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FEV 1993 NBR 12791


Cilindro de aço, sem costura, para
arm azenam ento e transporte de gases a
ABNT-Associação
Brasileira de
alta pressão
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
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EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA Especificação

Origem: Projeto EB-1199/1983


CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
C E -0 4 :0 0 9 .0 7 - C o m issã o d e E stu d o d e C ilin d ro s p a ra G a se s e A ce ssó rio s
NBR 12791 - Seamless steel cylinder for high pressure gases storage and
transportation - Specification
Descriptors: Steel cylinder. High pressure gases
Copyright © 1990, Esta Norma substitui a EB-1199/1983
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.04.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Cilindro de aço. Gases a alta pressão 6 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3 Definições
1 Objetivo
2 Documentos complementares Os termos técnicos adotados nesta Norma estão defini-
3 Definições dos em 3.1 a 3.7 e nas NBR 6152 e NBR 12176.
4 Condições gerais
5 Condições específicas 3.1 Limite de escoamento
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição Limite convencional de escoamento, definido na
NBR 6152, designado pelo símbolo σe (u).

3.1.1 Nesta Norma o índice “u” passa à forma σe (0,2).


1 Objetivo
3.2 Densidade de enchimento
Esta Norma fixa as condições exigíveis para os cilindros de
aço, sem costura, para armazenamento e transporte de
Relação percentual entre a massa do gás contida no cilin-
gases a alta pressão e sujeitos a temperatura ambiente.
dro e a massa máxima de água a 15°C que o cilindro po-
de conter a pressão normal.
2 Documentos complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 3.3 Pressão de serviço

NBR 6006 - Classificação por composição química Pressão de referência, marcada no cilindro, definida a
dos aços para construção mecânica - Procedimento 21°C.

NBR 6152 - Determinação das propriedades mecâ- 3.4 Tara


nicas à tração de materiais metálicos - Método de
ensaio Massa do cilindro vazio, sem válvula e sem o capacete de
proteção, compreendendo a carcaça com o colarinho e o
NBR 11725 - Conexões de roscas para válvulas de pé, se houver.
cilindros para gases comprimidos - Padronização
3.5 Cilindro repuxado
NBR 12176 - Identificação de gases em cilindros -
Procedimento Cilindro fabricado a partir de um tubo sem costura no qual
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o fundo é formado pelo processo de repuxamento girató- 4.4.2 As carepas e sujeiras provenientes da fabricação
rio a quente das bordas com caldeamento. devem ser removidas.

3.6 Cilindro forjado 4.4.3 Não pode haver fissura ou outro defeito que com-
prometa as características do cilindro.
Cilindro fabricado por forjamento a partir de um tarugo ou
placa. 4.4.4 A superfície do cilindro deve ser razoavelmente lisa
e com acabamento uniforme.
3.7 Capacidade de água nominal
4.4.5 Pode ser feita a eliminação de defeitos de superfície,
Volume de água que o cilindro pode conter a 15°C, con- desde que a espessura da parede não fique menor que a
forme previsto no projeto, expresso em litros. exigida e a superfície não apresente descontinuidade
após a remoção dos defeitos.
4 Condições gerais
4.4.6 Não pode ser feita solda de qualquer tipo para
qualquer propósito no cilindro.
4.1 Classificação
4.4.7 A rosca para fixação da válvula deve obedecer à
Esta Norma abrange as seguintes classes de cilindros: NBR 11725.

a) classe 1 - com capacidade menor ou igual a 450 L 4.4.8 A rosca para fixação do capacete, quando houver,
e pressão de serviço mínima de 3,2 MPa; deve ser W80 x 1/11 (Whitworth).

