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O Corpo Narrador Possibilidades Narrativ
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JORNADA DE PESQUISA EM ARTE UNESP PPG IA 399
3ª EDIÇÃO INTERNACIONAL
ANAIS 2019
RESUMO
Este artigo apresenta uma leitura de gênero sobre a história da arte para questionar como
as limitações ao acesso à prática do desenho de observação de modelo vivo contribuíram
para exclusão das artistas mulheres das páginas desta história. Em seguida, trago algumas
reflexões levantadas pela prática do coletivo ColabMov para argumentar que a prática
contemporânea do desenho de observação de modelo vivo pode contribuir para o
questionamento das narrativas hegemônicas sobre o corpo. Ao contestar a dicotomia objeto
de representação/artista produtor de cultura, abrem-se espaços para a construção de novas
narrativas de mulheres artistas nas artes visuais.
PALAVRAS-CHAVE
Artes visuais. Modelo vivo. Estudos de gênero. Feminismo.
ABSTRACT
This article presents a genre perspective to art history, approaching the limitations to the
access to the practice of the drawing of observation of alive model as contributor to the
exclusion of the female artists from the pages of this story. I present some reflections built in
the practice of the collective ColabMov to argue that the contemporary practice of live
modeling drawing can contribute to question hegemonic narratives about the body. When
challenging the dichotomy object of representation / artist-producer of culture, we open space
for the construction of new narratives of female artists in the visual arts.
KEYWORDS
Visual arts. Live modeling. Gender studies. Feminism.
JORNADA DE PESQUISA EM ARTE UNESP PPG IA 400
3ª EDIÇÃO INTERNACIONAL
ANAIS 2019
JORNADA DE PESQUISA EM ARTE UNESP PPG IA 2019 – 3a edição internacional
Introdução
Como aponta Talita Trizoli (2018), desde a modernidade o corpo aparece como uma
força motriz da arte, existindo como “um lugar de depósito de afetos, expectativas ou
mesmo suporte de intervenções poéticas e críticas”, agindo como dispositivo
poético, potencializador e problematizador, de tal forma que “a experiência do corpo,
seus atravessamentos, limites e distensões discursivas advêm como um dos
fundamentos do contemporâneo” (TRIZOLI, 2018: 28).
1
Para mais sobre este assunto, ver: DERDYK, Edith. Disegno. Desenho. Desígnio, São Paulo:
Editora Senac, 2007.
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3ª EDIÇÃO INTERNACIONAL
ANAIS 2019
que tal fato não se deve nem à falta mulheres envolvidas nos primeiros movimentos
modernos nem a uma suposta falta de relevância e influência das artistas mulheres
existentes. Pollock entende que a história da arte modernista é uma tradição
seletiva, que normaliza como o único modernismo possível um conjunto específico e
generificado de práticas (POLLOCK 1998: 75). Ela afirma que as mulheres, a arte e
a ideologia devem ser estudadas como relações variáveis e imprevisíveis, e a
história da cultura das mulheres deve ser investigada em suas descontinuidades e
especificidades. Mostra-se necessário demonstrar e incluir as dificuldades das
experiências das mulheres imersas em uma cultura dominada pelas tecnologias
masculinas para conseguir analisar historicamente a produção artística realizada por
elas, repensando as instituições e desnaturalizando a hierarquia social entre os
gêneros.
Como afirmou Linda Nochlin no fundamental artigo "Por que não existiram grandes
artistas mulheres?" (1971), é preciso analisar as condições sociais que bloquearam
e bloqueiam a possibilidade de mulheres se inserirem como produtoras no campo da
arte, buscando esclarecer as limitações e entraves que estas encontram
historicamente em sua formação artística. No artigo, publicado originalmente na
2
revista estadunidense ArtNews, em 1971 , a autora questiona metodologias da
história da arte que baseiam sua narrativa na afirmação do artista como um “gênio
criador”. Nochlin vai apontando as condições desiguais que homens e mulheres
artistas encontram em seu aprendizado artístico e em suas práticas criativas,
expondo também o julgamento diferenciado dado a obras que apresentam atributos
supostamente “femininos”. Demonstrando que a noção idealizada do artista “gênio”
contém em si uma certa visão política da arte, a autora reivindica uma mudança de
paradigmas, procurando construir uma análise crítica e plural da cultura.
2
O artigo foi traduzido para o português em somente 2016 por Juliana Vacaro, e publicado pela
Edições Aurora.
