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TREINAMENTO DOS MEMBROS DA CIPA

MC CONSTRUTORA E TOPOGRAFIA LTDA

TREINAMENTO DOS MEMBROS


TITULARES E SUPLENTES 2015

CIPA
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

MC CONSTRUTORA E TOPOGRAFIA LTDA


CNPJ: 02.351113/0001-67
CNAE : 41.20-4 – CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
GRUPO: C-18a - CONSTRUÇÃO
GRAU DE RISCO – 3
VOTUPORANGA - SP

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SUMÁRIO

MÓDULO I - CIPA

O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO?


SESMT
LEGISLAÇÃ O
OBJETIVO DO TREINAMENTO
O QUE É CIPA?
OBJETIVO DA CIPA
EMPRESAS QUE DEVEM CONSTITUIR CIPA
ORGANIZAÇÃ O DA CIPA
 CONSTITUIÇÃ O DA CIPA
 QUADRO DE MEMBROS DA CIPA
 PROCESSO ELEITORAL DA CIPA
 TREINAMENTO
ATRIBUIÇÕ ES DA CIPA
ATRIBUIÇÕ ES DO PRESIDENTE
ATRIBUIÇÕ ES DO VICE-PRESIDENTE
ATRIBUIÇÕ ES DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE EM CONJUNTO
ATRIBUIÇÕ ES DA SECRETÁ RIA
REUNIÕ ES DA CIPA
CIPEIRO
SIPAT

MÓDULO II – INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO

HIGIENE NO TRABALHO
OBJETIVO DA HIGIENE NO TRABALHO
O QUE ENVOLVE A HIGIENE NO TRABALHO?
É NECESSÁ RIO A EMPRESA TER O PROGRAMA DE SAÚ DE OCUPACIONAL?
QUAL A RELAÇÃ O ENTRE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO?
O QUE É ? EPI X EPC
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃ O INDIVIDUAL EPI
OBRIGAÇÕ ES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI:
OBRIGAÇÕ ES DO EMPREGADO QUANTO AO EPI:
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃ O COLETIVA – EPC
RISCOS AMBIENTAIS
RISCOS AMBIENTAIS / CLASSIFICAÇÃ O
 RISCOS FÍSICOS:
 RISCOS QUÍMICOS:
 RISCOS BIOLÓ GICOS:
 RISCOS ERGONÔ MICOS:
 RISCOS DE ACIDENTES
MAPA DE RISCO
 QUEM ELABORA?

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 OBJETIVO
 ETAPAS DE ELABORAÇÃ O
 GRAU DE RISCO
 EXEMPLO
INSPEÇÃ O DE SEGURANÇA
INSPEÇÕ ES QUE PODEM SER REALIZADAS
 INSPEÇÕ ES GERAIS
 INSPEÇÕ ES PARCIAIS
 INSPEÇÕ ES DE ROTINA
 INSPEÇÕ ES PERIÓ DICAS
 INSPEÇÕ ES EVENTUAIS
 INSPEÇÕ ES OFICIAIS
 INSPEÇÕ ES ESPECIAIS
PASSO A SEREM SEGUIDOS
 OBSERVAÇÃ O
 REGISTRO
 ANÁ LISES DE RISCOS
 PRIORIZAÇÃ O
 IMPLANTAÇÃ O
 ACOMPANHAMENTO
O QUE É ? DOENÇA DO TRABALHO X DOENÇA PROFISSIONAL
O QUE É DOENÇA DO TRABALHO?
O QUE É DOENÇA PROFISSIONAL?
O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO?
SÃ O ACIDENTES DO TRABALHO:
CONSEQUÊ NCIAS DO ACIDENTE
ACIDENTE DE TRABALHO. O QUE CAUSA O ACIDENTE DE TRABALHO?
O ACIDENTE DE TRABALHO DEVE-SE PRINCIPALMENTE A DUAS CAUSAS:
ATO INSEGURO
CONDIÇÃ O INSEGURA
IMAGENS (ATO INSEGURO X CONDIÇÃ O INSEGURA)
IMAGENS DE ACIDENTES DE TRABALHO
INVESTIGAÇÃ O E ANÁ LISE DOS ACIDENTES
CAT – COMUNICAÇÃ O DE ACIDENTE DE TRABALHO

MÓDULO III – PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

O QUE É FOGO?
O QUE É INCÊ NDIO?
ELEMENTOS DO FOGO
PROPAGAÇÃ O DO FOGO
CLASSE DE INCÊ NDIO
EXTINTORES DE INCÊ NDIO
COMO PROCEDER NO INCÊ NDIO
INCÊ NDIO

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MÓDULO IV – LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

O QUE É LEGISLAÇÃ O TRABALHISTA?


CLT - O QUE É ?
CLT – COMO SURGIU?
CLT – TERMOS
DÚ VIDA
O QUE É ? EMPREGADOR X EMPREGADO
 O QUE É EMPREGADOR?
 O QUE É EMPREGADO?
PROTEÇÃ O DO TRABALHO DA MULHER
PREVENÇÃ O DA FADIGA
QUAL A DIFERENÇA ENTRE INSALUBRIDADE X PERICULOSIDADE
 INSALUBRIDADE X PERICULOSIDADE
 INSALUBRIDADE
 REMUNERAÇÃ O DA INSALUBRIDADE
 PERICULOSIDADE
APOSENTADORIA ESPECIAL
CAT – COMUNICAÇÃ O DE ACIDENTE DE TRABALHO
ESTABILIDADE – ACIDENTE DE TRABALHO
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁ RIOS ACIDENTÁ RIOS
NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃ O DE RISCOS AMBIENTAIS
NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉ DICO DE SAÚ DE OCUPACIONAL
PROGRAMA DE CONDIÇÕ ES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚ STRIA DA CONSTRUÇÃ O
– PCMAT

MÓDULO V– NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

INTRODUÇÃ O
AÇÕ ES DO SOCORRISTA
INSOLAÇÃ O
DESMAIO
CRISE CONVULSIVA
FERIMENTOS – TIPOS
SANGRAMENTO
 SANGRAMENTOS EXTERNOS – O QUE FAZER
 SANGRAMENTOS INTERNOS
 SANGRAMENTOS NASAIS
TORNIQUETES – COMO FAZER
FRATURAS
PARADA RESPIRATÓ RIA - RESPIRAÇÃ O ARTIFICIAL
PARADA CÁ RDIO-RESPIRATÓ RIA
MORDEDURAS E PICADAS
PICADAS DE COBRAS
PICADAS DE ARANHAS E ESCORPIÕ ES
ESCORPIÕ ES
ARANHAS
PICADAS DE ABELHAS E VESPAS
PICADAS DE INSETOS
QUEIMADURAS

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 QUEIMADURA DE 1º GRAU
 QUEIMADURA DE 2º GRAU
 QUEIMADURA DE 3º GRAU

MÓDULO VI– AIDS – MEDIDAS DE PREVENÇÃO

ORIGEM E HISTÓ RIA


O QUE É AIDS:
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊ NCIA ADQUIRIDA – AIDS
O SISTEMA IMUNOLÓ GICO
O QUE OCORRE QUANDO O HIV ENTRA NO ORGANISMO
FASES DE INFECÇÃ O PELO HIV
A TRANSMISSÃ O
A AIDS PODE SER TRANSMITIDA POR:
 RELAÇÃ O SEXUAL COM PESSOAS PORTADORAS DO HIV
 TRANSFUSÃ O OU RECEPÇÃ O DE SANGUE
 DE MÃ E PARA FILHO
A AIDS NO BRASIL
O QUE O DOENTE SENTE
SEXO SEGURO
COMO NÃ O SE PEGA AIDS
MUDAR JÁ ! OU AUMENTAR O RISCO DE VIDA
O DESCUIDO PODE SER FATAL

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MÓDULO I - CIPA

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O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO?

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que sã o adotadas
visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do trabalhador.

SESMT

O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa


compõ e-se de uma equipe multidisciplinar composta por
Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do
Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes
profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a
CIPA - Comissã o Interna de Prevençã o de Acidentes

LEGISLAÇÃO

A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil a Legislaçã o de Segurança do


Trabalho compõ e-se de Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras Rurais, outras leis
complementares, como portarias e decretos e também as convençõ es Internacionais da Organizaçã o
Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.

OBJETIVO DO TREINAMENTO

 Levar ao conhecimento do membro da CIPA as principais normas, instruçõ es e rotinas sobre


segurança e saú de do trabalho.
 Definir competências relativas à s atividades desenvolvidas pelo membro da CIPA.
 Fixar diretrizes de atuaçã o da CIPA.
 Conhecer e identificar Riscos Ambientais.

O QUE É CIPA?

 Comissã o Interna de Prevençã o de Acidentes.


 É uma Comissã o formada por representantes do Empregador e dos Empregados.
 É Lei.
Nr 5 (Norma Regulamentadora CIPA)– Portaria 3214/78
CLT ( Consolidaçã o das Lei Trabalhista ) – art. 163

OBJETIVO DA CIPA

“Observar e relatar as condiçõ es de risco nos ambientes


de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar
os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos”.

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EMPRESAS QUE DEVEM CONSTITUIR CIPA

 Empresas privadas;
 Empresas pú blicas;
 Sociedades de economia mista;
 Ó rgã os da administraçã o direta e indireta;
 Instituiçõ es beneficentes;
 Associaçõ es recreativas;
 Cooperativas;
 Quaisquer outras instituiçõ es que admitam trabalhadores como empregados.

ORGANIZAÇÃO DA CIPA

CONSTITUIÇÃO DA CIPA

 Composta por representantes do Empregador e dos Empregados com dimensionamento


previsto no Quadro I da NR5.
 Quando o estabelecimento nã o se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsá vel
pelo cumprimento dos objetivos da NR5, podendo ser adotados mecanismos de participaçã o dos
empregados, através de negociaçã o coletiva.
 Os Representantes do Empregador, titulares e suplentes, sã o por ele designados.
 Os Representantes dos Empregados, titulares e suplentes, sã o eleitos por voto secreto.
 Podem participar exclusivamente os empregados interessados independentemente de sua
filiaçã o sindical.

EXEMPLO

 Considerar uma empresa do tipo C-18a com um nú mero de funcioná rios igual a 230.
 Deve-se analisar os Quadros I e III da NR5 para poder dimensionar a quantidade de membros da
CIPA

 Quadro I: Dimensionamento da CIPA

 Quadro III: Relaçã o da Classificaçã o Nacional de Atividades Econô micas – CNAE

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QUADRO DE MEMBROS DA CIPA

Para uma empresa do tipo C-18ª com 230 Funcioná rios.

PROCESSO ELEITORAL DA CIPA

Organograma funcional de estruturaçã o do processo eleitoral

 60 dias – Eleiçã o convocada


 60 dias – Comunicaçã o ao sindicato da categoria
 55 dias – Presidente e Vice indicam a comissã o eleitoral
 45 dias – Registro de candidatos / Edital de eleiçã o
 30 dias – Realizaçã o da eleiçã o / Curso

O processo eleitoral observará as seguintes condiçõ es:

 Publicaçã o e divulgaçã o de edital, em locais de fá cil acesso e visualizaçã o, no prazo mínimo de 45


(quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
 Inscriçã o e eleiçã o individual, sendo que o período mínimo para inscriçã o será de quinze dias;
 Liberdade de inscriçã o para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de
setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
 Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleiçã o;
 Realizaçã o da eleiçã o no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA,
quando houver;
 Realizaçã o de eleiçã o em dia normal de trabalho, respeitando os horá rios de turnos e em horá rio
que possibilite a participaçã o da maioria dos empregados.
 Voto secreto;
 Apuraçã o dos votos, em horá rio normal de trabalho, com acompanhamento de representante do
empregador e dos empregados, em nú mero a ser definido pela comissã o eleitoral;
 Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleiçã o, por um período mínimo
de cinco anos.
 O mandato dos membros da CIPA, eleitos pelos empregados, tem duraçã o de um ano, sendo
permitida uma reeleiçã o.
 A dispensa arbitrá ria ou sem justa causa de um empregado eleito para cargo de direçã o da CIPA
é proibida desde o registro de sua candidatura até um ano apó s o fim de seu mandato.

