâo do rádio e da te/ei·istio. p. 65.
p 132 24. A radio do~ ricos. Veia. 9-12-1970. pp. 84-8~ .
/1' ~fanhã ". na Rádio Paname ricana. de São P3~lo. onde o locutor ção; prOIJIQYS! e estimul ar a _for.!llaçãQ e Q_ trei~a~~!lt__º _d~ -~~~l
Kali! Filho montou uma verdade ira rede de troca de iniorma cões. eseeciali_~c!_o..1 neces~á~i~ . _às _atividctc!_es J~ ~1!Q1~q1fuJag . e pr~star
que 1am Jesde receitas culinar ias a fontes de pes-iuisa para trab~lho
s serviços espec1alizados no _.9J!lJ!O ..Ji~ . . :!!.C?91ÚJ~ao. _A ~ualme nte, o
escola_res. A mesma Paname ricana cria. em l 46 7. uma equipe
de Sistema Radiobr ás é formad o por 38 e1 ssoras de radio e_ u~a de
televisã o, atenden do a duas priorida c 1.:n suas, ~ransm1~soes: a
1ornahs mo bem esuutur ada_. que faz com que .1 imagem da propria
~-=- : al. A Rad10 ~acto~ al ?e
cm1~so ra mude, de esportiv a, para jornalís th:.1 e: d:: ,::~:;:_.,.;::: ~
região Amazôn ica e o serviço incernac
.Ção _p_as_sa Brasília transmi te para o exterior ooticíán o sobre o Brasil em mgles.
serviço s. A reporta gem de rua e intensificada . .! .i infoillli!
__no ~rriom..e mQ..@ ~ portugu ês.
a _.:st~_r prese:_1te .nãC? mais ~ horario s lixos. mas alemão, castelha n0, francês e
~
qucv o f ?to acontec e._ a....9,l;!_alq yer~ o ra~oo __dia__gl! .J l!.- n~i~e:J( ·--- No final do decênio de 70, alguma s emissor as de São ~aulo
ç m 12 de mato de 1969 e cnada a RJàio ~ulher . de Sãõ. li sentiram a necessidade de se unir para melhor poderem agir no
~ sentido de expandi r o meio.. (.As~!!Jl· com a finalida de de de~end~r
Paulo. a primeir a emissor a brasilei ra a se especia iizar exclusiv amente 5
s a_d~ Ioi fundada~ T'8:,7:J.2_8~~~: eda9_e
e m assuntos fe minino s, fundam entada cm moldes norte-am ericano os interesses de ~u~s ~
ação eram assuma s como moda. _ r- Rádip. -os ... ot;,jetjvos da _enu~e _estão o . ~onâlec1-
e e~rope us. A base de sua program Ceqt.(~J de Entre
,.
mento dq imagem do rádio melhor comuni cação com o mercad o,
- - _ _ _ J
hore,.;co po, música romànt ica. consult órios etc.(
m~_daitça n~ metod9 lqgi_a de 'pesqu, sã de _-a~êli~nêja, .._cep.trãi ização ~as
-~ partir de_ mead~s de . 7_0 ? começa a transfor mação para que informa ções sobre o meíoe a prõcu ra da valoriza ção comerc 1aly
~ rad1_0 consegu isse ~a1r defu~m~am_ente d':' ~arasm o em que caiu
a partir dos anos 50. A tendenc 1a a especia lização mostrou -se cada ,., Uma outra inoyl!_ç_iíQ_J!2_sci9..~Js,~n os 19 foram a~ -agênci as. de
nadas p.I.Q.dy_ç.ãQ -radi.Qfônicã; -qüur.9 d~em ptogra_II!?_LCOrt\.. artJ~tas fªf!lQSo
s
vez maior. •:.\s emissor as pàssara m a identifi car-se com determi
faixas sócio-e conômi co-cult urais, procura ndo diri&ir-sc ;."e,ã;' l!~b_us· - .~--ª~SYJllOS de mfer'ess~=aõ-..lliômen..to, - 'lc;nden dõ _?S _grav~çõe_s- _para
ca.nd? sua linguag em nos próprio s padrões das dasses que deseja_v am emissÕr as de menor 1?..ºr~ ___g~ '!!ã.Q têm -êÕnd~ ej-tle .::ealizau~o_-
atmgu: .; d~ões dessuip o)r .t o caso do Studio Free, que at~nge mais de 400
-
emissor as em todo o territóri o naciona l._::Mediante contrat o remune
Com o aument o da potênci a das emissor as pequen as e a as. o Studio fornece a program ação e também
criação de muitas novas, surge uma segund a__et~a no process o
de rado com as emissor
especia lização : ,tas grandes emissor as tentam ganhar os diyersÔ$ o patrocin ador, com " o ohietivo de levar às pequen as emissor as
es uma program ação atualiza da. com cast sem ultrajar as caracte rísticas
se.sm.!:!l..!52l.. ge_ público.i.. manten çlo ..J?!Q&ramas q~c atinjam diferent locais de cada rádio··. :.s
faixas, em diferen tes horário s/'
Outro exemplo é a Rede L&C de Rádio. Fundad a em 1969.
e · soras voltada s ara a informa ão am liaram ainda mais
mas apresen tada como rede apenas em 1982, é conside rada pioneir a
J.

