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Pis & Cofins

PIS&COFINS
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CO NTÁBIL, FISCAL & TRIBUTÁRIA
V.09 Ago/19

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO


RIO DE JANEIRO – CRC/RJ

Professora Maria Inês Oliveira


sigestaotreinamento@yahoo.com.br
www.sigestaotreinamento.com

PIS E COFINS
Regimes de Tributação

(PEPC: RJ-02141: 9 PTOS -


AUD/BCB/SUSEP/RESP.TÉCNICO/PERITO/PREVIC)

Rio de Janeiro-RJ
Ago 2019| V.09

Este Roteiro é de autoria da palestrante (Inês Oliveira), atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação
pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.
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Sumário

Módulo I – Introdução ............................................................................................................... 7


1.1 Instituição das Contribuições ......................................................................................... 9
1.2 Sistemáticas de Apuração | Breve Histórico ................................................................ 9
1.3 Faturamento ou Receita Bruta ..................................................................................... 10
1.4 Contribuições de Valor Inferior a R$ 10,00 ................................................................ 13
1.5 Pagamento Centralizado ............................................................................................... 13
1.6 Pagamentos Fora de Prazo ........................................................................................... 14
Módulo II – Regime de Incidência CUMULATIVA do Pis e da Cofins ................................ 14
2.1 Contribuintes................................................................................................................... 15
2.2 EMPRESAS que continuam obrigadas a Recolher o Pis e a Cofins pelo Regime
“Cumulativo” .......................................................................................................................... 16
2.3 As RECEITAS que continuam obrigadas a Recolher o Pis e a Cofins pelo Regime
“Cumulativo” .......................................................................................................................... 17
2.4 BASE DE CÁLCULO da Incidência Cumulativa ........................................................... 19
2.4.1 EXCLUSÕES da Base de Cálculo ........................................................................... 19
2.5 Isenções e Não Incidência ............................................................................................ 21
2.5.1 Hipóteses de ISENÇÃO .......................................................................................... 22
2.6 Regimes de Reconhecimento das Receitas ................................................................ 23
2.6.1 Competência ............................................................................................................ 23
2.6.2 Caixa ......................................................................................................................... 24
2.7 Sociedades Civis de Profissões Legalmente Regulamentadas ................................. 24
2.8 Alíquota............................................................................................................................ 26
2.8.1 Regra Geral .............................................................................................................. 26
2.8.2 Casos Específicos .............................................................................................. 26
..................................................................................................................................................... 27
Módulo III – Regime de Incidência NÃO CUMULATIVA do Pis e da Cofins ..................... 27
3.1 Contribuintes................................................................................................................... 28
3.2 BASE DE CÁLCULO na NÃO Cumulatividade............................................................. 28
3.2.1 EXCLUSÕES da Base de Cálculo .......................................................................... 28
3.3 Regime de Reconhecimento da Receita ..................................................................... 30
3.4 Alíquota............................................................................................................................ 30
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3.5 DEDUÇÃO DE CRÉDITO ................................................................................................ 30


Módulo IV – Regimes Diferenciados de Tributação do Pis e da Cofins ............................ 31
4.1 Regimes Diferenciados e suas divisões ...................................................................... 31
Módulo V – PIS/Pasep sobre a folha de pagamento ........................................................... 33
5.1 Contribuintes ................................................................................................................. 34
5.2 Base de Cálculo ............................................................................................................. 35
5.3 Receitas que NÃO ESTÃO ABRANGIDAS no Estatuto Social da Entidade ............ 36
5.4 Alíquota .......................................................................................................................... 39
5.5 Pagamento da Contribuição ........................................................................................ 40
5.5.1 Prazo ......................................................................................................................... 40
5.5.2 Códigos do DARF .................................................................................................... 40
Módulo VI – PIS/COFINS Importação .................................................................................... 40
6.1 Importações de Serviços e Mercadorias ..................................................................... 40
6.2 Base de Cálculo na Importação ................................................................................... 41
6.2.1 Mercadorias ............................................................................................................. 41
6.2.2 Serviços .................................................................................................................... 43
6.3 Base de Cálculo Diferenciada ....................................................................................... 43
6.4 Cálculo do Pis e da Cofins na Importação de Bens e Serviços................................ 44
6.5 Alíquota............................................................................................................................ 45
6.6 Alíquota Zero do Pis e da Cofins Importação ........................................................... 47
6.7 Alíquota Adicional de 1% da Cofins na Impostação de Produtos ........................... 47
6.8 Fato Gerador ................................................................................................................... 48
6.9 Prazo de Pagamento ...................................................................................................... 49
6.10 Demais Situações nas Importações .......................................................................... 50
6.10.1 Bens Importados que foram Extraviados .......................................................... 50
6.10.2 Responsabilidade Solidária na Importação ....................................................... 50
6.10.3 Frete Internacional e Intermediação de Negócios........................................... 51
6.10.4 Back to back .......................................................................................................... 51
Módulo VII – Sistema Monofásico do Pis e da Cofins Optantes ou não pelo Simples
Nacional ...................................................................................................................................... 51
7.1 Revendas de produtos Monofásicos ............................................................................ 52
7.2 Calculando o DAS com Revendas de produtos Monofásicos ................................... 54
Módulo VIII– Demais Tratamento Tributário do Pis e da Cofins ....................................... 57
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8.1 Rateio e Reembolso de Despesas de Grupo Econômico .......................................... 57


8.2 Indenizações ................................................................................................................... 59
8.3 Recuperações de Tributos ............................................................................................ 59
8.4 Bonificações e Descontos.............................................................................................. 60
8.5 Brindes ............................................................................................................................. 60
8.6 RECEITAS FINANCEIRAS .............................................................................................. 61
8.7 Operadores de Plano de Saúde.................................................................................... 63
8.8 Obras de Construção Civil | Incidência Cumulativa .................................................. 63
8.9 Papel Imune .................................................................................................................... 64
8.10 Retenção na Fonte por Órgãos Públicos Federais .................................................. 64
8.11 Prestação de Serviço – Hotelaria – Ingresso de Divisas – Cartão de Crédito
Internacional – Cheque Viagem – Isenção – Não Incidência ........................................ 65
8.12 Doações Recebidas ...................................................................................................... 67
8.13 Ajustes a Valor Presente ............................................................................................. 69
8.14 Exportações .................................................................................................................. 69
8.15 ICMS exclusão da Base de Cálculo do Pis e da Cofins ........................................... 70
8.15.1 Solução de Consulta Interna Cosit nº 13, de 18 de outubro de 2018 ......... 70
8.15.2 Nota de Esclarecimento da RFB ......................................................................... 72
8.15.3 Como calcular a exclusão do ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins ......... 72
8.15.4 Recuperação do Pis e da Cofins pago em base com o ICMS ......................... 74
8.16 Retenção das Contribuições do Pis e da Cofins....................................................... 75
8.16.1 Pessoa Jurídica não obrigada a efetuar a retenção do Pis e da Cofins ........ 78
8.16.2 Casos em que “não” se aplica a retenção do Pis e da Cofins ........................ 78
8.16.3 Destaque das Contribuições................................................................................ 79
8.16.4 Prazo de Recolhimento ........................................................................................ 79
8.16.5 Local do Recolhimento ......................................................................................... 80
8.16.6 Código de Recolhimento ...................................................................................... 80
Módulo IX – CRÉDITOS Regime de Apuração da Não Cumulatividade ............................ 80
9.1 CRÉDITOS da NÃO Cumulatividade ............................................................................ 80
9.1.1 Incidência não cumulativa de parte das receitas ............................................... 81
9.1.2 Crédito Apropriação Direta (Faturamento) ......................................................... 81
9.1.3 Rateio Proporcional da Receita Bruta .................................................................. 81

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9.1.4 Receita com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência das
contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins. ................................................................ 82
9.1.5 Utilização do Saldo Credor..................................................................................... 82
9.1.6 Ressarcimento e compensação de créditos do regime de incidência não
cumulativa da Contribuição para o PIS e da Cofins..................................................... 83
1. Créditos Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003....................................................... 84
2. Créditos Embalagens – Período 1º de abril de 2005 e 30 de abril de 2015 .... 85
3. Créditos Lei nº 11.196/2005 ................................................................................... 85
4. Créditos presumidos ................................................................................................. 86
5. Créditos Presumidos – Lei nº 10.925, de 2004 – Disposições específicas ....... 89
6. Pessoas jurídicas importadoras ou produtoras de álcool .................................... 91
7. Prazo dos créditos apurados para efeitos de ressarcimento .............................. 91
8. Programa PER/DCOMP ............................................................................................. 92
9. Crédito Presumido: Estoque de abertura .............................................................. 93
10. Solicitação de Ressarcimento .............................................................................. 93
11. Vedações ................................................................................................................ 94
9.2 O alcance do termo “INSUMO” .................................................................................... 95
9.2.1 Insumo | Manutenção Periódica e Substituição de Partes de Ativos
Imobilizados ..................................................................................................................... 101
9.2.2 Insumo | Produtos e Serviços de Limpeza, Desinfecção e Dedetização de
Ativos Produtivos............................................................................................................. 102
9.2.3 Insumo | Pesquisa e Desenvolvimento ............................................................. 103
9.2.4 Insumo | Mão de Obra ......................................................................................... 105
9.2.5 Insumo | Dispêndios para Viabilização da Atividade da Mão de Obra da
Pessoa Jurídica ................................................................................................................ 106
9.2.6 Insumo | Subcontratação de Serviços ............................................................... 108
9.2.7 Insumo | Rastreamento de cargas e de veículos............................................. 108
9.2.8 Insumo | Vale-pedágio obrigatório. Transporte de cargas. ........................... 108
9.2.9 Podem ser Considerados como INSUMOS ........................................................ 109
9.2.10 NÃO Podem ser Considerados como INSUMOS ............................................. 110
9.3 TABELA PRÁTICA | Constituição de Crédito do Pis e da Cofins ............................ 114
9.4 CRÉDITOS PERMITIDOS ............................................................................................. 115
9.4.1 Crédito sobre Bens do Ativo Imobilizado .......................................................... 115
9.4.2 Importação de Produtos Farmacêuticos............................................................ 118
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9.4.3 Créditos em Geral ................................................................................................. 119


9.4.4 Créditos Permitidos nas “Vendas de Mercadorias” .......................................... 120
9.4.5 Créditos Permitidos na “Área de Produção da Indústria ” .............................. 121
9.4.6 Créditos Permitidos na “Prestação de Serviço” ................................................ 122
9.5 CRÉDITOS “NÃO” PERMITIDOS................................................................................. 123
9.6 Alíquota aplicável | Crédito ......................................................................................... 125
9.7 ESTORNO de Créditos Pis e Cofins........................................................................... 125
9.8 Crédito Relativo ao Adicional de 1% da Cofins - Importação ............................... 126
9.9 SIMPLES NACIONAL não pode tomar crédito do Pis e da Cofins ......................... 127
9.10 Aquisições de empresas do SIMPLES NACIONAL pode tomar crédito do Pis e da
Cofins .................................................................................................................................... 127
9.11 O cupom fiscal para apuração de créditos de PIS e COFINS .............................. 127
9.12 Crédito Presumido Mudança de forma de Tributação .......................................... 128
9.13 Compensação de Tributos e Contribuições Federais – Orientações Gerais ...... 129
9.14 Simples Nacional Restituição e Compensação ....................................................... 133
9.15 Contabilização dos Créditos Tributários apurados no Regime Não Cumulativo 135
Módulo X – Declarações ......................................................................................................... 139
10.1 EFD Contribuições Escrituração ............................................................................... 139
10.1.1 Empresas Obrigadas a entregar o SPED EFD Pis e Cofins ........................... 139
10.1.2 Entidades sem fins lucrativos ........................................................................... 140
10.1.3 Validação .............................................................................................................. 141
10.1.4 Transmissão ........................................................................................................ 141
10.1.5 Arquivo Retificador ............................................................................................. 141
10.1.6 Simples Nacional ................................................................................................. 142
10.1.7 – Empresas Dispensadas da entrega o SPED EFD Pis e Cofins ................... 142
10.1.8 Inativas ................................................................................................................ 143
10.1.9 São também dispensados de apresentação da EFD...................................... 143
10.1.10 – EFD Contribuições - Especificações Técnicas da Escrituração ............... 145
10.1.12 Penalidade ......................................................................................................... 146
10.2 DACON- EXTINTO ...................................................................................................... 147
10.3 DCTF ........................................................................................................................... 147
10.3.1 – Quem é obrigado a entregar a declaração.................................................. 148
10.3.2 – Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte...................................... 149
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10.3.3 – Prazo ................................................................................................................. 149


10.3.4 – Como apresentar a DCTF ............................................................................... 150
10.3.5 – Pessoas Jurídicas Inativas.............................................................................. 151
10.3.6 – Penalidade ........................................................................................................ 151
10.4 EFD REINF (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações
Fiscais) .................................................................................................................................. 151
10.4.1 – Empresas Obrigadas ....................................................................................... 152
10.4.2 – Prazos................................................................................................................ 153
10.4.3 – Enquadramento das empresas do Simples Nacional ................................. 154
10.4.4 – Penalidades ...................................................................................................... 155
10.5 DCTF WEB.................................................................................................................. 155
10.5.1 – Obrigatoriedade ............................................................................................... 156
10.5.2 – Dispensa ........................................................................................................... 158
10.5.3 – Atenção ............................................................................................................. 159
10.5.4 – Prazos................................................................................................................ 159
10.5.5 – Penalidades ...................................................................................................... 160
10.6 DIRF ............................................................................................................................. 164
10.6.1 – Informações ..................................................................................................... 164
10.6.2 – Prazos................................................................................................................ 165
10.6.3 - Penalidades ....................................................................................................... 165
Módulo XI – Pagamento das Contribuições ........................................................................ 166
11.1 Prazos para Recolhimento ........................................................................................ 166
11.2 Lugar de Pagamento ................................................................................................. 166
11.3 Código do DARF ......................................................................................................... 167
Módulo XII – RESUMO das Sistemáticas de Apuração do Pis e da Cofins ..................... 169
Módulo XIII – Soluções de Consultas da Receita Federal ................................................ 169

Módulo I – Introdução

O Pis e a Cofins, são dois tributos previstos pela Constituição Federal nos
artigos 195 e 239.

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Os recursos do PIS são destinados ao pagamento do seguro-


desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e
entidades para os trabalhadores públicos e privados , onde o PIS é
destinado aos funcionários de empresas privadas, administrado pela Caixa
Econômica Federal, e o PASEP destinado aos servidores públicos,
administrado pelo Banco do Brasil.
Já os recursos da COFINS são destinados principalmente para a área da
saúde.

MODALIDADES DE CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP


Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep, sendo elas:

 Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%)


 Sobre a Importação de Serviços e Mercadorias
(1,65% e 2,1%)
 Sobre a Folha de Pagamento (1%)

MODALIDADES DE CONTRIBUIÇÃO PARA A COFINS


A Cofins possui duas modalidades, sendo elas:
 Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%)
 Sobre a Importação de Serviços e Mercadoria s
(7,60% e 9,65% + 1% Adicional- devida até
31.12.2020)

Após sucessivas ondas de mudanças tributárias na apuração de tais


contribuições, o que era relativamente fácil ficou extremamente complicado
e o PIS e a COFINS passaram a incidir nos seguintes regimes:

 Regime Cumulativo
 Regime não Cumulativo
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1.1 Instituição das Contribuições

PIS - Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio


do Servidor Público – PIS/PASEP, de que tratam o art. 239 da
Constituição de 1988 e as Leis Complementares 7, de 07 de setembro de
1970, e 8, de 03 de dezembro de 1970.

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social,


instituída pela Lei Complementar 70 de 30/12/1991.

1.2 Sistemáticas de Apuração | Breve Histórico

Até 2002, o Pis e Cofins eram apurados apenas pelo regime cumulativo
sem direito ao Crédito das operações anteriores, basicamente, sobre o
faturamento , às alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente. (Lei
9.718/98)
Porém a Lei 10.637/2002 e a Lei 10.833/2003 mudaram esse cenário
adicionando a Não Cumulatividade.
Dessa forma, a empresa passa a ter o direito de descontar do valor das
contribuições incidentes sobre a sua receita bruta, os créditos apurados
nas aquisições de mercadorias, insumos e despesas vinculados aos bens ou
serviços.

Existem ainda normas específicas de tributação pelo PIS e COFINS –


como:
 PIS e COFINS devidos por Substituição Tributária,
 PIS e COFINS com alíquotas diferenciadas (combustíveis, bebidas
e outros produtos) e

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 PIS e COFINS - Regimes Monofásicos (como produtos


Farmacêuticos, de Cosméticos, máquinas e veículos, Higiene e
correlatos).

1.3 Faturamento ou Receita Bruta

Regime Cumulativo (Art.3º da Lei 9.718/98)


Nessa sistemática, o PIS e a COFINS incidem sobre o Faturamento
obtido em cada etapa da cadeia produtiva, não sendo permitido nenhum
abatimento a título de crédito, relativo às etapas anteriores.

A Lei 12.973/14 veio modificar a base de cálculo dessas


contribuições, dando nova redação a Lei 9.718/98 ao prescrever que
o faturamento corresponde “à receita bruta da pessoa jurídica” de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977

Art. 12. A receita bruta compreende:


I - o produto da venda de bens nas operações de conta
própria
II - o preço da prestação de serviços em geral
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa
jurídica não compreendidas nos incisos I a III

Com a revogação do § 1º do art. 3º da Lei nº 9.718/98 pelo inciso XII do


art. 79 da Lei nº 11.941/09, significa que são computadas apenas as
receitas decorrentes das atividades que fazem parte do objeto
social da pessoa jurídica.

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Em razão dessa revogação, não são mais computadas as receitas que


não sejam oriundas das atividades da pessoa jurídica, como, por exemplo,
as receitas financeiras e as demais receitas não listadas no objeto
social da empresa.

§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela


pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a
classificação contábil adotada para as receitas. (Revogado pela Lei nº
11.941, de 2009)

Regime Não Cumulativo


À luz da nova redação constitucional foram editadas as Leis nºs
10.637/02 e 10.833/03, as quais dispõem em seus respectivos art. 1º,
caput, foi definido que as contribuições incidem sobre o total das
receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente
de sua denominação ou classificação contábil.