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TREINAMENTO

 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse.
 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo má ximo de trinta dias,
contados a partir da data da posse.
 As empresas que nã o se enquadrem no Quadro I, promoverã o anualmente treinamento para o
designado responsá vel pelo cumprimento do objetivo desta NR.

O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:


 Estudo do ambiente, das condiçõ es de trabalho, bem como dos riscos originados do processo
produtivo;
 Metodologia de investigaçã o e aná lise de acidentes e doenças do trabalho;
 Noçõ es sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposiçã o aos riscos existentes na
empresa;
 Noçõ es sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevençã o;
 Noçõ es sobre as legislaçõ es trabalhistas e previdenciá ria relativas à segurança e saú de no
trabalho;
 Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
 Organizaçã o da CIPA e outros assuntos necessá rios ao exercício das atribuiçõ es da Comissã o.
 O treinamento terá carga horá ria de vinte horas, distribuídas em no má ximo oito horas diá rias e
será realizado durante o expediente normal da empresa.
 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.

ATRIBUIÇÕES DA CIPA

 Realizar a cada reuniã o, avaliaçã o do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e
discutir as situaçõ es de riscos que foram identificadas
 Participar da implementaçã o e do controle da qualidade das medidas de prevençã o necessá rias,
bem como da avaliaçã o das prioridades de açã o nos locais de trabalho;
 Colaborar no desenvolvimento do PPRA ( Programa de Prevençã o de Riscos Ambientais ) e
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saú de Ocupacional) e outros programas relacionados à
segurança e saú de no trabalho
 Elaborar plano de trabalho que possibilite a açã o preventiva na soluçã o de problemas de
segurança e saú de no trabalho;
 Realizar periodicamente, verificaçõ es nos ambientes e condiçõ es de trabalho visando a
identificaçã o de situaçõ es que venham a trazer riscos para a segurança e saú de dos trabalhadores;
 Identificar os riscos do processos de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participaçã o do
maior nú mero de trabalhadores com assessoria do SESMT, onde houver;
 Divulgar informaçõ es relativas a segurança e saú de no trabalho
 Requisitar à empresa as có pias das CAT (Comunicaçã o de Acidente do Trabalho) emitidas
 Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, quando houver, a Semana Interna de
Prevençã o de Acidentes do Trabalho - SIPAT

ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE

 Convocar os membros para as reuniõ es da CIPA;

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 Coordenar as reuniõ es da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, as decisõ es da


comissã o;
 Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
 Coordenar e supervisionar as atividades de secretá ria;
 Delegar atribuiçõ es ao Vice-Presidente.

ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE

 Executar as atribuiçõ es que lhe forem delegadas pelo Presidente;


 Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos afastamentos temporá rios.

ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE EM CONJUNTO

 Cuidar para que a CIPA disponha de condiçõ es necessá rias para o desenvolvimento de seus
trabalhos;
 Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam
alcançados;
 Delegar atribuiçõ es aos membros da CIPA;
 Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT;
 Divulgar as decisõ es da CIPA a todos os trabalhadores da empresa;
 Constituir a Comissã o Eleitoral.

ATRIBUIÇÕES DA SECRETÁRIA

 Acompanhar as reuniõ es da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovaçã o e assinatura


dos membros presentes;
 Preparar as correspondências;
 Executar as atribuiçõ es que lhe forem atribuídas.

REUNIÕES DA CIPA

 As reuniõ es da CIPA, deverã o ser previamente planejada, tendo uma sequência determinada com
horá rio para iniciar e terminar. Essas reuniõ es podem ser de dois (2) tipos:
 Ordiná rias - Ocorrem segundo o calendá rio anual das reuniõ es pré-estabelecido no inicio do
mandato.
 Extraordiná rias – Sã o realizadas quando ocorrem acidentes que resultem em lesõ es graves ou
grandes prejuízos.

CIPEIRO

O Cipeiro poderá perder seu mandato?


S I M. Quando faltar mais de quatro reuniõ es ordiná rias sem justificativa, ele será substituído pelo
suplente por ordem de colocaçã o decrescente

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SIPAT

 Semana Interna de Prevençã o de Acidentes do Trabalho


 A semana deve ser de no mínimo 20 horas (um turno), podendo até chegar ao ideal de 40 horas
(dois turnos) ou mais e jamais a CIPA, ou responsá vel designado, deve permitir que essa semana
se transforme em dois ou três dias.
 Pelo menos 30 dias antes da realizaçã o da Semana, uma comissã o deve ser criada para elaborar a
programaçã o a ser desenvolvida.
 A SIPAT, como qualquer evento significativo de prevençã o, deve ser bem planejada antes de ser
solicitada à autorizaçã o da administraçã o e de divulgá -la. Um bom indicador de que a SIPAT será
prestigiada pelos trabalhadores é fazer com que eles pró prios sugiram quais eventos e temas
devem compor essa Semana.
 Simulaçõ es, competiçõ es esportivas e peças de teatro sã o algumas das prá ticas que vem sendo
utilizadas nas empresas para realizar SIPATs criativas e realmente participativas.

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MÓDULO II – INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO


TRABALHO

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HIGIENE NO TRABALHO

Higiene do Trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteçã o da


integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saú de inerentes à s tarefas do
cargo e ao ambiente físico onde sã o executadas. Relaciona-se com o diagnó stico e prevençã o das doenças
ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variá veis: o homem e seu ambiente de trabalho

OBJETIVO DA HIGIENE NO TRABALHO

A higiene do trabalho tem cará ter eminentemente preventivo, pois objetiva a saú de e o conforto
do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisó ria ou definitivamente do trabalho.

Os principais objetivos sã o:

 Eliminaçã o das causas das doenças profissionais


 Reduçã o dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes ou
portadoras de defeitos físicos
 Prevençã o de agravamento de doenças e de lesõ es
 Manutençã o da saú de dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio de controle
do ambiente de trabalho

O QUE ENVOLVE A HIGIENE NO TRABALHO?

O programa de higiene no trabalho envolve:

 Ambiente físico de trabalho: a iluminaçã o, ventilaçã o, temperatura e Ruídos


 Ambiente psicoló gico: os relacionamentos humanos agradá veis, tipos de atividade agradá vel
e motivadora, estilo de gerência democrá tico e participativo e eliminaçã o de possíveis fontes
de estresse
 Aplicaçã o de princípios de ergonomia: má quinas e equipamentos adequados à s
características humanas, mesas e instalaçõ es ajustadas ao tamanho das pessoas e ferramentas
que reduzam a necessidade de esforço físico humano
 Saú de ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica preventiva.

É NECESSÁRIO A EMPRESA TER O PROGRAMA DE SAÚDE OCUPACIONAL?

A saú de ocupacional é promovida pelo PCMSO ( Programa de Controle Médico de Saú de


Ocupacional )
PCMSO – Instituído pela lei n° 24/94, envolvendo:
 Exame médico admissional
 Exame médico perió dico
 Exame médico de retorno ao trabalho
 Exame médico de mudança de funçã o
 Exame demissional
O PCMSO deverá também inclui palestras e relató rios anuais

QUAL A RELAÇÃO ENTRE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO?

A saú de e segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a preservaçã o da
força de trabalho adequada. De modo genérico, higiene e segurança do trabalho constituem duas

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atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir condiçõ es pessoais e materiais de trabalho


capazes de manter certo nível de saú de dos empregados.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI

É todo meio ou dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saú de e a integridade física
do trabalhador. Quando nã o for possível eliminar o risco, ou neutralizá -lo através de medidas de proteçã o
coletiva;
 O EPI só pode ser vendido legalmente com o Certificado de Aprovaçã o (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho;
 Na emissã o do CA é considerado apenas o risco, por exemplo: luva de proteçã o contra corte,
testes avaliam a resistência ao corte;
 Na emissã o do CA é desconsiderado: conforto, qualidade, adequaçã o a atividade, medidas do
corpo dos trabalhadores. O que gera desconforto.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI:

 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
 Tornar obrigató rio o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienizaçã o e manutençã o perió dica.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO QUANTO AO EPI:

 Usá -lo apenas para a finalidade a que se destina;


 Responsabilizar-se por sua guarda e conservaçã o;
 Comunicar ao empregador qualquer alteraçã o que o torne impró prio para uso.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC

Sã o os equipamentos que neutralizam o risco na fonte, dispensando, em determinados casos, o


uso dos equipamentos de proteçã o individual.
Quando instalamos, por exemplo, uma coifa em uma polia, estamos atuando sobre o ambiente de
trabalho, esta medida é chamada de proteçã o coletiva, pois protege o conjunto de trabalhadores.

RISCOS AMBIENTAIS

Sã o agentes presentes nos ambientes de trabalho, capazes de afetar o trabalhador a curto, médio e
longo prazo, provocando acidentes com lesõ es imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do
trabalho, que se equiparam a acidentes do trabalho.

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RISCOS AMBIENTAIS
CLASSIFICAÇÃO

 Riscos Físicos:
 Riscos Químicos:
 Riscos Bioló gicos:
 Riscos Ergonô micos:
 Riscos de Acidentes

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MAPA DE RISCO

O Mapa de Riscos é a representaçã o grá fica do reconhecimento dos riscos existentes nos setores
de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos.

QUEM ELABORA?

 CIPA (*)
 TRABALHADORES de todos os setores do estabelecimento (*)
(*) Com colaboraçã o do SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho

IMPORTANTE:
Imprescindível à participaçã o dos TRABALHADORES devido ao:
• CONHECIMENTO DA Á REA
• ENVOLVIMENTO COM OS RISCOS

OBJETIVO

O objetivo do mapa de riscos é reunir as informaçõ es necessá rias para estabelecer o diagnó stico
da situaçã o de segurança e saú de no trabalho na empresa; possibilitar, durante sua elaboraçã o, a troca e

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divulgaçã o de informaçõ es entre os trabalhadores, bem como estimular sua participaçã o nas atividades de
prevençã o.

ETAPAS DE ELABORAÇÃO

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado:


jornada de trabalho, quantidade e informaçõ es (sexo, idade, escolaridade, etc.) dos trabalhadores,
maquiná rio utilizado, atividades exercidas e ambiente de trabalho;
 Identificar os riscos existentes no local analisado:
conforme tabela de Riscos Ambientais;
 Identificar as medidas preventivas e sua eficá cia: medidas de proteçã o, organizaçã o, asseio e
conforto e acessibilidade;
 Identificar os indicadores de saú de: queixas frequentes e comuns dos trabalhadores, acidentes
de trabalho ocorridos, doenças profissionais e causas mais frequentes de ausências;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local:
quantificar, neutralizar e reduzir a níveis compatíveis com a legislaçã o os levantamentos ambientais já
realizados no local, ao que se refere a perigos ambientais;
 Elaborar o Mapa de Riscos sobre o arranjo físico da empresa.

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INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

A inspeçã o de segurança tem por objetivo detectar as


possíveis causas que propiciem a ocorrência de acidentes,
visando tomar ou propor medidas que eliminem ou
neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma,
a inspeçã o de segurança é uma prá tica contínua em busca de:

• métodos de trabalhos inadequados

• riscos ambientais

• verificaçã o da eficá cia das medidas preventivas em


funcionamento.