scys scai~f c .iruensi ficando _o uso as unidadeLmóveis,, de. uans:


na produçã o de program ação integrad a, atenden do a cerca de 80
m1ssão, com par_ticipação cada vez maior do re_pórter ag_ ViY.Q,
emissor as (AM e FM) . Em agosto de 1983, a L&C lançou o primeir o
dizendo onde está, o horário, improv isando sua~ falas,4 Em 1980, J ornai -Nácional de R ádio, transmi tido por 60 emissor as implant adas
aRãdi o Jornal do -13rãsil .c ioRio de- Janeírõ. - parte para uma pro- em 16 Estados , via Embrat el. Para Luís Casali, um dos proprie tários
gramaç ão baseada na dinâmi ca dos fatos, com informa ção ao vivo. da L&C, "a rede vende um .;omerc ial dentro de uma program açpo
aproxim ando-se da rádio ali news nos moldes norte-am ericano s. em que o anuncia nte já conhece , dando-l he maior seguran ça e credi-
que as notícias constitu em o " prato de resistên cia".
bilidade " .26
/Q Govern o mostra sua preocu pação em relação --ª- ex-!lilns ão e
á~ 4"' Uma série de recente s aperfeiç oament os tecnoló gicos têm permi-
ao conteúd o da radiodi fusão sonora, criando ......._em 1976. a Radíobr .
a tido que o rádÍÕ .corisigac aaã-vez -melhorescon dições de transmi ssão
- - Emp~s a Braslfe íra de Raciiod1rusão. Pela 1Ci que a insutuiu . como meio. J,,
.B,adiob rás ~ ~a lidades _bisicª- s: ~ ~qi.zar _e~oc as ..oper.á: ressalta ndo sua potenci alidade
radiodi fus!o do Govern o F~deral ;
las 5! explor(!r QS ~vi_ç gs _de
mont"ir e op~ SUª-...Qr_Q_Fria rede -ae -repet~ o e retransm issão
de ln :
. realizar a difusão 25. Depoimento Je Walter Guerreir o. proprietá rio do Studio Free.
radiodi fusão)t explora _.!]dÕ·_ 9li e
1.. ~~q!_vQ ~ eryiços
s_ ; 60 anos de rádio. Rt,·ma Propagan da. janeiro 1983, p. 62.
, 26. Luís & Carlos. pesquisa e program ação cm rede. Jornal Ja .-tesp.
de progra mação educati va, protj_uzida _Qelo. ór~o ~ederal próprio
de recrea- 1982. p. 3.
bem co_n:io produzi r e difundi r program ação informa tiva e outubro

24
Yoque está acontecendo .. . . Ou assiste ·, imagem na televis~.º · º. uvin~o]·
/ N~ -úiamos dias de. 198.2. a RádiQ ) .Qmal do.. BI.aS.il FM, do
Rio de Janeiro, tornava-se a pioneira na utilização do co.mp.aç_t__d.i~c a narração do rádio. A presença do ·epórter de campo ,
e " 1 -, oretensamente. os pe .
ª.:º~r;~:
audio digital. ou seja. o disco . cligit~l COIQ ~ imra...a..J ascr.,._ A parur nh ando todos os movimentos -
lho 1 1 ,1,. abril de 1983. também a Rádio Cidade. do mesmo grupo. mentos'' - das equipes durante a di
'
ta. e- ta~ b✓ u ma conquista
1
passava a usar o sistema. 27 E, a 12 de março de 1984, era a '..;.. do rádio esportivo. informando e pre~, .. ndn '-P"v r •
da Rádio Cultura FM. de São Paulo.::.s Entre as vantagens do Com relação ao aspecto tecnológico. a presença do espor;e
compact disc audio digital estão o registro de todas as freqüências também foi imponantl!. Os problemas técn!cos precisavam ser resa -
'iOnoras. a separação mais nítida dos canais de estéreo, a diminuição vidas e as soluções encontradas eram aplicadas a o ut~as situações.
da d istorção, ao mesmo tempo que não há desgaste, qualquer que A formação de redes - cadeias de emissoras · - mu n o deveu às
seja o número de vezes que o disco é executado : a reprodução do transmissões de eventos esportivos
som é feita mediante . leitura ótica, a raio laser.
