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3 Inserções na sociedade maranhense


Com a crise humanitária e econômica que emergiu, em 2013, na Venezuela,
vários de seus habitantes procuraram rotas de fugas para se abrigarem e
recomeçarem uma nova vida e um dos destinos mais procurados foi o
Maranhão, principalmente a capital, São Luís. Nesse sentido, existem
programas sociais, como o Bolsa Família e SEMCAS que ajudam na inserção
dos venezuelanos na sociedade maranhense, entretanto, como os idiomas dos
países se diferem, há uma certa dificuldade na comunicação, logo, há um
atraso em conseguir os benefícios que são oferecidos pelo Governo Federal.
Sobre a Política Nacional de Assistência Social, sabe-se que:
[...] Destina-se à população que tem acesso precário
ou nulo aos serviços públicos, fragilização de
vínculos afetivos e comunitários ou discriminações
(etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências),
entre outras, independente da nacionalidade. A
unidade de referência nos territórios para oferta de
atenção no âmbito da proteção básica é o Centro de
Referência da Assistência Social (CRAS).(
GOMES ,2016,p.11).
No relatório presente, o entrevistado 1 relata: (...) Umas pessoas por aqui
falaram para eu ir para o Cras, que havia uma bolsa da escola, falei com a
diretora da escola do meu filho e tive que ir no Cras para cadastrar a bolsa de
escola, eu sai sozinho mas a moça do Cras disse “não ,você não pode
cadastrar, tem que ser tu mulher , pois por cá o homem se cadastra , vai
embora com o dinheiro e seu filho e mulher ficam passado fome”, aí tudo bem,
foi eu e minha mulher lá, mas não consegui nada, fui por lá durante 4 meses e
ainda não consegui nada, nada ,nada nenhum benefício, nada além de ajuda
dos outros de fora como da igreja e de algumas pessoas boas (...) .Nesse
interim, o entrevistado 1 afirma que recebe atendimentos básicos oferecidos
pelo governo, nesse viés, sabe-se que:
(...) Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso
universal ao sistema público de saúde, sem
discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente
aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de
todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida,
com foco na saúde com qualidade de vida, visando a
prevenção e a promoção da saúde. (Governo Federal,
2020).
O entrevistado 1 afirma que: (...) quando chegamos a Roraima sacamos o
cartão do SUS e graças a ele temos saúde de graça, é muito bom, por que lá
na Venezuela é tudo muito caro, comida é caro, ter casa é caro, principalmente
ter saúde é caro, por que custa muito e ganha pouco, eu tinha muito trabalho e
pouco dinheiro(...). Nesse viés, é possível observar que os entrevistados tem
acesso livre aos serviços públicos por meio da carteira do SUS, já sobre os
programas sociais em específico, nenhum deles são cadastrados.

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