A inspeçã o de segurança esta prevista como atribuiçã o da


CIPA no item 5.16, alínea “d”, da NR 5.

INSPEÇÕES QUE PODEM SER REALIZADAS

As inspeçõ es de segurança nã o sã o feitas somente pela CIPA, mas também pelos profissionais dos
Serviços Especializados. Podem ser feitas por diversos motivos, com objetivos diferentes e programadas
em épocas e intervalos variá veis. Podem ser: gerais, parciais, de rotina, perió dicas, eventuais, oficiais e
especiais.

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INSPEÇÕES GERAIS

Sã o aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com todos os problemas
relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Dessas verificaçõ es podem participar engenheiros, técnicos
de segurança, médicos, assistentes sociais e membros da CIPA. Essas verificaçõ es devem ser repetidas a
intervalos regulares e, onde nã o existirem Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho,
a tarefa caberá a CIPA da empresa.

INSPEÇÕES PARCIAIS

Elas podem limitar-se em relaçã o a á reas específicas, sendo verificados apenas determinados
setores da empresa, e podem limitar-se em relaçã o à s atividades, sendo verificados certos tipos de
trabalho, certas má quinas ou certos equipamentos.

INSPEÇÕES DE ROTINA

Cabem aos encarregados dos setores de segurança, aos membros da CIPA, ao pessoal que cuida da
manutençã o de má quinas, equipamentos e condutores de energia. É muito importante que os pró prios
trabalhadores façam verificaçõ es em suas ferramentas, nas má quinas que operam e nos equipamentos
que utilizam. Naturalmente, em verificaçõ es de rotina, sã o mais procurados os riscos que se manifestam
com mais frequência e que constituem as causas mais comuns de acidentes.

INSPEÇÕES PERIÓDICAS

Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produçã o, de tempos em
tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspeçõ es destinadas a descobrir riscos que o uso de
ferramentas, de má quinas, de equipamentos e de instalaçõ es energéticas podem provocar. Algumas
dessas inspeçõ es sã o determinadas por lei, principalmente a de equipamentos perigosos, como caldeiras e
mesmo de equipamentos de segurança como extintores e outros. Materiais mó veis de maior uso e
desgaste devem merecer verificaçõ es perió dicas.

INSPEÇÕES EVENTUAIS

Nã o tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos, incluindo médicos ou
engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da
empresa. O médico pode,por exemplo, realizar inspeçõ es em ambientes ligados à saú de do trabalhador,
como refeitó rios, cozinhas, instalaçõ es sanitá rias, vestiá rios e outros.

INSPEÇÕES OFICIAIS

Sã o realizadas por agentes dos ó rgã os oficiais e das empresas de seguro.

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INSPEÇÕES ESPECIAIS

Destinam-se a fazer controles técnicos que exigem profissionais especializados, aparelhos de teste
e de mediçã o. Pode-se dar o exemplo de mediçã o do ruído ambiental, da quantidade de partículas tó xicas
em suspensã o no ar, da pesquisa de germes que podem provocar doenças.
A presença de representantes da CIPA nas inspeçõ es de segurança é sempre recomendá vel, pois a
assimilaçã o de conhecimentos cada vez mais amplos sobre a questõ es de Segurança e Medicina do
Trabalho vai tornar mais completo o trabalho educativo que a comissã o desenvolve.
Além disso, a renovaçã o dos membros da CIPA faz com que um nú mero sempre maior de
empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a soluçã o dos problemas relativos a
acidentes e doenças do trabalho.

PASSO A SEREM SEGUIDOS

Existem alguns passos que devem ser seguidos para o desenvolvimento dessa atividade. Sã o eles:
 observaçã o
 registro
 aná lise de riscos
 priorizaçã o
 implantaçã o
 acompanhamento

OBSERVAÇÃO

Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as condiçõ es de


trabalho e de atuaçã o das pessoas. Essa observaçã o deve ser completada com dados obtidos por meio de
entrevistas e preenchimento de questioná rios junto aos coordenadores e trabalhadores.

REGISTRO

O registro dos riscos observados sobre saú de e segurança do trabalho deve ser feito em
formulá rios que favoreçam a aná lise dos problemas apontados.

ANÁLISES DE RISCOS

Da verificaçã o de segurança resulta a necessidade de um estudo mais aprofundado de


determinada operaçã o. Trata-se da aná lise de riscos.
Para realiza-la, o interessado deve decompor e separar as fases da operaçã o, para verificaçã o
cuidadosa dos riscos que estã o presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposiçã o de uma
operaçã o para este fim.

Dados Análise dos Riscos


O que é feito? Deve ser feito isso que está sendo observado ou existe algum risco que sugere
alteração?
Como é feito? A técnica desenvolvida é correta?
Contém riscos que podem ser eliminados com pequenas alterações?
Por que é feito? O objetivo da atividade será alcançado corretamente em segurança?

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PRIORIZAÇÃO

A partir da aná lise de risco, priorizar os problemas de forma a atender à queles mais graves e/ou
iminentes.

IMPLANTAÇÃO

Nesta fase, o relató rio com as medidas corretivas definidas deverã o ser encaminhados ao
departamento responsá vel para sua efetivaçã o. A forma das medidas deverã o ser negociada no pró prio
setor responsá vel, em prazos determinados por prioridade.

ACOMPANHAMENTO

O QUE É DOENÇA DO TRABALHO?

A doença do trabalho diferencia-se da doença profissional em vá rios pontos. Ela resulta de


condiçõ es especiais em que o trabalho é exercido e com ele relaciona-se diretamente.
Sendo uma doença genérica (que acomete qualquer pessoa), exige a comprovaçã o do nexo causal, ou
seja, o trabalhador deverá comprovar haver adquirido a doença no exercício do trabalho.
Exemplo: A surdez poderá ser “doença do trabalho” com relaçã o à quele segurado que comprovar
tê-la adquirido no exercício do trabalho em uma fá brica.

O QUE É DOENÇA PROFISSIONAL?

Entende-se por doença profissional, aquela inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade,
dispensando a comprovaçã o de nexo causal.

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Exemplo: Um trabalhador que trabalhe numa cerâ mica onde é utilizada a sílica, vindo a adquirir
silicose, bastará comprovar que trabalhou na cerâ mica, para ficar comprovada a doença profissional,
dispensando qualquer tipo de outra prova.

O QUE É ACIDENTE DE TRABALHO?

Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa,


provocando lesã o corporal ou perturbaçã o funcional podendo causar morte, perda ou reduçã o
permanente ou temporá ria, da capacidade para o trabalho.

SÃO ACIDENTES DO TRABALHO:

1. o acidente que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do
local de trabalho
2. o acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa
3. o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa.
4. doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho).
5. doença do trabalho (as doenças causadas pelas condiçõ es do trabalho).

O QUE CAUSA O ACIDENTE DE TRABALHO?

O ACIDENTE DE TRABALHO DEVE-SE PRINCIPALMENTE A DUAS CAUSAS:


 ATO INSEGURO
 CONDIÇÃ O INSEGURA

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ATO INSEGURO

É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que vai de forma
contraria as normas de segurança. Sã o exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de
segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mã os molhadas e dirigir a altas
velocidades.

CONDIÇÃO INSEGURA

É a condiçã o do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou risco ao trabalhador. Sã o exemplos
de condiçõ es inseguras: instalaçã o elétrica com fios desencapados, má quinas em estado precá rio de
manutençã o, andaime de obras de construçã o civil feitos com materiais inadequados.

IMAGENS ATOS INSEGURO E CONDIÇÕES INSEGURAS

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IMAGENS DE ACIDENTES DE TRABALHO

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INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES

Acidente do Trabalho - Conceito Técnico


É uma ocorrência nã o programada, inesperada ou nã o, que interrompe ou interfere no processo
normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo ú til e/ou lesõ es nos trabalhadores e/ou danos
materiais.

A investigaçã o das causas dos acidentes ocorridos


Tem por objetivo descobrir o que aconteceu para que se possa, por meio da eliminaçã o dos riscos, evitar
sua repetiçã o. Essa investigaçã o envolve três fases:
 coleta de informaçõ es;
 diagnó stico da ocorrência;
 proposta de medidas corretivas.

Para buscar as causas que contribuíram ao acidente é importante:


• conversar com o acidentado;

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• conversar com colegas do setor ou que presenciaram o acidente;


• conversar com o coordenador do turno;
• conversar com o serviço médico que atendeu o acidentado;
• observar cuidadosamente o local onde ocorreu o acidente.

Coletadas as informaçõ es, incluindo fatores que precederam e sucederam ao acidente, poderemos
comparar os depoimentos, e apurar as causas reais e propor esforços para a eliminaçã o das mesmas. Em
resumo, as investigaçõ es de acidente visam a apurar:
• o que aconteceu;
• como aconteceu;
• por que aconteceu;
• como poderia ter sido evitado o acontecido.

Devemos ainda nos lembrar de que:


• Os fatos nã o ocorrem por acaso, eles sempre fazem parte de um contexto e surgem a partir de
processos a ele relacionados.
• Todas as pessoas, em condiçõ es normais, possuem instintivamente o desejo de manter a sua
integridade física e psíquica, e, portanto, nã o desejam se acidentar.
• Há situaçõ es de risco e que predispõ em à ocorrência de um acidente. Estas devem ser
neutralizadas.
• A prevençã o de acidentes necessita da colaboraçã o de todos para o benefício de cada um, dentro e
fora da empresa.

CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

O QUE É CAT?
Comunicaçã o de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com
todas as alteraçõ es ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº
2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença
profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissã o.
Cabe ressaltar a importâ ncia da comunicaçã o, principalmente o completo e exato preenchimento
do formulá rio, tendo em vista as informaçõ es nele contidas, nã o apenas do ponto de vista previdenciá rio,
estatístico e epidemioló gico, mas também trabalhista e social.

É uma obrigaçã o legal. A empresa deverá comunicar todo e qualquer acidente até o primeiro dia
ú til apó s sua ocorrência. Pode ser preenchida pelo acidentado, família do acidentado, sindicato da classe.
Destino da CAT
1° - Ao INSS;
2°- A Empresa;
3°- Ao segurado ou dependente;
4°Ao sindicato de classe do trabalhador;
5°- Ao SUS (Sistema Unico de Saú de) e
6°- A DRT ( Delegacia Regional do Trabalho).

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MÓDULO III – PREVENÇÃO E COMBATE A


INCÊNDIOS
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O QUE É FOGO?

Fogo é chama sobre controle.


O fogo é uma necessidade para a sobrevivência do ser humano. Sua aplicaçã o é vasta: desde o
cozimento dos alimentos até a impulsã o de foguetes para o espaço. Nestas condiçõ es está sob controle e os
riscos que ele oferece sã o mínimos. Da mesma forma, quando acionamos o botã o de gá s do nosso fogã o,
está sob controle porque nó s o manipulamos com segurança.

O QUE É INCÊNDIO?

É o Fogo sem controle.


Quando este mesmo fogo passa do fogã o para um
material combustível existente nas proximidades e se alastra, estamos diante de um incêndio, que produz
maior volume de chamas e temperatura intensa causando danos à s pessoas e ao patrimô nio. Isso ocorre
quando nã o se seguem normas bá sicas de prevençã o ou quando o fogo é mal manipulado.

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ELEMENTOS DO FOGO
COMBUSTÍVEL
É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos,
sendo que os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente
em gás pelo calor e depois inflamam.

Sólidos
Madeira, papel, tecido, algodão,etc.

LÍQUIDOS
Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à
temperatura ambiente.
Ex.:álcool, éter, benzina, etc.
GASOSOS
Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à
Butano, propano, etano, etc. temperaturas maiores
do que a do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc.