~ icolau Tuma é considerado o pioneir9__ -~ ~ _os locuto res
lit0um1 renovacão tecnoló~iç_a,_ é a PQssibilida~ .tr~nsmis~~o esportivos Narrou a primeira partida de futebol q~ Q rád io t~~~,s-
pçr ondas méài~ J.Q.m:.JQ~ téreo . -9 -AM estéreq. Nos E sfãdos mitiu : 10 de fevereiro de 1932. Já em 1938. outr.g_l.QçJ:!!or. b~a~~les ro
Unidos estão sendo realizadas algumas experiências e. aqui no Brasil, .= Gagliano Neto - transmitia. diretamente da Fran'i.ª· -~ s J~gos
já há emissoras interessadas na implantação do AM estéreo, que •. --'1a-CQ12.L.d~ m1o. #-
permitiri~ oferecer um som de melhor qualidade, equiparável ao
das FM. .X A partir d~ a R:ídjo Panamericana. comecu ~- }e ~pe- ,
cializac e pouc.o___tempa depois se transformou na "Em1~ orn__ .9_?S v
E. embora ainda pouco uulizados pelo rádio em transmissões Esportes"~ alcançando liderança de audiência. Nos anos _ so. em Sao
nacionais ou internacionais. os sistemas de comunicação por satélite Paulo. a disputa - no campo das transmissões ~spomvas_ -:- era
são uma realidade. agilizando o processo e possibilitando a concre- entre a Panamericana e a Bandeirantes, com sucessiva alternanc1a na
tização das grandes redes de emissoras com programação unificada preferência popular.
~ simultânea.
Por outro lado. nos últimos anos, a iminência da realizaçio
/N esse rápido histórico do desenvolvimento do rádio no Brasil. das Copas do Mundo tem aumentado a rivalidade entre as emiss~ras.
deixamos de falar de um assunto muito importante: _o jornalismo que investem não só em equipamentos para melhor levar os tat~s
espor.uvo_ A o.missà.0 i;stá li&ada à própria ine.x-Atencia ik ma...terial até o público, como também em profissionais. ~lguns . d?s quais
biblio gráfico a respeito.)'São encontradas algumas citações esporá- passam a ser disputados a "peso de ouro" . E o propno radio espor-
dicas. mas até hoje ainda não foi feito um trabalho que mostre a tivo tem-se oreanizado: o que antes era feito tota lmente de im pro-
participação do esporte no desenvolvimento do jornalismo radiofônico viso. hoje em dia Já está sendo planejado. Efeitos sonoros especiais
e do próprio meio na procura de sua linguagem . para situações específicas durante a transmissão, pautas com assumos
"' Q rádio esportivo sempre fQL.muito--.lll!.llifip<!nte,._.Jllilit o viQrilnte, a serem abordados etc.
g~ 'l._í!.QQ._p,.Qlêmicas. um dos setores mais op_inativos de todJl a E não foi apenas com relação_ao ~ l que ► ªs Uílrlfillissoes
pr9gramacãoJ ( e.s.portivas se des.e ovQI.Y.e.tam. J á -11QL .anos 30, o rádi_q_ tr~ns mirm
yAs transmissões 7sportivas desde o ~~ício se _ca~~cterizaram por cwnpeticQes automobilístkas. como as gt.,!e_ ~ rilf!! s e~l iz3das ~o
a presentar um jornalismo de natureza substanttv~ em seu grau "Circuito da _,µáyea·· no Rio de JaneirQ.. ~ - mais ~ r<!e.,_ com~3s
máximo. com a ··recriação·· do fato para o ouvmte com toda a iorernaciaoaís>'Q bo~ também já teve presença marcante no r.td:'1
emocionalidade que as palavras podem conseguir. ~ cri~ção de esportivo.
.. imagens mentais" é tão poderosa, a. ponto de ser _m~1to mais ~m?- As transmissões esportivas e sua contribuição para o desenvo l-
cionante ouvir uma partida pelo rádio do que ass1st1-la no propno vimento do jornalismo radiofônico e do próprio rádio seria•n assunto
estádio . o torcedor vai ao estádio, mas leva seu " radinho'' para saber para um tra balho específico. aliás de muita oportunidadç em i_11n.5Jo
da ausência de pesquisas nesse campoJ do_P.rogresstHl J esapJ n>
- -- -
27. o ,om Lle vanguarda do sistema JB agora na era do laser. Jornal
cimento dos profissionais gue ·'vjvet am·• - e criara m - ~, rád h-'
d ,, HruJ,/, 17-4- 1983. _ .., esportivo e que constituem. p raticam~ n~ ǧ único, ·· lrqui, o , ··
:'. !< Cultura tra nsmite com laser. Fo /1,a de Suo Paulo, -9-2-1 984 . existentes.

