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EXERCÍCIO AULA DE MONOGRAFIA – PROF.

BRUNO PASQUA

NOME:

1- Grife em verde toda parte do texto que você identifica como apresentação ao leitor

2- Grife em rosa toda parte do texto que você identifica como uma apresentação
panorâmica com evidências científicas do assunto tratado ao leitor

3- Cite quais são os parágrafos de ENQUADRAMENTO:

4- Cite qual ou quais são os parágrafos de OBJETIVO:

1 Introdução

O tratamento de escolha para pacientes portadores de deficiência transversal da


maxila e mordida cruzada posterior é a expansão rápida da maxila (ERM). Este
tratamento deve ser realizado o mais cedo possível, pois, caso estas características
sejam mantidas, podem ocorrer desvios no crescimento facial que resultam em
comprometimento estético e funcional do paciente (Interlandi., 2002; Proffit et al.,
2007). Apesar da ERM ser consagrada na literatura como um procedimento seguro e
eficaz (Wertz, 1970; Haas, 1965; Haas,1980), alguns efeitos colaterais podem ser
observados, tais como: reabsorção da cortical vestibular dos dentes posteriores,
inclinação dentária e reabsorção radicular (Odenrick et al., 1991; Erverdi et al., 1994;
Garib et al., 2005; Baysal et al., 2012; Dindaroğlu e Doğan, 2012).

O Hyrax híbrido foi idealizado com o objetivo de minimizar estes efeitos


colaterais dentários e aumentar os efeitos esqueléticos para aqueles pacientes que
ainda estão em fase de crescimento (Wilmes e Drescher, 2008). Este dispositivo possui
apoio híbrido (dentoesquelético), sendo o apoio esquelético realizado por dois
dispositivos de ancoragem temporários (DATs) na região anterior da maxila, e o apoio
dentário realizado por meio de bandas nos dentes 16 e 26. Estudos têm demonstrado
algumas vantagens deste dispositivo em relação aos dispositivos convencionais
(dentossuportados ou dentomucossuportados), tais como: menor inclinação vestibular,
redução da cortical vestibular nos dentes posteriores, maiores efeitos esqueléticos
nasomaxilares e melhor resolução da obstrução nasal (Wilmes et al, 2010; Gunyuz et
al, 2015, Kayalar et al, 2016;

Para que os resultados sejam satisfatórios, tanto para o Hyrax híbrido, como
para o MARPE, existem alguns critérios que devem ser considerados, tais como:
posicionamento dos mini-implantes, região de instalação, análise da anatomia
individual de cada paciente, reconhecimento de variações anatômicas. Dessa forma, a
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) se faz fundamental para
realização do planejamento destas técnicas, pois possibilita uma avaliação anatômica
completa da região do complexo nasomaxilar, onde estão localizadas estrutura
importantes (André, 2020). Além disso, por meio da mensuração da espessura óssea
feita a partir das imagens da tomografia, é possível realizar o cálculo da inserção
bicortical e sobra de rosca dos mini-implantes (André, 2018). Isto é de extrema
importância, uma vez que o posicionamento bicortical dos mini-implantes permite uma
distribuição mais ampla das forças da expansão, evitando a concentração de áreas de
stress ao redor dos mini-implantes, proporcionando melhores efeitos esqueléticos (Lee
et al, 2017, Li et al, 2020).

Com o advento da tecnologia, foi introduzida uma nova técnica, que não
somente planeja, mas que reproduz a instalação virtual de todo o aparelho,
proporcionando precisão, reprodutibilidade, e segurança á estas técnicas. O
planejamento digital guiado consiste em uma instalação digital tridimensional, que
compreende o posicionamento dos mini-implantes específicos para a técnica Hyrax
híbrido e MARPE, assim como o próprio parafuso expansor. Para suprir a falha das
técnicas de planejamento descritas anteriormente, é criado um guia que reproduz esta
instalação digital (Maino et al, 2016; DeGabriele et al, 2017; André, 2019; Lombardo et
al, 2019; Cantarella et al, 2020, Lo Giudice et al, 2020, André, 2020, Pasqua e Cardoso
2021, André et al, 2021).

Por meio da sobreposição do arquivo do escaneamento digital intra-oral (STL) e


da TCFC (DICOM), é possível escolher com precisão e segurança o local correto para
o posicionamento dos mini-implantes, e do parafuso expansor, além de avaliar
individualmente e de maneira tridimensional as estruturas do complexo nasomaxilar.
Dessa forma, as chances de insucesso se tornam reduzidas com a técnica MARPE,
pois é possível selecionar o tamanho e sobra de rosca de cada de mini-implante e
ainda prever com acurácia a trajetória destes mini-implantes (Maino et al, 2016;
DeGabriele et al, 2017; André, 2019; Lombardo et al, 2019; Cantarella et al, 2020, Lo
Giudice et al, 2020, André, 2020, Pasqua e Cardoso 2021, André et al, 2021). Sendo
assim, evita-se lesionar estruturas anatômicas importantes, mesmo nos casos mais
complexos de variações anatômicas. Isso aumenta a segurança da técnica, bem como
as chances de sucesso.

O objetivo do presente estudo é apresentar e discutir a literatura publicada até


então sobre as indicações, resultados apresentados e eficácia do planejamento digital
guiado associado à ERM.

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