COMBURENTE (OXIGÊ NIO)


É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamá veis dos combustíveis,
dando vida à s chamas e possibilitando a expansã o do fogo.
Compõ e o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sustentar a
combustã o é de 16%.

CALOR
É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar.
Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em má quinas e aparelhos
energizados.

Mais recentemente na histó ria do estudo do fogo foi aceito um novo componente necessá rio para
existir o fogo, a chamada reação em cadeia. Com a inclusã o da reação em cadeia surgiu um novo modelo
para estudo do fogo, o qual se denominou o Tetraedro do Fogo.

REAÇÃO EM CADEIA

Os combustíveis, após iniciarem a


combustão, geram mais calor. Esse calor
provocará o desprendimento de mais gases ou
vapores combustíveis, desenvolvendo uma
transformação em cadeia ou reação em cadeia,
que, em resumo, é o produto de uma
transformação gerando outra transformação.

PROPAGAÇÃO DO FOGO

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O fogo pode se propagar:


• Pelo contato da chama em outros combustíveis;
• Através do deslocamento de partículas incandescentes;
• Pela açã o do calor.

O calor é uma forma de energia produzida pela combustã o ou originada do atrito dos corpos. Ele
se propaga por três processos de transmissã o:
• Conduçã o
• Convecçã o
• Irradiaçã o

CONDUÇÃ O
É a forma pela qual se transmite o calor através do pró prio material, de molécula a molécula ou de
corpo a corpo.

CONVECÇÃ O
É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em
chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais combustíveis aí
existentes atinjam seu ponto de combustã o, originando outro foco de fogo.

IRRADIAÇÃ O
É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio
material.

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CLASSE DE INCÊNDIO

Os incêndios sã o classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente


com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor método
para uma extinçã o rá pida e segura (Classe A, Classe B, Classe C e Classe D).

CLASSE A
 Caracteriza-se por fogo em materiais só lidos;
 Queimam em superfície e profundidade;
 Apó s a queima deixam resíduos, brasas e cinzas;
 Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento,e as vezes por
abafamento através de jato pulverizado.
 Extintor de Á gua Pressurizada e/ou Pó Químico

CLASSE B
 Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamá veis;
 Queimam em superfície;
 Apó s a queima, nã o deixam resíduos;
 Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.
 Extintor de Pó Químico

CLASSE C
 Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos
elétricos);
 A extinçã o só pode ser realizada com agente extintor nã o-condutor de eletricidade, nunca com
extintores de á gua ou espuma;
 O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se
tornará um incêndio de classe A ou B.
 Extintor de CO2 e/ou Pó Químico

CLASSE D
 Caracteriza-se por fogo em metais pirofó ricos (aluminio, antimô nio, magnésio, etc.)
 Sã o difíceis de serem apagados;
 Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
 Nunca utilizar extintores de á gua ou espuma para extinçã o do fogo.
 Extintor ....

EXTINTORES DE INCÊNDIO

Destinam-se ao combate imediato e rá pido de pequenos focos de incêndios, nã o devendo ser


considerados como substitutos aos sistemas de extinçã o mais complexos, mas sim como equipamentos
adicionais. Trata-se de certas substâ ncias químicas só lidas, líquidas ou gasosas, que sã o utilizadas na
extinçã o de um incêndio.
Os principais e mais conhecidos sã o:
 EXTINTOR H2O
 EXTINTOR PQS

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 EXTINTOR PQS ESPECIAL


 EXTINTOR CO2
 EXTINTOR DE ESPUMA
 EXTINTOR PÓ ABC

EXTINTOR H2O - Água Pressurizada


 É o agente extintor indicado para incêndios de classe A.
 Age por resfriamento e/ou abafamento.
 Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a
açã o é por resfriamento. Na forma de neblina, sua açã o é de resfriamento e abafamento.
ATENÇÃO:
 Nunca use água em fogo das classes C e D.
 Nunca use jato direto na classe B.

EXTINTOR PQS - Pó Químico


 É o agente extintor indicado para combater incêndios da classe B;
 Age por abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C,
podendo nesta ú ltima danificar o equipamento.

EXTINTOR PQS ESPECIAL - Pó Químico Especial


 É o agente extintor indicado para incêndios da classe D;
 Age por abafamento.

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EXTINTOR CO2 - Gás Carbônico


 É o agente extintor indicado para incêndios da classe C, por nã o ser condutor de eletricidade;
 Age por abafamento, podendo ser também utilizado nas classes A, somente em seu início e na
classe B em ambientes fechados.

EXTINTOR DE ESPUMA

 É um agente extintor indicado para incêndios das classe A e B.


 Age por abafamento e secundariamente por resfriamento.

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EXTINTOR PÓ ABC (Fosfato de Monoamônico)

 É o agente extintor indicado para incêndios das classes A,B e C;


 Age por abafamento

Outros Agentes
Além dos já citados, podemos considerar como agentes extintores terra, areia, cal, talco, etc.

COMO SE DEVE PROCEDER AO USAR UM EXTINTOR

Em parte, a eficá cia que se pode obter no combate ao fogo, está diretamente ligada ao
procedimento adotado no manuseio do extintor. Siga a sequencia numérica e aprenda, passo a passo, uma
maneira fá cil e eficiente de combater o fogo:

1° Puxar a trava de segurança

2° Aponte o bocal da mangueira do extintor para a base das chamas

3° Mantenha o extintor na posiçã o vertical e aperte o gatilho.

4° Movimente a mangueira de um lado para o outro e aplique o agente extintor sobre a á rea do
fogo.

LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DOS EXTINTORES

 Os extintores deverã o ser instalados em locais de fá cil acesso e visualizaçã o;


 Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma á rea de no mínimo 1m x 1m, nã o podendo
ser obstruída de forma nenhuma;

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 Sua parte superior nã o poderá estar a mais de 1,60 m acima do piso;


 Extintores nã o poderã o estar instalados em paredes de escadas e nã o poderã o ser encobertos por
pilhas de materiais.

COMO PROCEDER NO INCÊNDIO

Como Escapar de um Incêndio...

PROCEDIMENTOS DE ESCAPE

 Tente apagar o fogo


 Desligar aparelhos elétricos e registro de gá s
 Em ambiente com fumaça, use um lenço molhado, cubra a boca e o nariz;
 Use as escadas. Nã o Suba!
 Verifique com a mã o a temperatura da porta
 Livre-se de tudo que possa queimar. Peça socorro pela janela
 Molhe suas roupas para se proteger
 Coloque-se onde possa ser visto. Mantenha a calma. O socorro chegará a qualquer momento.
 Se conseguir escapar feche a porta por onde saiu. Nã o trancar.

E SE FOR PEGO DE SURPRESA ?

 Nã o entre em pâ nico.Sua lucidez lhe garantira a vida


 Se houver um telefone disponível, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiro, ou serviço de
emergência, dando sua localizaçã o e, se possível, as proporçõ es de incêndio.
 Nunca abra uma porta se sentir que há fogo do outro lado. Busque outra saída. Se infelizmente
nã o houver alternativa,procure vedar todas as frestas em volta com o que estiver a seu alcance.
 Caso você esteja sentindo dificuldades para respirar, abaixe-se e procure permanecer junto ao
piso. Se houver uma janela abra-a,ou até mesmo quebre-a, para que o ambiente seja ventilado.
 Se o fogo atingir a sua roupa, nã o corra. Deite no chã o e role para abafá -lo. Quando você corre o
fogo aumenta, alimentado pelo oxigênio.
 Caso a roupa de um colega esteja em chamas, procure abafa-las envolvendo-o com uma jaqueta,
tapete, manta, etc.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES:

 Nã o respire pela boca, somente pelo nariz;


 Nã o corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou asfixias, o
homem ainda pode salvar–se;

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 Nã o tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidrataçã o.Tire apenas a gravata
ou roupas de nylon;
 Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

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MÓDULO IV – LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA

O QUE É LEGISLAÇÃO TRABALHISTA?

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Sã o as Leis que regulamentam os direitos e deveres dos trabalhadores, assim como, os direitos e
deveres dos empregadores.
A legislaçã o trabalhista existe para proteger o trabalhador que empreende seus esforços
em busca de um objetivo comum com o empregador, e do seu salá rio obtém o sustento pró prio e de sua
família.
Para evitar reclamaçõ es trabalhistas, o empregador deve cumprir estritamente a legislaçã o
trabalhista vigente.
A legislaçã o trabalhista no Brasil é bastante ampla e muitas vezes detalhada, sempre sofre
alteraçõ es em virtude da dinâ mica do direito do trabalho, desta forma, é obrigaçã o do empregador estar
atualizado sobre a legislaçã o e suas alteraçõ es.

CLT - O QUE É?

Consolidaçã o das Leis do Trabalho (CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao
Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho.
Seu objetivo principal é a regulamentaçã o das relaçõ es individuais e coletivas do trabalho, nela
previstas, ou seja, unificar todas as leis trabalhistas praticadas no País.

CLT – COMO SURGIU?

CLT foi consequência da criaçã o da Justiça do Trabalho, em 1939. Três anos depois, em janeiro, de
1942, o ministro do trabalho Alexandre Marcondes Filho e o presidente Getú lio Vargas começaram o
trabalho de reunir e consolidar as leis da época. O projeto final foi assinado em 1º de maio de 1943,
durante o período do Estado Novo. Ela foi fortemente inspirada na Carta del Lavoro (Carta do Trabalho)
do governo de Benito Mussolini na Itá lia.
Foi assinada em pleno Está dio de Sã o Januá rio (Clube de Regatas Vasco da Gama), que estava
lotado para a comemoraçã o da assinatura.

CLT - TERMOS

O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser utilizado para denominar o indivíduo
que trabalha com registro em carteira de trabalho.
Em oposiçã o a CLT, existem funcioná rios que sã o regidos por outras normas legislativas do
trabalho, como aqueles que trabalham como pessoa jurídica (PJ), profissional autô nomo, ou ainda como
servidor pú blico pelo regime jurídico estatutá rio federal.

O QUE É PESSOA JURÍDICA?


Conforme o Dicioná rio Michaelis, pessoa jurídica é a entidade abstrata com existência e
responsabilidade jurídicas como, por exemplo, uma associaçã o, empresa, companhia, legalmente
autorizadas. Podem ser de direito pú blico (Uniã o, Unidades Federativas, etc.), ou de direito privado
(empresas, sociedades simples, associaçõ es etc.). Vale dizer ainda que as empresas individuais, para os
efeitos do imposto de renda, sã o equiparadas à s pessoas jurídicas

O QUE É TRABALHADOR AUTÔ NOMO?


É a pessoa física que presta serviços, em cará ter eventual, a uma ou mais empresas, sem relaçã o de
emprego e por conta pró pria, assumindo os pró prios riscos.

O QUE É SERVIDOR PÚ BLICO?

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Aquele que, oficialmente exerce cargo ou funçã o pú blica por ter sido aprovado em concurso pú blico,
trata-se de uma relaçã o de trabalho de natureza profissional e cará ter nã o eventual com entidades
governamentais tais como: Uniã o, Estado, Distrito Federal, Município, agências reguladoras, empresas
pú blicas, sociedade de economia mista ou fundaçõ es pú blicas.

DÚVIDA

Todos os trabalhadores brasileiros estã o sujeitos à CLT?


Nã o. Empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcioná rios pú blicos da Uniã o, dos Estados
e dos municípios seguem regimentos trabalhistas distintos da Consolidaçã o das Leis do Trabalho, a nã o
ser quando houver mençã o expressa para que, ao contrá rio, sejam contratados via CLT.

O QUE É EMPREGADOR?

Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos de


atividade econô mica, admite, assalaria e dirige a prestaçã o pessoal de serviços.
§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os direitos exclusivos da relaçã o de emprego, os
profissionais liberais, as instituiçõ es de beneficência, as associaçõ es recreativas ou outras instituiçõ es sem
fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

O QUE É EMPREGADO?

Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza nã o eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salá rio.
Pará grafo ú nico. Nã o haverá distinçõ es relativas à espécie de emprego e à condiçã o de trabalhador, nem
entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER

CLT, Art. 389. Toda empresa é obrigada:


I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienizaçã o dos métodos e locais de
trabalho, tais como ventilaçã o e iluminaçã o e outros que se fizerem necessá rios à segurança e ao conforto
das mulheres, a critério da autoridade competente;
II - a instalar bebedouros, lavató rios, aparelhos sanitá rios; dispor de cadeiras ou bancos, em
nú mero suficiente, que permitam à s mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico;
III - a instalar vestiá rios com armá rios individuais privativos das mulheres, exceto os
estabelecimentos comerciais, escritó rios, bancos e atividades afins, em que nã o seja exigida a troca de
roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho,
admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas guardar seus
pertences;
IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteçã o
individual, tais como ó culos, má scaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho
respirató rio e da pele, de acordo com a natureza do trabalho.
§ 1º Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16
(dezesseis) anos de idade terã o local apropriado onde seja permitido à s empregadas guardar sob
vigilâ ncia e assistência os seus filhos no período da amamentaçã o.

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§ 2º A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente
ou mediante convênios, com outras entidades pú blicas ou privadas, pelas pró prias empresas, em regime
comunitá rio, ou a cargo do SESI, do SESC ou de entidades sindicais.

CLT, Art. 390.


Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força
muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o
trabalho ocasional.
Pará grafo ú nico. Nã o está compreendida na determinaçã o deste artigo a remoçã o de material feita por
impulsã o ou traçã o de vagonetes sobre trilhos, de carros de mã o ou quaisquer aparelhos mecâ nicos.

PREVENÇÃO DA FADIGA

• Respeite seus limites


• Se a carga estiver muito pesada peça ajuda.

O transporte manual de cargas é uma das formas de trabalho mais antigas e comuns, sendo
responsá vel por um grande nú mero de lesõ es e acidentes do trabalho especialmente em transportadoras
e construçã o civil, estas lesõ es em sua grande maioria, afetam a coluna vertebral mas também podem
causar outros males como, por exemplo, a hérnia escrotal.

CLT, Art. 198. É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso má ximo que um empregado pode remover
individualmente, ressalvadas as disposiçõ es especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.
Pará grafo ú nico. Nã o está compreendida na proibiçã o deste artigo a remoçã o de material feita por
impulsã o ou traçã o de vagonetes sobre trilhos, carros de mã o ou quaisquer outros aparelhos mecâ nicos,
podendo o Ministério do Trabalho e Emprego, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam
exigidos do empregado serviços superiores à s suas forças.

CLT, Art. 199. Será obrigató ria a colocaçã o de assentos que assegurem postura correta ao
trabalhador, capazes de evitar posiçõ es incô modas ou forçadas, sempre que a execuçã o da tarefa exija que
trabalhe sentado.
Pará grafo ú nico. Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terã o à sua
disposiçã o assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.

INSALUBRIDADE X PERICULOSIDADE

A diferença é que a Insalubridade é a condiçã o adversa de trabalho na qual o empregado é


exposto a agentes nocivos à saú de acima dos limites de tolerâ ncia (CLT art. 189), gerando o direito de
receber o adicional correspondente. A periculosidade, por sua vez, é a condiçã o adversa de trabalho na
qual o trabalhador se encontra em contato permanente com inflamá veis e explosivos (CLT art. 193), ou
junto à rede elétrica, em sistema elétrico de potência (Lei 7.369/85).

INSALUBRIDADE

CLT, Art. 189. Serã o consideradas atividades ou operaçõ es insalubres aquelas que, por sua
natureza, condiçõ es ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saú de, acima
dos limites de tolerâ ncia fixados em razã o da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposiçã o aos seus efeitos.

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CLT, Art. 190. O Ministério do Trabalho e Emprego aprovará o quadro das atividades e operaçõ es
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterizaçã o da insalubridade, os limites de tolerâ ncia
aos agentes agressivos, meios de proteçã o e o tempo má ximo de exposiçã o do empregado a esses agentes.

Ou seja, NR 15 é a norma expedida pelo TEM que trata das atividades insalubres.
NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕ ES INSALUBRES
Anexo n.º 1 - Limites de Tolerâ ncia para Ruído Contínuo ou Intermitente
Anexo n.º 2 - Limites de Tolerâ ncia para Ruídos de Impacto
Anexo n.º 3 - Limites de Tolerâ ncia para Exposiçã o ao Calor
Anexo n.º 4 (Revogado)
Anexo n.º 5 - Radiaçõ es Ionizantes
Anexo n.º 6 - Trabalho sob Condiçõ es Hiperbá ricas
Anexo n.º 7 - Radiaçõ es Nã o-Ionizantes
Anexo n.º 8 – Vibraçõ es
Anexo n.º 9 - Frio
Anexo n.º 10 – Umidade
Anexo n.º 11 - Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada por Limite de Tolerâ ncia e Inspeçã o
no Local de Trabalho
Anexo n.º 13 - Agentes Químicos
Anexo n.º 12 - Limites de Tolerâ ncia para Poeiras Minerais
Anexo n.º 13 - Anexo Nº 13 A - Benzeno
Anexo n.º 14 - Agentes Bioló gicos

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕ ES INSALUBRES


15.1 Sã o consideradas atividades ou operaçõ es insalubres as que se desenvolvem:
15.1.1 Acima dos limites de tolerâ ncia previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeçã o do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e
10.
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerâ ncia", para os fins desta Norma, a concentraçã o ou intensidade
má xima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposiçã o ao agente, que nã o causará dano à
saú de do trabalhador, durante a sua vida laboral.

REMUNERAÇÃO DA INSALUBRIDADE

CLT, Art. 192. O exercício de trabalho em condiçõ es insalubres, acima dos limites de tolerâ ncia
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assegura a percepçã o de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vintepor cento) e 10% (dez por cento) do salá rio mínimo da regiã o,
segundo se classifiquem nos graus má ximo, médio e mínimo.
NR - 15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o
de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepçã o cumulativa.
NR - 15.4 A eliminaçã o ou neutralizaçã o da insalubridade determinará a cessaçã o do pagamento
do adicional respectivo.

PERICULOSIDADE

CLT, Art. 193. Sã o consideradas atividades ou operaçõ es perigosas, na forma da regulamentaçã o


aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem o contato permanente com inflamá veis ou explosivos em condiçõ es de risco acentuado.

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REMUNERAÇÃO DA PERICULOSIDADE

NR - 16.2 O exercício de trabalho em condiçõ es de periculosidade assegura ao trabalhador a


percepçã o de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salá rio, sem os acréscimos resultantes
de gratificaçõ es, prêmios ou participaçã o nos lucros da empresa.

APOSENTADORIA ESPECIAL

"A aposentadoria especial é um benefício que visa garantir ao segurado do Regime Geral de
Previdência Social uma compensaçã o pelo desgaste resultante do tempo de serviço prestado em condiçõ es
prejudiciais à sua saú de”

Requisitos exigidos para ter direito a aposentadoria especial

- O trabalhador para ter direito a aposentadoria especial tem que comprovar que trabalhou
durante 15, 20 ou 25 anos em atividade especial.

- A aposentadoria com tempo de 15 anos é devidas apenas para quem trabalha em subsolo, nas
frentes de serviço, na extraçã o de minério.

- A aposentadoria com tempo de 20 anos é devida apenas para quem trabalha em subsolo,
afastado das frentes de serviço, e para quem trabalha com exposiçã o ao asbesto (conhecido como
amianto)

- Já a aposentadoria com tempo de 25 anos é devida para quem trabalha com exposiçã o a ruído,
calor e/ou com exposiçã o a produto químico ou bioló gico, entre outros.

- É importante esclarecer que mesmo o trabalhador que nã o recebe adicional de insalubridade


e/ou periculosidade tem direito a aposentadoria especial, se comprovar que trabalha com exposiçã o aos
agentes nocivos informados no pará grafo anterior.

CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO

CLT, Art. 169. Será obrigató ria a notificaçã o das doenças profissionais e das produzidas em
virtude de condiçõ es especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as
instruçõ es expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

LEI 8.213/91, Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social
até o 1º (primeiro) dia ú til seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa variá vel entre o limite mínimo e o limite má ximo do salá rio-de-
contribuiçã o, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.

Consiste em documento com formulá rio pró prio que deve obrigatoriamente ser preenchido pelo
empregador em caso de acidente de trabalho ou doença laboral e registrado no ó rgã o do INSS, para fins de
estatísticas oficiais e para que gere direito previdenciá rio de recebimento de benefício auxílio doença
acidentá rio e seguro acidente.

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CASO O EMPREGADOR NÃ O EMITA A CAT

Mesmo assim, se a empresa nã o quiser emitir a CAT em referência podem fazê-lo:


a) o pró prio acidentado;
b) seus dependentes;
c) o sindicato da categoria;
d) o médico que o atendeu;
e) uma autoridade competente – magistrado, promotor de justiça, delegado de policia,
entre outros.

È importante ter em mente que o empregado também pode reclamar seu direito no Ministério do
Trabalho. A falta de
emissã o da CAT pelo empregador, nã o livra das responsabilidades geradas com a ocorrência do acidente,
especialmente nas esferas trabalhista, civil e previdenciá ria

Obrigaçã o da CIPA de analisar as causas e consequências do acidente e tomar atitudes no sentido


de evitar a reincidência. Através da investigaçã o de acidentes.

ESTABILIDADE – ACIDENTE DE TRABALHO

ESTABILIDADE EM DECORRÊ NCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO, DE UM ANO APÓ S O RETORNO


DO INSS.
LEI 8.213/91, Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo
mínimo de doze meses, a manutençã o do seu contrato de trabalho na empresa, apó s a cessaçã o do auxílio-
doença acidentá rio, independentemente de percepçã o de auxílio-acidente.

JUSTIÇA DO TRABALHO/TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO


REQUISITOS: o acidente, relaçã o do acidente com o trabalho e o recebimento do benefício
previdenciá rio (afastamento superior a 15 dias) TST, Sú mula 378.
Entretanto, pode ocorrer demissã o por justa causa por ato faltoso do empregado.
Ex.; insubordinaçã o, embriaguez habitual.

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS ACIDENTÁRIOS

O segurado da previdência social tem direito a vá rios benefícios quando ocorre acidente do
trabalho que resultem incapacidade temporá ria, permanente ou, no caso de morte acidentaria, benefícios
para os dependentes.

AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁ RIO


Benefício concedido ao segurado incapacitado para o trabalho em decorrência de acidente de
trabalho ou de doença profissional. Considera-se acidente de trabalho aquele ocorrido no exercício de
atividades profissionais a serviço da empresa (típico) ou ocorrido no trajeto casa-trabalho-casa (de
trajeto).
Têm direito ao auxílio-doença acidentá rio o empregado, o trabalhador avulso, o médico-residente
e o segurado especial. A concessã o do auxílio-doença acidentá rio nã o exige tempo mínimo de
contribuiçã o.