.:o
-l. TE:--oE.:--;cIA ATUAL b) emissoras especializando diferr ~tes horários de sua progr:i-
mação para difcrentes faixas. visando atingi~ o maior público
,.Pelo breve histórico do desenvolvimento do rádio no Brasil. possível, ou seja, oferecendo opções i: todo tipo de anunciante.
podemos vcrific:ir que o processo segue paralelo ao do próprio
dcsenvojvimemo do país. O rádio de caráter nacional, com a pro- A especialização, que de certa fo~ t sempre e~i~tiu, uma vez
y ... .,; ,: ;,i'ip<>ssível cobrir bem todos os ... .:npos de at1v1da~.. "'."""-:i"
grnmaçao de uma uruca emissora atingindo Jirctamente todo o
territó rio. deixou de ter razão de existir, voltando-se mais para se acentuou, principalmente a partir da implantação e do de~envol-
os :1spectos r~giona1s. ligado à comunidade em que atua. A rü~or. vimento das emissoras FM, acabando por mostrar-se uma !ormula
R9<Jemos considerar que nunca o rádio brasileiro chegou a ter carac.- eficaz para que o rádio pudesse encontrar outra vez ,º . cammh? _da
tenst1cas realmente nacionais, com exceção deJ1mas '29Ycas emissoras. expansão. "Definindo seus próprios caminhos, ? . rad1~ br_asilet.ro
C(Lmo a R.ídjo NacionaLdtlio de JanciJ;·p.t distanciou-se do fausto, aproximando-se de um ideano muito simples:
31
mais faturamento com menos gasto."
Ho1e em dia. a interligação se faz através de emissoras regionais.
" num intercâmbio de informações que se processa no ar, em sistema ...A especialização para garantir a sobr~YiY..ê~- fQL~aroi-
de integração instantânea·•. como diz André Casquei \1adrid. que IlWlJJ1.ÇQJU[ad.o. a.penas pelo__ tádio, _IJl~ no entc:ruku.Q.....S.Q.ci.ó.iO
continua: "A nova modalidade estabelece uma rede de notícias. que Gabriel Cono.....d~..J .Q®Ã çs ..lJlei.Q.S qye com~~ »Lª- chamada ~'.i!ld~tria
possibilita às audiências. . . o contato imediato com a realidade cultural",.. ou seja, "o conjunto articulado de todos os meios de
nacional. a visão do universo de fatos que se desenrolaram nas comunicação; é o conjunto de todas as grandes empresas. incluindo
principais regiões do Pais. o conhecimento dcs problemas de cada rádio, TV. disco, livro. revista etc." 32 "".}: a especializaç~g....Jlç_<ü>ou
Estado da União . .P rádio, através da j_n(ru:macão, '2testa um noyo ocorrendo pela nec;;~rudade de ate.~CLJllc:1:kad.P, qndc ..existem
serviço Je Unidade Nacional".i-> diversas faixas sócio-econômicas g_y_e_ ~i~am serJ~Joradas adç_-
/ Quadamentc..A--
.ilf:>e :naneira geral~ há uma forte dependência aos centros de
desenvo¾vimento do sistema econõmico vigenre no país. uma vez A procura de campo para se expandir, por meio da especiali-
que o râ<lio - falando só das emissoras cômercíais - vive exclÚsi- zação, acabou por estabelecer duas tendências nítidas no rádio de
vams_nte do. fatu!:a_mento originado pel-ª publ_icj_d_~ ··Assim, ele hoje em dia. Artur da Távola as chama de "Rádio de Alta Estimu-
33
cresceu quando a publicidade precisou dele. definhou quando ela lação" e "Rádio de Baixa Estimulação" e assim as caracteriza:
põde lançar mão de outros meios e agora recupera-se porque o
sistema mercantil pressente que o seu uso volta a ser imoortante Rádio de Alta Estimulação Rádio de Baira Estimulação
para alcançar maior mercado consumidor.-'°'_O que tem regido, por-
tanto, a e3pansão _QQ rádio não são QLinteresses e necessidades da 1. é mobilizador t . desmobilizante; é um l'ádio de
p.o.p.ula~io. mas ª -~oinçia__s:Qmercial, o que explica a aHenai;ão de lazer
seu con teúdo sobre os problemas imediatos.'!\JO
2. uso de estímulos sonoros per- 2. bailo uso de estímulos sonoros.
manentes pois opera jmtamente sobre
quem quer se desligar da inten•
A. Especialização das emissoras sa participação na sociedade
moderna
De ntro da tendência cada vez mais marcante de especialização
das emissoras, podemos identificar duas correntes: 3. caráter de urgência : aqui e 3. é menos urgente
agora. o fato e a notícia
a) emissoras que se especializam, como um todo. em oferecer 1
programação para uma faixa determinada de público, dando opção
aos nnunciantes cujos produtos possam interessar aquele público;
31. O rádio con~inua na o~~a. Visão. 22-3-1976, pp. 78-79.
32. Cohn, Gabnel. ln: Vmra. Isabel. Rádio - ele nunca esteve Lão
vivo. Singular & Plural. n." S, abril 1979, p. 62.