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A permissão para ingressar nas academias de arte e se profissionalizar foi por muito
tempo negada às mulheres; quando foram finalmente aceitas, sua inclusão se deu
lentamente e com muitas dificuldades. O Liceu de Artes e Oficios do Rio de Janeiro
(criado no ano de 1856), por exemplo, só abriu a possibilidade de mulheres se
matricularem a partir de 1882. Mas mesmo quando foram autorizadas a se matricular
nos cursos regulares, os tratamentos reservados às alunas eram muito diferentes do
dispensado aos seus colegas homens.
3
Para mais sobre o assunto, ver: PEVSNER, Nikolaus. Academias de Arte: passado e presente. São
Paulo: Companhia das Letras, 2a edição. 2005.
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Por outro lado, os corpos das mulheres não eram totalmente vetados do ambiente
acadêmico. Na posição de modelos, as mulheres sempre foram bem-vindas – seus
corpos sendo inclusive imprescindíveis para o desenvolvimento desta habilidade
artística considerada “fundamental” para o desenvolvimento do gênio artístico, como
4
nos mostram os abundantes nus femininos da arte moderna . Em que se baseia,
então, esta diferenciação? Por que o corpo enquanto objeto é bem-vindo, e o corpo
observante é vetado? Quem eram estas mulheres cujos corpos eram utilizados
como disparadores para a criação de obras de arte e o desenvolvimento técnico?
Seria possível uma outra leitura, onde estas mulheres que participaram das sessões
de modelo vivo também seriam consideradas sujeitos atuantes na criação?
4
Em 1989, o coletivo anônimo Guerrila Girls fez um levantamento que constatou que menos de 5%
dos artistas na sessão de arte moderna do Metropolitan Museum of Art eram mulheres, mas 85% dos
nus eram femininos. Esta pesquisa culminou no outdoor “Do women have to be naked to enter the
MET Museum?”
JORNADA DE PESQUISA EM ARTE UNESP PPG IA 405
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(MAYAYO, 2003: 21). Partindo desta compreensão que os corpos de mulher foram
historicamente confinados ao lugar subalterno de objetos, Loponte identifica na
cultura ocidental um repertório visual baseado em uma “pedagogia visual do
feminino como objeto de contemplação” (LOPONTE, 2002: 152), de forma que a
tradição visual ocidental se remete sempre a um “feminino idealizado”, passivo e
belo. Loponte afirma que o imaginário artístico ocidental tem a tendência de
hipersuavizar a mulher, colocando-a como objeto da representação masculina. Este
tipo de representação, simultaneamente, exclui a possibilidade de a mulher se ver
atuante na criação artística:
Neste contexto, a mulher não está autorizada a olhar para si mesma e deve se
contentar a entender-se pelo olhar do outro. Como lembra Griselda Pollock, “[...] as
mulheres não usufruíram da liberdade de estarem incógnitas na multidão. Nunca se
posicionaram como ocupantes do domínio público. Não tinham o direito de olhar,
fitar, examinar ou observar” (POLLOCK, 2011: 59).
Segundo esta linha de análise, o estudo da arte sob um viés de gênero não se limita
a adicionar os nomes de artistas mulheres esquecidas às listas e livros de história da
arte, mas sim “redefinir os objetos que estudamos, as teorias e métodos que
utilizamos para a produção e leitura de práticas artísticas e culturais (Pollock, 2003:
XXVII):
Seria possível mudar este paradigma e pensar a modelo não como um corpo
passivo, mas sim como uma artista que performa? O que acontece quando, ao invés
de pensarmos no processo de criação de uma obra a partir do desenho de
observação de modelo vivo como um exercício de um artista que capta e registra a
“essência” de uma situação, deslocarmos nosso olhar para este exercício como a
construção coletiva de uma obra de arte? Seria possível entender o desenho de
observação como um processo de colaboração entre dois artistas, um que propõe
corporalmente uma narrativa e outro que traz o olhar que a traça?
Ao se ver como artista e modelo, o/a participante expande seus limites perceptivos e
passa a entender sua produção artística e também seu próprio corpo de outra forma. As
propostas surgem como provocações para que cada um pense as suas necessidades e
prática do desenho é
desejos, identificando seus próprios caminhos criativos. A
utilizada como provocação não só para identificar e reconhecer caminhos artísticos
individuais, mas também para a reflexão a respeito dos significados assumidos por um
determinado corpo.
Conclusão
5
oficina é aberta para o público em geral, mas conseguimos aferir nestes oito anos de atividades
A
que mais mulheres do que homem se interessam pela experiência de se colocar como modelo.
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para pesquisas visuais, vendo na motivação da batalha com – e por – este corpo a
tentativa de obter uma voz ativa na própria existência e também na sociedade.