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VALOR DO BENEFÍCIO
Corresponde a 91% do salá rio de benefício. O salá rio de benefício dos trabalhadores inscritos até
28 de novembro de 1999 corresponderá à média dos 80% maiores salá rios de contribuiçã o, corrigidos
monetariamente, desde julho de 1994.
Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salá rio de benefício será a média dos 80%
maiores salá rios de contribuiçã o de todo o período contributivo.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ


Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela
perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço
que lhes garanta o sustento.
Nã o tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesã o que geraria o benefício, a nã o ser quando a incapacidade resultar no agravamento da
enfermidade.
Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois em dois
anos, se nã o, o benefício é suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado recupera a
capacidade e volta ao trabalho.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por no
mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência nã o é exigido, mas é preciso
estar inscrito na Previdência Social.

VALOR DO BENEFÍCIO
A aposentadoria por invalidez corresponde a 100% do salá rio de benefício, caso o trabalhador
nã o esteja em auxílio-doença.
O salá rio de benefício dos trabalhadores inscritos até 28 de novembro de 1999 corresponderá à
média dos 80% maiores salá rios de contribuiçã o, corrigidos monetariamente, desde julho de 1994.
Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salá rio de benefício será a média dos 80%
maiores salá rios de contribuiçã o de todo o período contributivo.
O segurado especial (trabalhador rural) terá direito a um salá rio mínimo, se nã o contribuiu
facultativamente.
Se o trabalhador necessitar de assistência permanente de outra pessoa, atestada pela perícia
médica, o valor da aposentadoria será aumentado em 25% a partir da data do seu pedido.

PENSÃ O POR MORTE


Benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Para concessã o de pensã o por morte,
nã o há tempo mínimo de contribuiçã o, mas é necessá rio que o ó bito tenha ocorrido enquanto o
trabalhador tinha qualidade de segurado.
Se o ó bito ocorrer apó s a perda da qualidade de segurado, os dependentes terã o direito a pensã o
desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia da morte, os requisitos para obtençã o de aposentadoria
pela Previdência Social ou que fique reconhecido o direito à aposentadoria por invalidez, dentro do
período de manutençã o da qualidade do segurado

VALOR DO BENEFÍCIO
Corresponde a 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria
direito se estivesse aposentado por invalidez na data do ó bito. Neste caso, corresponderá a 100% do
salá rio de benefício.
O salá rio de benefício é calculado com base na média dos 80% maiores salá rios de contribuiçã o
do período contributivo do segurado, a contar de julho de 1994.
Se o trabalhador tiver mais de um dependente, a pensã o por morte será dividida igualmente entre
todos.Quando um dos dependentes perder o direito ao benefício, a sua parte será dividida entre os
demais.

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A pensã o por morte deixada pelo segurado especial (trabalhador rural) será de um salá rio
mínimo, caso nã o tenha contribuído facultativamente.

AUXÍLIO-ACIDENTE
Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua
capacidade de trabalho. Têm direito ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e
o segurador especial. O empregado doméstico, o contribuinte individual e o facultativo nã o recebem o
benefício
Para concessã o do auxílio-acidente nã o é exigido tempo mínimo de contribuiçã o.
O auxílio-acidente, por ter cará ter de indenizaçã o, pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela
Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta.

VALOR DO BENEFÍCIO
Corresponde a 50% do salá rio de benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o mês
anterior ao do início do auxílio-acidente.

NR 9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboraçã o e implementaçã o,


por parte de todos os empregadores e instituiçõ es que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevençã o de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservaçã o da saú de e da integridade
dos trabalhadores, através da antecipaçã o, reconhecimento, avaliaçã o e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideraçã o a proteçã o do meio ambiente e dos recursos naturais.

O Programa de Prevençã o de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:


a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
b) estratégia e metodologia de açã o;
c) forma do registro, manutençã o e divulgaçã o dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliaçã o do desenvolvimento do PPRA.

Deverá ser efetuada, sempre que necessá rio e pelo menos uma vez ao ano, uma aná lise global do
PPRA.
O PPRA deve também seguir as seguintes etapas:
a) antecipaçã o e reconhecimentos dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliaçã o e controle;
c) avaliaçã o dos riscos e da exposiçã o dos trabalhadores;
d) implantaçã o de medidas de controle e avaliaçã o de sua eficá cia;
e) monitoramento da exposiçã o aos riscos;
f) registro e divulgaçã o dos dados.

NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboraçã o e implementaçã o,


por parte de todos os empregadores e instituiçõ es que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saú de Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoçã o e preservaçã o
da saú de do conjunto dos seus trabalhadores.

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realizaçã o obrigató ria dos exames médicos:
a) admissional;

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b) perió dico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de funçã o;
e) demissional.
Os exames de que trata o item acima compreendem:
a) avaliaçã o clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e
seus anexos.

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA


CONSTRUÇÃO - PCMAT

18.3.1. Sã o obrigató rios a elaboraçã o e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20


(vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares
de segurança.
18.3.1.1. O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevençã o e
Riscos Ambientais.

18.3.4. Integram o PCMAT:


a) memorial sobre condiçõ es e meio ambiente de trabalho nas atividades e operaçõ es,
levando-se em consideraçã o riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas
preventivas;
b) projeto de execuçã o das proteçõ es coletivas em conformidade com as etapas de
execuçã o da obra;
c) especificaçã o técnica das proteçõ es coletivas e individuais a serem utilizadas;
d) cronograma de implantaçã o das medidas preventivas definidas no PCMAT em
conformidade com as etapas de execuçã o da obra;
e) layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando,
inclusive, previsã o de dimensionamento das á reas de vivência;
f) programa educativo contemplando a temá tica de prevençã o de acidentes e doenças do
trabalho, com sua carga horá ria.

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MÓDULO V – NOÇÕES BÁSICAS DE


PRIMEIROS SOCORROS

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INTRODUÇÃO

Primeiros socorros, sã o todas as medidas que devem ser tomadas de imediato para evitar
agravamento do estado de saú de ou lesã o de uma pessoa antes do atendimento médico.

AÇÕES DO SOCORRISTA

• Manter a calma e isolar a á rea, evitando o acesso de curiosos;


• Agir com rapidez e segurança;
• Observar a vítima,a, verificando alteraçõ es ou ausência de respiraçã o, hemorragias, fraturas,
coloraçõ es diferentes da pele, presença de suor intenso, expressã o de dor;
• Observar alteraçõ es da temperatura, esfriamento das mã os e / ou pés;
• Colocar a vítima deitada de costas, com a cabeça ao nível do corpo. Se o rosto começar a ficar
congestionado (vermelho), conservar a cabeça levantada, colocando um pano embaixo.
• Se tiver vô mitos, voltar a cabeça da vítima para um dos lados. Isso evita que o vô mito chegue aos
pulmõ es.
• Se tiver inconsciente, retirar dentadura, comida, lama ou outros objetos da boca, mantendo a
língua do acidentado esticada para evitar a sufocaçã o
• Desapertar as roupas e tirar sapatos, cintos, gravata ou qualquer outra coisa que possa prejudicar
a circulaçã o.
• Nã o remover a vítima, enquanto nã o tiver uma idéia precisa da natureza e extensã o de seus
ferimentos
• Se a vítima estiver consciente, perguntar o que ela sente;
• Nã o tentar dar de beber à pessoa que estiver inconsciente.
• Nunca dar bebidas alcoó licas para beber.
• Em caso de suspeita de fratura ou luxaçã o, nã o fazer massagem, nem mudar a posiçã o da vítima.
Imobilizar o local atingido na posiçã o correta. Se a fratura for na coluna o correto é nã o mexer na
vítima até a chegada de ajuda especializada, mas se for necessá rio, o transporte da vítima deve ser
em leito rígido.
• Em caso de queimadura, nã o aplicar ó leo, pasta de dente ou qualquer outra coisa;
• Nã o mexer em ferimentos com sangue já coagulado;
• Procure que haja comunicaçã o imediata com hospitais, ambulâ ncias, bombeiros, polícia se
necessá rio, e aguarde à ajuda de um profissional habilitado;
• Recolha em caso de amputaçã o a parte amputada;
• Mergulhe a parte amputada em soro fisioló gico;
• Acondicione tudo em embalagem contendo gelo;
• Siga imediatamente para o hospital;
• A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da pessoa socorrida

INSOLAÇÃO

Exposiçã o excessiva ao calor que pode se apresentar subitamente, a vítima cai desacordada, ou
apó s enjô o, dor de cabeça, pele seca e quente, febre alta.

COMO SOCORRER:
 retirar a vítima do local de exposiçã o, colocando-a na sombra;
 colocar compressas frias sobre a cabeça;
 envolver o corpo com toalhas constantemente molhadas;
 se estiver consciente, dê-lhe á gua para beber.

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DESMAIO

Normalmente, o desmaio nã o passa de um acidente leve, só se agravando quando é causado por


grandes hemorragias.

COMO SOCORRER:
 se a pessoa estiver prestes a desmaiar, coloque-a sentada com a cabeça entre as pernas;
 se o desmaio já ocorreu, deitar a vítima no chão, verificar respiração e palidez;
 afrouxar as roupas;
 erguer os membros inferiores;
Obs.: Se a vítima não se recuperar de 2 a 3 minutos, procurar assistência médica.

CRISE CONVULSIVA

A vítima de crise convulsiva (ataque epiléptico), fica retraída e começa a se debater


violentamente, podendo apresentar os olhos virados para cima e salivaçã o abundante. Normalmente Apó s
a convulsã o, a pessoa entra em sono pesado.

COMO SOCORRER:
 deite a vítima no chã o e afaste tudo que estiver ao seu redor que possa machucá -la;
 retire objetos como pró teses, ó culos, colares, etc;
 coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes e desaperte a roupa da vítima;
 cessada a convulsã o, deixa a vítima repousar calmamente, pois poderá dormir por minutos ou
horas;
 Evitar estímulos como sacudidas, aspiraçã o de vinagre, á lcool ou amoníaco;
 Nã o jogar á gua sobre a vítima;

FERIMENTOS - TIPOS

Contusã o (batidas), hematoma (local fica roxo), perfuro cortante (ferimento com faca prego,
mordedura de animais, armas de fogo) e escoriaçã o (ferimento superficial, só atinge a pele).

COMO SOCORRER:
Contusõ es e Hematomas:
 repouso da parte contundida;
 aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se estabilize;
 elevar a parte atingida.

Perfuro cortantes e Escoriaçõ es:


 lavar as mã os;
 lavar o ferimento com á gua e sabã o;
 secar o local com gase ou pano limpo;
 se houver sangramento comprimir o local;
 fazer um curativo;
 manter o curativo limpo e seco;
 proteger o ferimento para evitar contaminaçã o.

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SANGRAMENTO

As Hemorragias
Hemorragia externa: é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou
artéria).
Hemorragia interna: é o resultado de um ferimento profundo com lesã o de ó rgã os internos.

SANGRAMENTOS EXTERNOS - O QUE FAZER

• Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coraçã o.
• Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado
ou com uma das mã os. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e as
mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento cesse, pressione com mais firmeza por mais 10
minutos.
• Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme,
mas que permita a circulaçã o sanguínea. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha
novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoçã o de eventuais coá gulos.

Obs: quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressã o nã o for suficiente para estancá -
los, comprima a artéria ou a veia responsá vel pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de
sangue para a regiã o afetada.

SANGRAMENTOS INTERNOS

Como verificar e como agir


Os sinais mais evidentes sã o: pele fria, ú mida e pegajosa, palidez, pulso fraco, lá bios azulados e
tremores. Nã o dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores. Peça auxílio médico imediato.

SANGRAMENTOS NASAIS - O QUE FAZER

• Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja
engolido, provocando ná useas.
• Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local.
• Depois de alguns minutos, afrouxe a pressã o vagarosamente e nã o assoe o nariz.
• Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

TORNIQUETES – COMO FAZER

O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do
sangramento. Veja como:
• Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes.
Amarre-o com um nó simples.
• Em seguida, amarre um bastã o sobre o nó do tecido. Torça o bastã o até estancar o sangramento.
Firme o bastã o com as pontas livres da tira de tecido.
• Marque o horá rio em que foi aplicado o torniquete.
• Procure socorro médico imediato.
• Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulaçã o do membro
afetado.

