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O trono de Salomão.

Toda a maçonaria universal, portanto, independente do rito praticado, ela é toda


baseada na simbologia do primeiro Templo erguido na terra e em glória a um
Deus, cuja edificação foi erguida sobre o monte de Sião.

Como poucos falam sobre Sião, fora da leitura do versículo 133 quando por
ocasião da abertura da loja no REAA, então vou dedicar um tempinho falando
sobre ele, monte de Sião, pois que esta palavra tem vários significados, vinda das
escrituras sagradas, com a tradução do hebreu para o grego, depois para o latim e
daí para o português, onde significa literalmente, puro de coração.

Agora com a tradução do nome deste monte para o português, significaria, puro
de coração, porém como as palavras próprias não são traduzidas temos de
pronunciar como Monte de Sião.

O nome “Sião” originalmente designava um monte fortificado localizado no


sudeste de Jerusalém e primariamente foi uma fortaleza jebusita localizada na
extremidade da montanha que foi tomada pelo rei Davi, quando e desde então,
passou a ser chamada de cidade de Davi.

A maçonaria usa como leitura de abertura da loja o versículo 133, mas vejam o
que está errado aqui no versículos 133.3 onde diz assim: Como o orvalho de
Hermom, que desce sobre os montes de Sião, etc etc, porém como pode o orvalho
do monte hermom, que aliás é a fonte de água de Israel e o nascedouro do
misterioso rio Jordão, estando esse monte a aproximadamente 300 km de
distância do monte de Sião, como pode o orvalho do Hermom descer sobre Sião.
Alguém pode me explicar isso, caso não considerem um equívoco bíblico?

Enfim para depois entrar no assunto trono de Salomão, eu falei do misterioso rio
Jordão porque no mundo ele é único, tanto que ao desaguar no mar morto, ele o
faz a 600 metros abaixo do nível do mar, como pode isso, não sei, mas é assim
misteriosamente e ainda assim, ao longo de milênios o mar morto vem secando e
tendo suas águas cada vez mais salgadas, daí o nome, mar morto, portanto sem
vida.

Perdoem-me pelo desvio de objetivo, então vamos ao trono de Salomão que é um


assento cerimonioso e destinado a mandatários como reis, bispos, papas e
denomina-se trono, por ser de uso exclusivo de uma dessas dignidades e de lá
trouxemos para a maçonaria com o denominativo e significado de trono de
Salomão, que por sua vez é destinado exclusivamente para assento do Venerável
Mestre.

Esta cadeira com este designativo de trono de Salomão sempre é um mobiliário


mais elaborado, mais distinto devido a sua exclusividade.

Como quase tudo em maçonaria, a Cadeira de Salomão tem um valor


essencialmente simbólico, tanto que integra, conjuntamente, com o malhete de
Venerável e a Espada Flamejante formando o conjunto de artefatos que
simbolizam o poder numa Loja maçônica.
O trono de Salomão destina-se, pois, tal como os outros dois artefatos referidos, a
ser exclusivamente utilizada pelo detentor do Poder na Loja, portanto esse nome
pomposo significa uso exclusivo de alguém e no caso o Venerável Mestre que é
personificado pela sabedoria, prudência e Justiça.

Quem se senta naquela cadeira dispõe, nesse momento, do poder de dirigir, de


decidir, de escolher o quê, e como se fará em Loja, pois que em maçonaria é regra
de ouro, ainda que não escrita, mas subentendida, que não se contraria não se
censura as determinações dessa autoridade.

A Cadeira de Salomão é, pois, o lugar destinado ao exercício do Poder em Loja,


com Sabedoria e Prudência. Sempre com a noção de que ele Venerável Mestre
não é dono de qualquer Poder, que só se mantém temporariamente nessa
condição como tendo sido escolhido pela maioria dos irmãos.

Vou finalizar, mas não, antes de dizer que o Venerável Mestre durante o seu
veneralato, sequer verifica se a sua cadeira é confortável ou não, isso é o que ele
menos observa, haja vista do porquê sobre seus ombros recai um peso elefantino.

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