Referidas leis tiveram parte de sua redação alterada pela Lei


12.973/2014, para que a receita bruta compreendesse o disposto no
artigo 12 da Lei do Imposto de Renda (1.598/1977), e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica com os respectiv os valores
decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput
do art. 183 da Lei no 6.404/76.

Art. 12. A receita bruta compreende:


I - o produto da venda de bens nas operações de conta
própria
II - o preço da prestação de serviços em geral
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

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IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa


jurídica não compreendidas nos incisos I a III

REGIME CUMULATIVO- Art.3º da Lei 9.718/98

Faturamento = Receitas da
Atividade (operacional)

Faturamento = Receita
Bruta definida no Art.12
Decreto-Lei no 1.598/77.
Decorrentes das atividades
que fazem parte do objeto
social da pessoa jurídica.

REGIME NÃO CUMULATIVO- Lei 10.637/02 e Lei 10.833/03

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Receita Bruta na Venda de


Bens e Serviços

Total das receitas auferidas


= Receita Bruta = definida
no Art.12 Decreto-Lei no
1.598/77.
Independentemente de sua
denominação ou
classificação contábil.

1.4 Contribuições de Valor Inferior a R$ 10,00

Como o DARF não pode ser utilizado para pagamento de contribuições de


valor inferior a R$ 10,00, a COFINS e o PIS -PASEP de valores inferiores a
esse limite devem ser adicionados ao valor das respectivas
contribuições apuradas em período subsequente , até que o valor
acumulado seja igual ou superior a R$ 10,00. Atingido o limite de R$ 10,00,
as contribuições devem ser pagas até o vencimento do prazo previs to para
pagamento do último período de apuração, sem qualquer acréscimo (art. 68
da Lei nº 9.430/96 e Instrução Normativa SRF nº 82/96).

1.5 Pagamento Centralizado

As pessoas jurídicas que tenham filiais devem apurar e efetuar o


pagamento das contribuições obrigatoriamente, de forma
centralizada, pelo estabelecimento matriz (art. 15 da Lei nº 9.779/99).

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1.6 Pagamentos Fora de Prazo

A contribuição paga fora do prazo deve ser acr escida de:


I - multa de mora calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso,
limitada ao percentual máximo de 20% contado a partir do primeiro
dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia do efetivo
pagamento (art. 994 do Decreto nº 9.580/18 - RIR/18);

II - juros de mora calculados a partir do primeiro dia do mês


seguinte ao do vencimento do débito até o mês do efetivo
pagamento, da seguinte forma (arts. 997 RIR/18)
a) os juros referentes aos meses anteriores ao do pagamento
são calculados com base na taxa SELIC acumulada
mensalmente até o último dia do mês anterior ao do
pagamento do débito;
b) ao percentual obtido em "a" soma-se o juros de 1%
referente ao mês do pagamento do débito.

Módulo II – Regime de Incidência CUMULATIVA do


Pis e da Cofins

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REGIME CUMULATIVO - regido pela Lei 9.718/1998 e alterações


posteriores. Neste regime não há desconto de créditos, calculando-se,
regra geral, o valor das contribuições dev idas diretamente sobre a base de
cálculo.
Devemos também observar a Lei nº 10.833/2003 (art. 10) e a Lei nº
10.637/2002 (art. 8º).

2.1 Contribuintes

Regra geral

São contribuintes da COFINS e do PIS/PASEP incidentes sobre a receita


bruta do objeto social no regime de apuração cumulativa as pessoas
jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do Imposto de Renda, tributadas com base no lucro presumido ou
arbitrado , desde que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro
real as pessoas jurídicas que aufiram quaisquer das receitas listadas nos
incisos VII a XXVI do art. 10 da Lei nº 10.833/03.

A partir de 1999 estão obrigadas à apuração do Lucro Real as pessoas


jurídicas (Lei 9.718/1998, art. 14):

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de


R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao
número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;
(Redação dada pela Lei nº 12.814, de 2013) (Vigência)

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de


investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de
crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior;

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IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios


fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento


mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430,
de 1996;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring).

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos


imobiliários, financeiros e do agronegócio.(Incluído pela Lei nº 12.249,
de 2010)

2.2 EMPRESAS que continuam obrigadas a Recolher o Pis e a Cofins


pelo Regime “Cumulativo”

Ainda que sujeitas á incidência não cumulativa permanecem sujeitas


às normas da legislação do PIS e da COFINS, vigentes anteriormente
(cumulativa) às Leis ns. 10.637/02 e 10.833 /03, as pessoas jurídicas
(art. 10 da Lei n. 10.833/03):

 Vinculadas ao mercado financeiro;


 Que tenham por objeto a securitização de créditos
imobiliários ou financeiros;
 Operadoras de planos de assistência à saúde;
 Tributadas pelo imposto de renda com base no lucro
presumido ou arbitrado;
 Optantes pelo SIMPLES;
 Imunes a impostos;
 Os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas ;
 As sociedades cooperativas, exceto as de produção
agropecuária e as de consumo;
 E vigilância e transporte de valores.

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2.3 As RECEITAS que continuam obrigadas a Recolher o Pis e a Cofins


pelo Regime “Cumulativo”

Permanecem sujeitas às normas da legislação do PIS e da COFINS,


vigentes anteriormente às Leis ns. 10.637/02 e 10.833/03, as RECEITAS
decorrentes das seguintes operações (art. 10 da Lei n. 10.833/03):

 Sujeitas à substituição tributária do PIS e da COFINS (ex.:


cigarros);
 Venda de veículos usados, adquiridos para revenda, bem
assim dos recebidos como parte do preço da venda de
veículos novos ou usados, quando auferidas por pessoas
jurídicas que tenham como objeto social a compra e venda de
veículos automotores (art. 5º da Lei n. 9.716/98);

Considera-se como receita bruta para esse fim, a diferença entre


o valor de alienação e o de aquisição do veículo, constantes,
respectivamente, da nota fiscal de venda e da nota fiscal de entrada. (IN
247/02)

 Prestação de serviços de telecomunicações;


 Venda de jornais e periódicos e de Prestação de serviços
das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de
sons e imagens;
 As receitas submetidas ao regime especial de tributação
pelas empresas do Mercado Atacadista de Energia Elétrica;
 Prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica,
odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório
de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas;
 E diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia ,
quimioterapia e de banco de sangue;
 As decorrentes de prestação de serviços de educação
infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior;

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 As decorrentes de vendas de mercadorias realizadas por lojas


de zonas francas, constantes do art. 15 do Decreto-Lei n.
1.455, de 07/04/76;
 As decorrentes de prestação de serviços de transporte
coletivo de passageiros, efetuado por empresas regulares
de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de
serviço de transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;
 As decorrentes da edição de periódicos e de informações
neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços
públicos de telefonia;
 As decorrentes de prestação de serviços de transporte
coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário
de passageiros;
 As decorrentes da prestação de serviços com aeronaves
de uso agrícola;
 As decorrentes da prestação de serviços das empresas de
call center, telemarketing, telecobrança e de teleatendimento
em geral;
 As decorrentes da execução de obras de construção civil
 As auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de
serviços de hotelaria e de organização de feiras e
eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios
da Fazenda e do Turismo;
 As decorrentes de serviços postais e telegráficos prestados
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos;
 As decorrentes de prestação de serviços públicos de
concessionárias operadoras de rodovias;
 As decorrentes da prestação de serviços das agências de
viagens e turismo;
 As receitas auferidas por empresas de serviços de
informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento
de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso ,
bem como de análise, programação, instalação, configuração,
assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou

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atualização de software, compreendidas ainda como softwares


as páginas eletrônicas. (Exceto software importado);
 As receitas relativas às atividades de revenda de imóveis,
desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação
imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando
decorrentes de contratos de longo prazo firmados antes de 31
de outubro de 2003;
 As receitas decorrentes de operações de comercialização
de pedra britada, de areia para construção civil e de areia de
brita.
 As receitas decorrentes da alienação de participações
societárias.

2.4 BASE DE CÁLCULO da Incidência Cumulativa

Faturamento = Receita Bruta = Art.12 Decreto-Lei no 1.598/77


Decorrentes das atividades que fazem parte do objeto social da pessoa jurídica

Receita Financeira

Para as empresas submetidas à sistemática cumulativa, não incidem as


contribuições sobre as receitas financeiras exceto quando estas
forem oriundas do exercício da atividade empresarial.

2.4.1 EXCLUSÕES da Base de Cálculo

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Não integram a base de cálculo os tributos não cumulativos cobrados,


destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou
pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário:

a) ao IPI;

b) ao ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado


pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário;

(Nova decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) Tópico


8.15)

c) a receitas imunes, isentas e não alcançadas pela incidência das


contribuições.

Lei n. 9.718, de 1998, arts. 2º e 3º; art.12 Decreto -Lei nº 1.598, de 197

Sem prejuízo das exclusões específicas, que dependem do ramo de


atividade da empresa, para efeito da apuração da base de cálculo das
contribuições podem ser excluídos da receita, quando a tenham
integrado, os seguintes valores:

a) vendas canceladas;

b) devoluções de vendas, na hipótese do regime de apuração


cumulativa;

c) descontos incondicionais concedidos;

d) reversões de provisões, que não representem ingresso de novas


receitas;

e) recuperações de créditos baixados como perdas , que não


representem ingresso de novas receitas;

f) resultados positivos da avaliação de investimentos pelo


valor do patrimônio líquido;
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g) lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo


custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;

h) decorrentes da venda de bens do ativo não circulante ,


classificado como investimento, imobilizado ou intangível ;

i) receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda


de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária;

j) receita decorrente da transferência onerosa a outros


contribuintes do ICMS de créditos de ICMS originados de operações
de exportação, conforme o disposto no inciso II do § 1º do art. 25
da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996; e

k) receita reconhecida pela construção, recuperação,


ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja
contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de
exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos

Lei nº 9.715, de 1998, art. 2º, § 4º; Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, § 2º; Lei nº
10.637, de 2002, art. 1º, §3º; Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §3º; IN SRF nº
247, de 2002, arts. 19, 23 e 24; IN SRF nº 404, de 2004, art. 4º, §1º e 2º; e ADI
SRF nº 1, de 2004.

1) No regime de apuração cumulativa, as devoluções de vendas têm o mesmo


tratamento das vendas canceladas, constituindo, assim, exclusões da base de cálculo.

2) No regime de apuração cumulativa, na hipótese de o valor das vendas canceladas


superar o valor da receita bruta do mês, o saldo poderá ser deduzido da base de
cálculo das contribuições nos meses subsequentes.

2.5 Isenções e Não Incidência

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2.5.1 Hipóteses de ISENÇÃO

Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/1999, estão


isentas do PIS E DA COFINS as receitas (art. 14 da Medida Provisória
nº 2.158-35/01):

a) dos recursos recebidos a título de repasse , oriundos do


Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia
mista;

b) da exportação de mercadorias para o exterior;

c) dos serviços prestados a pessoa física ou jurídica residente ou


domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de
divisas conversíveis (Exportação de Serviço);

d) do fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou


consumo de bordo em embarcações e aeronaves em tráfego
internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda
conversível;

e) do transporte internacional de cargas ou passageiros ;

f) auferidas pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de


construção, conservação, modernização, conversão e rep aro de
embarcações pré-registradas ou registradas no Registro Especial
Brasileiro (REB), e de frete de mercadorias transportadas entre
o País e o exterior pelas embarcações registradas no REB (Lei nº
9.432/97);

g) de vendas realizadas pelo produtor-vendedor às empresas


comerciais exportadoras

h) de vendas, com fim específico de exportação para o


exterior, a empresas exportadoras registradas na Secretaria de
Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.
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i) relativas às atividades próprias das entidades a que se refere


o art. 13 Medida Provisórias nº 2.158-35/01 (templos, partidos
políticos, instituições de educação e de assistência social,
instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural,
científico, sindicatos, federações e confederações, serviços
sociais autônomos, criados ou autorizados por lei, etc...)

Não se beneficiam da isenção do PIS e da COFINS as receitas


provenientes de vendas efetuadas (art. 14, § 2º, da Medida Provisória nº
2.158-35/01):

a) à empresa estabelecida na Amazônia Ocidental ou em Área


de Livre Comércio;

b) o estabelecimento industrial, para industrialização de produtos


destinados à exportação, com o mesmo tratamento fiscal aplicável
às importações feitas sob regime de drawback (art. 3º da Lei nº
8.402/92).

As contribuições não incidem sobre o faturamento correspondente a vendas


de materiais e equipamentos, assim como a prestação de serviços
decorrentes dessas operações efetuadas diretamente à Itaipu
Binacional (Ato Declaratório SRF n° 74/99).

2.6 Regimes de Reconhecimento das Receitas

2.6.1 Competência

As receitas auferidas devem ser computadas, para fins de determinação da


base de cálculo das contribuições pelo regime de competência.

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2.6.2 Caixa

As pessoas jurídicas tributadas com ba se no lucro presumido podem


computar a receita proveniente de vendas de bens ou direitos ou de
prestação de serviços, cujo preço seja recebido a prazo ou em parcelas, na
base de cálculo das contribuições somente no mês do efetivo recebimento
(regime de caixa), desde que adotem o mesmo critério em relação ao
Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e sejam
observadas as seguintes condições:

I - a nota fiscal de venda ou de prestação de serviço deve ser


emitida, obrigatoriamente, por oc asião da entrega do bem ou
da conclusão do serviço;

II - caso seja mantida somente a escrituração do Livro Caixa,


deverá ser indicada, em registro individual, a nota fiscal a que
corresponder cada recebimento;

III - se mantida escrituração contábil completa na forma da


legislação comercial, os recebimentos das receitas deverão ser
controlados em conta específica, na qual, em cada lançamento,
deverá ser indicada a nota fiscal a que corresponder o recebimento.

(Instrução Normativa SRF n° 104/98):

2.7 Sociedades Civis de Profissões Legalmente Regulamentadas

REVOGADO A ISENÇÃO DA COFINS PARA AS SOCIEDADES CIVIS

As sociedades civis de profissões regulamentadas que tivessem forma de


tributação enquadrada no artigo 1 e 2 do Decreto Lei 2.397/1987, estavam
isentas do recolhimento da COFINS até 31.03.1997, por força do

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artigo 6, inciso II, da Lei Complementar 70/1991, que instituiu a


contribuição.

A forma de tributação especial prevista no Decreto Lei 2.397 para as


Sociedades Civis foi revogada pelo art. 88, XIV, da Lei 9.430/1996, sendo
que o artigo 56 da referida lei, expressamente, dispôs que as sociedades
civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada
passam a contribuir para a seguridade social (COFINS) com base na
receita bruta, a partir de janeiro/1997.

Art. 56. As sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente


regulamentada passam a contribuir para a seguridade social com base na
receita bruta da prestação de serviços, observadas as normas da Lei
Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991.

Convém frisar que essas sociedades estão sujeitas à contribuição


PIS/PASEP incidente sobre a receita bruta mensal .

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO EM SÃO PAULO

6 º TURMA

ACÓRDÃO Nº 16-15758 de 10 de Dezembro de 2007

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: Sociedade civil de profissão legalmente regulamentada. INCIDÊNCIA. As


sociedades civis de prestação de serviços profissionais relativos ao exercício de profissão
legalmente regulamentada, de que trata o Decreto-lei nº 2.397/87 que optarem pela tributação
com base no lucro presumido, não se beneficiam da isenção da COFINS, prevista no inciso II
do artigo 6º da Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. REVOGAÇÃO da
ISENÇÃO O art. 56 da Lei nº 9.430/96 revogou a isenção da COFINS concedida na Lei
Complementar nº 70/91 para as sociedades civis de prestação de serviços de profissão
regulamentada igualando a tributação dessas sociedades à das demais pessoas jurídicas, a
partir de 01.01.97.

Período de apuração: : 01/02/1998 a 30/11/2002

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2.8 Alíquota

2.8.1 Regra Geral

As alíquotas aplicáveis sobre a base de cálculo da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS, no regime de apuração cumulativa, são:

I - Regra Geral (Leis nºs 9.715/98; 9.718/98 e Decreto nº


4.524/02):

a) 0,65% para a Contribuição para o PIS/PASEP;

b) 3% para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social (COFINS).

2.8.2 Casos Específicos

a) 1,46% para o PIS/PASEP - receita bruta das distribuidoras


decorrente da venda de álcool para fins carburantes, exceto
quando adicionado à gasolina (Lei nº 9.718/98, arts. 5º e 6º, e art.
53 do Decreto nº 4.524/02);

b) 4% para a COFINS - incidente sobre a totalidade das receitas


auferidas pelos bancos comerciais, bancos de investimentos ,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes
autônomos de seguros privados (corretoras de seguro) e de crédito e
entidades de previdência privada, abertas e fechadas, e pes -soas

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jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos


imobiliários ou financeiros (Lei nº 10.684/03, art. 18);

c) 6,74% para a COFINS - receita bruta das distribuidoras


decorrente da venda de álcool para fins carburantes, exceto
quando adicionado à gasolina.

Para demais alíquotas diferenciadas observar os artigos 4º e


seguintes da Lei 9.718/98.

REGIME CUMULATIVO
ART.3º DA LEI 9.718/98

LUCRO PRESUMIDO OU
ARBITRADO

ALÍQUOTA
PIS- 0,65% NÃO DESCONTA
COFINS – CRÉDITO
3,00%

B.C
RECEITA FINANCEIRA FATURAMENTO = RECEITA
NÃO ENTRA BRUTA = ATIVIDADE DO
OBJETO SOCIAL

Módulo III – Regime de Incidência NÃO


CUMULATIVA do Pis e da Cofins
Os regimes de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
foram instituídos em dezembro de 2002 e fevereiro de 2004,
respectivamente. O diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não

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cumulativa é a Lei 10.637/2002, e o da COFINS a Lei


10.833/2003.

Neste regime é permitido o desconto de créditos apurados com base


em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica.

3.1 Contribuintes

As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela


legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no
Lucro Real estão sujeitas à incidência não cumulativa , exceto as
Pessoas Jurídicas e Receitas previstas no art.10 da Lei 10.833/03.

