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Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato
aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. nos contratos onerosos, responde cada uma
das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
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Portanto, em contratos gratuitos, é relevante saber a diferença entre culpa e dolo, pois isso
interfere na responsabilidade civil. Aquele que tem vantagem responde por culpa latu sensu,
é regra geral; aquele que suporta sacrifícios só responde por dolo. Nos onerosos, regra geral.
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DIREITO CIVIL
Diferenças dos Regimes e Efeitos da Responsabilidade Negocial e Extranegocial
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Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação
da coisa (...).
A evicção é a perda de uma coisa para um terceiro, porque esse terceiro possui um direito
de propriedade melhor do que o direito de propriedade daquele sujeito que entregou a coisa.
Portanto, evicção é a perda da coisa para um terceiro, perde-se a coisa porque havia um
vício no título. Aquele que perdeu tem direito a uma indenização, ainda que a coisa estivesse
deteriorada. No entanto, se a deterioração decorreu de ato doloso, não é preciso indenizar.
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Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada,
exceto havendo dolo do adquirente
Art. 1.235. O descobridor (aquele que acha coisa alheia perdida) responde pelos prejuízos causa-
dos ao proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo.
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Art. 736. Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade
ou cortesia.
ATENÇÃO
O artigo 944, a seguir, é um dos mais importantes para a prova. Ele aborda o princípio da
restituição integral.
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Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá
o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
OBS.: no parágrafo único, haveria uma exceção ao princípio da restituição integral basea-
da em outras valores. Com nesse parágrafo, seria possível essa exceção tanto na
responsabilidade civil negocial quanto extranegocial? A tendência da doutrina é jus-
tamente defender essa tese, de que a redução no caso de desproporção manifesta
entre a culpa e o dano poderia levar a uma redução da indenização tanto na respon-
sabilidade negocial quanto extranegocial. Embora esse artigo se destine a resolver
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danos materiais, a doutrina vem defendo a tese de que essa redução, embora seja
relativa, é compatível com os danos morais.
Enunciado 379: o artigo 944 não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou
pedagógica da responsabilidade civil.
25m Enunciado 456: a expressão “dano” abrange não apenas os danos individuais, materiais ou ima-
teriais, mas também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais homogêneos a serem recla-
mados pelos legitimados para propor ação coletiva.
Enunciado 457: a redução equitativa da indenização tem caráter excepcional e somente será
realizada quando a amplitude do dano extrapolar os efeitos razoavelmente imputáveis à conduta
do agente.
Enunciado 458: o grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser leva-
do em conta pelo juiz para a quantificação do dano moral.
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3. AUTONOMIA PRIVADA
ATENÇÃO
O artigo 928, a seguir, é muito importante.
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Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não
tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa, não terá lugar se
privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem (teoria do patrimônio mínimo)
– Enunciado 39 – dever de indenização equitativa também se aplica aos pais, tutores e curadores
– dignidade da pessoa humana
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5. REGIME DA MORA
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito
em mora o devedor.
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extra-
judicial.
Artigo 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde
que o praticou
A Corte Especial, no julgamento dos EREsp n. 1.281.594/SP, concluiu que, nas pretensões
relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se a regra geral (art. 205 do CC/2002),
que prevê dez anos de prazo prescricional e, nas demandas que versem sobre responsa-
bilidade extracontratual, aplica-se o disposto no art. 206, § 3º, V, do mesmo diploma, com
prazo prescricional de três anos
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Daniel Eduardo Branco Carnacchioni.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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