29. Madrid. André Casquei. Op. c ll .• pp. 62-63. 33. Távola. Anur da. Um veículo fone à espera de programas criativos.
30. Motta. Luiz Gonzaga. O rádio no Brasil: alienação ou consciência
0 ln : Cadernos de Jornalismo. 2.~ ed .• Sindicato dos Jornalistas Profissionais de
crítica. Jn : Cud erno~ ele Com1111icução Abepec. Ano T. n. 2. 1979. p. 23. Porto Alegre. n. 0 1, s/ d .• p. 16.

28 29
__,.; violência". O jornalismo, nesse caso, "~ diminuído na sua ênfase".
Rti,110 Je Alta Estimulação Rádio Je Baira Estimulação apresentando "notícias internacionais. - )tícias gerais"'.~
4. mwto serviço e esponc 4. pouca Jtividade de serviço
...+-oc maneira geral, o rádio de n. ;ili:.ação está voltado para
a fala, enquanto o rádio de rela:xame :mde para a música...,f
~- proximida de da comunidade
1
J • ....,_,
"~ uma fala ainda elabo- A::..:- j;.. 'T~-:~!:l acredita que, def.'Ois da tendência do rádio
rada e oistame do colóquio ·•extremamente cristalizado, tudo prontinho, tudo gravado. tudo ~eito
de antemãoº' voltou a fase do rádio ao vivo, "porque nada subsritui
6. comunicadore5 individualizados
rcm geral disc-jóqueis famosos)
6. comunicadores não individuali-
zados: raramente se conhece o mistério d; instantâneo, a pulsão do instanu que passa. O instante
o nome e a vida de seus lo- que passa está carregado de mistério; tudo pode acontecer no
cutorcs instante". 35 E, someme ao vivo, o rádio pode transmitir. o ''in~tante
que passa" no momento exato em que está passando.
7 . tem elenco e produtores 7. radioiornaiismo generalizante
com notícias em forma de pe-
quenas manchetes
B. Formação de redes
8. humor e descontração 8. quase nunca personaliza seu ou-
vinte. salvo cm escolhas de dis- -~ formação de redes nacionais. com_g~z~as - º-~J!~_cçn1enf1S
cosem moda por telefone de emissoras regionais trammitindo uma pro&ramacão uo,ifiçada.
pai;a os mais diversos pontos da. país, é pma rcali®d.c..s~a..
9. sempre que pode. personaliza o
ouvinte
9. a participação vem através da
música contempor.à oea e seus
mais presente, .,
principais temas cm voga "-o objetivo principal dessa nova tendência está li&ado unica-
mente a fatores econõmicos: fortalecer o rádio como alternativa
10. trabalha permanentemente com 10. promove uma sensação de sta- publicitária. procurando obter maior lucratividade com menor inves-
análises de audiência tus para seus ouvintes
timento. As emissoras Que fazem pane de yma rede......Lccebem~
11. estimula o sentimento de soli- 11. seriedade e distanciamento
mesmo tempç, proifamação e patrocinad2r.,,-
dariedadc e participação nos As produtoras radiofônicas - como as já citadas Studio Free
principais acontecimentos da co- e L&C - , trabalham com uma estratégia totalmente voltada para
munidade
o mercado publicitário. As agências e os anunciantes podem saber
12. proximidade da cultura popular 12. tende para a cultura de classe com antecedência a programação em que seus anúncios serão inse-
e de base brasileira médi!l e de base estrangeira ridos, definindo o tipo de público que pretendem atingir. com maior
segurança quanto à veiculação dos comerciais uma ve:z que são
gravados junto com a programação unificada. Assim, são o(crecid:is
~ssas tendências, também chamadas de rádio de mobilização ~ facilidades operacionais. sendo necessária uma única oper..ação para
rádio de re/cyamrn.ra _(ou desmobilizaçio}, representam uma linha que os anúncios sejam transmitidos por todas as emissoras filiadas
geral _~ dem~rcatQila_go rádio contemporâneQ.
4 à rede que foram programadas, com tabela de preços unifi~da .
