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NORMATÉCNICA Especificação
SUMÁRIO 3 Definições
1 Objetivo
2 Documentos complementares Os termos técnicos adotados nesta Norma estão defini-
3 Definições dos em 3.1 a 3.7 e nas NBR 6152 e NBR 12176.
4 Condições gerais
5 Condições específicas 3.1 Limite de escoamento
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição Limite convencional de escoamento, definido na
NBR 6152, designado pelo símbolo σe (u).
NBR 6006 - Classificação por composição química Pressão de referência, marcada no cilindro, definida a
dos aços para construção mecânica - Procedimento 21°C.
o fundo é formado pelo processo de repuxamento girató- 4.4.2 As carepas e sujeiras provenientes da fabricação
rio a quente das bordas com caldeamento. devem ser removidas.
3.6 Cilindro forjado 4.4.3 Não pode haver fissura ou outro defeito que com-
prometa as características do cilindro.
Cilindro fabricado por forjamento a partir de um tarugo ou
placa. 4.4.4 A superfície do cilindro deve ser razoavelmente lisa
e com acabamento uniforme.
3.7 Capacidade de água nominal
4.4.5 Pode ser feita a eliminação de defeitos de superfície,
Volume de água que o cilindro pode conter a 15°C, con- desde que a espessura da parede não fique menor que a
forme previsto no projeto, expresso em litros. exigida e a superfície não apresente descontinuidade
após a remoção dos defeitos.
4 Condições gerais
4.4.6 Não pode ser feita solda de qualquer tipo para
qualquer propósito no cilindro.
4.1 Classificação
4.4.7 A rosca para fixação da válvula deve obedecer à
Esta Norma abrange as seguintes classes de cilindros: NBR 11725.
a) classe 1 - com capacidade menor ou igual a 450 L 4.4.8 A rosca para fixação do capacete, quando houver,
e pressão de serviço mínima de 3,2 MPa; deve ser W80 x 1/11 (Whitworth).
b) classe 2 - com capacidade maior que 450 L e pres- 4.4.9 A válvula do cilindro cuja capacidade de água nomi-
são de serviço mínima de 3,5 MPa. nal for maior ou igual a 10 L deve ser efetivamente pro-
tegida contra eventuais danos, por capacete.
4.2 Material
4.4.10 A formação de um lote até 200 cilindros pode ser
4.2.1 Os cilindros objeto desta Norma devem ser de aço feita com a fabricação de até mais dois cilindros, com
acalmado, de qualidade uniforme. exceção para 6.2.4.2 e 6.2.5.2, do mesmo diâmetro no-
minal, espessura e projeto, feito do mesmo aço e sujeito
4.2.2 A composição química dos aços deve ser indicada ao mesmo tratamento térmico. Os comprimentos destes
em 5.1. cilindros num lote de tratamento térmico podem variar de
até 12%.
4.2.3 Os tarugos para a fabricação de cilindros por for-
jamento não podem apresentar bolsas de contração, trin- 4.4.11 A ovalização máxima permitida deve ser de ± 2%
cas, segregação excessiva ou outros defeitos comprome- do diâmetro.
tedores depois do seccionamento.
4.4.12 O desvio de perpendicularidade do cilindro em re-
4.2.4 Os materiais com dobras, fissuras, escamas ou ou- lação à vertical deve ser no máximo de 1% do compri-
tros defeitos comprometedores de sua qualidade não po- mento.
dem ser aceitos.
4.5 Tolerâncias da capacidade de água nominal
4.2.5 Deve ser obrigatória a identificação do material por
A capacidade de água real pode variar numa tolerância de
qualquer método adequado.
± 2% do valor nominal.
