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Faculdade De Direito - FD
Responsabilidade Civil
Goiânia
2023
Universidade Federal de Goiás - UFG
Faculdade De Direito - FD
Responsabilidade Civil
Goiânia
2023
• Como os autores compreende a responsabilidade civil contratual?
Não basta, todavia, a existência de um contrato válido para que tenha lugar a
responsabilidade contratual. Será, ainda, necessária a inexecução do contrato, no
todo ou em parte, a ocorrência do ilícito contratual, que se materializa através do
inadimplemento ou da mora, A regra geral fundamental nessa matéria está no art. 475
do Código Civil: ''A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do
contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos,
indenização por perdas e danos." A responsabilidade do contratante assenta no fato
de não ter cumprido o contrato, total ou parcialmente, dando causa a sua resolução.
Esta palavra vem do verbo resolver, que significa cortar, romper.
Tecnicamente, o termo indica o rompimento do contrato por fato imputável ao devedor.
As obrigações assumidas no contrato - não é demais repetir- devem ser fielmente
executadas.
Os demais pressupostos da responsabilidade contratual são os mesmos da
responsabilidade aquiliana: o dano e a relação de causalidade entre este e o
inadimplemento, reitere-se, apenas, que, no respeitante ao nexo causal, o nosso
Código Civil tem regra especificamente destinada a responsabilidade contratual. O
seu art. 403 (correspondente ao art. 1.060 do Código revogado) exige que entre a
inexecução e o dano haja urna relação direta e imediata. Ainda que a inexecução
resulte de dolo do devedor, reza o citado artigo, as perdas e danos só incluem os
prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato.
• Qual a relevância de mora e juros na responsabilidade civil
contratual?
A cláusula penal, por sua vez, tem por função principal prefixar a indenização
no caso de inexecução da obrigação ou de retardamento no seu cumprimento. E um
pacto acessório, de regra estipulado no próprio contrato principal - embora nada obste
a que seja convencionado em apartado (Código Civil, art. 409) -, pelo qual as partes
estimam previamente as perdas e danos a serem ressarcidas por aquela que,
eventualmente, descumprir o contrato, total ou parcialmente.
Tem a vantagem de evitar a penosa tarefa de liquidar o dano, muitas vezes de
difícil demonstração, de sorte que a penalidade estabelecida na cláusula pode
ser exigida independentemente de comprovação de qualquer prejuízo.