Vide Item 2.2 e 2.3 acima

3.2 BASE DE CÁLCULO na NÃO Cumulatividade

Total das receitas auferidas = Receita Bruta = definida no Art.12 Decreto-Lei no


1.598/77. Independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

3.2.1 EXCLUSÕES da Base de Cálculo

Para fins de determinação da base de cálculo das contr ibuições do PIS e da


COFINS, excluem-se da receita bruta:

 as vendas canceladas, os descontos incondicionais


concedidos, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou
prestador dos serviços na condição de substituto tributário;

 as reversões de provisões que não representem ingresso


de novas receitas,

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 da recuperação de créditos baixados como perda que não


representem ingresso de novas receitas,

 o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo


patrimônio líquido e os lucros e dividendos que tenham sido
computados como receita;

 Ativo Intangível | A Receita Bruta de construção não integra a


base de cálculo para apuração do Pis e da Cofins no regime não
cumulativo.
(Base Legal: VI, § 2º, art. 3º, Lei n º 9.718/1998; XI, § 3º, art. 1º, Lei nº
10.637/2002; X, § 3º, art. 1º, Lei nº 10.833/2003 ).

 Sinistro Recebido de Seguradora

Empresa do Lucro Real, PIS e COFINS não cumulativo, recebeu um


sinistro de uma seguradora, se tratar de sinistro de Ativo Imobiliz ado
não haverá a incidência do PIS e da COFINS.

(Base Legal: artigo 418 do Regulamento do Imposto de Renda e artigo 1º


da Lei 10.833/2003).

 Operações isentas ou não alcançados pela incidência da


contribuição ou sujeitos à alíquota 0 (zero);

 do IPI;

 do ICMS, somente quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo


vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de
substituto tributário;

(Nova decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) Tópico


8.15)

 dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados


pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;

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 das receitas não‐ operacionais decorrentes da venda de bens do


ativo permanente;

 receitas auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de


mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da
empresa vendedora, na condição de substituta tributária.

3.3 Regime de Reconhecimento da Receita

As receitas auferidas devem ser computadas, para fins de determinação da


base de cálculo das contribuições pelo regime de competência.

3.4 Alíquota

COFINS: 7,6% sobre a receita bruta (dependendo do regi me de


tributação e enquadramento pela Lei 10.833/2003). Entretanto, para
determinadas operações, a alíquota é diferenciada.

PIS: 1,65% (a partir de 01.12.2002 - dependendo do regime de tributação


e enquadramento pela Lei 10.637/2002) sobre a receita bruta ou

Observar, em relação às alíquotas do PIS e COFINS não cumulativo, as


disposições contidas no art. 2 da Lei 10.833/2003 – para a COFINS
(alíquotas fixadas pelo artigo 21 da Lei 10.865/2004) e art. 2 da Lei
10.637/2002 (alíquotas fixadas pelo artigo 3 7 da Lei 10.865/2004) –
relativamente aos produtos ali indicados.

3.5 DEDUÇÃO DE CRÉDITO


Para determinação do valor das contribuições a serem pagas mensalmente,
a pessoa jurídica pode descontar créditos calculados sobre alguns
bens, despesas e custos incorridos.

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Os créditos admissíveis no Regime de Apuração do Pis e da Cofins não


cumulativo estão sendo trados no “Módulo IX” dessa apostila.

REGIME NÃO CUMULATIVO


LEI 10.637/02 (PIS) | LEI 10.833/03 (COFINS)

LUCRO REAL

ALÍQUOTA
PIS- 1,65% DESCONTA
COFINS – CRÉDITO
7,60%

B.C
TOTAL DAS RECEITAS =
RECEITA FINANCEIRA RECEITA BRUTA =
ENTRA INDEPENDENTE DA
DENOMINAÇÃO
/CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL

Módulo IV – Regimes Diferenciados de Tributação


do Pis e da Cofins

4.1 Regimes Diferenciados e suas divisões

A característica comum é alguma diferenciação em relação à apuração


da base de cálculo e/ou alíquota. A maioria dos regimes diferenciados
se refere à incidência especial em relação ao tipo de receita e não a
pessoas jurídicas, devendo a pessoa jurídica calcular ainda a
Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS no regime de incidência
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não cumulativa ou cumulativa, conforme o caso, sobre as demais


receitas.

De modo geral, os regimes diferenciados podem ser subdivididos em:

Base de Cálculo e - as instituições financeiras,


Alíquota Diferenciada - as entidades sem fins lucrativos e
- as pessoas jurídicas de direito público interno ;

Base de cálculo - as empresas de fomento comercial (factoring),


diferenciada - as operações de câmbio, realizadas por insti tuição
autorizada pelo Banco Central do Brasil e
- as receitas relativas às operações de venda de
veículos usados, adquiridos para revenda;

Substituição Tributária - cigarros e


- veículos novos da pessoa jurídica fabricante;

Alíquotas Concentradas Consiste, basicamente, em cobrar do fabricante ou


Regime Monofásico importador o PIS/Pasep e a COFINS incidentes em
também conhecido todas as fases da cadeia de produção, distribuição
como e comercialização, mediante aplicação de alíquotas
Tributação Monofásica especiais, maiores que as normais. Mecanismo
ou Concentrada semelhante à substituição tributária pois atribui a um
determinado contribuinte a responsabilidade pelo tributo
devido em toda cadeia de um produto ou serviço.
- combustíveis,
- querosene de aviação,
- produtos farmacêuticos e de cosméticos
- veículos,
- pneus novos de borracha,
- bebidas,
- embalagens
- biodiesel

Alíquotas Reduzidas / - nafta petroquímica,


Diferenciadas - papel imune, destinado á impressão de periódicos,
- papel destinado à impressão de jornais,
- determinados produtos hortícolas e frutas
- fabricantes e as importadoras de máquinas e veículos
Combustíveis

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- Máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de


papéis - Suspensão
- produtos químicos e farmacêuticos,
- livros,
- combustíveis,
- bebidas e embalagens,
- Programa de Inclusão Digital e outros Regimes
Especiais.

Base de
Base de
Cálculo e
Cálculo
alíquota
Diferenciada
diferenciada

Alíquotas
Concentradas Substituição
Regime Tributária
Monofásico

Alíquotas
Reduzidas |
Diferenciadas

Módulo V – PIS/Pasep sobre a folha de pagamento


A legislação estabeleceu uma segunda forma de contribuição para o PIS,
que é calculada pelas entidades que não tenham finalidade lucrativa .
art.13 da MP-2.158-35/2001

A partir de 1999 as entidades sem fins lucrativos, em relação às


receitas próprias de sua atividade fim , definida em estatuto, são
isentas da COFINS, assim como também não incidem sobre as receitas

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próprias destas entidades, o Pis/Pasep que deverá ser calculado com


base na folha de salários (MP 2.158-35/2001).

As entidades de assistência social e as de caráter filantrópico deverão


possuir o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social
expedido pelo Conselho Nacional de Assistência Social (Lei
8.212/1991).
Consideram-se receitas próprias (Isenta da Cofins) àquelas
decorrentes:
 De contribuições
 Doações
 Anuidades ou mensalidades fixadas por lei, assembleia ou
estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem
caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e
ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais

Estas entidades irão contribuir para o PIS com base na Folha de Pagamento
à alíquota de 1 %, não havendo que se falar em contribuição sobre o
faturamento. (IN SRF 247/02, art. 47).

NÃO existe COFINS sobre folha de salários.

5.1 Contribuintes

São contribuintes nesta modalidade as seguintes entidades:

I - templos de qualquer culto;


II - partidos políticos;
III - instituições de educação e assistência social que
preencham os requisitos do art. 12 da Lei 9.532/97;
IV - instituições de caráter filantrópico , recreativo, cultural,
científico e as associações nas condições estabelecidas pelo art. 15
da Lei 9.532/97;
V - sindicatos; federações e confederações;

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VI - serviços autônomos, criados ou autorizados por lei;


VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
VIII - fundações de direito privado e Fundações Públicas
instituídas ou mantid as pelo Poder Público;
IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou
comerciais;
X - a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB e as
Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu
parágrafo 1º da Lei 5.764 16 de dez embro de 1971.

Obs. As pessoas jurídicas sujeitas ao PIS sobre a folha de salários, não


estão sujeitas à incidência sobre o faturamento (IN SRF 247/2002,
art. 47).

Assim, mesmo que tenham receitas sujeitas à COFINS, sobre estas


não incidirá PIS.

art.13 da MP-2.158-35/2001

5.2 Base de Cálculo

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a


folha de salários mensal corresponde à remuneração paga, devida ou
creditada a empregados.

INTEGRA NÃO INTEGRA


• salários; • salário-família;
• gratificações; • aviso prévio indenizado;
• comissões; • FGTS pago diretamente ao
• adicional de função; empregado na rescisão contratual;
• ajuda de custo; • indenização por dispensa, desde
• aviso prévio trabalhado; que dentro dos limites legais;
• adicional de férias; • pagamentos à autônomos.
• qüinqüênios;

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• adicional noturno;
• horas extras;
• 13° salário;
• repouso semanal remunerado;
• diárias superiores a 50% do salário.

5.3 Receitas que NÃO ESTÃO ABRANGIDAS no Estatuto Social da


Entidade

COFINS

Conforme estabelecido no art. 14 da Medida Provisória nº 2.158 -35/01,


estão isentas da COFINS as receitas relativas às atividades próprias das
entidades, assim, ante o estabelecido pela legislação vigente entende -se
que as receitas das atividades diversas das abrangidas pelo
Estatuto da Entidade deverão sofrer a incidência da referida
Contribuição (COFINS).

Exemplo:

o As receitas auferidas com exploração de estacionamento de veículos;


aluguel de imóveis;
o Sorteio e exploração do jogo de bingo;
o Comissões sobre prêmios de seguros;
o Prestação de serviços e/ou venda de mercadoria, mesmo que
exclusivamente para associados;
o Aluguel ou taxa cobrada pela utilização de salões, auditórios,
quadras, piscinas, campos esportivos, dependências e ins talações;
o Venda de ingressos para eventos promovidos pelas entidades; e
receitas financeiras.

Para a correta incidência da COFINS, é necessário que se faça a distinção


entre entidades imunes e isentas, assim:

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 Entidades Imunes a Impostos – COFINS Cumulativa –


alíquota 3% (Lei 10.833/2003, art. 10, IV) – A isenção
contempla somente as receitas das atividades próprias. As
demais receitas ficam sujeitas à Cofins a uma alíquota de 3%.
A revogação do alargamento da base de cálculo da Cofins
prevista na Lei nº 9.718, de 1998, pelo art. 79, XII da Lei nº
11.941, de 2009, não contempla as receitas das entidades
imunes e isentas, que ficaram disciplinadas pelos arts. 13 e 14
da MP nº 2.158-35, de 2001.

 Entidades Isentas – COFINS não-Cumulativa – alíquota


7,6%, com os descontos de créditos previstos no art. 3º da
Lei nº 10.833, de 2003. A isenção abrange somente as receitas
próprias, sendo tributada as demais receitas na forma não -
cumulativa, exceto as receitas financeiras que são tributadas a
partir de 1º de julho de 2015 à alíquota de 4% (quatro por
cento) no regime não-cumulativo (Decreto nº 8.426, de 1º de
abril de 2015).

A Receita Federal já se pronunciou sobre esse assunto por meio de várias


Soluções de Consulta emitidas por várias Superintendências Regionais d a
Receita Federal, formuladas por entidades imunes e isentas, de que incide
a Cofins sobre as receitas de aluguéis, comissões, venda de
artesanato, livros, camisas, vídeos, etc .

Portanto, esse é o entendimento da Receita Federal do Brasil.

A Cofins apurada com base nos rendimentos de receitas de atividades que


não são próprias deverá ser recolhida em Darf, com o código 2172
(entidades imunes) ou com código 5856 (entidades isentas).

"Solução de Consulta DISIT/SRRF08 nº 196/13

Data 30 de agosto de 2013

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ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS. ISENÇÃO. ATIVIDADES PRÓPRIAS

O art.14, X, da MP nº 2.158-35, de 2001, não instituiu isenção de Cofins para as


entidades a que se reporta, mas unicamente para as receitas das atividades próprias dessas
entidades. As receitas das atividades próprias das instituições de caráter filantrópico,
recreativo, cultural e científico e das associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam,
sem fins lucrativos, estão isentas da Cofins, desde que tais entidades cumpram todos os
requisitos estabelecidos pelo art.15, caput e § 3º, da Lei nº 9.532, de 1997.Consideram-se
receitas das atividades próprias aquelas que não ultrapassam a órbita dos objetivos sociais das
entidades sem fins lucrativos, alcançando especialmente as receitas tipicamente auferidas, tais
como: doações, contribuições, inclusive a sindical e a assistencial, mensalidades e anuidades
recebidas de profissionais inscritos, de associados, de mantenedores e de colaboradores, sem
caráter contraprestacional direto, destinadas ao custeio e manutenção daquelas entidades e à
execução de seus objetivos estatutários. Essa isenção não alcança as receitas que são
próprias de atividades de natureza econômico-financeira ou empresarial, como as receitas
auferidas com exploração de estacionamento de veículos; aluguel de imóveis; sorteio e
exploração do jogo de bingo; comissões sobre prêmios de seguros; prestação de serviços e/ou
venda de mercadoria, mesmo que exclusivamente para associados; aluguel ou taxa cobrada
pela utilização de salões, auditórios, quadras, piscinas, campos esportivos, dependências e
instalações; venda de ingressos para eventos promovidos pelas entidades; e receitas
financeiras. As receitas decorrente das atividades não próprias das entidades sem fins
lucrativos em pauta estão sujeitas à incidência da Cofins em regime não-cumulativo, à exceção
de específicas receitas que sejam contempladas por disposições do art.10 da Lei nº
10.833, de 2003, determinando sua sujeição ao regime cumulativo.

Dispositivos Legais: Lei nº 9.718, de 1998, arts. 2º e 3º; MP nº 2.158-35, de 2001,


arts. 13, IV, e 14, X; Lei nº 10.833, arts. 1º, § 3º, I, e 10; Lei nº 9.532, de 1997, arts.12 a
15; IN SRF nº 247, de 2002, art. 47, § 2º" .

PIS

Diferente do que ocorre com a COFINS, a incidência do PIS -PASEP sobre


receitas não abrangidas pelo Estatuto da Entidade possui grande polêmica
a respeito, tendo em vista a incidência do PIS-PASEP sobre a folha
de pagamentos.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil possui entendimentos diversos


quanto ao tema no sentido de reconhecer a incidência e
concomitantemente a não incidência da referida Con tribuição sobre o
faturamento.

RFB | Posicionamento quanto à incidência:

Solução de Consulta SRF nº 199/05

Data 20 de Julho de 2005


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ASSUNTO: Contribuição para o PIS/PASEP


ASSOCIAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. Estão sujeitas ao pagamento da contribuição as receitas
que não são próprias dos objetivos sociais da entidade, recebidas por associação civil de direito privado,
sem fins lucrativos.

RFB | Posicionamento quanto a não incidência :

"Solução de Consulta DISIT/SRRF08 nº 196/13


Data 30 de agosto de 2013
ASSUNTO: Contribuição para o PIS/PASEP
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS. CONTRIBUIÇÃO SOBRE A FOLHA DE SALÁRIOS
As instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que
prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do
grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos, desde que cumpram todos os
requisitos estabelecidos pelo art.15, caput e § 3º, da Lei nº 9.532, de 1997, não estão sujeitas
à incidência da contribuição para o PIS/PASEP sobre seu faturamento, e se sujeitam à
incidência dessa contribuição com base na folha de salários, à alíquota de 1% (um por
cento)
Dispositivos Legais: MP nº 2.158-35, de 24/08/2001, art. 13, inciso IV; Lei nº 9.532, de
1997, arts.12 a 15; IN SRF nº 247, de 21/11/2002, arts. 9º e 47".

Apesar de a Solução de Consulta SRF nº 199/05 dispor pelo pagamento da


Contribuição para o PIS-PASEP sobre as receitas que não são próprias dos
objetivos sociais das entidades, entendemos que a decisão não possuiu
amparo legal uma vez que o art. 13 da Medida Provisória nº 2.158 -35/01
não deixa dúvida quanto à incidência da referida contribu ição
exclusivamente pela folha de salários.

5.4 Alíquota

PIS-PASEP | incidente sobre a folha de pagamentos será calculado


mediante aplicação da alíquota de 1% sobre a base de cálculo
determinada no tópico 5.2.
COFINS | Entidades Imunes a Impostos – COFINS Cumulativa –
alíquota 3% receitas das atividades divers as das abrangidas pelo
Estatuto, tópico 5.3.

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COFINS | Entidades Isentas – COFINS não-Cumulativa – alíquota


7,6%, receitas das atividades diversas das abrangidas pelo Estatuto,
tópico 5.3.

5.5 Pagamento da Contribuição

5.5.1 Prazo
O pagamento das Contribuições deverá ser efetuado até o vigésimo quinto
dia útil do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Se o dia do vencimento não for dia útil, considerar -se-á antecipado o prazo
para o primeiro dia útil que o anteceder, ou seja, dia 25 ou o dia útil
anterior se o dia 25 não for dia útil (art. 18 da Medida Provisória nº 2.158-
35/01).

5.5.2 Códigos do DARF


O campo 04 do DARF para pagamento do PIS-PASEP sobre a folha de
pagamentos deve ser preenchido com o código 8301.

Módulo VI – PIS/COFINS Importação

6.1 Importações de Serviços e Mercadorias

A importação de serviços e de mercadorias do exterior está sujeita à


incidência do PIS/PASEP e a COFINS importação.

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Sobre os serviços provenientes do exterior prestados por pessoa física ou


pessoa jurídica residente ou domiciliada no exterior, executados no
Brasil ou no exterior, cujo resultado material seja verificado no
Brasil.
O que é resultado de um serviço?
 Mero benefício
 Resultado como utilidade a ser aplicada no Brasil.
 Resultado como consumação da execução.

NÃO incide Pis e Cofins nos pagamentos a título de Royalties, cessão do


direito de uso ou de licença de uso, desde que estes valores estejam
discriminados no documento que fundamentar a operação .

NÃO Incide sobre o custo do transporte internacional e de outros serviços,


que tiverem sido computados no valor aduaneiro que serviu de base de
cálculo da contribuição.
Fundamento legal: art. 8º da Lei nº 10. 865/2004.