4.2.5.1 As placas e as barras para a fabricação de cilindros
4.6 Espessuras
forjados devem ser marcadas com o número da corrida e
acompanhadas do respectivo certificado de inspeção, 4.6.1 Para cada cilindro com pressão de serviço inferior a
fornecido pela usina produtora. 6,2 MPa, a tensão na parede deve ser obrigatoriamente
menor ou igual a 164 MPA. A espessura mínima de pare-
4.2.5.2 Os tubos para cilindros repuxados devem ser tam- de deve ser de 2,5 mm para qualquer cilindro com diâme-
bém acompanhados do respectivo certificado de quali- tro superior a 130 mm.
dade, fornecido pela usina produtora, identificados com
cores correspondentes ao tipo de aço e número da corri- 4.6.2 Para cilindro com pressão de serviço igual ou maior
da, citado no referido certificado. que 6,2 MPa, o valor mínimo de espessura de parede, na
menor pressão de ensaio especificada, deve ser tal que a
4.3 Tratamento térmico tensão na parede não possa ultrapassar 392 MPa, para o
aço médio manganês e aços-carbono acima de 0,33% de
Os cilindros acabados devem receber um tratamento tér- carbono, e 323 MPa para os demais.
mico adequado e uniforme correspondente ao tipo de aço
utilizado antes de serem submetidos aos ensaios. 4.6.3 A espessura do fundo do cilindro deve ser, no míni-
mo, duas vezes a espessura mínima calculada para as pa-
4.4 Fabricação redes do cilindro. Esta espessura do fundo do cilindro de-
ve ser medida dentro de um círculo formado pelos pontos
4.4.1 O cilindro deve ser fabricado por processos e de contacto com o solo, quando o cilindro estiver em
equipamentos adequados. posição vertical.
Cópia não autorizada
NBR 12791/1993 3
4.7.1 A tensão na parede é calculada pela expressão: σ = tensão longitudinal causada pela pressão de
2
P(1,3D + 0,4d ) 2 ensaio (MPa)
σ1 =
100 (D2 - d2) A1 = área interna da seção transversal do cilindro
Onde: (cm2)
σ1 = tensão máxima admissível na parede (MPa) A2 = área da parede metálica, na seção transver-
sal do cilindro (cm2)
P = pressão de ensaio hidrostático (MPa)
P = pressão do ensaio hidrostático (MPa)
D = diâmetro externo (mm)
4.8 Marcação
d = diâmetro interno (mm)
4.8.1 Cada cilindro, objeto desta Norma, deve ser marca-
4.7.2 A espessura mínima de parede, para uma tensão do por estampagem visível e permanente na calota supe-
máxima admissível, é dada pela expressão (em mm): rior.
emín. =
D
2 ( 1- ) 4.8.2 A marcação em cada cilindro deve conter referência
sobre:
4.7.3 Para os cilindros da classe 2, devem ser considera-
das as exigências de 4.7.3.1 a 4.7.3.4. a) pressão de serviço;
4.7.3.3 A tensão longitudinal máxima causada pela flexão i) órgão de inspeção ou inspetor;
é calculada pela expressão:
MC j) data do ensaio hidrostático de fabricação.
σf1 =
J
4.8.2.1 A marcação da pressão de serviço deve ser feita
Onde: pela indicação do valor numérico da pressão em MPa.
σf1 = tensão causada pela flexão (MPa) 4.8.2.2 No caso dos cilindros de classe 2, a referência
WL 2 consiste em estampar a letra “x” após o número desta
M = momento fletor (N.cm) Norma.
8
W = massa unitária (N/cm) do cilindro cheio d’água 4.8.2.2.1 Quando forjado, o cilindro deve receber a marca-
ção deste processo com a estampagem da letra F após o
L = comprimento do cilindro (cm) número desta Norma.
C = raio D/2 do cilindro (cm) 4.8.2.3 A marcação da identidade do cilindro deve ser fei-
ta pela indicação do número de série de fabricação em
J = momento de inércia = 0,04909 (D4 - d4) (cm4) seguida à marcação da identidade do fabricante, que po-
de ser indicada pela sua sigla ou logotipo.
D = diâmetro externo (cm)
4.8.2.3.1 No lugar do número de série, pode ser estampa-
d = diâmetro interno (cm) do o número do lote de até 500 cilindros, desde que estes
tenham o diâmetro externo igual ou menor que 51 mm e
4.7.3.4 A tensão longitudinal máxima devido à pressão do que sua capacidade de água não ultrapasse 1 L.
ensaio hidrostático é calculada pela expressão:
A1 x P 4.8.2.4 A marcação do número do tipo de aço (conforme a
σ= NBR 6006) deve ser feita apondo-se a este número uma
A2
letra para tratamento térmico, sendo:
Cópia não autorizada
4 NBR 12791/1993
4.8.4 A marca do inspetor e a data do ensaio devem ser 5.2.3.3 O limite de escoamento não pode ser inferior a
estampadas em posição que haja espaço suficiente para 110% da máxima tensão na parede, na espessura de
marcações futuras referentes aos ensaios subseqüentes projeto.
conforme norma pertinente.