b) classe 2 - com capacidade maior que 450 L e pres- 4.4.9 A válvula do cilindro cuja capacidade de água nomi-
são de serviço mínima de 3,5 MPa. nal for maior ou igual a 10 L deve ser efetivamente pro-
tegida contra eventuais danos, por capacete.
4.2 Material
4.4.10 A formação de um lote até 200 cilindros pode ser
4.2.1 Os cilindros objeto desta Norma devem ser de aço feita com a fabricação de até mais dois cilindros, com
acalmado, de qualidade uniforme. exceção para 6.2.4.2 e 6.2.5.2, do mesmo diâmetro no-
minal, espessura e projeto, feito do mesmo aço e sujeito
4.2.2 A composição química dos aços deve ser indicada ao mesmo tratamento térmico. Os comprimentos destes
em 5.1. cilindros num lote de tratamento térmico podem variar de
até 12%.
4.2.3 Os tarugos para a fabricação de cilindros por for-
jamento não podem apresentar bolsas de contração, trin- 4.4.11 A ovalização máxima permitida deve ser de ± 2%
cas, segregação excessiva ou outros defeitos comprome- do diâmetro.
tedores depois do seccionamento.
4.4.12 O desvio de perpendicularidade do cilindro em re-
4.2.4 Os materiais com dobras, fissuras, escamas ou ou- lação à vertical deve ser no máximo de 1% do compri-
tros defeitos comprometedores de sua qualidade não po- mento.
dem ser aceitos.
4.5 Tolerâncias da capacidade de água nominal
4.2.5 Deve ser obrigatória a identificação do material por
A capacidade de água real pode variar numa tolerância de
qualquer método adequado.
± 2% do valor nominal.
4.2.5.1 As placas e as barras para a fabricação de cilindros
4.6 Espessuras
forjados devem ser marcadas com o número da corrida e
acompanhadas do respectivo certificado de inspeção, 4.6.1 Para cada cilindro com pressão de serviço inferior a
fornecido pela usina produtora. 6,2 MPa, a tensão na parede deve ser obrigatoriamente
menor ou igual a 164 MPA. A espessura mínima de pare-
4.2.5.2 Os tubos para cilindros repuxados devem ser tam- de deve ser de 2,5 mm para qualquer cilindro com diâme-
bém acompanhados do respectivo certificado de quali- tro superior a 130 mm.
dade, fornecido pela usina produtora, identificados com
cores correspondentes ao tipo de aço e número da corri- 4.6.2 Para cilindro com pressão de serviço igual ou maior
da, citado no referido certificado. que 6,2 MPa, o valor mínimo de espessura de parede, na
menor pressão de ensaio especificada, deve ser tal que a
4.3 Tratamento térmico tensão na parede não possa ultrapassar 392 MPa, para o
aço médio manganês e aços-carbono acima de 0,33% de
Os cilindros acabados devem receber um tratamento tér- carbono, e 323 MPa para os demais.
mico adequado e uniforme correspondente ao tipo de aço
utilizado antes de serem submetidos aos ensaios. 4.6.3 A espessura do fundo do cilindro deve ser, no míni-
mo, duas vezes a espessura mínima calculada para as pa-
4.4 Fabricação redes do cilindro. Esta espessura do fundo do cilindro de-
ve ser medida dentro de um círculo formado pelos pontos
4.4.1 O cilindro deve ser fabricado por processos e de contacto com o solo, quando o cilindro estiver em
equipamentos adequados. posição vertical.
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4.7 Cálculo da tensão e da espessura da parede Onde:

4.7.1 A tensão na parede é calculada pela expressão: σ = tensão longitudinal causada pela pressão de
2
P(1,3D + 0,4d ) 2 ensaio (MPa)
σ1 =
100 (D2 - d2) A1 = área interna da seção transversal do cilindro
Onde: (cm2)

σ1 = tensão máxima admissível na parede (MPa) A2 = área da parede metálica, na seção transver-
sal do cilindro (cm2)
P = pressão de ensaio hidrostático (MPa)
P = pressão do ensaio hidrostático (MPa)
D = diâmetro externo (mm)
4.8 Marcação
d = diâmetro interno (mm)
4.8.1 Cada cilindro, objeto desta Norma, deve ser marca-
4.7.2 A espessura mínima de parede, para uma tensão do por estampagem visível e permanente na calota supe-
máxima admissível, é dada pela expressão (em mm): rior.

emín. =
D
2 ( 1- ) 4.8.2 A marcação em cada cilindro deve conter referência
sobre:
4.7.3 Para os cilindros da classe 2, devem ser considera-
das as exigências de 4.7.3.1 a 4.7.3.4. a) pressão de serviço;