6.2 Base de Cálculo na Importação

6.2.1 Mercadorias

O valor aduaneiro, a entrada de bens estrangeiros no território nacional;

De acordo com a Instrução Normativa -SRF Nº 327, de 09 de maio de


2003, na determinação do Valor Aduaneiro serão incluídos os
seguintes elementos:
I - o custo de transporte das mercadorias importadas até o
porto ou aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de
fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as
formalidades de entrada no território aduaneiro;
II - os gastos relativos a carga, descarga e manuseio,
associados ao transporte das mercadorias importadas, até a
chegada aos locais referidos no inciso anterior (os gastos
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relativos à descarga da mercadoria do veículo de transporte


internacional no território nacional serão incluídos no valor
aduaneiro, independentemente da responsabilidade pelo ônus
financeiro e da denominação adotada) e
III - o custo do seguro das mercadorias durante as operações
referidas nos incisos I e II.
Quando o transporte for gratuito ou executado pelo próprio
importador, o custo de que trata o inciso I deve ser incluído no valor
aduaneiro, tomando-se por base os custos normalmente incorrid os, na
modalidade de transporte utilizada, para o mesmo percurso.

No caso de mercadoria objeto de remessa postal internacional, para


determinação do custo que trata o inciso I, será considerado o valor total
da tarifa postal até o local de destino no território aduaneiro.

No valor aduaneiro não serão incluídos os seguintes encargos ou custos,


desde que estejam destacados do preço efetivamente pago ou a pagar
pelas mercadorias importadas, na respectiva documentação comprobatória:
I - custos de transporte e seguro, bem assim os gastos
associados a esse transporte, incorridos no território
aduaneiro, a partir dos locais referidos

II - encargos relativos a construção, instalação, montagem,


manutenção ou assistência técnica da mercadoria importada,
executadas após a importação.

Os juros devidos em virtude de acordo de financiamento contratado pelo


comprador e relativo à compra de mercadorias importadas não serão
considerados como parte do valor aduaneiro , desde que:
I - os juros sejam destacados do preço efe tivamente pago ou a
pagar pelas mercadorias;
II - o acordo de financiamento tenha sido firmado por escrito;
III - quando requerido, o importador possa comprovar que:

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a) tais mercadorias são vendidas realmente ao preço


declarado como preço efetivamente pago ou por pagar;

b) a taxa de juros estabelecida não excede o nível


usualmente praticado nesse tipo de transação no
momento e no país em que tenha sido concedido o
financiamento.

O valor aduaneiro de suporte informático que contenha dados ou


instruções (software) para equipamento de processamento de dados
será determinado considerando unicamente o custo ou o valor do
suporte propriamente dito, desde que o custo ou o valor dos dados ou
instruções esteja destacado no documento de aquisição. Não compreende
circuitos integrados, semicondutores e dispositivos similares ou os artigos
que compreendam esses circuitos ou dispositivos.
As instruções acima não compreendem gravações de som, cinema
ou vídeo.

6.2.2 Serviços

O valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido para o


exterior, antes da retenção do imposto de renda, acrescido do
Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza - ISS e do valor das
próprias contribuições, na contraprestação por serviço prestado.

6.3 Base de Cálculo Diferenciada

Para base de cálculo diferenciada observar os dispositivos abaixo:

 Decreto nº 8.442/2015
Regulamenta os art. 14 a art. 36 da Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de

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2015, que tratam da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados

- IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social - Cofins, no mercado interno e na
importação, sobre produtos dos Capítulos 21 e 2 2 da Tabela de
Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - Tipi.

 Decreto nº 6.573/2008
Fixa coeficiente para redução das alíquotas especifica s da Contribuição
para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incidentes sobre a receita bruta auferida na venda de
álcool e estabelece os valores dos créditos dessas contribuições
que podem ser descontados na aqui sição de álcool anidro para
adição à gasolina.

 Decreto nº 6.426/2008
Reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP, da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, da
Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação dos
produtos que menciona.

 Decreto nº 5.059/2004
Reduz as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
incidentes sobre a importação e a comercialização de gasolina, óleo
diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) e querosene de aviação.

6.4 Cálculo do Pis e da Cofins na Importação de Bens e Serviços

A Instrução Normativa nº 1.401/2013 , dispõe sobre o cálculo da


Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.

Os valores a serem pagos relativamente à Contribuição para o PIS/Pasep -


Importação e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
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(Cofins-Importação) serão obtidos pela aplicação das seguintes


fórmulas:
I - na importação de bens sujeitos a alíquota específica, a
alíquota da contribuição fixada por unidade do produto
multiplicada pela quantidade importada;

II - na importação de bens não abrangidos pelo inciso anterior,


a alíquota da contribuição sobre o Valor Aduaneiro da
operação;

III - na importação de serviços:

onde,

V = o valor pago, creditado, entregue, empregado ou remetido


para o exterior, antes da retenção do imposto de
renda(valor bruto)
c = alíquota da Contribuição para o Pis/Pasep -Importação
d = alíquota da Cofins-Importação
f = alíquota do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS)

6.5 Alíquota

Foi publicada a Lei 13.137/15 na Edição Extra do Diário Oficial da União, de


22 de junho de 2015, com objetivo de converter em Lei a Medida Provisória
668/15 e promover outras alterações tributárias. Destacam -se as seguintes
alterações:
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De acordo com a Lei 13.137/15, a partir de 01/05/15, as alíquotas serão


(Conversão da Medida Provisória nº 668, de 2015 ):

Importação PIS/PASEP Importação COFINS Importação


Bens em geral 2,10% 9,65%
Serviços 1,65% 7,60%
Produtos farmacêuticos 2,76% 13,03%

Produtos de perfumaria 3,52% 16,48%

Máquinas e Veículos 2,62% 12,57%


De pneus e câmaras de ar de borracha 2,68% 12,35%
Importação de gasolinas e suas correntes, Alíquota fixada por Alíquota fixada por unidade
exceto de aviação e óleo diesel e suas unidade de volume do de volume do produto,
correntes, gás liquefeito de petróleo (GLP) produto, conforme art. conforme art. 23 da Lei nº
derivado de petróleo e gás natural e 23 da Lei nº 10.865/2004
querosene de aviação 10.865/2004
Importação de autopeças (conforme itens 2,62% 12,57%
definidos no art. 8º, §9º da Lei nº
10.865/2004) – até 31/08/2015
Importação de autopeças (conforme itens 3,12% 14,37%
definidos no art. 8º, §9º da Lei nº
10.865/2004) – após 1º/09/2015
Importação Papel Imune 0,80% 3,20%
Importação dos produtos definidos no art. 0% 0%
8º, §12 da Lei nº 10.865/2004
Importação de etano, propano e butano, Em 2013,2014 e 2015: Em 2013,2014 e 2015:
destinados à produção de eteno e propeno; 0,18% 0,82%
de nafta petroquímica e de condensado Em 2016: 0,54% Em 2016: 2,46%
destinado a centrais petroquímicas; bem Em 2017: 0,90% Em 2017: 4,10%
como na importação de eteno, propeno, Em 2018: 1% Em 2018: 4,6%
buteno, butadieno, orto-xileno, benzeno,
tolueno, isopreno e paraxileno, quando
efetuada por indústrias químicas

Para maiores detalhes sobre os produtos sujeitos às alíquotas


diferenciadas, consultar o parágrafo do art. 8º da Lei 10.865/04.

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6.6 Alíquota Zero do Pis e da Cofins Importação

Alíquota zero
Produtos químicos e farmacêuticos

produtos destinados ao uso em hospitais, clínicas e consultórios médicos e


odontológicos, campanhas de saúde realizadas pelo Poder Público e laboratórios
de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas
materiais e equipamentos, inclusive partes, peças e componentes, destinados ao
emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de
embarcações registradas ou pré -registradas no Registro Especial Brasileiro;
embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa
brasileira de navegação para subsidiária integra l no exterior, que retornem ao
registro brasileiro como propriedade da mesma empresa nacional de origem;
papel destinado à impressão de jornais, pelo prazo de 4 (quatro) anos a contar
da data de vigência desta Lei,
papéis classificados nos códigos.....

máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, suas partes e peças de


reposição, e películas cinematográficas virgens, sem similar nacional, destinados
à indústria cinematográfica e audiovisual, e de radiodifusão;
aeronaves, classificadas....

etc

Todas as Importações sujeitas a alíquota “Zero” encontram -se


relacionadas no art.8º da Lei 10.865/04.

6.7 Alíquota Adicional de 1% da Cofins na Impostação de Produtos

O adicional de alíquota de 1% da Cofins -Importação (Lei n. 10.865/2004,


art. 8º, § 21) foi instituído com o objetivo declarado (Exposição de Motivos
da MP n. 540/2011) de preservar a neutralidade na tributação do
produto nacional e do importado, de modo a compensar a criação da
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (“CPRB”) qu e substituiu a
contribuição sobre a folha de salários para determinados segmentos
econômicos (Lei n. 12.546/2011, art. 8º).

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A partir de novembro de 2014, a importação de certos itens, como artigos


de vestuário, acessórios, dentre outros, passou a ser sobre onerada
pela COFINS-Importação com a Incidência do adicional de alíquota
de 1%.

Com a publicação da Lei 13.670/2018 | DOU de 30.05.2018, f oi alterada a


redação do § 21 do art. 8º da Lei nº 10.865/2004, para dispor que a
majoração das alíquotas da Cofins -Importação será devida até
31.12.2020.

O rol de produtos sujeitos a esse adicional de 1% da contribuição também


foi alterado. “Não” são mais os produtos relacionados no Anexo I da Lei nº
12.546/2011.

Devemos observar os produtos relacionados no §21 do art .8º da Lei


10.865/04. Produção de efeitos começam a partir de 1º.09.2018.

6.8 Fato Gerador

Para efeito do cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep Importação e da


Cofins-Importação, considera ocorrido o fato gerador:

a) na data do registro da declaração de importação de bens


submetidos a despacho para consumo, ainda que sob regime
suspensivo de tributação do imposto de importação;

b) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário ,


quando se tratar de bens constantes de manifesto ou de outras
declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria for
apurado pela autoridade aduaneira;

c) na data do vencimento do prazo de permanência dos bens


em recinto alfandegado, na hipótese de mercadora considerada
abandonada por decurso do prazo, se ini ciado o respectivo despacho
aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento, mediante o

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cumprimento das formalidades exigidas e o pagamento dos tributos


incidentes na importação, acrescidos dos juros e da multa e das
despesas decorrentes da permanência da mercadoria em recinto
alfandegado; e

d) na data do pagamento, do crédito, da entrega, do emprego


ou da remessa de valores no caso de importação de serviços .
Normativo: Lei nº 10.865, de 2004, art. 4º e § único; e Lei nº 9.779,
de 1999, art. 18

6.9 Prazo de Pagamento

A Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação serão


pagas:

a) na data do registro da declaração de importação , na


hipótese da importação de bens;

b) na data do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa


de valores a residentes ou domiciliados no exterior, na hipótese da
importação de serviços; ou

c) na data do vencimento do prazo de permanência do bem no


recinto alfandegado, na hipótese de mercadora considerada
abandonada por decurso do prazo, se iniciado o respecti vo despacho
aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento.

Lei nº 10.865, de 2004, art. 13

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6.10 Demais Situações nas Importações

6.10.1 Bens Importados que foram Extraviados

Consideram-se entrados no território nacional os bens que constem como


tendo sido importados (através da Declaração de Importação – DI, de
manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente) e cujo extravio
venha a ser apurado pela administração aduaneira.

Entretanto, não se considera passível de cobrança dessas


contribuições os extravios:

a) de malas e de remessas postais internacionais; e

b) de mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou


condições de manuseio na descarga, esteja sujeita a quebra ou a
decréscimo, desde que o extravio não seja superior a 1% (um por
cento).

Na hipótese de ocorrer quebra ou decréscimo em percentual superior


a 1% (um por cento), serão exigidas as contribuições somente em
relação ao que exceder esse percentual.

Normativo: Lei nº 10.865, de 2004, art. 3º, §§ 1º a 3º.

6.10.2 Responsabilidade Solidária na Importação

São responsáveis solidários:


a) o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importação
realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica
importadora;
b) o transportador, quando transportar bens proced entes do
exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
c) o representante, no País, do transportador estrangeiro;
d) o depositário, assim considerado qualquer pessoa incumbida da
custódia de bem sob controle aduaneiro; e

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e) o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer


subcontratado para a realização do transporte multimodal.
Lei nº 10.865, de 2004, art. 6º

6.10.3 Frete Internacional e Intermediação de Negócios

CARF – Acórdão nº 3302-001.927 (30/01/2013)


Frete internacional e serviços de intermediação de negócios nas
exportações produzem efeitos somente no exterior, não incide Pis e
Cofins Importação.

6.10.4 Back to back


Interpretação extensiva da Imunidade sob exportações.

Posição do Fisco
OPERAÇÃO BACK TO BACK. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. A operação
de back to back, isto é, a compra e venda de produtos estrangeiros,
realizada no exterior por empresa estabelecida no Brasil, sem que a
mercadoria transite fisicamente pelo território brasileiro , não caracteriza
importação nem exportação de mercadoria .
(Solução de Consulta nº 398 de 23 /11/2010).

Módulo VII – Sistema Monofásico do Pis e da Cofins


Optantes ou não pelo Simples Nacional

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No sistema monofásico de PIS e de Cofins de que trata a Lei nº 10.147 de


2000, a tributação fica concentrada em uma única etapa da produção,
isto porque o fisco elegeu o industrial e o importador como
responsável pelo recolhimento das contribuições.

7.1 Revendas de produtos Monofásicos

De acordo com artigo 2º da Lei nº 10.1 47/2000, são reduzidas a zero as


alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a
receita bruta decorrente da venda dos produtos tributados pelo
sistema monofásico pelas pessoas jurídicas não enquadradas na
condição de industrial ou de importador.

Assim quem revende mercadoria enquadrada neste sistema


(optante ou não pelo Simples Nacional), não calcula PIS e Cofins
sobre esta receita.

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e


favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 .
Neste sentido, não se pode aplicar outros benefícios se não os previstos na
Lei Complementar Federal, salvo em casos específicos concedidos pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que devem vir expresso
nas leis das respectivas competências tributárias.

O simples foi criado para simplificar o recolhimento de impostos, unificando


oito impostos (IRPJ,CSLL,PIS,COFINS,IPI,INSS,ICMS,ISS) em um único
boleto.

Solução de Consulta emitida pela Receita Federal, reforça que a empresa


optante pelo Simples Nacional que revende mercadorias elencadas na Lei

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nº 10.147/2000 sujeitas a tributação concentrada em única etapa


(monofásica), deve segregar a receita decorrente da venda desse
produto indicando a existência de t ributação concentrada para as referidas
contribuições, de forma que serão desconsiderados, no cálculo do
Simples Nacional, os percentuais a elas correspondentes.

Os valores relativos aos demais tributos abrangidos pelo Simples


Nacional serão calculados te ndo como base de cálculo a receita total
decorrente da venda dos referidos produtos sujeitos à tributação
concentrada.

Confira a Solução.

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 225, DE 12 DE MAIO DE 2017

(Publicado(a) no DOU de 18/05/2017, seção 1, página 65)

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL EMENTA: REVENDA DE MERCADORIA SUJEITA


À TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA (MONOFÁSICA). REDUÇÃO DA ALÍQUOTA NO
SIMPLES NACIONAL. A empresa inscrita no Simples Nacional que proceda à
comercialização de produto sujeito à tributação concentrada, para efeitos de incidência
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deve segregar a receita decorrente da
venda desse produto indicando a existência de tributação concentrada para as
referidas contribuições, de forma que serão desconsiderados, no cálculo do Simples
Nacional, os percentuais a elas correspondentes. Os valores relativos aos demais
tributos abrangidos pelo Simples Nacional serão calculados tendo como base de
cálculo a receita total decorrente da venda dos referidos produtos sujeitos à tributação
concentrada. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, §
4º-A, inciso I; Lei nº10.147, de 2000, arts. 1º, inciso I, e 2º; Lei nº 10.833, de 2003, arts.
58-A, 58-B; 58-I e 58-M; Resolução CGSN nº 94, de 2011, art. 25-A, §§ 6º e 7º.
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 1.006, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2016

DOU de 04-03-2016
ASSUNTO: Simples Nacional EMENTA: RECEITA. REVENDA DE MERCADORIA
SUJEITA À TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA (MONOFÁSICA). PROGRAMA
ELETRÔNICO. REDUÇÃO DE ALÍQUOTA. CÁLCULO AUTOMÁTICO.

A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional que auferir receitas, a partir de 1º de
janeiro de 2009, em decorrência da revenda de mercadorias (perfumes, cosméticos e
produtos de toucador e de higiene pessoal elencado expressamente no art. 1º da Lei nº
10.147, de 2000), sujeitas à tributação concentrada em uma única etapa (monofásica),

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deve segregar tais receitas, as quais passam a ser tributadas de forma diferenciada,
com a redução do valor a ser recolhido, na forma do Simples Nacional.

A referida redução de valor é efetivada, automática e exclusivamente, mediante a


correta utilização do aplicativo PGDAS-D, o qual é alimentado, para esse efeito, com a
informação das diferentes receitas de forma destacada. Assim, cabe ao sujeito passivo
optante pelo Simples Nacional informar no programa, destacadamente, cada tipo de
receita auferida, para que o programa eletrônico, desenvolvido com base no
conhecimento sobre as implicações das determinações legais, aplique o correto
somatório das alíquotas individuais correspondentes aos tributos que efetivamente
devem incidir, inclusive de forma reduzida, conforme a natureza da receita.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLU ÇÕES DE CONSULTA nº 173, de


25 de junho de 2014, nº 202, de 11 de julho de 2014, e nº 111, de 8 de maio de 2015.

DISPOSITIVOS LEGAIS: §§ 4º, I, 4º-A, I, e 12 a 14 do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006, arts.
1º e 2º da Lei nº 10.147, de 2000; e Resolução CGSN nº 94, de 2011.