O exercício de olhar a modelo também como mulher artista prevê que esta tem o poder
de olhar para o próprio corpo e criar narrativas. O corpo aparece como fronteira do
discurso, se potencializando quando usado de forma a criar uma narrativa outra, que
contemple a artista/modelo como sujeito. Ao decidir que as narrativas sobre nossos
corpos nos pertencem, eles deixam de ser fracos ou débeis e tornam-se ágeis,
configurando-se então como ferramentas para este exercício de desterritorialização.
Pensar nas modelos como mulheres artistas implica a ideia de criação de uma narrativa
autoral com seu próprio corpo. A modelo/artista rompe com o paradigma da mulher
observada e passa a ser sua própria observadora, assumindo a investigação de seu
corpo como elemento constituinte e potencialmente disruptivo. Olhar-nos a nós mesmas
com nossos próprios olhos é também um ato político.
Quando nos debruçamos sobre a análise historiográfica da cultura por uma perspectiva
de gênero somos constantemente lembrados que a arte, assim como todos os outros
campos das ciências humanas, é um campo minado por relações de poder. A partir da
reafirmação da condição política de todas as palavras, ações e imagens – que, uma vez
que são produzidas por um sujeito específico, trazem uma visão específica da cultura –
as reflexões aqui apresentadas procuram apresentar uma perspectiva que sugira novos
caminhos para as práticas e para o próprio ensino da arte que escapem dos perigos da
6
história única .
Ao ser utilizado por si própria como ferramenta para a construção de uma obra de arte,
o corpo da mulher deixa de pertencer somente à esfera privada e passa para a esfera
pública. Cruzar esta fronteira é também um ato de transgressão às narrativas
hegemônicas, uma vez que o espaço público sempre foi generificado de tal forma que o
corpo da mulher nunca teve, de fato, a permissão para ocupá-lo. Tomar o corpo como
6
Para mais, ver: ADICHIE, Chimamanda. O perigo da História Única. Palestra proferida no TED Taks
Global, 2009.
JORNADA DE PESQUISA EM ARTE UNESP PPG IA 409
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REFERÊNCIAS
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HOBSBAWM, ERIC J. Tempos fraturados. Tradução: Berilo Vargas. 1ª. edição. São Paulo:
Companhia das Letras, 2013.
POLLOCK, Griselda. Vision and difference: feminism, feminity and the histories of art. New
York: Routledge, 2003.
POLLOCK, Griselda. “Modernity and the spaces of feminity”. In: Mirzoeff, Nicholas (ed.). Visual
culture reader. London, New York: Routledge, 1998. pp. 74-84.
SIMIONI, Ana Paula Cavalcanti. Profissão Artista: pintoras e escultoras acadêmicas brasileiras.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP, 2008
WOLF, Naomi. O mito da beleza: Como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres.
Editora Rosa dos Tempos, 1991.
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CURRICULO
J82a Jornada de Pesquisa em Arte PPG IA- UNESP (3. 2019 : São Paulo, SP)
Anais da III Jornada de Pesquisa em Arte UNESP PPG IA 2019:
REV OL VER pontos e contrapontos da resistência: o papel da arte
no devir. / Organização: Agnus Valente, Grupo de Pesquisa Poéticas
Híbridas (IA/UNESP/CNPq), et al; coordenação: Agnus Valente. - São
Paulo : Universidade Estadual Paulista, Instituto de Artes, 2019.
1825 f.
Edição Internacional
Evento realizado de 08 a 16 de outubro de 2019 no Instituto de
Artes da UNESP, SP
ISBN
1. Arte e tecnologia. 2. Artes visuais. 3. Artes cênicas. 4. Arte e
Educação. 5. Música. I. Valente, Agnus. II. Grupo de Pesquisa Poéticas
Híbridas (IA/UNESP/CNPq). III. Universidade Estadual Paulista, Instituto
de Artes. IV. Título.