4.7.3.1 Supondo um cilindro sustentado, em posição hori- b) número desta Norma;


zontal, apenas nas duas extremidades, e com uma carga
correspondente ao peso da parte cilíndrica de água com- c) classe do cilindro, quando o cilindro for da classe 2;
primida na pressão de ensaio; a soma de duas vezes a ten-
são máxima nas fibras inferiores devido à flexão mais a d) tipo de aço e tratamento térmico;
tensão longitudinal nestas fibras, devido ao ensaio hi-
drostático, não deve ultrapassar 80% do limite de escoa- e) processo de fabricação, quando forjado;
mento mínimo de aço a tal tensão máxima, isto é:
f) identificação do cilindro e do fabricante;
2σf1 máx.+ σ < 0,8σe(0,2)
g) capacidade de água medida;
4.7.3.2 Se for necessário, a espessura da parede deve ser
aumentada para levar em conta a exigência de 4.7.3.1. h) tara;

4.7.3.3 A tensão longitudinal máxima causada pela flexão i) órgão de inspeção ou inspetor;
é calculada pela expressão:
MC j) data do ensaio hidrostático de fabricação.
σf1 =
J
4.8.2.1 A marcação da pressão de serviço deve ser feita
Onde: pela indicação do valor numérico da pressão em MPa.

σf1 = tensão causada pela flexão (MPa) 4.8.2.2 No caso dos cilindros de classe 2, a referência
WL 2 consiste em estampar a letra “x” após o número desta
M = momento fletor (N.cm) Norma.
8
W = massa unitária (N/cm) do cilindro cheio d’água 4.8.2.2.1 Quando forjado, o cilindro deve receber a marca-
ção deste processo com a estampagem da letra F após o
L = comprimento do cilindro (cm) número desta Norma.

C = raio D/2 do cilindro (cm) 4.8.2.3 A marcação da identidade do cilindro deve ser fei-
ta pela indicação do número de série de fabricação em
J = momento de inércia = 0,04909 (D4 - d4) (cm4) seguida à marcação da identidade do fabricante, que po-
de ser indicada pela sua sigla ou logotipo.
D = diâmetro externo (cm)
4.8.2.3.1 No lugar do número de série, pode ser estampa-
d = diâmetro interno (cm) do o número do lote de até 500 cilindros, desde que estes
tenham o diâmetro externo igual ou menor que 51 mm e
4.7.3.4 A tensão longitudinal máxima devido à pressão do que sua capacidade de água não ultrapasse 1 L.
ensaio hidrostático é calculada pela expressão:
A1 x P 4.8.2.4 A marcação do número do tipo de aço (conforme a
σ= NBR 6006) deve ser feita apondo-se a este número uma
A2
letra para tratamento térmico, sendo:
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. N para normalização; 5.2.2 Pressão hidrostática

. T para têmpera e revenimento; A expansão volumétrica permanente admissível após o


alívio total da pressão não pode ultrapassar 10% da ex-
. R para recozimento. pansão volumétrica total sob a pressão de ensaio.

4.8.2.5 A marcação da capacidade em água deve ser feita 5.2.3 Tração


até o décimo de litro.
Submetido ao ensaio de tração, após o tratamento térmi-
4.8.2.6 A marcação da tara deve ser feita até o décimo de co, o material deve se enquadrar em um dos casos des-
quilograma. critos em 5.2.3.1, 5.2.3.2 ou 5.2.3.3.
4.8.2.7 A marcação do inspetor responsável pela aceita-
5.2.3.1 Alongamento de no mínimo 40% para aos corpos-
ção do cilindro deve ser a estampagem de sua sigla ou
de-prova de comprimento inicial (Lo) de 50 mm, ou de
logotipo.
20% para os outros casos, e limite de elasticidade não su-
perior a 73% da resistência a tração, dispensando-se o
4.8.2.8 A marcação da data do ensaio hidrostático de fabri-
ensaio de achatamento.
cação deve compreender a estampagem do número do
mês e da dezena do ano, separados por uma barra, em
5.2.3.2 Alongamento de no mínimo 20% para os corpos-
seguida à marcação de 4.8.2.7.
de-prova de comprimento inicial (Lo) de 50 mm, ou de
4.8.3 As marcações do número do tipo de aço, tratamen- 10% para os outros casos, e limite de escoamento não su-
to térmico, capacidade de água medida e tara podem ser perior a 73% da resistência a tração, com ensaio de acha-
apostas em locais de acordo com o usuário. tamento obrigatório.