7.2 Calculando o DAS com Revendas de produtos Monofásicos

Exemplo:
Receita Bruta RB12 R$ 850.000,00
Receita Mensal R$ 70.000,00
Valor a Deduzir R$ 22.500,00

Aplicação da Fórmula:

850.000,00 x 10,70%(alíquota nominal)


90.950,00 - 22.500,00 = 68.450,00
68.450,00/ 850.000,00 = 8,05%

Então 8.05% será a nossa alíquota efetiva para fins de cálculo do Simples

70.000,00 x 8,05% = 5.635,00


Então R$ 5.635,00 será o valor a recolher no DAS. Lembrando que se dentro das
seções do anexo I, a empresa tiver algum caso que não pague um determinado
tributo, como nos casos de ICMS ST, PIS e COFINS monofásico e etc… Deverá
segregar a alíquota efetiva encontrada, para saber o percentual de tributo a
desconsiderar.

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Por exemplo, dentro dessa nossa alíquota de 8,05% (4ª Faixa ) encontrada,
5,50% dela é IRPJ, 3,50% é CSLL, 12,74% é COFINS e assim sucessivamente.

Em termos práticos ela representa a composição de cada imposto dentro do DAS.

No nosso caso se feita à repartição de


tributos, cada tributo ficaria assim
representado: R$ 5.635,00
IRPJ = 0,055 x 5.635,00 = R$ 309,93
CSLL = 0,035 x 5.635,00 = R$ 197,23
COFINS = 0,1274 x 5.635,00 = R$ 717,90
PIS = 0,0276 x 5.635,00 = R$ 155,53
CPP = 0,42 x 5.635,00 = R$ 2.366,70
ICMS = 0,335 x 5.635,00 = R$ 1.887,73
R$ 5.635,00

Segundo método
Se acharmos os percentuais correspondentes dos tributos e depois
multiplicarmos pela receita do mês, matematicamente encontramos o
mesmo valor.
(B x C)
Receita Mensal R$ 70.000,00 8,05%
IRPJ = (8,05x5,50) 0,44% R$ 309,93
CSLL =(8,05x3,50) 0,28% R$ 197,23
COFINS =(8,05x12,74) 1,03% R$ 717,90
PIS = (8,05x2,76) 0,22% R$ 155,53
CPP = (8,05x42) 3,38% R$ 2.366,70
ICMS = (8,05x33,50) 2,70% R$ 1.887,73
8,05% R$ 5.635,00

o
ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR N 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito
(Vigência: 01/01/2018)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Valor a
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Deduzir (em
R$)
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1a Faixa Até 180.000,00 4,00% –


2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
De 1.800.000,01 a
5a Faixa 14,30% 87.300,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6a Faixa 19,00% 378.000,00
4.800.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%


2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% –

Alíquota
Efetiva
8,05% Receita Bruta Normal Receita Bruta Monofásica
** R$ 40.000,00 R$ 30.000,00
IRPJ 0,44% R$ 177,10 R$ 132,83
CSLL 0,28% R$ 112,70 R$ 84,53
COFINS 1,03% R$ 410,23 R$ 0,00
PIS 0,22% R$ 88,87 R$ 0,00
CPP 3,38% R$ 1.352,40 R$ 1.014,30
ICMS 2,70% R$ 1.078,70 R$ 809,03
R$ 3.220,00 R$ 2.040,68

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** Multiplicar a alíquota efetiva pelo percentual dos tributos da faixa

Valor do
DAS
IRPJ R$ 309,93
CSLL R$ 197,23
COFINS R$ 410,23
PIS R$ 88,87
CPP R$ 2.366,70
ICMS R$ 1.887,73
R$ 5.260,68

Módulo VIII– Demais Tratamento Tributário do Pis e


da Cofins

8.1 Rateio e Reembolso de Despesas de Grupo Econômico

 Valores recebidos representam apenas recomposição patrimonial e


não receita nova;

 Realização de atividades em prol das entidades que obrigadas ao


rateio ou reembolso;

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 Não envolve atividade-fim da empresa que solicita o rateio ou


reembolso.

Empresa Controladora

1. As despesas comuns resultantes de atividades desenvolvidas


por empresa controladora:
- Rateio
- Prestação de Serviço
- Receita
- Incide Pis e Cofins

2. Despesas Contratadas de Terceiros


- Rateio
- Redução de Despesa
- Não incidência do Pis e Cofins

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 38 de 13 de Janeiro de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: RATEIO DE DESPESAS COMUNS DE GRUPO ECONÔMICO. PRESTAÇÃO DE


SERVIÇO. INCLUSÃO NA RECEITA. DESPESAS COM TERCEIROS. REDUÇÃO DA
DESPESA. As despesas comuns resultantes de atividades desenvolvidas por empresa
controladora em favor de outras empresas do mesmo grupo econômico podem ser rateadas
em relação estas empresas, devendo os valores recebidos pela empresa controladora
serem por ela considerados receita para fim de incidência da Contribuição para o PIS/PASEP.

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Também as despesas comuns, contratadas junto a terceiros por empresa controladora para
empresas de um grupo econômico, podem ser rateadas. Neste caso, o valor rateado não
compõe a base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP da empresa controladora. Em
ambos os casos, requer-se previsão contratual que estabeleça os coeficientes de rateio
dentro de critérios razoáveis que correspondam à efetiva imputação da despesa.

8.2 Indenizações

Não integram a base de cálculo do PIS/COFINS quando


representativas de recomposição patrimonial (casos dos sinistros,
desapropriações e semelhantes);

Demais hipóteses representam ingresso de receitas e, portanto,


tributáveis (multa por quebra contratual referente a lucros cessantes, por
exemplo)

Posições favoráveis:
CARF - ACÓRDÃO 3302-00.873 em 01/03/2011
“Tratando-se de ingressos eventuais relativos a recuperação de valores
que integram o ativo, não se pode considerar as indenizações de
seguros ora discutidas como receitas para fins de incidência da
contribuição em comento”
-Posicionamento contrário:
CARF - Processo 16366.001208/2007-11 – Data:14/02/2012

8.3 Recuperações de Tributos

Não integram a base de cálculo do PIS/COFINS por representar


recuperação de custo ou recomposição patrimonial (exceção dos juros);
ADI nº 25/2003

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8.4 Bonificações e Descontos

“As bonificações recebidas de fornecedores em forma de mercadorias


podem representar descontos incondicionais , desde que constem da nota
fiscal e não dependam de evento posterior à emissão do
documento”.

Portanto, nesta hipótese, não compõem a base de cálculo da COFINS, a


título de receita obtida, correspondendo a um redutor do custo de
aquisição das mercadorias.

Neste caso, o valor a ser registrado como estoque das mercadorias é o


efetivamente despendido na aquisição destas, segundo o princípio contábil
do custo como base do valor, inexistindo receita vinculada às referidas
bonificações, a título de recuperação de custos.” (Processo de Consulta nº
10/09 )

“Mercadorias entregues gratuitamente pelo vendedor ao comprador sem


vinculação com específica operação de venda não constitui fato gerador da
Cofins, por não haver auferimento de receita por quem as recebe .” (CARF -
Processo 10384.002422/2005-29)
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 130, DE 3 DE MAIO DE 2012

8.5 Brindes

São considerados brindes as mercadorias que não constituem o objeto


normal da atividade econômica do contribuinte, sendo adquiridas para
distribuição sem ônus (gratuita) para consumidor ou usuário final,
com o fim de promover determinado produto ou mesmo a empresa.
Destinatário do BRINDE:

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 Empresa com apuração pelo Lucro Real


A título de IRPJ, as despesas com brindes devem ser adicionadas ao
lucro líquido, ou sejam, são indedutíveis, conforme o teor da Lei nº
9.249/1995 e do Decreto nº 3.000/1999.

Do viés do destinatário dos brindes , o valor destes será computado


como receita, sendo ofertado à tributação (IRPJ, CSLL, PIS/COFINS).

 Empresa optante do regime de lucro presumido


Não haverá incidência de PIS/COFINS sobre tal receita, em razão da
revogação do § 1º do artigo 3º da Lei 9.718 /98 (Permanece somente
sobre faturamento).

 Em se tratando do regime simplificado de tributação


(Simples Nacional).
As receitas oriundas de brindes e doações não são tributadas, por
ausência de previsão legal.

8.6 RECEITAS FINANCEIRAS

DE 02.08.2004 A 30.06.2015 – REGIME NÃO CUMULATIVO DO PIS E


COFINS

 A partir de 02.08.2004, por força do Decreto 5.164/2004, ficaram


reduzidas a zero as alíquotas do PIS e COFINS incidentes sobre
as receitas financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas
ao regime de incidência não-cumulativo das referidas contribuições.

O disposto não se aplica às receitas financeiras oriundas de juros sobre


capital próprio e as decorrentes de operações de hedge, tributadas até
31.03.2005.

 E, a partir de 01.04.2005, por força do Decreto 5.442/2005, ficam


reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da COFINS incidentes sobre as

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receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas


para fins de hedge.

Observe-se que permanece a incidência do PIS e COFINS sobre os


juros sobre o capital próprio.

O disposto aplica-se, também, às pessoas jurídicas que tenham apenas


parte de suas receitas submetidas ao regime de incidência não -cumulativa.

 A PARTIR DE 01.07.2015

A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas


financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins
de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de
apuração não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e
4%, respectivamente.

Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas


parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração não -cumulativa
da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por


cento) e 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente, as
alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis aos
Juros sobre o Capital Próprio.
Base: Decreto 8.426/2015.

Receitas Financeiras – Não Incidência – PIS e COFINS Cumulativos

Através da Solução de Consulta Disit/SRRF 4.005/2016 , a RFB manifestou-


se no sentido que a base de cálculo do PIS e da COFINS, no regime
cumulativo de incidência, é o faturamento, o qual compreende a receita
bruta, que abrange o produto da venda de bens nas operações de conta
própria, o preço da prestação de serviços em geral, o resultado auferido
nas operações de conta alheia e as demais receitas da atividade ou objeto
principal da pessoa jurídica, considerando -se estas últimas como as
decorrentes da atividade típica da empresa, correspondente ao seu objeto
social, ou efetivamente verificada no seu cotidiano, quando esta se afaste
dos objetivos expressos em seu ato constitutivo.

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Portanto, conclui-se que as receitas financeiras, assim definidas


pela legislação tributária pertinente, não se sujeitam à incidência
do PIS e da COFINS na sistemática cumulativa, se seu auferimento
não consistir, de fato e de direito, na atividade ou objeto principal
da entidade, constante do seu ato institucional.

A partir de Ficaram reduzidas a zero alíquotas do PIS e Decreto


02.08.2004 COFINS. 5.164/2004
Exceto de juros sobre capital próprio e as
decorrentes de operações de hedge.
A partir de Ficam reduzidas a zero receitas financeiras, Decreto
01.04.2005 inclusive decorrentes de operações realizadas 5.442/2005
para fins de hedge.
A partir de As Receitas Financeiras são tributadas, inclusive Decreto
01.07.2015 decorrentes de operações realizadas para fins 8.426/2015
de hedge.
Pis 0,65%
Cofins 4%

Ficam mantidas o Pis 1,65% e a Cofins 7,60% aplicáveis aos juros sobre o capital
próprio.

8.7 Operadores de Plano de Saúde


A partir de 01.02.2014 é elevada a alíquota de 4% da COFINS para as
operadoras de planos de saúde (conforme art. 19 da Lei 12.783/2013).

8.8 Obras de Construção Civil | Incidência Cumulativa

Para efeito de aplicação do disposto no inciso XX do art. 10 e inciso V do


art. 15 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, enquadram-se, no
conceito de obras de construção civil, as obras e os serviços auxiliares
e complementares da construção civil, tais como exemplificados no Ato
Declaratório Normativo Cosit nº 30, de 14 de outubro de 1999.

1. a construção, demolição, reforma e ampliação de edificações;

2. sondagens, fundações e escavações;

3. construção de estradas e logradouros públicos;


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4. construção de pontes, viadutos e monumentos;

5. terraplenagem e pavimentação;

6. pintura, carpintaria, instalações elétricas e hidráulicas, aplicação


de tacos e azulejos, colocação de vidros e esquadrias; e

7. quaisquer outras benfeitorias agregadas ao solo ou subsolo.

Ato Declaratório Interpretativo RFB Nº 10/2014

8.9 Papel Imune

Desde 1º de agosto de 2004, as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS não -


cumulativos incidirão sobre a receita bruta decorren te da venda de papel
imune a impostos de que trata o artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da
Constituição Federal, quando destinado a impressão de periódicos, às
alíquotas de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) para a COFINS e
0,8% (oito décimos por cento) para a contribuição ao PIS/PASEP

(arts. 21 e 37 da Lei nº 10.865/2004).

8.10 Retenção na Fonte por Órgãos Públicos Federais

Os valores da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins retidos na fonte


por órgãos ou entidades da administração pública federal, pelas
cooperativas e por outras pessoas jurídicas serão considerados
como antecipação das contribuições devidas pela pessoa jurídica
beneficiária dos pagamentos no encerramento do respectivo período de
apuração.
A pessoa jurídica beneficiária pode deduzir os valores retidos
somente do valor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
devidas.

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8.11 Prestação de Serviço – Hotelaria – Ingresso de Divisas – Cartão


de Crédito Internacional – Cheque Viagem – Isenção – Não Incidência

É isenta das contribuições do Pis e da Cofins a receita auferida na


prestação de serviços de hotelaria a pessoas físicas ou jurídicas
residentes ou domiciliadas no exterior, cujo pagamento represente
ingresso de divisas no País.

 Serviço | Cobrança Diária – Isenta de PIS E COFINS


Considera-se serviço de hotelaria a oferta de alojamento temporário
para hóspedes, por meio de contrato tácito ou expresso de
hospedagem, mediante cobrança de diária pela ocupação de
unidade habitacional com as características definidas pelo
Ministério do Turismo (Portaria Interministerial nº 33, de 2005).

Esse conceito inclui o fornecimento de alimentos desde que


inserido na diária cobrada.

 Venda de comidas e bebidas – Incidência do PIS E COFINS


A receita da venda de comida e bebidas a pe ssoas físicas ou
jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior, quando seu valor
não estiver incluído no preço da diária de estabelecimento hoteleiro
ou congênere, está sujeita à incidência da s contribuições,
independentemente de representar ingresso de divisas.
 Cartão de Crédito – Não incidência do Pis e da Cofins
O pagamento realizado mediante cartão de crédito
internacional, emitido no exterior, de pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no exterior, assim como aquele efetuado
por meio de cheques de viagem (traveller check), configura
entrada de divisas no País.

 Moeda Estrangeira – Incidência do Pis e da Cofins


Pagamento em moeda estrangeira, uma vez que ela pode ser
adquirida no Brasil, em instituições financeiras e casas de câmbio,
não configura ingresso de divisas no País, ficando sujeito a
incidências das contribuições.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. HOTELARIA. INGRESSO DE DIVISAS. CARTÃO


DE CRÉDITO INTERNACIONAL. CHEQUE VIAGEM. ISENÇÃO. NÃO
INCIDÊNCIA. É isenta da Cofins a receita auferida na prestação de serviços de
hotelaria a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior,
cujo pagamento represente ingresso de divisas no País. Considera -se serviço de

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hotelaria a oferta de alojamento temporário para hóspedes, por meio de contrato


tácito ou expresso de hospedagem, mediante cobrança de diária pela ocupação de
unidade habitacional com as características definidas pelo Ministério do Turismo
(Portaria Interministerial nº 33, de 2005). Esse conceito inclui o fornecimento de
alimentos desde que inserido na diária cobrada. Por outro lado, a receita da
venda de comida e bebidas a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou
domiciliadas no exterior, quando seu valor não estiver incluído no preço da diária
de estabelecimento hoteleiro ou congênere, está sujeita à incidência da Cofins,
independentemente de representar ingresso de divisas . Não incide a Cofins sobre
a receita auferida pelos estabelecimentos hoteleiros ou similares decorrente da
prestação de outros serviços (obrigação de f azer), não incluídos no conceito de
serviço de hotelaria definido pela Portaria Interministerial nº 33, de 2005, quando
prestados a residentes ou domiciliados no exterior e o pagamento representar
ingresso de divisas no País . O pagamento realizado mediante cartão de crédito
internacional, emitido no exterior, de pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, assim como aquele efetuado por meio de cheque viagem,
configura entrada de divisas no País, desde que atendidas as determinações
previstas no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais
(RMCCI). Na hipótese de pagamento indevido da Cofins, em razão da isenção ou
não incidência das receitas auferidas pelos estabelecimentos hoteleiros ou
congêneres, a importância paga poderá ser restituída ou compensada com
tributos ou contribuições administrados por esta Secretaria, obedecida à
legislação pertinente à restituição e à compensação. O direito de pleitear a
restituição extingue -se com o decurso de prazo de 5 (cinco) anos, contad os da
data da extinção do crédito tributário.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 20 de 25 de Janeiro de 2013

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS. HOTELARIA. PAGAMENTO. Para fins de não-


incidência de Contribuição para o PIS/Pasep na prestação de serviços de hotelaria a
estrangeiros, considera-se comprovado o ingresso de divisas no pagamento efetuado mediante
cartão de crédito internacional emitido no exterior e por meio de cheques de viagem (traveller
check), mas não no pagamento em moeda estrangeira, uma vez que ela pode ser adquirida no
Brasil, em instituições financeiras e casas de câmbio.

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8.12 Doações Recebidas

As doações constituem-se em transferência de dinheiro ou outros


ativos para uma entidade, ou um cancelamento de um passivo, sem a
necessidade de uma contrapartida.

Essas doações podem ser em dinheiro, gêneros alimentícios, roupas,


materiais de uso e consumo, equipamentos ou outro ativo qualquer
ou também por meio de prestação de serviços.

As doações devem ser reconhecidas no recebimento efetivo.

A Lei nº 10.406/2002 (D.O.U. de 11/01/2002), em seu artigo 538,


conceitua a doação da seguinte forma:

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por


liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o
de outra.

MERCADORIAS. DOAÇÃO. RECEITA.

Lucro Real
O valor relativo às mercadorias recebidas em doação constitui receita
sujeita à tributação pela contribuição PIS e da Cofins apurada na
sistemática não-cumulativa.

Lucro Presumido
No caso de tributação com base no lucro presumido, o valor da doação
não integrará a receita bruta, mas deverá ser acrescido à base de
cálculo do IRPJ, sendo tributado como outras rec eitas e ganho de
capital. (art .595 do RIR/18; Lei 9.430/96, art. 29).

Regime Cumulativo
As doações não integra a base de cálculo da contribuição PIS e da Cofins
apurada na sistemática cumulativa, em função da revogação do § 1.º do
art. 3.º da Lei 9.718/98 pela Lei 11.941/ 2009.