CDD 701.03
INSTITUTO DE ARTES
DIRETORA
Profa. Dra. Valerie Ann Allbright
VICE-DIRETOR
Prof. Dr. Wagner Francisco Araújo Cintra
COORDENADOR PPG ARTES
Prof. Dr. Agnus Valente
COORDENADORA PPG MÚSICA
Profa. Dra. Margarete Arroyo
DM – DEPARTAMENTO DE MÚSICA
Prof. Dr. Luiz Britto Passos Amato
JORNADA DE PESQUISA EM ARTE
UNESP PPG IA 2019
3ª EDIÇÃO INTERNACIONAL
ORGANIZAÇÃO
Prof. Dr. Agnus Valente; Grupo de Pesquisa Poéticas Híbridas (IA/UNESP/ CNPq)
e Corpo Discente PPG ARTES, PPG MÚSICA, PROFARTES e DINTER (UNESP)
COMITÊ CIENTÍFICO-ARTÍSTICO
Prof. Dr. Abel Rocha, Prof. Dr. Agnus Valente, Prof. Dr. Alberto T. Ikeda,
Prof. Dr. Alexandre Francischini Ale, Prof. Dr. Alexandre Lunsqui, Prof. Dr. Alexandre
Rosa, Prof. Dr. Andrés I. M. Hernández, Profa. Dra. Anna Claudia Agazzi,
Profa. Dra. Ana Lucia Calzavara, Profa. Dra. Carminda Mendes André,
Profa. Dra. Carolina Marielli Barreto, Profa. Dra. Carolina Romano de Andrade,
Profa. Dra. Claudia Fazzolari, Profa. Dra. Claudia Garrocini, Profa. Dra. Daniela
Santos de Farias, Profa. Dra. Danieli Verônica Longo Benedetti, Profa. Dra. Denise
Pereira Rachel, Profa. Dra. Elizabeth Garavito, Prof. Dr. Fabio Oliveira Nunes,
Profa. Dra. Fabíola Alves, Profa. Dra. Fabiola B. Notari, Profa. Dra. Fabíola Cristina
Alves, Profa. Dra. Fernanda Carolina Armando Duarte, Profa. Dra. Fernanda
Cristina Martins Pestana, Profa. Dra. Flavia Leme de Almeida, Profa. Dra. Flávia
Ruchdeschel D’ávila, Prof. Dr. Giuliano Tierno de Siqueira, Profa. Dra. Graziela Bortz,
Prof. Dr. Gustavo Torrezan, Profa. Dra. Iracele Vera Lívero de Souza, Profa. Dra. Iveta
Maria Borges Ávila Fernandes, Prof. Dr. Jean-Jacques Armand Vidal, Prof. Dr. João
Eduardo Hidalgo, Prof. Dr. João Wesley de Souza, Profa. Dra. Joedy Luciana
Barros Marins Bamonte, Prof. Dr. José Paiani Spaniol, Prof. Dr. José Soares das
Chagas, Profa. Dra. Josette Maria Alves de Souza Monzani, Prof. Dr. Kleber Silva,
Profa. Dra. Lilian Freitas Vilela, Profa. Dra. Lúcia R. V. Romano, Profa. Dra. Lucia
Regina Vieira Romano, Profa. Dra. Lúcia Regina Vieira Romano, Profa. Dra. Luciana
de Fatima Rocha Pereira de Lyra, Profa. Dra. Lucila Tragtenberg, Prof. Dr. Luiz
Eduardo Frin, Prof. Dr. Márcio Benchimol Barros, Prof. Dr. Marcos Pupo Nogueira,
Profa. Dra. Margarete Arroyo, Prof. Dr. Mário Videira, Profa. Dra. Monica Tinoco,
Prof. Dr. Nardo Germano (Arnaldo Valente Germano da Silva), Prof. Dr. Omar
Khouri, Prof. Dr. Otavio Fabro Boemer, Prof. Dr. Paulo Camillo de Oliveira Penna,
Prof. Dr. Paulo Castagna, Prof. Dr. Pedro Haddad Martins, Prof. Dr. Pio de Sousa
Santana, Profa. Dra. Rafaela de Moura Jemene, Profa. Dra. Raquel Castilho Souza,
Profa. Dra. Rejane G Coutinho, Profa. Dra. Renata Kely Silva, Profa. Dra. Renata
Pelloso Gelamo, Profa. Dra. Renata Ribeiro Dos Santos, Prof. Dr. Ricardo
Bezerra de Albuquerque, Profa. Dra. Rita Bredariolli, Profa. Dra. Rosemeri Birck,
Prof. Dr. Sergio Romagnolo, Profa. Dra. Silvia Helena Cardoso, Profa. Dra. Simone
Carleto, Profa. Dra. Talita Esquivel, Profa. Dra. Tatiana Giovannone Travisani,
Profa. Dra. Tatiane de Oliveira Elias, Profa. Dra. Valeria Peixoto de Alencar,
Profa. Dra. Valquiria Prates, Profa. Dra. Wânia Mara Agostini Storolli
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO GERAL
Prof. Dr. Agnus Valente (Agnaldo Valente Germano da Silva) (UNESP)