4.8.4 A marca do inspetor e a data do ensaio devem ser 5.2.3.3 O limite de escoamento não pode ser inferior a
estampadas em posição que haja espaço suficiente para 110% da máxima tensão na parede, na espessura de
marcações futuras referentes aos ensaios subseqüentes projeto.
conforme norma pertinente.
5.2.4 Achatamento
4.8.5 Todas as marcas estampadas devem ter altura mí-
nima de 6 mm, admitindo-se exceção apenas no caso de O cilindro submetido ao ensaio de achatamento até uma
comprovada falta de espaço. distância interna, entre os cutelos, de seis vezes a espes-
sura nominal da parede não deve apresentar trincas e
4.8.6 Qualquer outra marca deve ser aposta no colarinho fissuras.
ou na calota, em posição diametralmente oposta às mar-
cas indicadas em 4.8. 6 Inspeção

Nota: De acordo com o espaço, a disposição da marcação exigi- 6.1 Procedimento


da em 4.8.2 pode ser como indicada no exemplo a seguir:
Marcação de um cilindro fabricado de acordo com esta 6.1.1 A inspeção deve ser feita por um órgão ou entidade
Norma por forjamento, para uma pressão de serviço de de inspeção independente, reconhecido, estabelecido e
15 MPa, de aço-carbono 1040 normalizado, fabricado pela atuante no País; nesta Norma, chamado inspetor.
firma YZ, com o número de série de fabricação 2001,
inspecionado pela empresa (I), em dezembro de 1981, a 6.1.2 São deveres do inspetor;
sua capacidade em água é 50,0 L e sua tara é de 71,0 kg.
15 MPa NBR 12791 F a) verificar se toda a matéria-prima destinada à fabri-
cação dos cilindros, objeto de inspeção, está de
YZ 2001 I 12/81
acordo com esta Norma, inclusive a composição
1040 N 50,0 L 71,0 kg química do aço;

5 Condições específicas b) acompanhar o processo de fabricação dos cilin-


dros e registrar qualquer ocorrência, que, na sua
5.1 Composição química dos aços opinião, possa se afastar das prescrições desta
Norma;
A composição química dos aços deve ser a seguinte:
c) efetuar inspeção visual no interior dos cilindros an-
a) carbono - 0,40% máx.;
tes do fechamento da extremidade superior;
b) fósforo - 0,04% máx.;
d) verificar se o tratamento térmico está sendo exe-
c) enxofre - 0,05% máx. cutado de forma adequada;

5.2 Requisitos físicos e mecânicos e) fiscalizar a retirada das amostras, de acordo com
6.2, e supervisionar o corte dos corpos-de-prova
5.2.1 Estanqueidade para ensaios;

O cilindro submetido ao ensaio de estanqueidade, segun- f) acompanhar o ensaio de estanqueidade e a análi-


do 6.3.1.1, não deve apresentar vazamento. se química;
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g) estar presente aos ensaios hidrostático, achata- 6.2.4.4 Quando os corpos-de-prova forem preparados se-
mento e tração; gundo 6.2.4.3, o inspetor deve registrar tal ocorrência no
relatório de ensaio.
h) examinar as roscas por meio de calibradores;
6.2.4.5 Não podem ser retirados corpos-de-prova por pro-
i) registrar a capacidade de água, a espessura mí- cesso que altere a estrutura do material.
nima de parede e a tara;
6.2.5 Ensaio de achatamento
j) apresentar um relatório completo de inspeção pa-
ra cada lote inspecionado; e 6.2.5.1 Em cada lote de cilindros, já aprovados no ensaio
hidrostático, deve ser escolhido um ao acaso e submeti-
do ao achatamento, salvo no caso previsto em 5.2.3.1.
k) apor sua marca no cilindro aprovado.
6.2.5.2 Para lotes de até 30 cilindros, o ensaio de acha-
6.2 Formação de amostras
tamento pode ser realizado em dois corpos-de-prova de
outro anel de mesmas dimensões e tratamento térmico
6.2.1 Análise química do material conforme 6.2.4.2.