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FRATURAS

É um tipo de lesã o onde ocorre a quebra de um osso. Existem 2 tipos de fraturas:


Exposta ou aberta: quando há o rompimento da pele.
Interna ou fechada: quando nã o há o rompimento da pele.
Em ambos os casos, acontece dor intensa, deformaçã o do local afetado, incapacidade de movimento e
inchaço.
COMO AGIR:
- Impedir o deslocamento das partes quebradas para evitar maiores danos;
- Colocar o membro acidentado na posiçã o o mais normal possível, sem
desconforto;
- Improvisar talas para a imobilizaçã o. As talas devem cobrir as duas articulaçõ es que
movimentam o osso atingido e devem ser acolchoadas para nã o machucar o membro. Amarrar as mesmas
com ataduras ou tiras de pano, sem apertar muito; em caso de fraturas expostas, cobrir a parte afetada
com gaze ou pano limpo;
- Nã o deslocar nem arrastar a vítima até que a regiã o suspeita seja imobilizada;

- Quando suspeitar de fratura na coluna, transportar o acidentado para uma maca e evitar
flexionar o tronco, se possível improvisar um colete cervical ( pescoço ).

Nunca transportar a vítima em arco, isto é, pelos braços e pernas. O transporte deve ser feito por
deslizamento, apoiando-se as mã os nas coxas, ná degas, zona afetada e dorso da vítima. Sã o necessá rias
duas ou três pessoas para fazer isso; Nos casos em que se suspeite de entorse ou luxaçã o, a conduta é a
mesma de fraturas nã o expostas.

PARADA RESPIRATÓRIA - RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL

Quando uma pessoa cai, se afoga, é soterrada ou leva um choque elétrico, ela perde, muitas vezes, a
respiração. A vida dessa pessoa pode ser salva fazendo-se a respiração boca a boca. É fácil, basta seguir as
recomendações a seguir:
a) Deitar a vítima de costas e afrouxar todas as suas roupas. Depois inclinar a
cabeça de lado, tirando o que estiver dentro da boca, como dentadura, alimentos, saliva e á gua;
b) Inclinar a cabeça para trá s e colocar debaixo do pescoço uma roupa dobrada ou uma peça
macia a fim de ajudar a passagem do ar;
c) Apertar o nariz da vítima para nã o deixar o ar sair. E abaixar o queixo para fazer com que o ar
entre;

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d) Tomar fô lego, colocar a boca sobre a boca da vítima e soprar até aparecer a elevaçã o do peito.
Pode-se fazer isto, também pelo nariz. Nesse caso, fechar a boca da vítima;
Nota: um lenço colocado sobre o nariz ou boca evita o contato direto e nã o
impede a passagem do ar.
e) Tirar os lá bios da boca da vítima para deixar o ar sair dos pulmõ es;
f) Repetir a mesma operaçã o, 12 a 18 respiraçõ es por minuto ( nas crianças até 20 vezes, mas nã o
profundamente ), até que a vítima volte a respirar
normalmente;
g) Nã o parar a respiraçã o boca a boca até ter certeza de que a pessoa está
totalmente recuperada ou até que o médico mande parar.

PARADA CÁRDIO-RESPIRATÓRIA

O que acontece
Além de apresentar ausência de respiraçã o e pulsaçã o, a vítima também poderá apresentar
inconsciência, pele fria e pá lida, lá bio e unhas azulados.

O que não se deve fazer

• NÃ O dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intençã o de reanimá -la.


• Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coraçã o nã o está batendo.

PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma
só vez, colocando-o de costas no chã o. Faça isso com a ajuda de mais duas ou três pessoas, para nã o virar
ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesionar a medula quando houver vértebras quebradas.
Verifique entã o se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiraçã o. Se positivo, retire-a.

RESSUSCITAÇÃ O CÁ RDIO-PULMONAR
Com a pessoa no chã o, coloque uma mã o sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso
vertical que está no centro do peito. Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar a respiraçã o boca-a-
boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo
levantado para esticar o pescoço. Enquanto o ajudante enche os pulmõ es, soprando adequadamente para
insuflá -los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coraçã o volte a bater. Esta sequencia
deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada dez pressõ es no
coraçã o; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressõ es.

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MORDEDURAS E PICADAS

Os princípios de primeiros socorros, nos casos de mordeduras e picadas sã o:


 limitar a propagaçã o de venenos específicos;
 tratar os venenos específicos;
 controlar qualquer sangramento;
 verificar se existe choques e problemas respirató rios, tratando-os se necessá rio;
 evitar infecçã o pela limpeza da á rea mordida;
 procurar assistência médica.

PICADAS DE COBRAS

Existem no Brasil, 4 grupos de serpentes venenosas. As serpentes do grupo Bothrops (jararacas)


sã o responsá veis por 90% dos acidentes. Seus sinais e sintomas sã o: dor, edema e calor local.

COMO SOCORRER:
 mantenha a pessoa deitada e calma;
 nã o use garrotes ou torniquetes, pois estes podem causar gangrena;
 nã o fazer incisõ es ou cortes, pois existe risco de hemorragia;
 limpe bem o local da picada com á gua;
 procure assistência médica.

PICADAS DE ARANHAS E ESCORPIÕES

Os acidentes causados por picadas de aranhas e escorpiõ es, com dor intensa, podem ser graves
em crianças e idosos.
O reconhecimento da aranha ou escorpiã o, pode ajudar na identificaçã o do tratamento.
Se possível capture o animal para que possa ser identificado.

ESCORPIÕES

Os escorpiõ es (lacraus) nã o sã o agressivos, picam somente para se defender e quando isso ocorre, seus
sinais e sintomas sã o: dor, ná useas, vô mitos, diarréia, dores no estô mago, vontade constante de urinar,
dificuldade de respirar, palidez e sudorese.

COMO SOCORRER:
 manter a vítima em repouso;

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 colocar compressas quentes;


 providenciar assistência médica.

ARANHAS

As aranhas nã o sã o agressivas, picam apenas quando molestadas.


Tarâ ntulas e Caranguejeiras, nã o sã o consideradas perigosas, pois nã o causam sintomatologia
grave.
Armadeiras sã o venenosas e responsá veis pela maioria dos acidentes graves.
Viú vas Negras, nã o sã o agressivas e, quando alguém é picado, apresenta uma elevaçã o
avermelhada no local.
Aranhas Marrons, nã o sã o agressivas, picam somente quando nã o há possibilidade de
fuga.
Em caso de acidente, seus sinais e sintomas sã o: dor intensa, ná useas, vô mitos, salivaçã o,
sudorese, agitaçã o, visã o turva, febre e anemia.

COMO SOCORRER:
Aplicar compressa no local da picada;
Se a dor for intensa, procurar assistência médica para receber soro.

PICADAS DE ABELHAS E VESPAS

Os acidentes causados por picadas de abelhas e vespas, apresentam manifestaçõ es clínicas


distintas, dependendo da sensibilidade do indivíduo ao veneno e do nú mero de picadas

COMO SOCORRER:
 tentar tirar o ferrã o;
 colocar gelo;
 passar uma pomada anti-histamínica no local.
Obs.: No tratamento de pessoa sensibilizada ou de mú ltiplas picadas, procurar assistência médica com
urgência.

PICADAS DE INSETOS

Embora nã o sejam considerados animais peçonhentos, existem insetos como: formigas,


pernilongos, mosquitos, pulgas, piolhos, percevejos, borrachudos, mutucas, etc. Suas picadas podem
provocar reaçõ es graves e generalizadas, causando os seguintes sinais e sintomas: dor intensa, inchaço,
ná usea, vô mito, tontura, sudorese, rigidez no mú sculo e dificuldades de respiraçã o.

COMO SOCORRER:
 manter a vítima em repouso;
 procurar assistência médica.

QUEIMADURAS

O contato com chamas, substâ ncias super-aquecidas, a exposiçã o excessiva à luz solar e mesmo à
temperatura ambiente muito elevada, provocam reaçõ es no organismo, que podem se limitar à pele ou
afetar funçõ es vitais.

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As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e 3º grau, cada uma delas com suas pró prias
características.

QUEIMADURA DE 1º GRAU

Causa pele avermelhada, com edema e dor intensa.

COMO SOCORRER:
 resfriar o local com á gua corrente

QUEIMADURA DE 2º GRAU

Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada ou de coloraçã o variá vel, edema e dor.

COMO SOCORRER:
 esfriar o local com á gua corrente;
 nunca romper as bolhas;
 nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café, pasta de dente, etc.

QUEIMADURA DE 3º GRAU

Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou carbonizada, quase sempre com pouca ou
nenhuma dor (aqui incluem-se todas as queimaduras elétricas).

COMO SOCORRER:
 nã o usar á gua;
 assistência médica é essencial;
 levar imediatamente ao médico.

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MÓDULO VI– AIDS MEDIDAS DE


PREVENÇÃO

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ORIGEM E HISTÓRIA

A AIDS foi primeiramente relatada 5 de junho de 1981, quando o Centro para Controle e
Prevençã o de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou o Pneumocystis carinii em cinco homossexuais
em Los Angeles, Califó rnia. No início, o CDC nã o tinha um nome oficial para a doença. Em busca de um
nome e observando as comunidades infectadas, criou o termo "a doença dos 4Hs", referindo-se aos
haitianos, homossexuais, hemofílicos e usuá rios de heroína. No entanto, depois de determinar que a AIDS
nã o era uma doença exclusiva da comunidade homossexual, o termo "GRID" tornou-se enganoso e o termo
"AIDS" foi criado em uma reuniã o em julho de 1982. Em setembro 1982, o CDC começou a usar o nome de
AIDS.
A mais antiga identificaçã o positiva do vírus HIV conhecida vem do Congo em 1959 e 1960,
embora os estudos genéticos indicam que o vírus tenha passado para a populaçã o humana vindo de
chimpanzés em torno de cinquenta anos antes. Um estudo recente afirma que o HIV provavelmente
mudou da Á frica para o Haiti e, em seguida, entrou nos Estados Unidos em torno de 1969.

O QUE É AIDS:

Aids quer dizer: síndrome da imunodeficiência adquirida.

Síndrome: é a associaçã o de vá rios sinais (sintomas) que permitem identificar uma doença.

Imunodeficiência: é um enfraquecimento importante do sistema imunoló gico. Significa que, fraca, a pessoa
pode pegar muitas doenças.

Adquirida: porque a pessoa nã o nasce com ela, mas a pega ao entrar em contato com o vírus da AIDS, o
HIV.

SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - AIDS

O HIV, o vírus da Aids, é um retrovírus que, ao invés de ter DNA, possui RNA, ou seja, no seu
processo de infecçã o da célula T4 hospedeira tem que transformar seu RNA em DNA. Essa característica o
torna muito variá vel, como todo retrovírus. O HIV é da família lentivírus, indicando que entre a infecçã o e
a manifestaçã o, podem decorrer vá rios anos. O HIV é o vírus que faz o corpo ficar fraco, possibilitando a
ocorrência de diversas doenças oportunistas (que se aproveitam da situaçã o de fraqueza da pessoa). Ele
pode ficar muito tempo “dormindo”dentro de espécies de “casinhas”chamadas linfó citos t4. Quando
acorda”começa a se multiplicar até destruir a “casinha” (célula) e outra e outra e outra mais. O corpo fica
sujeito a todo tipo de doenças, inclusive aquelas que nã o causariam grandes problemas em pessoas sem o
HIV, como por exemplo, o sapinho na boca, a diarréia etc.