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Segue soluções de consultas

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 207 de 11 de Outubro de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: MERCADORIAS. DOAÇÃO. RECEITA. O valor relativo às mercadorias recebidas


em doação constitui receita sujeita à tributação pela contribuição PIS/Pasep apurada na
sistemática não-cumulativa.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 122 de 09 de Maio de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: DOAÇÕES. RECEITAS NÃO OPERACIONAIS. CUMULATIVIDADE. As receitas


relativas ao recebimento de mercadorias em doação não integram a base de cálculo da
contribuição PIS/Pasep apurada na sistemática cumulativa.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 412 de 20 de Dezembro de 2004

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ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: As doações recebidas de entes do Poder Público integram os resultados não-


operacionais da pessoa jurídica, compondo a base de cálculo da Cofins.

8.13 Ajustes a Valor Presente

O ajuste a valor presente (AVP) pode ser uma despesa ou uma receita.

Quando o AVP for uma despesa, não poderá ser redutor da base de
cálculo do Pis e Cofins, tanto no regime cumulativo como no não
cumulativo.

Por outro lado, quando o AVP for uma receita, não será computada na
base de cálculo do Pis e Cofins, tanto no regime cumulativo como
no não cumulativo.

Enfim, o AVP não provocará efeitos na b ase de cálculo do Pis e Cofins.

Inciso VII, §3º, art. 1º da Lei 10.833/03 | Inciso VIII, §3º, art. 1º da Lei
10.637/02 | Lei 9.718/98

8.14 Exportações

PIS

 Cumulativo - As exportações são isentas do PIS, de acordo


com o artigo 14, § 1º, da MP 2.158-35/2001.

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 Não cumulativo instituído pela Lei 10.637/2002, o artigo 5º da


mesma estipula a não incidência sobre as receitas decorrentes
das exportações de mercadorias ou serviços.

COFINS

 Cumulativo – As exportações são isentas da COFINS, de


acordo com o artigo 14, da MP 2.158-35/2001.

 Não cumulativa, instituída pela Lei 10.833/2003, o artigo 6 da


mesma estipula a não incidência sobre as receitas decorrentes
das exportações de mercadorias ou serviços, admitido, ainda, o
crédito das referidas aquisições.

8.15 ICMS exclusão da Base de Cálculo do Pis e da Cofins

Depois de 20 anos, em março de 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF)


colocou um ponto final em uma das maiores discussões tributária.

Ao julgar o Recurso Extraordinário nº 574.706 os ministros firmaram o


entendimento de que “o ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da Cofins”.

8.15.1 Solução de Consulta Interna Cosit nº 13, de 18 de outubro de


2018

Foi publicada no site da Receita Federal a Solução de Consulta Interna


Cosit nº 13, de 18 de outubro de 2018, que dispõe sobre os critérios e
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procedimentos a serem observados para fins de exclusão do ICMS na base


de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins), no regime cumulativo ou não
cumulativo, à luz do julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR
pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre outras disposições, a SCI Cosit
nº 13/2018 estabelece que:

- o montante a ser excluído da base de cálculo mensal da


contribuição é o valor mensal do ICMS a recolher apurado da
pessoa jurídica, referente ao mesmo período de apuração das
Contribuições;

- o valor mensal do ICMS a recolher, deverá ser segregado entre


as diversas bases de cálculo mensal das contribuições , uma
vez que na escrituração das contribuições a pessoa jurídica apura
diversas bases de cálculo, conforme o código de situação tributária
(CST) atribuído às receitas auferidas;

- a referida segregação do ICMS mensal a recolher, para fins de


apropriação da parcela a excluir em cada uma das bases de cálculos
das contribuições, será determinada com base na relação
percentual existente entre a receita bruta referente a cada um
dos tratamentos tributários (CST) correspondentes às contribuições e
a receita bruta total, auferidas em cada mês;

- para fins de proceder ao levantamento dos valores de ICMS a


recolher, apurados e escriturados pela pessoa jurídica, devem -se
preferencialmente considerar os valores apurados na
escrituração fiscal digital do ICMS e do IPI (EFD -ICMS/IPI).

A referida SCI objetiva esclarecer os procedimentos a serem adotados no


âmbito da Receita Federal, no tocante ao cumprimento de decisões
judiciais transitadas em julgado referente à matéria.

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Ressalte-se que, nos termos do art. 19 da Lei nº 10.522, de 2002, as


decisões do STF desfavoráveis à Fazenda Nacional, sob o rito de
repercussão geral, só vinculam em caráter amplo e definitivo a Receita
Federal no tocante à constituição e cobrança de créditos tributários, bem
como nas decisões sobre as matérias julgadas, após a manifestação da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

8.15.2 Nota de Esclarecimento da RFB

Nenhum dos votos dos Ministros que participaram d o julgamento do RE nº


574.706/PR endossou ou acatou o entendimento de que o ICMS a ser
excluído da base de cálculo mensal das contribuições corresponde à parcela
do imposto destacada nas notas fiscais de vendas . Como assentado com
muita propriedade no próprio Acórdão, bem como na Lei Complementar nº
87, de 1996, os valores destacados nas notas fiscais (de vendas,
transferências, etc.) constituem mera indicação para fins de controle , não
se revestindo no imposto a ser efetivamente devido e recolhido aos
Estados-membros.

Portanto, o entendimento prescrito na Solução de Consulta Interna Cosit nº


13, de 2018, no qual indica que a parcela a ser excluída da base de
cálculo mensal das contribuições vem a ser o valor mensal do ICMS
a recolher, está perfeitamente ali nhado, convergente e harmonizado com
o entendimento pontificado nos votos dos Ministros formadores da tese
vencedora, uma vez que o ICMS a ser repassado aos cofres públicos, não é
receita da pessoa jurídica e, por conseguinte, não compõe a base de
cálculo das contribuições.

8.15.3 Como calcular a exclusão do ICMS da base de cálculo de


PIS/Cofins

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Essa é a discussão do momento nas "rodinhas" tributárias, especialmente


depois da publicação da solução de consulta interna COSIT 13.

Logo após a decisão do STF, no sentido de que o ICMS não compõe a base
de cálculo da contribuição para o PIS e da Cofins, iniciou -se a discussão
sobre como efetuar o cálculo para executar essa decisão.

A Receita Federal apresentou três alternativas de cálculo, conforme


demonstra a tabela abaixo:

ICMS Venda 18.000,00 – ICMS Compra 12.600,00 = 5.400,00 ICMS efetivamente PAGO

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Convém uma brevíssima explicação sobre os cálculos constantes da tabela:

Cenário 1: apuração atual de PIS/Cofins, considerando o ICMS na


respectiva base de cálculo.

Cenário 2: apuração de PIS/Cofins excluindo o valor corresponde nte ao


ICMS da base de cálculo.

Cenário 3: apuração de PIS/Cofins excluindo o ICMS do preço de


venda e da base dos créditos na sistemática de não cumulatividade.

Cenário 4: apuração de PIS/Cofins excluindo o ICMS efetivamente


recolhido, ou seja, após a compensação dos créditos de ICMS.

A opção da solução de consulta interna COSIT 13 foi pelo cenário 4, com


o argumento de que a decisão do STF teria se referido ao ICMS recolhido .

Portanto, do ICMS devido em razão da venda deveria ser excluído o ICMS


creditado nas compras.

8.15.4 Recuperação do Pis e da Cofins pago em base com o ICMS

Quais contribuintes podem se beneficiar dessa tese?

Comércio varejista e atacadista, pequenos e médios fabricantes de


produtos, prestadores de serviços em geral, exceto integr antes do Simples.

O ideal é que o advogado ingresse o quanto antes com o pedido


judicial, pois o contribuinte deverá ser ressarcido dos últimos 5
anos.

Entretanto, o pedido ainda possui efeitos para o futuro , sendo um


importante instrumento de resultados financeiros para as empresas e os
advogados que as representam.

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Por fim, em decorrência da decisão proferida pelo Supremo muito se tem


discutido sobre a extensão do entendimento firmado a outros tributos que
compreendam uma sistemática de apuração semelhan te, questão essa que
já vem sendo objeto de análise pelo Poder Judiciário com decisões
favoráveis em alguns casos, exemplo ISS.

8.16 Retenção das Contribuições do Pis e da Cofins

Os pagamentos efetuados bem como os pagamentos antecipados


pelas pessoas jurídicas de direito privado a outras pessoas
jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços abaixo
relacionados, estão sujeitos à retenção na fonte da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/Pasep:

 Limpeza
 Conservação
 Manut enção
 Segurança
 Vigilância
 Transporte de Valores
 Locação de Mão de Obra
 Prest ação de serviços de assessoria creditícia
 Mercadológica
 Gest ão de crédito
 Seleção e riscos
 Administração de contas a pagar e a receber
 Pela remuneração de serviços caracterizadamente de
natureza profissional (previstos no art.714 do RIR/18 –
Decreto 9.580/2018 ):
I - administ ração de bens ou negócios em geral, exceto
consórcios ou fundos mútuos pa ra aquisição de bens;
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II - advocacia;

III - análise clínica laboratorial;

IV - análises t écnicas;

V - arquit etura;

VI - assessoria e consultoria técnica, exceto serviço de


assist ência técnica prestado a terceiros e concernente a
ramo de indústria ou c omércio explorado pelo prestador do
serviço;

VII - assist ência social;

VIII - audit oria;

IX - avaliação e perícia;

X - biologia e biomedicina;

XI - cálculo em geral;

XII - consult oria;

XIII - contabilidade;

XIV - desenho t écnico;

XV - economia;

XVI - elaboração de projetos;

XVII - engenharia, exceto construção de estradas, pontes,


prédios e obras assemelhadas;

XVIII - ensino e treinamento;

XIX - est atística;

XX - fisiot erapia;

XXI - fonoaudiologia;

XXII - geologia;

XXIII - leilão;

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XXIV - medicina, ex ceto aquela prestada por ambulatório,


banco de sangue, casa de saúde, casa de recuperação ou
repouso sob orientação médica, hospital e pronto -socorro;

XXV - nutricionismo e dietética;

XXVI - odontologia;

XXVII - organização de feiras de amost ras, congressos,


seminários, simpósios e congêneres;

XXVIII - pesquisa em geral;

XXIX - planejamento;

XXX - programação;

XXXI - prót ese;

XXXII - psicologia e psicanálise;

XXXIII - química;

XXXIV - radiologia e radioterapia;

XXXV - relações públicas ;

XXXVI - serviço de despachante;

XXXVII - t erapêutica ocupacional;

XXXVIII - tradução ou interpretação comercial;

XXXIX - urbanismo; e

XL - veterinária.

As retenções serão efetuadas sem prejuízo da retenção do IRRF das


pessoas jurídicas sujeitas a alíquotas específicas previstas na legislação
do Imposto de Renda e aplicam-se também aos pagamentos
efetuados por:

a) associações, inclusive entidades sindicais, federações,


confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos;
b) sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;

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c) fundações de direito privado; ou


d) condomínios edilícios (edifícios).

( L ei n º 1 0 . 8 3 3 / 2 0 0 3 , ar t . 3 0 ; I n st r u ç ã o No r m at i va S R F n º 4 5 9 / 2 0 0 4 , ar t. 1 º ;
I n s tr u ç ão No r m ati v a R FB n º 1 . 1 5 1 / 2 0 1 1 , ar t. 1 º )

Não existe a previsão de Auto Re tenção para as Contribuições.

Os valores retidos na forma da lei deverão ser considerados como


antecipação do que for devido pelo contribuinte que sofreu a retenção,
devendo o contribuinte, à época do recolhimento dos tributos, fazer a
compensação.

8.16.1 Pessoa Jurídica não obrigada a efetuar a retenção do Pis e da


Cofins
Não estão obrigadas a efetuar a retenção , as pessoas jurídicas optantes
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte (Simples Nacional).

I N - 4 5 9 / 0 4 , a r t. 1 º , § 6 º

8.16.2 Casos em que “não” se aplica a retenção do Pis e da Cofins

I) Casos em que não se aplica a retenção da CSL, da COFINS e do


PIS-Pasep na hipót ese de pagamentos efetuados a:

a) empresas estrangeiras de transporte de valores;

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b) pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional.

( L ei n º 1 0 . 8 3 3 / 2 0 0 3 , ar ts. 3 0 , § 2 º , e 3 2 , I I I ; I n s tr u ç ão No r m at iv a S R F n º
4 5 9 / 2 0 0 4 , a r t s. 1 º , § 6 º , e 3 º , I I ; I n str u ç ão No r m a ti v a R FB n º 7 6 5 / 2 0 0 7 , ar t. 4 º )

II) Casos em que não se aplica a retenção da Cofins e da


contribuição para o PIS -Pasep

Não será exigida ret enção da Cofins e da contribuição para o PIS -Pasep,
cabendo somente a retenção da CSL nos pagamentos:

a) a título de transporte internacional de valores efetuado por


empresas nacionais;
b) aos estaleiros navais brasileiros , nas atividades de
conservação, modernização, conversão e reparo de embarcações
pré-registradas ou registradas no Registro Especial Brasileiro
(REB), inst ituído pela Lei nº 9.432/1997 .
Le i n º 1 0 . 8 3 3 / 2 0 0 3 , ar t. 3 2 , p ar á gr af o ú n ic o ; I n st r u ç ão No r m a ti v a S R F n º 4 5 9 / 2 0 0 4
, ar t. 4 º

8.16.3 Destaque das Contribuições


Conforme previsto no § 10º, art. 1º da IN SRF n° 459/2004, a empresa
prestadora do serviço “deverá informar no documento fiscal o valor
correspondente à retenção das contribuições” incidente sobre a
operação.

8.16.4 Prazo de Recolhimento


Os valores retidos no mês, na forma dos arts. 30 , 33 e 34 da Lei nº
10.833/2003 , devem ser recolhi dos ao Tesouro Nacional pelo órgão
público que efet uar a retenção ou, de forma centralizada, pelo
estabelecimento mat riz da pessoa jurídica, até o último dia útil do 2º
decêndio do mês subsequente àquele mês em que tive r ocorrido

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o pagamento à pessoa juríd ica fornecedora dos bens ou


prestadora do serviço.

( L ei n º 1 0 . 8 3 3 / 2 0 0 3 , ar t. 3 5 ; L ei n º 1 3 . 1 3 7 / 2 0 1 5 , ar t. 2 4 )

8.16.5 Local do Recolhimento


Com a nova redação dada ao Regulamento do Imposto de Renda, o
pagamento ou o recolhimento do imposto e das cont ribuições poderá
ser efetuado em qualquer estabelecimento bancário autorizado a
receber receitas federais, independentemente do domicílio tributário
do sujeito passivo (Lei nº 7.738, de 9 de março de 1989, art. 32).
A r t. 9 3 7 R I R / 1 8 – D ec r e t o 9 . 5 8 0 / 1 8

8.16.6 Código de Recolhimento


O Código de receit a para recolhimento do PCC retido é o 5952.

Mas, no caso de pessoa jurídica beneficiária de isenção ou suspensão,


total ou parcial, na forma da legislação específica de uma ou mais
contribuições, o recolhimento da s contribuições não alcançadas pela
isenção ou suspensão será efetuado mediante a utilização dos seguintes
códigos:

 5987 para a CSL


 5960 para a Cofins
 5979 para o Pis -Pasep

Módulo IX – CRÉDITOS Regime de Apuração da Não


Cumulatividade

9.1 CRÉDITOS da NÃO Cumulatividade

Para fins de creditamento da Contribuição do Pis e da Cofins não


cumulativa, são todos aqueles bens e serviços pertinentes, ou que

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viabilizam o processo produtivo e a prestação de serviços , que neles


possam ser direta ou indiretamente empregados e cuja subtração
importa na impossibilidade mesma da prestação do serviço ou da
produção, isto é, cuja subtração obsta a atividade empresária, ou implica
em substancial perda de qualidade do produto ou serviço daí
resultantes.

9.1.1 Incidência não cumulativa de parte das receitas


Os créditos serão apurados, exclusivamente, em relação aos custos,
despesas e encargos vinculados a essas receitas (não cumulativas).

Conceito dos Regimes de apropriação direta e rateio proporcional

9.1.2 Crédito Apropriação Direta (Faturamento)


Aplica -se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às
despesas e aos encargos comuns, adquiridos e/ou incorridos no mês – a
relação percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à
incidência não cumul ativa e os custos totais incorridos no mês ,
apurados por meio de sistema de contabilidade de custos
integrada e coordenada com a escrituração.

9.1.3 Rateio Proporcional da Receita Bruta


Aplica-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às
despesas e aos encargos comuns, adquiridos e/ou incorridos no mês a
relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não
cumulativa e a receita bruta total, auferidas no mês.

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Os Regimes acima foram introduzidos pela IN 247/02, no artigo 100º e


ratificados nos artºs 3º § 8º das leis 10.637/02 e 10.833/03

O método eleito pela pessoa jurídica será aplicado consistentemente por


todo o ano-calendário.

Como grande parte das empresas não dispõe de uma contabilidade


integrada de custos, devem-se valer do método do “rateio proporcional”
cima citado, para cálculo de seus créditos.

O mencionado método de rateio não se aplica à pessoa jurídica que se


sujeita à incidência não cumulativa em relação à totalidade de suas
receitas.

Solução de Con sulta 7.002/17

9.1.4 Receita com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência


das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins.
Foi publicado no DOU dia 23/06/2017 a Solução de Consulta Cosit nº
326/2017, a qual declarou que o crédito devidamente ap urado pela
pessoa jurídica em relação a determinado dispêndio será mantido mesmo
que a receita à qual esteja vinculado o dispêndio que originou o
crédito seja contemplada com suspensão, isenção, alíquota zero ou
não incidência das contribuições para o PIS-Pasep e da Cofins, estando
em conformidade com a regra geral estabelecida pelo art. 17 da Lei nº
11.033/2004.

9.1.5 Utilização do Saldo Credor


O saldo credor da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurado na
forma do art. 3º das Leis ns. 10.637/2002 e 10.833/2003, e do art. 15 da
Lei n. 10.865/2004, acumulado ao final de cada trimestre do ano -calendário
em virtude do disposto no art. 17 da Lei n. 11.033/2004, poderá ser objeto
de:

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I - compensação com débitos próprios, vencidos ou


vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados
pela SRF, observada a legislação específica aplicável à
matéria; ou

II - pedido de ressarcimento em dinheiro, observada a


legislação específica aplicável à matéria.