De cada corrida de aço para a fabricação de cilindros de- 6.3 Ensaios


ve ser retirada uma amostra para a sua análise química
para confronto com os valores tolerados nesta Norma e 6.3.1 Ensaio de estanqueidade
com os do certificado emitido pelo fabricante do aço.
6.3.1.1 Este ensaio deve ser realizado com gás inerte ou ar
6.2.2 Ensaio de estanqueidade comprimido a uma pressão não inferior à pressão de ser-
viço.
Todos os cilindros fabricados por repuxamento giratório e
fechados por caldeamento devem ser submetidos ao 6.3.1.2 O ensaio deve ser feito de forma que o gás sob
ensaio de estanqueidade. pressão esteja em contato com o fundo do cilindro em uma
área de pelo menos 1/16 deste fundo, mas nunca inferior
6.2.3 Ensaio hidrostático a 19 mm de diâmetro, incluindo o fechamento central do
fundo.
Cada cilindro deve ser submetido ao ensaio hidrostático.
6.3.1.3 A pressão deve ser mantida durante o tempo mí-
6.2.4 Ensaio de tração nimo de um minuto, enquanto a superfície externa do
fundo deve ser cuidadosamente examinada quanto a
6.2.4.1 Em cada lote de cilindros já aprovados no ensaio vazamentos.
hidrostático é escolhido um ao acaso, do qual devem ser
tirados dois corpos-de-prova, diametralmente opostos e 6.3.1.4 Como medida de segurança, se o fabricante deci-
próximos a cada extremidade, respectivamente. dir executar o ensaio de estanqueidade antes do ensaio
hidrostático, ele deve projetar o equipamento para este
ensaio, de tal forma que a pressão seja aplicada na menor
6.2.4.1.1 Os corpos-de-prova devem ter as seguintes di-
área possível, em torno do ponto de fechamento, e de
mensões básicas:
forma a usar o menor volume possível de ar ou gás.
a) comprimento de referência de 200 mm com largu-
6.3.2 Ensaio hidrostático
ra não superior a 38 mm;
6.3.2.1 Mediante um dispositivo de camisa de água, ou
b) comprimento de referência de 50 mm com largura outro adequado, o cilindro deve ser submetido gradual-
não superior a 38 mm. mente a uma pressão hidrostática igual à pressão de
ensaio especificada.
6.2.4.1.2 Podem ser feitos corpos-de-prova de compri-
mento de referência de, pelo menos, 24 vezes a espes- 6.3.2.2 O manômetro utilizado deve ser regularmente afe-
sura, e de largura não superior a seis vezes a espessura, rido e permitir a leitura da pressão com uma precisão de
quando a parede do cilindro tiver uma espessura não pelo menos 1%.
superior a 4,8 mm.
6.3.2.3 O dispositivo de medição da expansão volumétrica
6.2.4.2 Para lotes de até 30 cilindros, o ensaio de tração deve permitir uma leitura com precisão relativa de 1% ou
pode ser realizado num anel de pelo menos 200 mm de com precisão absoluta de 0,1 cm3, tomando-se a maior
comprimento, cortado em uma unidade no decorrer da das duas.
fabricação, e submetido ao mesmo tratamento térmico do
cilindro acabado. 6.3.2.4 A pressão de ensaio hidrostático deve ser de pelo
menos 5/3 da pressão de serviço definida para o cilindro
6.2.4.3 Quando as dimensões do cilindro não permitirem e nele estampada, conforme 4.8.2.1.
a obtenção de corpos-de-prova retos, os corpos-de-
prova podem ser recortados de qualquer local e direção 6.3.2.5 A pressão de ensaio deve ser mantida por pelo
e podem ser endireitados ou achatados a frio, somente menos 30 s e durar o suficiente para assegurar a comple-
por pressão e nunca por batidas. ta expansão do cilindro.
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6.3.2.5.1 Qualquer pressão interna eventualmente aplica- 6.3.3.5 A velocidade de ensaio não deve ultrapassar
da após o tratamento térmico e antes do ensaio oficial não 3,2 mm/min durante a determinação do limite do escoa-
deve exceder 90% da pressão do ensaio hidrostático. mento.