O SISTEMA IMUNOLÓGICO

O organismo humano é protegido dos vírus e de outros agentes invasores, como micró bios,
bactérias e fungos, pelo sistema imunoló gico, que podemos chamar de defensor do corpo humano.

Existem três componentes bá sicos do sistema imunoló gico:


 as células do sangue;
 o sistema linfá tico, constituído de gâ nglios espalhados pelo corpo;
 a medula, que tem como uma das principais funçõ es, produzir as células de defesa.

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O QUE OCORRE QUANDO O HIV ENTRA NO ORGANISMO

Ao penetrar no corpo humano, e logo nas primeiras semanas de infecçã o, o HIV aloja-se nos
nó dulos linfá ticos, que se tornam reservató rios do vírus - 98% das células de defesa ficam nesses nó dulos
e nã o no sangue: o intestino também é um grande reservató rio dessas células. Nos nó dulos linfá ticos
encontram-se, no mínimo, 10 vezes mais HIV do que no sangue. Nestes nó dulos, o HIV pode ficar “inativo”
durante muito tempo.

FASES DE INFECÇÃO PELO HIV

Fase soropositiva: aparentemente, o individuo é saudá vel, mas está contaminado. Tem o vírus e
nã o apresenta nenhum sintoma da doença, mesmo assim, pode transmitir a aids para outras pessoas
sadias.

Fase intermediá ria: é quando aparecem e persistem os sintomas como diarréia, emagrecimento
muito rá pido, gâ nglios (caroços) inchados no pescoço ou debaixo dos braços.

Fase da doença: é a fase mais grave da aids propriamente dita. Aparecem doenças como
pneumonia, meningite, tuberculose, herpes, que se aproveitam da fraqueza do corpo. Sã o conhecidas, hoje,
mais de 25 doenças oportunistas e alguns tipos de câ ncer, tumores. Exatamente porque o corpo está fraco,
é difícil de tratar, pois os remédios nã o fazem muito efeito.

A TRANSMISSÃO

Quando está fora do corpo humano, o vírus da AIDS morre logo, nã o sobrevive por muito tempo.
Ainda bem. Além disso, é preciso haver uma grande quantidade do vírus para contaminar uma pessoa
sadia. O que só acontece quando o HIV entra em contato direto com o sangue, esperma, ou secreçõ es
vaginais.

A AIDS PODE SER TRANSMITIDA POR:

RELAÇÃ O SEXUAL COM PESSOAS PORTADORAS DO HIV


Durante as relaçõ es sexuais, ocorrem ferimentos muito pequenos; tã o pequenos que nã o dá para
ver a olho nú . É por aí que o vírus entra. Todo contato com sangue, esperma e líquidos vaginais
contaminados é perigoso. O sexo anal é ainda mais arriscado, pois o anus é o local ideal para o vírus se
alojar. O sexo oral também apresenta risco de contaminaçã o, principalmente se houver ejaculaçã o na boca
ou, no caso da mulher, quando estiver no período de menstruaçã o. Se um dos parceiros tiver algum tipo de
ferimento na boca ou na gengiva, por exemplo, poderá haver a contaminaçã o. Neste caso, será novamente
através do sangue, isto é, o vírus entrará direto na corrente sanguínea da pessoa.

TRANSFUSÃ O OU RECEPÇÃ O DE SANGUE


A rede hospitalar no Brasil está consciente do perigo da transmissã o da AIDS através de
transfusõ es de sangue. Por isso, um nú mero cada vez maior de hospitais está fazendo teste para descobrir
possíveis doadores contaminados.
A recepçã o do sangue com HIV pode acontecer também pelo uso de agulhas e seringas
contaminadas. Os hospitais brasileiros só usam seringas descartá veis. Portanto, nã o há problema. O
problema aparece entre os drogados que se utilizam de uma mesma agulha e seringa para passar a droga
de um para outro. Se ficou uma gota de sangue ali, a contaminaçã o é certa.

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DE MÃ E PARA FILHO
A transmissã o da mã e para o filho pode acontecer no parto ou pela Amamentaçã o. No caso de
mã es portadoras do vírus da AIDS, a possibilidade de contaminaçã o do feto é de mais ou menos 30%, isto
é, uma em cada três crianças é contaminada. Portanto, 70% dos bebês podem nascer sem o HIV, segundo
as pesquisas. A criança pode ser contaminada também durante o parto. Os médicos recomendam que as
mã es com vírus nã o amamentem e nã o doem seu leite.

O vírus da AIDS já foi encontrado na saliva, nas lagrimas, no suor, na urina e nas fezes, mas em
pequenas quantidades. O risco de pegar AIDS em contato com esses líquidos é muito pequeno.
Beijar é muito bom e nã o faz mal a ninguém. Só há possibilidade de pegar AIDS se o beijo for
profundo e se houver sangramento nas gengivas. Até hoje, nã o houve nenhum caso de transmissã o por
beijo, cientificamente provado. É praticamente impossível a transmissã o por mosquitos, pernilongos,
animais domésticos, copos, alimentos, privadas, ô nibus, talheres, dinheiro, maçanetas, piscinas, escolas,
parques pú blicos ou pelo ar.
Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011, O Brasil tem 608.230 casos registrados
de aids (condiçã o em que a doença já se manifestou), de acordo com o ú ltimo Boletim Epidemioló gico. Em
2010, foram notificados 34.218 casos da doença e a taxa de incidência de aids no Brasil foi de 17,9 casos
por 100 mil habitantes.
Observando-se a epidemia por regiã o em um período de 10 anos, 2000 a 2010, a taxa de
incidência caiu no Sudeste de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes. Nas outras regiõ es, cresceu:
27,1 para 28,8 no Sul; 7,0 para 20,6 no Norte; 13,9 para 15,7 no Centro-Oeste; e 7,1 para 12,6 no Nordeste.
Vale lembrar que o maior nú mero de casos acumulados está concentrado na regiã o Sudeste (56%).

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O QUE O DOENTE SENTE:

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É muito comum que os doentes da AIDS sintam dores agudas na cabeça, no peito, mã os e pés.
Feridas na boca ou nas partes baixas (em volta do pênis, da vagina ou do â nus) também podem ser muito
dolorosas.
Antes que a dor se torne aguda, é preciso dar algum remédio mais forte do que aspirina. O médico
pode receitar os remédios adequados. Porém, o doente e as pessoas que cuidam dele precisam saber que
os remédios mais fortes, que fazem dormir, podem agravar o seu estado de saú de. Para aliviar a dor,
coloque um pano limpo e ú mido sobre as feridas, a cabeça ou peito, derrame á gua limpa e depois enxuque
bem. O local da dor pode também ser massageado suavemente com ó leo ou vaselina. Peça ao doente para
respirar profunda e regularmente , para relaxar. Existem também remédios que podem melhorar as
feridas. Fale com o médico.
A diarreia pode ser um problema grave, com fezes aguadas, cheiro muito ruim. O doente, à s vezes,
se recusa a comer e a beber, com medo de piorar a diarreia. Ele se sente triste e deprimido. Quem estiver
cuidando dele precisa encorajá -lo a comer alimentos leves e nutritivos, como sopã o, á gua de arroz, suco de
frutas, chá fraco. A desidrataçã o será combatida assim. Se o doente vomitar, dê a ele de pouco em pouco
tempo uma pequena quantidade de líquido. Alimentos e líquidos contendo muito açú car podem piorar a
diarreia.
Use plá stico para proteger o colchã o e os cobertores. Troque a roupa de cama sempre que
necessá rio, ainda que seja duas ou mais vezes por dia. O doente deve estar sempre limpo, seco e
confortá vel. A diarreia e os suores deixam um cheiro muito ruim no ambiente. Por isso, use um ventilador
ou desodorantes de ambientes.

SEXO SEGURO

Sexo seguro (ou mais seguro) pode significar:


 usar camisinha desde o início da penetraçã o, seja anal, vaginal ou oral;
 nã o receber sêmen ejaculado dentro do seu corpo;
 evitar contato oral com a vagina, â nus ou pênis para uma relaçã o 100% segura;
 nã o ejacular na boca;
 masturbaçã o a dois;
 carícias;
 massagem;
 abraços, beijos na boca e pelo corpo.

COMO NÃO SE PEGA AIDS

 Usando camisinha em todo e qualquer tipo de relaçã o sexual, seja vaginal, oral ou anal;
 Dando abraço ou beijo em pessoa contaminada;
 Exigindo, nas transfusõ es, sangue analisado por exames de laborató rio;
 Usando seringas e agulhas descartá veis;
 Exigindo uso de ferramentas médicas e odontoló gicas devidamente esterilizadas;
 Exigindo a devida higiene de aparelhos de manicure, acumpuntura, etc.;
 Compartilhando roupas de cama, vaso sanitá rio ou utensílios domésticos;
 Nadando na mesma piscina ou sentando na mesma cadeira usada por pessoa contaminada;
 Sendo picado por inseto;
 Doando sangue (desde que a agulha seja descartá vel).

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MUDAR JÁ! OU AUMENTAR O RISCO DE VIDA

Herbert de Souza, o Betinho, em seu livro “A cura da AIDS” escreveu: “viver sob o signo da morte
nã o é viver. Se a morte é irreversível, o importante é saber viver e, para isso, é fundamental que possamos
reduzir o contá gio com o vírus HIV. É um desafio que temos que vencer”.
Sem dú vida, esse é um desafio muito difícil de vencer. O primeiro passo é uma mudança total de
comportamento das pessoas. O perigo de contá gio ronda todos nó s. Por isso, precisamos nos conscientizar
de que somente com proteçã o é que podemos evitar a AIDS.

O DESCUIDO PODE SER FATAL


“Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo”. Essa frase é muito ouvida diariamente por
médicos em todo o brasil. Sã o pessoas como você, que precisam entender, de uma forma ou de outra, que
AIDS está aí, violenta, sem escolher suas vítimas. Por isso, é chegado o momento de todo mundo parar
para pensar e mudar. A primeira atitude que devemos assumir é o uso da camisinha. Ela é a ú nica forma
conhecida de prevençã o da AIDS. Aquele velho papo de “nã o vou chupar bala com papel” tem de ser
esquecido. Ou se faz sexo com camisinha, ou o risco de contrair o vírus da AIDS é imenso.
Ainda sobre o uso da camisinha:
Muitas pessoas nã o usam, com medo de magoar ou chatear o parceiro. Isto porque, nas relaçõ es
entre parceiros, é muito difícil acreditar que o outro possa estar contaminado. Mas, será que existe total
sinceridade entre todos, a ponto de haver garantia da nã o contaminaçã o?
O outro ponto importante diz respeito à s drogas aplicadas diretamente na veia. De um modo
geral, os médicos especialistas em AIDS afirmam que “a maioria daqueles que usam drogas na veia um dia
vai se contaminar”. O uso de drogas na veia tem de acabar. Mas, no caso disso ser impossível para alguém,
que haja pelo menos o cuidado de utilizar seringas individuais e nunca participar de sessõ es coletivas de
uso de droga.

CHEGAMOS AO FIM...

Este documento foi criado com a principal função de informar o colaborador.


Nós da MC CONSTRUTORA E TOPOGRAFIA LTDA acreditamos no poder da informação,
acreditamos que funcionário bem informado é funcionário mais atento, precavido e ativo.
Ter um ambiente de trabalho seguro é bom para todos.
Ninguém faz segurança do trabalho sozinho, a empresa MC CONSTRUTORA E
TOPOGRAFIA LTDA conta com todos nós!!!
Lembre-se : Acidentes não acontecem!!! Eles são causados!!!

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