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor,
dos créditos vinculados a essas operações.

9.1.6 Ressarcimento e compensação de créditos do regime de


incidência não cumulativa da Contribuição para o PIS e da Cofins

No regime não cumulativo das contribuições PIS/COFINS é possível


descontar os créditos previstos na legislação com os débitos próprios das
contribuições mencionadas.

Porem, no decurso das atividades operacio nais de uma empresa, pode


ocorrer que os créditos apurados sejam maiores que os débitos
devidos. Sendo assim, o contribuinte fica com um “crédito acumulado”
para compensar possíveis débitos no futuro.

Dessa forma, conforme dispõe à legislação, o contribuinte poderá


compensar tais créditos com débitos próprios das contribuições ,
inclusive, caso sejam passiveis de restituição ou ressarcimento, na
compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a
tributos administrados pela RFB.

Lembrando que o processamento do Pedido Eletrônico de Restituição,


Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP),
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relativo a créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS,


observará a ordem cronológica de entrega das EFD -Contribuições
transmitidas antes do prazo estabelecido no art. 7º da IN RFB 1252/2012 .

1. Créditos Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003

Os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados na


forma do art. 3º da Lei nº 10.637/02 e do art. 3º da Lei nº 10.833/03, que
não puderem ser utilizados no desconto de débitos das respectivas
contribuições, poderão ser objeto de ressarcimento ou
compensação, se decorrentes de custos, despesas e encargos
vinculados:

a) às receitas resultantes das operações de exportação de


mercadorias para o exterior, da prestação de serviços a pessoa física
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior cujo pagamento
represente ingresso de divisas, e das vendas a empresa comercial
exportadora com o fim específico de exportação;

b) às vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou


não incidência;

c) às receitas decorrentes da produção e comercialização de álcool ,


inclusive para fins carburantes, nos termos do § 7º do art. 1º da Lei
nº 12.859, de 10 de setembro de 2013; ou

d) às receitas decorrentes da produção e comercialização dos


produtos referidos no caput do art. 3º da Lei nº 10.147, de 21 de
dezembro de 2000, nos termos do seu § 4º.

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Notas:
1 – O disposto nas letras (b) a (d) aplica-se aos créditos da Contribuição
para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins -Importação apurados na forma do
art. 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004.
2 – O disposto na letra (c) aplica-se exclusivamente aos créditos apurados
entre 11 de setembro de 2013 e 31 de dezembro de 2016.
3 – O disposto na letra (d) aplica-se exclusivamente aos créditos apurados
a partir de 1º de março de 2015 pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime
especial de que trata o art. 3º da Lei nº 10.147, de 2000.
4 – Os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFIN S, a que se
refere a letra (a), remanescentes do desconto de débitos dessas
contribuições em um mês de apuração, embora não sejam passíveis de
ressarcimento antes de encerrado o trimestre do ano -calendário a que se
refere o crédito, podem ser objeto de com pensação. Após o encerramento
do trimestre-calendário, a declaração de compensação deverá ser precedida
do pedido de ressarcimento.

2. Créditos Embalagens – Período 1º de abril de 2005 e 30 de abril


de 2015

Os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados na


forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 3º da Lei nº 10.833,
de 2003, decorrentes de aquisições de embalagens para revenda
pelas pessoas jurídicas comerciais a que se referem os §§ 3º e 4º do
art. 51 da Lei nº 10.833, de 2003, apurados entre 1º de abril de 2005
e 30 de abril de 2015, que não puderem ser utilizados no desconto de
débitos das respectivas contribuições, poderão ser objeto somente de
compensação.

3. Créditos Lei nº 11.196/2005

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Os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS apurados nos


termos do art. 57 e do caput e § 2º do art. 57 -A da Lei nº 11.196, de 21 de
novembro de 2005, que não puderem ser utilizados no desconto de débitos
das respectivas contribuições, poderão ser objeto de ressarcimento ou
compensação, se decorrentes de:
a) aquisição ou importação de nafta petroquímica pelas centrais
petroquímicas;

b) aquisição de etano, propano, butano , condensado e correntes


gasosas de refinaria – HLR – hidrocarbonetos leves de refino pelas
centrais petroquímicas para serem utilizados como insumo na
produção de eteno, propeno, buteno, butadieno, orto -xileno,
benzeno, tolueno, isopreno e paraxileno; e

c) aquisição de eteno, propeno, buteno, butadieno, ortoxileno,


benzeno, tolueno, isopreno e paraxileno pelas i ndústrias químicas
para serem utilizados como insumo produtivo.

Nota:
1 – O disposto neste tópico aplica -se exclusivamente aos créditos apurados
a partir de 8 de maio de 2013.

4. Créditos presumidos

Poderão ser objeto de ressarcimento ou compensação os créditos


presumidos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS previstos no:
a) art. 33 da Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, vinculados a
exportação, nos termos do seu § 7º;

b) art. 34 da Lei nº 12.058, de 2009;

c) art. 55 da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, vinculados


a exportação, nos termos do seu § 8º;

d) art. 5º da Lei nº 12.599, de 23 de março de 2012;

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e) art. 6º da Lei nº 12.599, de 2012, vinculados a exportação;

f) art. 15 da Lei nº 12.794, de 2 de abril de 2013, vinculados a


exportação;

g) art. 31 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013; e

h) inciso IV do § 3º do art. 8º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de


2004.

Notas:
1 – art. 33 e 34 da Lei nº 12.058/2010:
Art. 33 – As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativ a da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, inclusive cooperativas, que
produzam mercadorias classificadas nos códigos 02.01, 02.02, 02.04, 0206.10.00,
0206.20, 0206.21, 0206.29, 0206.80.00, 0210.20.00, 0506.90.00, 0510.00.10 e
1502.00.1 da NCM, destin adas a exportação, poderão descontar da Contribuição
para o PIS/PASEP e da COFINS devidas em cada período de apuração crédito
presumido, calculado sobre o valor dos bens classificados nas posições 01.02 e
01.04 da NCM, adquiridos de pessoa física ou recebi dos de cooperado pessoa
física.
Art. 34 – A pessoa jurídica tributada com base no lucro real que adquirir para
industrialização produtos cuja comercialização seja fomentada com as alíquotas
zero da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS previstas nas al íneas a e c do
inciso XIX do art. 1o da Lei no 10.925, de 23 de julho de 2004, poderá descontar
das referidas contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito
presumido determinado mediante a aplicação sobre o valor das aquisições de
percentual correspondente a 40% (quarenta por cento) das alíquotas previstas no
caput do art. 2o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art.
2o da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

2 – art. 55 da Lei nº 12.350/2010:


Art. 55 – As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, inclusive cooperativas, que
produzam mercadorias classificadas nos códigos 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07
e 0210.1 da NCM, destinadas a exportação, poder ão descontar da Contribuição
para o PIS/PASEP e da COFINS devidas em cada período de apuração crédito
presumido, calculado sobre:
I – o valor dos bens classificados nas posições 10.01 a 10.08, exceto os dos
códigos 1006.20 e 1006.30, e nas posições 12.01, 23.04 e 23.06 da NCM,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física; (Vide Lei nº
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12.865, de 2013) (Vigência)


II – o valor das preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais vivos
classificados nas posições 01.03 e 01.05, classificadas no código 2309.90 da NCM,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física;
III – o valor dos bens classificados nas posições 01.03 e 01.05 da NCM,
adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física.

3 – art. 5° e 6°da Lei nº 12.599/2012:


Art. 5° – A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS que efetue exportação dos produtos
classificados no código 0901.1 da Tipi poderá descontar das referidas
contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado
sobre a receita de exportação dos referidos produtos.
Art. 6° – A pessoa jurídica tributada no regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS p oderá descontar das referidas
contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado
sobre o valor de aquisição dos produtos classificados no código 0901.1 da Tipi
utilizados na elaboração dos produtos classificados nos códigos 090 1.2 e 2101.1
da Tipi destinados a exportação.

4 – art. 15 da Lei nº 12.794:


Art. 15 – A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS poderá descontar das referidas
contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado
sobre o valor de aquisição dos produtos classificados no código 0805.10.00 da
Tipi utilizados na industrialização dos produtos classificados no código 2009.1 da
Tipi destinados à exportação.

5 – art. 31 da Lei nº 12.865/2013:


Art. 31 – A pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS poderá descontar das referidas
contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado
sobre a receita decorrente da venda no mercado interno ou da exportação dos
produtos classificados nos códigos 1208.10.00, 15.07, 1517.10.00, 2304.00,
2309.10.00 e 3826.00.00 e de lecitina de soja classificada no código 2923.20.00,
todos da Tipi.

6 – inciso IV do § 3º do art. 8º da Lei nº 10.925:


Art. 8° – As pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias
de origem animal ou vegetal, classificadas nos capítulos 2, 3, exceto os produtos

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vivos desse capítulo, e 4, 8 a 12, 15, 16 e 23, e nos có digos 03.02, 03.03, 03.04,
03.05, 0504.00, 0701.90.00, 0702.00.00, 0706.10.00, 07.08, 0709.90, 07.10,
07.12 a 07.14, exceto os códigos 0713.33.19, 0713.33.29 e 0713.33.99,
1701.11.00, 1701.99.00, 1702.90.00, 18.01, 18.03, 1804.00.00, 1805.00.00,
20.09, 2101.11.10 e 2209.00.00, todos da NCM, destinadas à alimentação humana
ou animal, poderão deduzir da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS,
devidas em cada período de apuração, crédito presumido, calculado sobre o valor
dos bens referidos no inciso II do caput do art. 3º das Leis nºs 10.637, de 30 de
dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, adquiridos de pessoa
física ou recebidos de cooperado pessoa física.
• 3° O montante do crédito a que se referem o caput e o § 1o deste artigo será
determinado mediante aplicação, sobre o valor das mencionadas aquisições, de
alíquota correspondente a:
IV – 50% (cinquenta por cento) daquela prevista no caput do art. 2o da Lei no
10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2o da Lei no 10.833, de
29 de dezembro de 2003, para o leite in natura, adquirido por pessoa jurídica,
inclusive cooperativa, regularmente habilitada, provisória ou definitivamente,
perante o Poder Executivo na forma do art. 9º -A

5. Créditos Presumidos – Lei nº 10.925, de 2004 – Disposições


específicas

O saldo de créditos presumidos apurados na forma do § 3º do art. 8º da


Lei nº 10.925, de 2004, em relação à aquisição dos bens classificados no
código 0805.10.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados (TIPI), vinculados à receita de exportação, observado o
disposto nos §§ 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e nos §§ 8º e
9º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, existente em 21 de setembro de
2012, poderá ser objeto de ressarcimento ou compensação, observado o
disposto no tópico (7).

O pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação poderão ser


efetuados somente em relação aos créditos apurados:
a) nos anos-calendário de 2008 a 2010, a partir de 1º de outubro de
2012; e

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b) no ano-calendário de 2011 e no período compreendido entre


janeiro e setembro de 2012, a partir de 1º de janeiro de 2013.

Já em relação ao saldo de créditos presumidos, apurados na forma do § 3º


do art. 8º da citada Lei, referente à aquisição dos bens classificados nos
códigos 01.04, 02.04 e 0206.80.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul
(NCM), vinculados à receita de exportação, observado o disposto nos §§ 8º
e 9º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e nos §§ 8º e 9º do art. 3º da
Lei nº 10.833, de 2003, existente em 8 de março de 2013, poderá ser
objeto de ressarcimento ou compensação, observado o disposto no tópico
(7).

Em relação ao saldo de créditos presumidos, apurados na forma do § 3º do


art. 8º da citada Lei, referente à aquisição de café in natura, existente em
1º de janeiro de 2012, poderá ser objeto de ressarcimento ou
compensação, observado o disposto no tópico ( 7).

Em relação ao saldo de créditos presumidos, apurados na forma do § 3º do


art. 8º da citada Lei, referente a custos, despesas e encargos vinculados à
produção e à comercialização de leite e de seus derivados
classificados nos códigos da NCM mencionados no caput do art. 8º dessa
Lei, existente em 30 de setembro de 2015, poderá ser objeto de
ressarcimento ou compensação, observado o disposto no tópico ( 7).

Nota:
1 – O pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação de que
trata o subitem anterior (6.5) poderão ser efetuados somente em relação
aos créditos apurados no:
– ano-calendário de 2010, a partir de 1º de outubro de 2015;
– ano-calendário de 2011, a partir de 1º de janeiro de 2016;
– ano-calendário de 2012, a partir de 1º de janeiro de 2017;
– ano-calendário de 2013, a partir de 1º de janeiro de 2018; e

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– período compreendido entre 1º de janeiro de 2014 e 30 de


setembro de 2015, a partir de 1º d e janeiro de 2019.

2 – A aplicação do disposto a produção e à comercialização de leite e de


seus derivados independe de habilitação da pessoa jurídica no Programa
Mais Leite Saudável, instituído pelo Decreto nº 8.533, de 30 de setembro
de2015.

6. Pessoas jurídicas importadoras ou produtoras de álcool

O saldo de créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS


apurados pelas pessoas jurídicas importadoras ou produtoras de álcool na
forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e do art. 3º da Lei nº 10.83 3,
de 2003, existente em 8 de maio de 2013, poderá ser objeto de
ressarcimento ou compensação, observado o disposto no tópico (8).

O pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação de que trata o


caput poderão ser efetuados somente em relação aos c réditos apurados:
a) até 31 de dezembro de 2011, a partir de 24 de março de 2014; e

b) no período compreendido entre 1º de janeiro de 2012 e 8 de maio


de 2013, a partir de 1º de janeiro de 2015.

7. Prazo dos créditos apurados para efeitos de ressarcimento

O pedido de ressarcimento dos saldos de créditos da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS sobre crédito presumido e PJ importadoras de
Álcool, poderá ser efetuado somente para créditos apurados até 5
(cinco) anos anteriores contados da data do pedido.

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8. Programa PER/DCOMP

O pedido de ressarcimento e a declaração de compensação devem ser


efetuados mediante a utilização do programa PER/DCOMP ou, na
impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de
Restituição ou de Ressarcimento, constan te do Anexo I da IN 1717/2017,
ou mediante o formulário Declaração de Compensação, constante do Anexo
IV da mesma instrução normativa.

Lembrando que a declaração de compensação deverá ser precedida do


pedido de ressarcimento.

Cada pedido de ressarcimento deverá:


a) referir-se a um único trimestre-calendário; e

b) ser efetuado pelo saldo credor remanescente no trimestre -


calendário, líquido das utilizações por desconto.

Os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, a que se refere


as operações de exportação de mercadorias para o e xterior, da prestação
de serviços a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior
cujo pagamento represente ingresso de divisas , remanescentes do desconto
de débitos dessas contribuições em um mês de apuração, embora não
sejam passíveis de ressarcimento antes de encerrado o trimestre do
ano-calendário a que se refere o crédito, podem ser objeto de
compensação.
Após o encerramento do trimestre -calendário, a declaração de
compensação deverá ser precedida do pedido de ressarcimento.

O pedido de ressarcimento referente ao subitem anterior deverá:


a) referir-se a um único trimestre-calendário; e

b) ser efetuado pelo saldo credor remanescente, líquido das


utilizações por desconto ou compensação.

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9. Crédito Presumido: Estoque de abertura

A parcela do crédito presumido da Contribuição para o PIS/PASEP e da


COFINS calculado sobre o estoque de abertura, previsto no art. 11 da Lei
nº 10.637, de 2002, e no art. 12 da Lei nº 10.833, de 2003, que seja
decorrente de bens vinculados às receitas e às venda s de que o tópico (1),
poderá ser objeto de ressarcimento ou compensação.

A parcela do crédito presumido de estoque de abertura que terá o


tratamento previsto no caput será determinada, a critério da pessoa
jurídica, pelo método de:
a) apropriação direta, por meio de sistema de contabilidade de
custos integrada e coordenada com a escrituração; ou

b) rateio proporcional, aplicando-se ao valor total do crédito


presumido a relação percentual existente entre a receita de venda,
vinculada aos custos, às despesas e aos encargos de que tratam as
tópico (1), e a receita total, vinculada às mercadorias que compõem
o estoque de abertura, auferidas em cada mês.

Nota:
1 – O método eleito pela pessoa jurídica para determinação da parcela do
crédito presumido deve ser o mesmo adotado no ano-calendário para o
rateio dos demais créditos.

10. Solicitação de Ressarcimento

Formulário Digital
O formulário tem por objetivo facilitar a solicitação, pela empresa, do
procedimento especial de ressarcimento de créditos da Contribuição

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para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social (Cofins) e do Imposto sobre Produtos Industrializados, de que trata
as Portarias MF nº 348/2010 e MF nº 348/2014 .

O formulário digital deve ser utilizado para a solicitação dos procedimentos


especiais de ressarcimento previstos nas portarias descritas acima e
aplica-se aos pedidos de ressarcimentos pendentes , ainda que a
empresa já tenha realizado a solicitação por outro meio perante a RFB, nos
termos do § 11 do art. 2º da IN RF B nº 1.060/2010 e no § 8º do art. 2º da
IN RFB nº 1.497/2014.

O formulário deve ser preenchido digitando -se todos os caracteres (pontos


e dígito) do número do CNPJ e do PER/DCOMP.

Exemplo:
CNPJ

12.345.678/0001-99

PER/DCOMP

12345.12345.123456.1.1.12-1234
Ato Declaratório Executivo Coaef nº 1/2017 - DOU 1 de 1º.03.2017

11. Vedações

É vedado o ressarcimento ou a compensação do crédito do trimestre -


calendário cujo valor possa ser alterado total ou parcialmente por decisão
definitiva em processo judicial ou administrativo fiscal de determinação e
exigência de crédito da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

Ao requerer o ressarcimento ou declarar a compensação, o representante


legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da lei, de
que o crédito pleiteado não se encontra na situação mencionada.

Arts. 44° a 59° da IN RFB 1717/2017


Este Roteiro é de autoria da palestrante (Inês Oliveira), atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação
pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
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9.2 O alcance do termo “INSUMO”

Receita Federal publica parecer sobre conceito de insumos

A norma visa uniformizar a interpretação acerca das principais categorias


de itens analisadas administrativamente.