5.2.4 Achatamento
4.8.5 Todas as marcas estampadas devem ter altura mí-
nima de 6 mm, admitindo-se exceção apenas no caso de O cilindro submetido ao ensaio de achatamento até uma
comprovada falta de espaço. distância interna, entre os cutelos, de seis vezes a espes-
sura nominal da parede não deve apresentar trincas e
4.8.6 Qualquer outra marca deve ser aposta no colarinho fissuras.
ou na calota, em posição diametralmente oposta às mar-
cas indicadas em 4.8. 6 Inspeção
5.2 Requisitos físicos e mecânicos e) fiscalizar a retirada das amostras, de acordo com
6.2, e supervisionar o corte dos corpos-de-prova
5.2.1 Estanqueidade para ensaios;
g) estar presente aos ensaios hidrostático, achata- 6.2.4.4 Quando os corpos-de-prova forem preparados se-
mento e tração; gundo 6.2.4.3, o inspetor deve registrar tal ocorrência no
relatório de ensaio.
h) examinar as roscas por meio de calibradores;
6.2.4.5 Não podem ser retirados corpos-de-prova por pro-
i) registrar a capacidade de água, a espessura mí- cesso que altere a estrutura do material.
nima de parede e a tara;
6.2.5 Ensaio de achatamento
j) apresentar um relatório completo de inspeção pa-
ra cada lote inspecionado; e 6.2.5.1 Em cada lote de cilindros, já aprovados no ensaio
hidrostático, deve ser escolhido um ao acaso e submeti-
do ao achatamento, salvo no caso previsto em 5.2.3.1.
k) apor sua marca no cilindro aprovado.
6.2.5.2 Para lotes de até 30 cilindros, o ensaio de acha-
6.2 Formação de amostras
tamento pode ser realizado em dois corpos-de-prova de
outro anel de mesmas dimensões e tratamento térmico
6.2.1 Análise química do material conforme 6.2.4.2.
6.3.2.5.1 Qualquer pressão interna eventualmente aplica- 6.3.3.5 A velocidade de ensaio não deve ultrapassar
da após o tratamento térmico e antes do ensaio oficial não 3,2 mm/min durante a determinação do limite do escoa-
deve exceder 90% da pressão do ensaio hidrostático. mento.
Nota: Se, devido a algum defeito no equipamento de ensaio, a 6.3.4 Ensaio de achatamento
pressão de ensaio hidrostático não puder ser mantida por
tempo suficiente para atender a esta exigência, o ensaio
Deve ser realizado, entre cutelos, em forma de cunha a 60°,
deve ser repetido a uma pressão 10% ou 0,68 MPa maior,
tomando-se a menor das duas, e registrado-se o fato. com raio de arredondamento de 12,7 mm.
6.3.3.4.2 O cálculo da extensão elástica deve ser baseado O lote cujo cilindro submetido ao ensaio de achatamento
no módulo de elasticidade (K) de 1,96 x 105 MPa. não satisfizer às prescrições desta Norma deve ser rejei-
tado, com ressalva ao disposto em 7.2.5.
6.3.3.4.3 Em caso de controvérsia, o diagrama tensão x de-
formação deve ser traçado e o limite de escoamento de- 7.2.5 Reensaio
ve ser determinado graficamente pelo deslocamento de
0,2% da deformação. No caso de resultado não satisfatório nos ensaios de acha-
tamento e/ou tração, o fabricante pode realizar o(s) mes-
6.3.3.4.4 Para fins de medição da deformação e do início mo(s) ensaio(s) em dobro. Persistindo o resultado não sa-
da deformação, deve ser ajustada para o corpo-de-prova tisfatório, pode ainda se refazer o tratamento térmico do
uma tensão de ensaio de 82 MPa, e a leitura correspon- lote. Neste caso, todos os ensaios previstos nesta Norma
dente do extensômetro deve ser ajustada na deformação devem ser refeitos. Persistindo ainda os resultados não
calculada correspondente. satisfatórios, o lote deve ser rejeitado.