Nota: Se, devido a algum defeito no equipamento de ensaio, a 6.3.4 Ensaio de achatamento
pressão de ensaio hidrostático não puder ser mantida por
tempo suficiente para atender a esta exigência, o ensaio
Deve ser realizado, entre cutelos, em forma de cunha a 60°,
deve ser repetido a uma pressão 10% ou 0,68 MPa maior,
tomando-se a menor das duas, e registrado-se o fato. com raio de arredondamento de 12,7 mm.

6.3.3 Ensaio de tração 7 Aceitação e rejeição

6.3.3.1 Os dois corpos-de-prova obtidos conforme 6.2.4 7.1 Matéria-prima


devem ser submetidos aos ensaios de tração, conforme
NBR 6152. Toda a matéria-prima por unidade ou por lote que não
satisfizer às prescrições desta Norma deve ser rejeitada.
6.3.3.2 Os corpos-de-prova não podem ser achatados,
salvo as pontas para encaixe nas garras da máquina, 7.2 Cilindros
cuja região achatada deve distar no mínimo 25 mm da
seção reduzida, com exceção dos corpos-de-prova ob- 7.2.1 Ensaio de estanqueidade
tidos conforme 6.2.4.3.
Qualquer cilindro que apresentar vazamento deve ser re-
6.3.3.3 O limite convencional de escoamento, definido na jeitado.
NBR 6152, deve corresponder à deformação plástica per-
manente de 0,2% do comprimento inicial Lo. 7.2.2 Ensaio hidrostático

6.3.3.4 O limite de escoamento pode ser determinado gra-


Todo cilindro que, submetido ao ensaio hidrostático, não
ficamente no diagrama do ensaio ou através do método
satisfizer às prescrições desta Norma deve ser rejeitado.
de extensão sob carga prescrito na NBR 6152.
7.2.3 Ensaio de tração
6.3.3.4.1 Usando-se o método da extensão sob carga, a
deformação total (ou extensão sob carga), corresponden-
te à tensão em que ocorre a deformação permanente de Todo lote, cujos corpos-de-prova representativos, sub-
0,2% do comprimento inicial Lo, pode ser determinada metidos ao ensaio de tração, não satisfizerem as pres-
com suficiente precisão pelo cálculo da extensão elástica crições desta Norma, deve ser rejeitado, com ressalva ao
do comprimento de referência sob carga adequada e pe- disposto em 7.2.5.
la adição, a esse valor calculado, de 0,2% do comprimen-
to inicial Lo. 7.2.4 Ensaio de achatamento

6.3.3.4.2 O cálculo da extensão elástica deve ser baseado O lote cujo cilindro submetido ao ensaio de achatamento
no módulo de elasticidade (K) de 1,96 x 105 MPa. não satisfizer às prescrições desta Norma deve ser rejei-
tado, com ressalva ao disposto em 7.2.5.
6.3.3.4.3 Em caso de controvérsia, o diagrama tensão x de-
formação deve ser traçado e o limite de escoamento de- 7.2.5 Reensaio
ve ser determinado graficamente pelo deslocamento de
0,2% da deformação. No caso de resultado não satisfatório nos ensaios de acha-
tamento e/ou tração, o fabricante pode realizar o(s) mes-
6.3.3.4.4 Para fins de medição da deformação e do início mo(s) ensaio(s) em dobro. Persistindo o resultado não sa-
da deformação, deve ser ajustada para o corpo-de-prova tisfatório, pode ainda se refazer o tratamento térmico do
uma tensão de ensaio de 82 MPa, e a leitura correspon- lote. Neste caso, todos os ensaios previstos nesta Norma
dente do extensômetro deve ser ajustada na deformação devem ser refeitos. Persistindo ainda os resultados não
calculada correspondente. satisfatórios, o lote deve ser rejeitado.

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