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Poeta português

Bocage
Manuel Maria Barbosa du
Bocage foi um escritor do
século XVIII, muito
conhecido por sua poesia
erótica. Foi um poeta de
transição entre o arcadismo
e o romantismo português.
“Manuel du Bocage”, obra
de João Elói do Amaral
(1839-1927).
Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage nasceu em Setúbal,
dia 15 de Setembro de 1765.Bocage era um dos seis filhos do casal
e, como previsto, teve uma boa educação, estudando línguas
(francês, latim, italiano) e literaturas.Fez parte do exército e da
marinha portuguesa. Viajou para o Brasil, África, China e, na Índia,
e exerceu o posto de guarda-marinha. Em 1790, retorna à Lisboa,
iniciando sua vida literária, para a qual se dedicou até o resto de
seus dias.Foi um dos mais influentes poetas portugueses, donde
adota o pseudônimo Elmano Sadino. Foi perseguido e preso pela
Inquisição, de forma que satirizou a Igreja e o poder clerical. Nesse
momento, sua obra reflete tendências pré-românticas.Faleceu em
Lisboa, dia 21 de Dezembro de 1805, vítima de aneurisma
Bocage foi um poeta de transição entre o
arcadismo — seu pseudônimo árcade era
Elmano Sadino — e o romantismo.
Portanto, seus textos apresentam
características de ambas as estéticas, além de
peculiaridades do autor, como: amor
idealizado. sofrimento existencial.

A obra de Bocage está repleta de lirismo,


erotismo, individualismo e sátiras, com
uma linguagem neoclássica, ou seja, clara,
abreviada, correta e pomposa. Os temas
mais explorados são: bucólicos, pastoris e
da mitologia clássica.
O Arcadismo em Portugal foi um
movimento ou forma literária
simplificada, que fazia oposição ao
Barroco, escola anterior que possuía
exageros em sua constituição. Uma das
frases presentes na composição do
arcadismo em Portugal era “cortar o
inútil”, em referência à “inutilidade” da
religiosidade que o Barroco pregava.
Obras

Morte de D. Ignez de Castro


O Triunfo da Religião
A Pavorosa Ilusão
A Virtude Laureada
À Puríssima Conceição de Nossa Senhora
Elegia
Convite à Marília
Improvisos de Bocage
Idílios Marítimos
Mágoas Amorosas de Elmano
Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora
Urselina
Poemas:
A frouxidão no amor é uma ofensa

“A frouxidão no amor é uma ofensa,


Ofensa que se eleva a grau supremo;
Paixão requer paixão, fervor e extremo;

Com extremo e fervor se recompensa.


Vê qual sou, vê qual és, vê que diferença!
Eu descoro, eu praguejo, eu ardo, eu gemo;
Eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo;

Em sombras a razão se me condensa.


Tu só tens gratidão, só tens brandura,
E antes que um coração pouco amoroso
Quisera ver-te uma alma ingrata e dura.

Talvez me enfadaria aspecto iroso,


Mas de teu peito a lânguida ternura
Tem-me cativo e não me faz ditoso.”
Ó Formosura!
Piolhos cria o cabelo mais dourado;
Branca remela o olho mais vistoso;
Pelo nariz do rosto mais formoso
O monco se divisa pendurado:

Pela boca do rosto mais corado


Hálito sai, às vezes bem asqueroso;
A mais nevada mão sempre é forçoso;
Que de sua dona o cu tenha tocado:

Ao pé dele a melhor natura mora,


Que deitando no mês pode gordura,
Féitdo mijo lança a qualquer hora:

Caga o cu mais alvo merda pura;


Pois se é isto o que tanto se namora,
Em ti mijo, em ti cago, ó formosura!
Frases de Bocage

“Triste quem ama, cego quem se fia.”


“Nas paixões a razão nos desampara.”
“Amores vêm e vão, mas o verdadeiro amor nunca sai do
coração.”
“Morrer é pouco, é fácil; mas ter vida delirando de amor,
sem fruto ardendo, é padecer mil mortes, mil infernos.”
“De quantas cores se matiza o Fado! Nem sempre o homem
ri, nem sempre chora, Mal com bem, bem com mal é
temperado.”
Fim
Grupo formado por
Otacílio Alves
Rafael Yudi
Ana Mayara
Cicero Jader
Felipe Gabriel
Pedro Levi
José Caio

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