,o rádio de mobilização procura tornar o ouvinte participante .~ . "A L&C, considerada a pioneira na produção de progr.i.maç5o
mtegrada, desenvolveu um sistema de atuação bast:mtc sofisticado.
da transmissão, mantendo um ritmo sempre dinâmico. O jornalismo} ➔
é incentivado e o critério da "proximidade" ganha destaque, com J ~ P.r?gramação musical, as vinheta:§ e Q§ comemais, 5ã9 ..ir)lYados
antecipadamente . e o material .~ _enviadQ._ P.2t:. ..!!!~lo!,ç__s do correio.
o noticiário tendendo para assuntos locais e para a prestação de
Para atender aos pedidos musicais. foram ~ ~ ~ ~ns_ -· -
serviços à comunidade. -f
" No extremo oposto, está o rádio de, reiqxamentoJ •'feito para
34. ldt!m. Algumas idéias sobre rádio. O Globo. l-8- 19&1.
desmobilizar quem já foi exageradamente mobilizado por um tipo de JS. ldttm. Sendo entrevistado sobre rádio. O Globo. S-6- ! 98i l gnfo
vida de muito trabalho, de muito stress, muito ruído, barulho e do autor).

30 31
vol.CS m~ ulinas ou feminiµas - q'!_~ ~ e:1cem peh.> mcstpo nome haver programação em rede uma vez que os programas vão ?o ar
em.. todas ~ - loca lidades . A programação nacional reserva espaços em horários simultâneos.
para l prciuação de scrv,ço e as entrad.1s publicitárias locais.
Formada por uma emissora Ai\ , ' cinco FM próprias e uma
Ouanto ao j(!fna.Jismo. as em issoras intcgr:!das na rctransmissãQ.. d-9
Jornal Naciona l J o ~ ádio - via Embratet - . _tê~ ~a~.mi
FM afiliada, a Rede .Maoçb~t.e de &;: - L . pera no Rio de Janeiro,
São Paulo, Bahia. Pernambuco, Alago- . e em Brasília. Existe uma
veicu larem notícias cons ideradas de "interesse nacional" e produzem administração central, um ' sistema comercial único e uma linha de
._e u no~iciário local.;, , >
programação padronizada para a rede FM. Apesar dessa linha
-1\ Studio Free fornece programas ·'de acordo com a necessidade padrão, cada emissora FM faz sua programação localmente. com
de cada pu blico - desde a pro~ amação ,·. uai até o humorismo••.;. seus próprios programadores e apresentadores e um esquema de
além de vinhetas. aberturas, prclixos. efeitos especiais etc.t jornalismo também específico de cada praça. No Rio de Janeiro
"De maneira geral , as produtoras radiofônicas oferecem à3 funciona o grupo que estabelece a linha padrão e assessora todas as
em1ssoras_11m a~met1to de audiência e consc;_q!!cntsr, retomo financ.ei.c.a.
emissoras, incluindo operações administrativas, técnicas, comerciais
ao mesmo tempo e m que _prometem não ::ilterar as _criaç~~ locais~ e de programação.

;, Mas nem só as agências produtoras estão empenhadas na ~ primeira rede brasileira de EM foi a TransaI]Jérica. Hoje,
formação de redes transmilindo programação e publicidade unifica- conta com 28 emissoras, em quatro modalidades: seis emissoras
próprias (número máximo permitido pela legislação) , 16 afiliadas
das. T ambém as emisso ras. pnncipalmente as pertencentes a um só
que recebem programação e são comercializadas pela Rede, três
grupo concessioná rio . têm se movimentado c o sentido de estabelecer
afiliadas que apenas recebem programação e três afiliadas que são
estratégias para a criação de redes de rádio, a exemplo do que
apenas comercializadas. Atinge os Estados de São Paulo, Rio de
acontec...:u com a televisão. Basicamente,. 9s qbjetjvos sãç os mesmos : Janeiro, Pernambuco, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Sergipe, Pará,
obter r<. tomo ü n.mcciro m.á&i.tno co01 invcstimen.to. mínimo.,..- Santa Catarina, Maranhão, Paraíba, Mato Grosso e Brasília. A
-4 Vanos são os exemplos que podem ser citados. 17 O Sistema programação é dividida em dois segmentos: um nacional, em rede,
Globo dç .~ údio é formado por 13 emissoras AM e. cinco ~ • correspondendo a 50% do tempo, apresentando sucessos musicais
atua ndo nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo. Mmas Gerais. e programas especiais; outro. local, feito por cada emissora. ocupan-
Pernambuco, Rio G rande do Sul e em Brasília. Não tem nem pro- do o restante do tempo...r-
gramação nem esquema comercial unificado, mas essa situação já Música, jornalismo e prestação de serviço é a linha básica de
começa a mudar. Duas são as linhas básicas na programação: a de programação adotada pela Rede Capital de Comunicação, formada
serviço, em que se alternam info~ação. espo_ne e música: _sob o por oito emissoras AM e duas FM, operando em São Paulo, Rio
comando de comunicadores locais, e a musical, com musicas e de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do
informação apresentadas por locutores. Na área comercial, apesar de Sul, Acre e Brasília. A programação musical apresenta os principais
não existir um esquema unificado, cada praça procura vender as sucessos e, no campo do jornalismo, as matérias são tratadas con-
demais e atende aos interessados na programação em toda a rede. forme a linguagem do público-alvo pretendido pela rede.
