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O tempo virou e ela aparece: a dor de garganta. Que sintoma mais chato, não é mesmo?

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, há muitas causas para que ele possa
aparecer, e vão bem além de uma simples mudança na temperatura.

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Se você é do tipo que vive com a garganta inflamada, veio ao lugar certo! Ao longo do
nosso conteúdo, vamos explicar quais são as principais causas desse problema, além de
ajudar você a entender como ele pode ser tratado.

Venha com a gente tirar as suas dúvidas sobre esse problema tão desagradável e que,
infelizmente, prejudica a nossa qualidade de vida. Boa leitura!

O que é garganta inflamada?

Garganta inflamada é um sintoma gerado, como o nome indica, pela inflamação na região
da garganta. Esta, por sua vez, compreende estruturas como a faringe, a laringe e as
amígdalas. Sendo assim, qualquer uma delas pode ser afetada e trazer sintomas bem
parecidos.

Por conta disso, ao contrário do que se imagina, a garganta inflamada não é uma doença.
Ela é, na verdade, um indicativo de que algo está errado com o seu organismo, um sinal
de que há uma inflamação em curso.

Quais são as principais causas desse


problema?

A principal causa de dor na garganta e, consequentemente, da sua inflamação é a gripe e


o resfriado. Essas infecções virais fazem com que todo o sistema respiratório fique
comprometido, podendo ou não causar danos também em estruturas como a faringe e a
laringe.

Além disso, outras doenças — como a amigdalite, a rinite, a Covid-19 e a sinusite —


podem afetar essa região. Mas isso não é tudo, já que traumas — machucados —, uso
excessivo da voz e outras situações também podem gerar essa inflamação.

E os sintomas mais comuns?

O principal sintoma da garganta inflamada é, sem dúvidas, a dor. Normalmente, ela


começa como uma irritação, ou seja, uma sensação estranha que temos ao engolir. Em
algumas horas ou dias, evolui para uma dor aguda, que pode até mesmo impedir que a
alimentação aconteça.

Mas isso não é tudo. Outros sintomas bem frequentes desse problema são:

● vermelhidão na garganta;
● pus na garganta;
● tosse, normalmente seca (sem catarro);
● diminuição do apetite;
● sede;
● sensação de boca seca;
● febre;
● ínguas na região lateral do pescoço.

É possível tratar a garganta inflamada?

Claro que sim! A inflamação na garganta é um problema completamente tratável. Na


maioria esmagadora dos casos, ele se resolve em alguns dias ou semanas com a
implementação de tratamentos com antibióticos (caso o problema tenha causa
bacteriana) e/ou anti-inflamatórios.

Em casos mais complexos, como os de amigdalite de recorrência (que sempre volta),


pode ser indicada a realização de uma cirurgia para remover essas estruturas. No
entanto, o procedimento é bem tranquilo e com uma recuperação bastante promissora.

Mas é claro que, até chegar nesse tipo de indicação, o seu médico vai tentar tratamentos
conservadores com o uso de medicamentos. Então, um passo de cada vez, tudo bem?

Por que não autodiagnosticar esse


problema?

O autodiagnóstico é sempre um problema, sendo também muito contraindicado no caso


de dores de garganta.

Como vimos, há muitas causas possíveis para esse problema, que podem ir desde uma
simples irritação passageira até uma questão mais séria e que exige a realização de
tratamento com antibióticos.

Por isso, você não deve se automedicar. Isso pode apenas mascarar o problema, fazendo
com que ele volte depois com força total e, quem sabe, até mesmo causando a
necessidade da realização de uma cirurgia. Cuidado!
Quando devo procurar o médico?

O médico deve ser procurado sempre que você se sentir desconfortável com algum
sintoma. Caso você queira esperar um pouco, tudo bem. Algumas dores de garganta são
apenas pontuais e se resolvem tranquilamente no decorrer do dia. Então, você pode
tentar algumas iniciativas por umas 24 horas antes de buscar atenção médica.

Caso os sintomas não parem ou até mesmo piorem após esse período, não espere mais.
É provável que você precise de medicamentos, e adiar isso só fará com que o seu
tratamento precise ser ainda mais longo.

Por que as crianças são mais afetadas?

Muitas vezes, temos muitos problemas com a garganta quando somos crianças e, em
alguns casos, eles deixam de acontecer com tanta frequência após a adolescência.

Isso acontece por uma combinação entre a imunidade infantil e algumas particularidades
da saúde dos pequenos. Eles, por exemplo, têm um sistema imunológico mais fraco, que
ainda está se adaptando a todos os agentes causadores de doenças do dia a dia.

Além disso, as crianças são muito mais propensas a sofrer com questões como o refluxo
esofágico, que pode acabar trazendo a sensação de dor de garganta.

No entanto, esse não é um problema exclusivo da criançada e pode ser algo que persiste
mesmo na vida adulta. De qualquer forma, é sempre importante consultar um médico que
poderá guiá-lo no tratamento adequado dos pequenos.

O que fazer para aliviar o desconforto?

Enquanto você espera para ir ao médico, é possível fazer algumas coisas para aliviar o
desconforto. No entanto, não se engane: essas medidas não substituem a visita ao
consultório, ok? Elas são apenas utilizadas para amenizar a dor por um breve período.

As dicas são:

● faça inalação, para que a sua garganta fique hidratada;


● beba bastante água;
● invista em alimentos e líquidos quentes, que aliviam a dor;
● repouse, evitando falar muito;
● prefira alimentos líquidos ou pastosos;
● faça uso de pastilhas que deixem a região da garganta “anestesiada”, reduzindo o
desconforto.
Como podemos ver, a garganta inflamada é um sintoma que pode estar relacionado a
várias causas. Independentemente de qual seja, há tratamento! Por isso, é importante que
você busque sempre o auxílio de alguém que entenda sobre o assunto para que a melhor
terapia seja prescrita para o seu caso.

Antes de ir, confira o nosso post sobre os cuidados com a voz! Afinal, a saúde de nossa
garganta e a qualidade da voz estão intimamente interligadas. Boa leitura!

Revisão técnica: Marcelo Costa Batista, pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein
e professor associado livre-docente da disciplina de nefrologia da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp).

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