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DRA.

WALKYRIA
FERNANDES

Fisioterapeuta - Universidade Esta-


dual do Centro-Oeste (2004)

Ph.D. em Ciências da Reabilitação


pela UNINOVE/SP.

Fellow Research na Universidad de


Sevilla – ESPANHA

Mestre em Tecnologia em Saúde


pela PUCPR.

Ex-Professora do curso de medicina


da UFMT

Criadora do método RCA360 - Ra-


ciocínio Clínico Avançado 360®

02
INTRODUÇÃO

O lateral shift é um fenômeno que en-


volve um desvio lateral agudo da
coluna lombar, muitas vezes causando
desconforto e dor para o paciente.
Embora possa parecer semelhante a
uma escoliose, é importante diferenci-
á-lo, pois suas causas e abordagens de
tratamento são totalmente distintas.

Neste e-book, exploraremos em deta-


lhes o que caracteriza um lateral shift,
por que ele ocorre, como identificá-lo
e, o mais importante, como tratá-lo
efetivamente.

03
CARACTERÍSTICAS DO
LATERAL SHIFT
O lateral shift é um desvio notável da
coluna lombar, onde o tronco do pa-
ciente se inclina para um lado e a pelve
para o outro. Esta postura pode pare-
cer semelhante a uma escoliose à pri-
meira vista, mas é fundamental esclare-
cer que o lateral shift NÃO é uma esco-
liose.

Lateral Shift Direito

Compreender essa distinção é crucial


para fornecer um diagnóstico preciso e
um tratamento eficaz.

04
CAUSAS DO LATERAL
SHIFT
O lateral shift é provocado por uma
obstrução mecânica na coluna lombar
devido a um movimento inesperado
associado a espasmos musculares ou
alterações no disco intervertebral. Pa-
cientes que experienciam um lateral
shift frequentemente apresentam dor
irradiada para o membro inferior.

A posição inclinada do tronco e da


pelve é adotada como uma tentativa
de postura antálgica, que nada mais é
do que adotar uma postura que alivie a
dor e escape de uma possível com-
pressão neural.

Geralmente o paciente adquire uma


postura “torta”, inclinando o tronco
para um dos lados. Frequentemente o
lado da postura antálgica é o lado con-
trário da dor.

05
IDENTIFICANDO UM
LATERAL SHIFT
Existem três critérios principais para
identificar um lateral shift:

Desvio lateral visível do tronco;

Ocorrência de uma crise lombar


aguda anterior ao início do Lateral
Shift;

Incapacidade do paciente de fazer a


autocorreção do desvio lateral do
tronco.

DICA:

É importante observar que, quando o


paciente está deitado, o desvio não é
evidente, destacando ainda mais a ne-
cessidade de uma avaliação minuciosa
para identificação e diagnóstico preci-
sos.

06
NOMENCLATURA E
ORIENTAÇÃO
A nomenclatura do lateral shift varia
conforme o lado que o tronco do pa-
ciente está inclinado. Por exemplo, se
o tronco está inclinado para a esquer-
da e a pelve para a direita, é denomina-
do lateral shift esquerdo.

Lateral Shift Esquerdo

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TRATAMENTO DO
LATERAL SHIFT
A técnica de tratamento para o lateral
shift é relativamente simples, mas o
que realmente importa é o raciocínio
clínico avançado do fisioterapeuta. Pri-
meiramente, é necessário corrigir o
desvio do tronco do paciente, e para
isso, o fisioterapeuta precisa se posi-
cionar adequadamente.

EXEMPLO: vamos
supor que o paciente
tenha um lateral shift
esquerdo. O fisiotera-
peuta irá se posicio-
nar do lado esquerdo.
O ombro do paciente
deve estar em conta- Técnica de correção do

to com o tronco do fi- lateral shift esquerdo.

sioterapeuta e as mãos do fisiotera-


peuta estarão segurando a pelve con-
tralateral do paciente para aplicar uma

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força na direção da correção do lateral
shift. Assim, o fisioterapeuta consegui-
rá reduzir o desvio agudo da coluna do
paciente e buscar a correção e alinha-
mento do tronco.
No entanto, é importante observar que
esse movimento pode potencialmente
causar desconforto ao paciente, às
vezes irradiando dor para a perna.

É essencial realizar essa correção de


maneira gradual, levando em conside-
ração os sintomas do paciente, sem
agravar a condição, afinal, o objetivo é
reverter o lateral shift.

Além disso, é necessário orientar o pa-


ciente a continuar esse tratamento
fora do consultório.

09
EXERCÍCIOS E
AUTOCORREÇÃO
As instruções irão variar dependendo
do caso específico. Iremos ensinar o
paciente a fazer a autocorreção com a
ajuda de uma parede, a qual servirá de
suporte para o tronco.

Correção do Lateral Shift esquerdo com o auxílio


da parade. a) Início do movimento. b)Empurrar o
quadril em direção a parede

Nesse caso de lateral shift para a es-


querda, o paciente coloca a mão direi-

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ta na pelve e empurra em direção à
parede. Peça para ele fazer uma vez e
perceber se influencia na dor. Caso não
provoque a dor, peça para o paciente
repetir por 10 vezes.

É importante destacar que o paciente


deve realizar esse procedimento no
consultório para avaliar se consegue
fazê-lo em casa, além de determinar a
amplitude do movimento sem dor.

Caso o paciente sinta desconforto, isso


indica que o movimento está forçando
demais, ou precisa diminuir o número
de repetições ou diminuir a carga que
está sendo utilizada, por isso a impor-
tância do fisioterapeuta ter um raciocí-
nio clínico avançado e acompanhar
todo o processo.

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