0 que pode ser realizado em uma só operação financeira. Y Os exemplos mostram que as redes de rádio estão sendo estru-
A Divisão R ádio da RBS - Rede Brasil Sul de Comunicações turadas, visando a melhor exploração das potencialidades comerciais
_ tem 13 emissoras distribuídas pelo Rio Grande do Sul, Santa do meio. E, .,c om a possibilidade de emissão por satélite. as redes
Ca~arina e Brasília. As cinco rádios AM não operam em rede. As poderão ser cada vez mais ágeis. ª ™ ntando sua ___cª p-ªci~~ de
oito FM. que formam a Rede Atlântica FM, mantêm uma mes~a transmitir PIOifamacão unificada. ao mesmo tempo em que podem
linha básica, embo ra cada emissora possa. montar sua programaç~o ampliar sua abrangência na conquista de novas emisso_m.. x-
dentro de um esquema de horários determinados . .Os pro~amas ~ao XA maior crítica gue tem sido feita a essa tendência de form~ç_ão
levados ao ar ao vivo, com comunicadores locais, mas e possivel de redes, divulgando os mesmo~ P.I.Qgramas em çiiy~_t egiQes do
país, é a que diz ~ ito ~ questãoda...Qreservação das características
36. Rádio e sociedade. ln: 60 anos de rá dio, Re,,ista Propaganda, c.uUY.rais. Assim como aconteceu. ~Qm ~ t~ Q . . . . ll.9Iª __g ~~dio
janeiro 1983, p. 62. corre o risco de apresentar programas - inclusive os jornalístic_os
37. Da do s extraídos de " Panora ma do rádio". In : 60 anos de rádio, desvinculad_o_j_ ~ _r_cali®.d~ 1~ª1....$__rdenQQ_coJ.I1 isso _a força da
R e1·isra P r opaf!anda. ja neiro 1983, pp. 8 1-86.

33
32
proxim_jàade, da pr?gramação feita com base em hábitos e cos_tumc.s
liza." 40 E são diversos os tipos de problemas a serem enfrentados]
~~ili~_._c.Q..m Q _hn~~Jar ga _própria região. A proru.m?,_ção.....bo_mº- "De um lado existe a questão da li ·údação do monopólio. como
~cne!zada pa~sa a gannar espa50.J a criaúvidadc local não tem como
- - - - - ..( condição inicial para o desenvolvime. das rádios livres e do outro
_ _____e _o me[fado de_ tra ba Iho t·1_ca_ cada_ vç~
manifestar-se !!lais restrito
•b publicidade comercial.:.-'
1
a questão muito mais ampla do contr
"No Brasil. o fenõmeno das ráà .. livres só come_s9-1La ~anhac.
e. Rádios livres lmP.ulso ncs~s ..-ª_nQLfil)..,.__p.rin,Çij2ilmÇ11~ ..a pª-f.nr _gLdiY\!lgacão~~
imprensa da proliferação dc._:'cádios pirat~.: ~ L rulª-Si...e.Jtaulist.1 d~
. Se um _dos caminhos do rádio atual é a concentração cada vez Sorocaba. Segundo algumas fontes, lá chegaram a existir em operação
m~i?r cm s15tcmas de exploração comercial. buscando formas mais 42 emissoras clandestinas de FM durante o verão de 82 ...f'Depois que
eficientes de comercialização para a obtenção do lucro e permitindo as rádios livres tornaram-se conhecidas fora dos limites da cidade'',
ª~ mesmo tempo, que o monopólio de controle do Estado sej~ o Dentei anunciou uma fiscalização rigorosa e "as 15 rádios que
2
~fi~41;2. no_ extr.~mo oposto vamos encontrar as 'jádios livres" Q!J ~~>-'"> operavam até o início de março deste ano já não transmitem mais":
radio; pirat_as , gu_e . tentam .,ÇLuebr-ª!._ esse_ rn.Qn,2P9li9 estatal. Pro- ,' .,kj medo maior dos responsáveis por essas transmissões é a ru:naiida~

:~º~ °
cur_a n abnr possibilidades para uma apropriação coletiva dos
~?sentam uma mensa2em altema?va cujo objetivo é atini,ir.
