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Sumário

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 2
Sobre a transcrição fonética ....................................................................................... 4
Como ocorre a transcrição fonética?........................................................................ 4
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 8

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INTRODUÇÃO

A transcrição fonética consiste em um sistema de símbolos que tem como


finalidade representar os sons da fala. No entanto, mais do que símbolos
que transcrevem vogais e consoantes de todas as línguas, a transcrição
fonética também apresenta outros fatores da pronúncia, como os acentos
e a tonicidade, por exemplo.

Além disso, ela se difere de região para região e de pessoa para pessoa,
isso porque ela simboliza os diferentes sotaques que existem.

O Alfabeto Fonético Internacional (referenciado pela sigla AFI e pela sigla


em inglês IPA, de International Phonetic Alphabet) é um sistema de
notação fonética composto por 157 caracteres, baseado no alfabeto
latino, criado em 1886 no projeto orientado pelo linguista francês Paul
Passy (Associação Fonética Internacional), com objetivo de ter uma
representação padronizada dos sons do idioma falado. O AFI é utilizado
por linguistas, fonoaudiólogos, professores e estudantes de idiomas
estrangeiros, cantores, atores, lexicógrafos e tradutores.

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O AFI foi projetado para representar apenas aquelas características da fala
que podem ser distinguidas no idioma falado: fonemas, entonação e a
separação de palavras e sílabas. Para representar características adicionais
da fala, como o ranger dos dentes, sigmatismo (língua presa) e sons feitos
com lábios leporinos, utiliza-se de um conjunto ampliado de símbolos,
chamados de extensões ao AFI.

Ocasionalmente letras ou diacríticos são adicionados, removidos ou


modificados pela Associação Fonética Internacional. A partir da alteração
mais recente em 2015, existem 107 letras, 52 diacríticos e quatro marcas
de prosódia no AFI.

Os símbolos do alfabeto fonético internacional são divididos em três


categorias: letras (que indicam os sons básicos), diacríticos (que
especificam mais esses sons básicos) e suprassegmentais (que indicam
características, como velocidade, tom e acento tônico). Essas categorias
são divididas em seções menores: as letras podem ser vogais ou
consoantes e os diacríticos e suprassegmentais são classificados de acordo
com o que indicam: articulação, fonação, tom, entonação ou acentuação
tônica.

Uma transcrição fonética é um método mais ou menos formalizado de


transcrever os sons de uma ou várias línguas.

Esta transcrição normalmente se aproxima de maneira padrão de


pronunciar determinada língua. As variantes dialetais e individuais são
dificilmente representadas na transcrição. As variantes de uma mesmo
fonema (alofonia) são quase nunca representados. Alfabetos especiais
como o alfabeto fonético internacional foram criados para realizar
transcrições.

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Sobre a transcrição fonética

Os símbolos fonéticos são determinados pelo IPA – The International


Phonetic Alphabet, que, em tradução livre, significa Alfabeto Fonético
Internacional. Eles estão diretamente associados com as letras do
alfabeto, com algumas exceções.

Na transcrição fonética, os símbolos são escritos entre colchetes, a


utilização do til indica a nasalização da vogal, e o uso do apóstrofo antes
de uma sílaba faz referência a sua tonalidade.

Por intermédio das transcrições, é possível visualizar melhor a fala, com a


utilização de seus sinais gráficos próprios. Além disso, elas permitem que
o professor alfabetizador reflita melhor sobre os conflitos entre a fala
(pronúncia) e a escrita (ortografia).

Como ocorre a transcrição fonética?

Por meio da utilização dos símbolos do alfabeto fonético, os sons


transcritos são apresentados dentro de colchetes.

Um exemplo disso, é a transcrição fonética das palavras do dialeto


mineiro: mala *ˈmalə], moça *ˈmosə+ e moço *ˈmosʊ+, mole *ˈmɔlɪ]. Nesses
casos, o símbolo (ˈ) representa a sílaba tônica de cada uma das palavras.

Como é possível notar, a transcrição fonética representa as falas de modo


mais direto, ou seja, em relações às quais cada símbolo caracteriza um
som ou fone da língua. Por essa razão, há pronúncias diferentes para uma
palavra que na ortografia se escreve de uma única forma.

Para exemplificar, podemos citar a palavra “dia”. Existe uma única


maneira de escrevê-la, mas há, pelo menos, duas formas para a sua

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transcrição fonética. Observe: a transcrição *ˈdʒiə], para a pronúncia
“djia”, falada no estado do Rio de Janeiro e a transcrição *ˈdiə], falada em
Campinas (SP).

Desse modo, a transcrição fonética auxilia na visualização de uma fala de


uma maneira mais eficiente, por meio do uso de sinais gráficos próprios.

Representação dos principais sons vocálicos:

[a] – som á – pá, pato.

[ɐ] -som ã – dama, cama.

[ɛ] – som é – pé, metro, credo.

[e] – som ê – medo, dedo, cedo.

[i] – som i – ir, vir, sede.

[ɔ] – som ó – cola, coca, moda.

[o] – som ô – morrer, correr.

[u] – som u – uva, vodu, pato.

[j] – semivogal i nos ditongos – pai, país, leite.

[w] – semivogal u nos ditongo – céu, cruel.

Representação dos principais sons consonantais

[b] – som b – barco, banana, beijo.

[p] – som p – pedágio, pato, pé.

[t] – som t – temporal, tombo, tijolo.

[tʃ] – som t africado – tingimento, tipo, tintura.

[d] – som d – dedo, dia, dado.

*dƷ+ – som d africado – dia, dinheiro, dica.

[k] – som c e qu – canal, colcha, queijadinha, quitute.

[g] – som g e gu – galo, gato, guilhotina, guerrilha.

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*Ʒ+ – som j – jeito, hoje, viagem, jiboia.

[f] – som f – fato, faca, fome.

[v] – som v – vaso, vida, volta.

[s] – som s – sapato, sala, cínico, cereja.

[z] – som z – zebra, amizade, camiseta, camisa.

[r] – som rr – torre, carro, rato.

[ɾ] – som r entre vogais – faro, caro.

[m] – som m – mamãe, medo, malvada.

[n] – som n – nada, neve, nuca.

[ɲ] – som nh – linha, minha, ganho.

[ʃ] – som ch – chuva, cheio, chave, feliz.

[l] – som l – luta, limbo, lado

[ʎ] – som lh – cedilha, velha, mulher

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CONCLUSÃO

Quando fazemos transcrição usamos os símbolos do Alfabeto Fonético

Internacional. Eis os encontrados na representação do português.

Vogais orais = /a/ /'/ /e/ /i/ /n/ /o/ /u/

 /‹ / (usamos este símbolo para o a átono fi nal das palavras)

Vogais nasais = /ã/ / / / / /õ/ / /

 Consoantes oclusivas = /p/ /b/ /t/ /d/ /k/ /g/


 Consoantes fricativas = /f/ /v/ /s/ /z/ /5/ /</
 Consoantes nasais = /m/ /n/ /Õ/
 Consoantes laterais = /l/ /”/
 Consoantes vibrantes = /4/ /]/

semivogais = /+/ /7/

 /×/= o r mútiplo antes de vogal ou com consoante sonora.


 /J/= o r mútiplo fi nal ou antes de consoante surda

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/16405410102012Fonologia_d
a_Lingua_Portuguesa_Aula_4.pdf
 https://www.normaculta.com.br/transcricao-fonetica/
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_internacional
 https://www.clubedoportugues.com.br/transcricao-fonetica/

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