Você está na página 1de 8

A Itália no Renascimento

O Renascimento

Renascença Italiana foi como ficou conhecida


a fase de abertura da Renascimento (ou
Renascença), um período de grandes
mudanças e conquistas culturais que ocorreram
na Europa, entre o século XV e o século XVI.
Este período marca a transição entre a Idade
Média e a Idade Moderna.
Surgem novos conceitos ligados ao
Humanismo, Naturalismo e Classicismo.
Quais as razões para ser em Itália?
Itália reunia, no século XV, condições que
favoreciam o desenvolvimento cultural:
- Era constituída por Estados autónomos. Entre
eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade:
todos pretendiam ter os mais belos palácios e
igrejas, os artistas e os pensadores mais
célebres.
- Abundam na Itália os vestígios da arte greco-
romana que viria a inspirar numerosos artistas.
Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros
guardavam cópias de muitas obras da
Antiguidade, que os intelectuais estudavam.
- Muitas cidades italianas tinham-se tornado
centros de comércio. Graças a essa
prosperidade, os grandes senhores nobres e Estados italianos no Renascimento
eclesiásticos e os ricos burgueses apoiavam os
escritores e os artistas.
Centro do Renascimento
A referência inicial é centrada na zona da Toscana, nas cidades
de Florença e Siena. Espalhou-se depois para o sul, tendo um
impacto muito significativo sobre Roma, que foi praticamente
reconstruída. Espalhou-se depois para o resto da Europa.

Vista de
Florença,
dita de la
Catena,
Museu de
Florença,
1470-1490
Florença era umas das mais
prósperas cidades italianas. Os
negociantes e financeiros,
apreciadores das belas artes,
criaram à sua volta um ambiente
favorável aos artistas.
Entre as famílias mais ricas de
Florença contavam-se os Médicis,
que acabaram por controlar o
governo da cidade e tornar-se
mecenas generosos. Sob o seu
governo, Florença transformou-se
na capital das artes: ali
trabalharam inúmeros arquitectos,
escultores e pintores famosos.
Florença, o berço do Renascimento
Os mais destacados
Surgiram os nomes mais destacados do
Renascimento e que influenciaram toda a
obra ocidental posterior: Leonardo da
Vinci (1452-1519) e Miguel Ângelo (1475-
1564).
Pintor, escultor, arquitecto, engenheiro e
cientista, Leonardo da Vinci foi
importante, principalmente, na pintura
onde introduziu o conceito de perspectiva
atmosférica. Miguel Ângelo, pintor,
escultor, arquitecto e poeta, transformou-
se em um dos maiores criadores que o
mundo já conheceu.
Arquitectura renascentista
A arquitectura do Renascimento
está bastante comprometida com
uma “visão de ver o mundo”
assente em dois pilares
essenciais: o Classicismo e o
Humanismo.
Basicamente utiliza formas
regulares e simétricas e está
assente na geometria,
proporcionalidade e na
perspectiva. Neste campo
destacam-se: Brunelleschi,
Donnato Bramante, Leon Battista
Alberti, Miguel Ângelo e Andre
Palladio.

Igreja de Santa Maria Novella, Alberti,


Florença, 1458-1470 (em cima)
Igreja de Santo Spirito, Brunelleschi,
Florença, 1458-1470 (em baixo)
Brunelleschi estabeleceu um sistema racional de raízes
matemáticas e geométricas. Deus manifesta-se nessas raízes.
Segundo este arquitecto, o quadrado e o círculo são as figuras
geométricas perfeitas que reflectem a superior perfeição de
Deus. A descoberta da perspectiva por Brunelleschi foi a
grande novidade da arquitectura renascentista.

Capella Pazzi, Brunelleschi, Florença

Você também pode gostar