~ -:- ai~ s 11:randc~sas. mas as aunonas e os grupos sacialroeote, ~ .-..),'
mar&:JnabzadQS 1,, 'C
✓ J-1 ~y >-
~•f .
prevista no art. 70 do DecretQ.:lei !L.?._236 dL.f.-ª-._<;!e fe~.9_Q_e
1967. que complementa e modifica o Cqdigo Bi:_asileiro__ge_ Tefç_c~
municacões: "Constitui crime punível com a pena de detenrão de
- . - - - - __ :x: -- -
-~ 1 (um) a 2 (do1~l__anos. i!Yffi_e!!{_~da da metade s~_liguver dano a
. 1A_s emissoras de rádio clandestinas existiram desde O início d] terceir~,- ~ insra_la~ão o»_ utiliz~cão _..QLJ..elecomuni~ç_õ~.~ - Mê!.fl__a
rad1od1f~são. Mas, a partir dos anos 70. 0 fenómeno das rádios livres obs,crvanC1a do dtS'20Sto nesta Lc1 e nos reiwlamentos ,t
ganhou impulso ~olítico, associado a movimentos libertários, princi- /( As rádios livres de Sorocaba não são um caso isolado no
pal~ente na ltáha e na França. E proliferam as emissoras locais Brasil. Pequenos transmissores clandestinos têm sido localizados em
muitas da~ _quais transmitiam para um raio pouco maior do qu~ diversas cidades. De maneira ~raL por enguanto. as emissor~
um quarteirao!<- çlandestinas brasjlejras têm sido vistas como atividade de adolc,sccnt~
Na Itália. onde o movimento atual começou, as rádios livres procurando um meio pro;-rio de expressão. " Com a chegada das
"tornara~-se verd~deiras rádios populares e abriram caminho para férias escolares, os jovens resolveram canalizar seus conhecimentos
o posterior aparecimento dos canais de televisão livres".ll Entretanto para uma outra atividade: a pirataria aérea. Esquemas circulavam
"esma~adas entre a interferência lançada pelo monopólio e a apati~ de mão em mão e as peças podiam ser compradas em qualquer loja
da maior parte da população, as rádios livres francesas jamais estive- especializada. Nessa época'', referindo-se ao verão de 82, " com
ram a ponto de se tornarem rádios populares, tiveram sempre que pouco mais de cinco mil cruzeiros. qualquer adolescente poderia ter
a sua própria rádio".'-"
contentar-se com o seu pape1 menor de rádios piratas. Na realidade,
falava-se muito destas rádios mas estas rádios falavam muito ~lgumas vozes têm s,e levanlíld__o cei.Yifil!icAndo aJteraçõe-s no
pouco".39 Código Brasileiro de Telecqmu~~ões_,_ de (Qrma ~e ~eja permitid a
À!::m vários países a palavra escrita é relativamente livre, mas a existência de um espaço para emis,wras alterna~ de ™1lQ
a liberdade de expressão da palavra falada - e da imagem - , aicancc e que não cxpJoccro a publicidade comerei~. se um dia
o assunto chegar a ser discutido no Congresso Nf cional, o alena de
tem esLarrad 1 sistematicamente no monopólio da radiodifusão. Porém
um jovem animador das rádios livres não poderá deixar de ser
a problemáti ;a não se resume nisso. "O ponto mais importante levado em consideração: "E. muito fácil montar um transmissor e o
para os anim~.dores das rádios livres populares é aquele que permite
ao conjunto l!os meios técnicos e humanos estabelecer um verda-
deiro sistema l!e feedback entre os ouvintes e a equipe que o rea- 40. Guattari. F~lix. As rádios livres populares. ln : Sineular & Plural
n.0 5. abril 1979, p. 66. · ·
41. lbid.. p. 67.
38. Spindcl, Arnaldo. Rádio - a crônica da palavra assassinada. In: 42. Carvalho. Mário César. Rádios livres quertm legalização. Folha de
Singular & Plural, n.0 5. óbril 1979, p. 63. São Paulo. 4-4-1984.
39. lbid .. p. t~. 43. Idem. Os jovens piratas do espaço. ln: Crit ica d.:. Informação.
n.0 6, fevereiro / março 1984, p. 22.

34
35
Dentei não tem condições de colocar uma perua rastreadora em
cada cidade brasileira·\"
l Sem dúvida, a grande faciljdade tecnológic.J para a montagem
de um transmissor de FM, aliada à potencialidade do rádio como
meio de ~:-'.:-:5:- Arf' -if'ls,.ios e da criatividade individual, poderão
colocar cada vez mais em xeque as normas legais hoje existentes,
abnnôo catninho para uma efcúva utilização desse novo tipo de
exploração do rádio. ,f'

44. lbid., p. 23.

36

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