Foi publicado, no Diário Oficial da União, o Parecer Normativo Cosit nº


5 de 17 de dezembro de 2018, que apresenta diversas aplicações
concretas do conceito de insumos na legislação da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins estabelecido pela Primeira Seção do Superior
Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial 1.221.170/PR, cujo
acórdão foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico de 24 de abril de
2018.

A edição do Parecer Normativo se mostrou necessária porque a aplicação


da aludida decisão judicial a situações concretas algumas vezes pode ser
complexa e eventualmente pode gerar conclusões divergentes.

Assim, considerando que as diversas áreas da Receita Federal analisam


regularmente a classificação de milhares de itens como insumo na
legislação das mencionadas contribuições (em procedimentos de
fiscalização, de compensação e ressarcimento, de consulta, etc.), tornou-se
necessária a uniformização da interpretação acerca das principais
categorias de itens analisadas administrativamente .

O Parecer Normativo é de aplicação obrigatória pelos agentes da Receita


Federal e serve como orientação para os contribuintes.

O conceito de insumo para fins de apuração de créditos da não


cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deve ser
aferido à luz dos critérios da essencialidade ou da relevância do bem
ou serviço para a produção de bens destinados à venda ou para a
prestação de serviços pela pessoa jurídica.

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Conclusão

Com base no exposto, conclui-se que, conforme estabelecido pela Primeira


Seção do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial 1.221.170/PR, o
conceito de insumo para fins de apuração de créditos da não
cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins deve ser
aferido à luz dos critérios da essencialidade ou da relevância do bem
ou serviço para a produção de bens destinados à venda ou para a
prestação de serviços pela pessoa jurídica.

Segundo a tese acordada na decisão judicial em comento:

a) o “critério da essencialidade diz com o item do qual dependa,


intrínseca e fundamentalmente, o produto ou o serviço”:

a.1) “constituindo elemento estrutural e insepa rável do


processo produtivo ou da execução do serviço”;

a.2) “ou, quando menos, a sua falta lhes prive de qualidade,


quantidade e/ou suficiência”;

b) já o “critério da relevância” é identificável no item cuja finalidade,


embora não indispensável à elabo ração do próprio produto ou à prestação
do serviço, integre o processo de produção, seja:

b.1) “pelas singularidades de cada cadeia produtiva”;

b.2) “por imposição legal”.

Como características adicionais dos bens e serviços (itens) considerados


insumos na legislação das contribuições, destacam -se:

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a) somente podem ser considerados insumos itens aplicados no


processo de produção de bens destinados à venda ou de prestação
de serviços a terceiros, excluindo-se do conceito itens utilizados nas
demais áreas de atuação da pessoa jurídica, como administrativa,
jurídica, contábil, etc., bem como itens relacionados à atividade de
revenda de bens;

b) permite-se o creditamento para insumos do processo de


produção de bens destinados à venda ou de prestação de serviço s,
e não apenas insumos do próprio produto ou serviço comercializados
pela pessoa jurídica;

c) o processo de produção de bens encerra -se, em geral, com a


finalização das etapas produtivas do bem e o processo de prestação
de serviços geralmente se encerra com a finalização da prestação ao
cliente, excluindo-se do conceito de insumos itens utilizados
posteriormente à finalização dos referidos processos , salvo exceções
justificadas (como ocorre, por exemplo, com os itens que a legislação
específica exige aplicação pela pessoa jurídica para que o bem
produzido ou o serviço prestado possam ser comercializados, os
quais são considerados insumos ainda que aplicados sobre produto
acabado);

d) somente haverá insumos se o processo no qual estão inseridos os


itens elegíveis efetivamente resultar em um bem destinado à venda
ou em um serviço prestado a terceiros (esforço bem -sucedido),
excluindo-se do conceito itens utilizados em atividades que não
gerem tais resultados, como em pesquisas, projetos abandonados,
projetos infrutíferos, produtos acabados e furtados ou sinistrados,
etc.;

e) incluir o item ao conceito de insumos independe de contato


físico, desgaste ou alteração química do bem-insumo em função
de ação diretamente exercida sobre o produto em elaboração ou
durante a prestação de serviço;

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f) a modalidade de creditamento pela aquisição de insumos é a regra


geral aplicável às atividades de produção de bens e de prestação de
serviços no âmbito da não cumulatividade das contribuições, sem
prejuízo das demais modalidades de creditamento estabelecidas pela
legislação.

Dentre os esclarecimentos mencionados no parecer, destacamos alguns:

I. Produção ou Fabricação de Bens Produção


 De acordo com letra do inciso II do caput do art. 3º da Lei nº
10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003, permitem a apuração
de créditos das contribuições “bens e serviços utilizados como
insumo (...) na produção ou fabricação de bens ou produtos
destinados à venda”.

“produção de bens” | refere-se às atividades que, conquanto não sejam


consideradas industrialização, promovem a transformação material de
insumo(s) em um bem novo destinado à venda ou o desenvolvimento de
seres vivos até alcançarem condição de serem comercializados.

Como exemplos de atividades que promovem o


desenvolvimento de seres vivos até alcançarem condição de
serem comercializados podem ser citadas a agricultura, a
pecuária, a piscicultura, entre outras.

“fabricação de produtos” | equivale ao conceito e às hipóteses de


industrialização firmadas na legislação do Imposto sobre Pr odutos
Industrializados (IPI).

Como exemplo de atividades que promovem a reunião de


insumos para produção de um bem novo que não são
consideradas industrialização, mas que podem ser
considerada produção de bens para fins de apuração de
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créditos das contribuições com base no dispositivo em tela,


citam-se as hipóteses de preparação de produtos
alimentares não acondicionados em embalagem de
apresentação mencionadas no inciso I do caput do art. 5º do
Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010 (Regulamento do
IPI).

II. Inexistência de Insumos na Atividade Comercial


 Somente há insumos geradores de créditos nas atividades de
produção de bens destinados à venda e de prestação de serviços a
terceiros.

 Não há insumos na atividade de revenda de bens, notadamente


porque a esta atividade foi reservada a apuração de créditos em
relação aos bens adquiridos para revenda (inciso I do caput do
art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003).

 Em razão disso, exemplificativamente, não constituem insumos


geradores de créditos para pessoas jurídicas dedicadas à
atividade de revenda de bens:
a) combustíveis e lubrificantes utilizados em veículos próprios
de entrega de mercadorias 1;
b) transporte de mercadorias entre centros de distribuição
próprios;
c) embalagens para transporte das mercadorias; etc.

 Nada impede que uma mesma pessoa jurídica desempenhe


atividades distintas concomitantes, como por exemplo, “revenda
de bens” e “produção de bens”, e possa apurar créditos da não
cumulatividade das contribuições na modalidad e aquisição de

1
Nada impede que o item possa se enquadrar em outras modalidades de creditamento, como aquela
estabelecida pelo inciso IX do art. 3º c/c inciso II do art. 15 da Lei nº 10.833, de 2003.
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insumos em relação a esta atividade, conquanto lhe seja vedada a


apuração de tais créditos em relação àquela atividade 2.

III. Insumo do Insumo


 Outra discussão que merece ser elucidada neste Parecer Normativo
versa sobre a possibilidade de apuraç ão de créditos das
contribuições na modalidade aquisição de insumos em relação a
dispêndios necessários à produção de um bem -insumo
utilizado na produção de bem destinado à venda ou na prestação de
serviço a terceiros (insumo do insumo).

 Uma das principais novidades plasmadas na decisão da Primeira


Seção do Superior Tribunal de Justiça em testilha foi à extensão do
conceito de insumos a todo o processo de produção de bens
destinados à venda ou de prestação de serviços a terceiros.

 O insumo do insumo constit ui “elemento estrutural e inseparável


do processo produtivo ou da execução do serviço”, cumprindo
o critério da essencialidade para enquadramento no conceito de
insumo.

Esta conclusão é especialmente importante neste Parecer Normativo porque


até então, sob a premissa de que somente geravam créditos os insumos do
bem destinado à venda ou do serviço prestado a terceiros, a Secretaria da
Receita Federal do Brasil vinha sendo contrária à geração de créditos em
relação a dispêndios efetuados em etapas prévias à produção do bem
efetivamente destinado à venda ou à prestação de serviço a
terceiros (insumo do insumo).

IV. Bens e Serviços Utilizados por Imposição Legal

2
Acerca deste assunto, vale a pena conferir, por exemplo, a Solução de Consulta Cosit nº 550, de 19 de
dezembro de 2017, publicada no DOU de 26/12/2017, e a Solução de Consulta Cosit nº 183, de 17 de
março de 2017, publicada no DOU de 27/03/2017
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 No conceito de insumos geradores de créditos da Contribuição para o


PIS/Pasep e da Cofins, em razão de sua relevância, os itens “cuja
finalidade, embora não indispensável à elaboração do próprio
produto ou à prestação do serviço, integre o processo de produção
(...) por imposição legal”.

 Equipamentos de proteção individual (EPIs), que constituem itens


destinados a viabilizar a atuação da mão de obra, a Primeira Seção
do Superior Tribunal de Justiça decidiu, no acórdão em comento, que
os equipamentos de proteção individual (EPI) podem se
enquadrar no conceito de insumos
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 183, DE 3 1 DE MAIO DE 2019

 São exemplos de itens utilizados no processo de produção de bens


ou de prestação de serviços pela pessoa jurídica por exigência da
legislação.
O conceito de insumos definido pela Primeira Seção do Superior Tribunal de
Justiça não restringiu suas disposições a conceitos contábeis.

Se o dispêndio efetuado pela pessoa jurídica não se enquadra em nenhuma


outra modalidade específica de apuração de créditos da não cumulatividade
das contribuições, ele permitirá o creditamento caso se enquadre na
definição de insumos e não haja qualquer vedação legal,
independentemente das regras contábeis aplicáveis ao dispêndio.

9.2.1 Insumo | Manutenção Periódica e Substituição de Partes de


Ativos Imobilizados

 Aos dispêndios com manutenção periódica dos ativos produtivos


da pessoa jurídica, entendendo-se esta como esforços para que se
mantenha o ativo em funcionamento , o que abrange, entre outras:

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a) aquisição e instalação no ativo produtivo de peças de


reposição de itens consumíveis (ordinariamente se desgastam
com o funcionamento do ativo);

b) contratação de serviços de reparo do ativo produtivo


(conserto, restauração, recondicionamento, etc.) perante
outras pessoas jurídicas, com ou sem fornecimento de bens.

 Ocorre que, conforme demonstrado, a alud ida decisão judicial passou


a considerar que há insumos para fins da legislação das
contribuições em qualquer etapa do processo de produção de
bens destinados à venda e de prestação de serviços , e não
somente na etapa-fim deste processo, como defendia a es ta
Secretaria.

 Assim, não impende reconhecer que são considerados insumos


geradores de créditos das contribuições os bens e serviços
adquiridos e utilizados na manutenção de bens do ativo
imobilizado da pessoa jurídica responsáveis por qualquer etapa
do processo de produção de bens destinados à venda e de
prestação de serviço.

 Portanto, também são insumos os bens e serviços utilizados na


manutenção de ativos responsáveis pela produção do insumo
utilizado na produção dos bens e serviços finais destinados à venda
(insumo do insumo).

9.2.2 Insumo | Produtos e Serviços de Limpeza, Desinfecção e


Dedetização de Ativos Produtivos

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 Elegíveis ao conceito de insumos os “materiais de limpeza” como


“gastos gerais de fabricação” de produtos alimentícios.

 Aliás, também no REsp 1246317 / MG, DJe de 29/06/2015, sob


relatoria do Ministro Mauro Campbell Marques, foram considerados
insumos geradores de créditos das contribuições em tela “os
materiais de limpeza e desinfecção, bem como os serviços de
dedetização quando aplicados no ambiente produtivo de empresa
fabricante de gêneros alimentícios”.

 Independente dos julgamentos citados refiram -se apenas a pessoas


jurídicas dedicadas à industrialização de alimentos (ramo no qual a
higiene sobressai em importância), parece bastante razoável
entender que os materiais e serviços de limpeza, desinfecção e
dedetização de ativos utilizados pela pessoa jurídica na produção de
bens ou na prestação de serviços podem ser considerados
insumos geradores de créditos das contribuições.

 Isso porque, à semelhança dos materiais e serviços de manutenção


de ativos, trata-se de itens destinados a viabilizar o
funcionamento ordinário dos ativos produtivos (paralelismo de
funções com os combustíveis, que são expressamente considerados
insumos pela legislação) e bem assim porque em algumas atividades
sua falta implica substancial perda de qualidade do produto
ou serviço disponibilizado, como na produção de alimentos, nos
serviços de saúde, etc.

9.2.3 Insumo | Pesquisa e Desenvolvimento

 Os dispêndios da pessoa jurídica com pesquisa não podem ser


considerados insumos para fins de créditos da legislação das

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contribuições porque não guardam qualquer relação com o


processo de produção de bens ou de prestação de serviços.

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 Nesse contexto, considerando o conceito de insumo


estabelecido pela Primeira Seção do Superior Tribunal
de Justiça explanado neste Parecer Normativo, conclui-
se que somente podem ser considerados insumos os
dispêndios da pessoa jurídica ocorridos após o
reconhecimento formal e documentado do início da fase
de desenvolvimento de um ativo intangível que
efetivamente resulte em:
 um insumo utilizado no processo de produção de bens
destinados à venda ou de prestação de serviços
(exemplificativamente, um novo processo de produção
de bem);
 produto destinado à venda ou serviço prestado a
terceiros.

Isso porque nesses casos há um esforço bem-sucedido e os


resultados gerados pelo desenvolvimento do ativo intangível (insumo
do processo de produção ou de prestação ou o próprio produto ou
serviço vendidos) se tornam essenciais à produção do bem
vendido ou à prestação do serviço, já que passam a constituir
“elemento estrutural e inseparável do processo” ou sua falta os
priva de “qualidade, quantidade e/ou suficiência” (ver a análise
geral sobre o conceito firmado na decisão judicial em comento ).

9.2.4 Insumo | Mão de Obra

 Acerca dos dispêndios da pessoa jurídica com mão de obra paga a


pessoa física, a legislação da não cumulatividade da Contribuição
para o PIS/Pasep e da Cofins é expressa em vedar a possibilidade de
apuração de créditos (inciso I do § 2º do art. 3º da Lei nº 10.637,
de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003).

Todavia, no contexto de outros dispêndios da pessoa jurídica com mão de


obra alguns pontos merecem comentários.

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 TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA

o A vedação de creditamento alcança apenas o pagamento feito


pela pessoa jurídica diretamente à pessoa física.
o Situação diversa é o pagamento feito a uma pessoa
jurídica contratada para disponibilizar mão de obra à pessoa
jurídica contratante (terceirização de mão de obra), o que
afasta a aplicação da mencionada vedação de
creditamento.
o Desde que os serviços prestados pela pessoa jurídica
contratada sejam considerados insumo será possível a
apuração de créditos em relação a tais serviços.
o Diferentemente, não haverá insumos:

a) se a mão de obra cedida pela pessoa jurídica contratada


atuar em atividades-meio da pessoa jurídica contratante
(setor administrativo, vigilância, preparação de
alimentos para funcionários da pessoa jurídica
contratante, etc.);
b) se, por qualquer motivo, for declarada irregular a
terceirização de mão de obra e reconhecido vínculo
empregatício entre a pessoa jurídica contratante e as pessoas
físicas.

9.2.5 Insumo | Dispêndios para Viabilização da Atividade da Mão de


Obra da Pessoa Jurídica

Não podem ser considerados insumos para fins de apuração de créditos da


não cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins os
dispêndios da pessoa jurídica com itens destinados a viabilizar a
atividade da mão de obra empregada em seu processo de produção de
bens ou de prestação de serviços, tais como alimentação, vestimenta,
transporte, educação, saúde, seguro de vida, etc.

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Somente podem ser considerados insumos do processo produtivo quando


consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos utilizados pela pessoa
jurídica no processo de produção de bens ou de prestação de serviços.

Permanece válida a vedação à apuração de crédito em relação a


combustíveis consumidos em máquinas, equipamentos ou veículos
utilizados nas demais áreas de atividade da pessoa jurídica
(administrativa, contábil, jurídica, etc.), bem como utilizados
posteriormente à finalização da produção do bem destinado à venda ou à
prestação de serviço.

Permitem a apuração de créditos na modalidade aquisição de insu mos


combustíveis consumidos em:

a) veículos que suprem as máquinas produtivas com matéria -prima


em uma planta industrial;

b) veículos que fazem o transporte de matéria -prima, produtos


intermediários ou produtos em elaboração entre estabelecimentos da
pessoa jurídica;

c) veículos utilizados por funcionários de uma prestadora de serviços


domiciliares para irem ao domicílio dos clientes;

d) veículos utilizados na atividade-fim de pessoas jurídicas


prestadoras de serviços de transporte, etc.

Já em relação a “gastos com veículos” que não permitem a apuração de


tais créditos, citam-se, exemplificativamente, gastos com veículos
utilizados:

a) pelo setor administrativo;

b) para transporte de funcionários no trajeto de ida e volta ao local de


trabalho;

c) por administradores da pessoa jurídica;

d) para entrega de mercadorias aos clientes;

e) para cobrança de valores contra clientes; etc.

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9.2.6 Insumo | Subcontratação de Serviços

 Na atividade de prestação de serviços é recorrente que uma pessoa


jurídica, contratada por seu cliente para uma prestação de serviços
principal, subcontrate outra pessoa jurídica para a realização de
parcela dessa prestação.

 Essa subcontratação evidentemente se enquadra no conceito de


insumos geradores de créditos da Contribuição p ara o PIS/Pasep e
da Cofins, pois o serviço subcontratado se torna relevante para a
prestação principal “pelas singularidades de cada cadeia produtiva”,
neste caso por opção do prestador principal.

9.2.7 Insumo | Rastreamento de cargas e de veículos

Fisco considera insumo o gasto com segurança automotiva de veículos


de transporte de cargas.

Geram direito ao desconto de crédito da não cumulatividade da Cofins,


na modalidade aquisição de insumos, os valores despendidos com
pagamentos a pessoas jurídicas com segurança automotiva de veículos de
transporte de cargas (rastreamento/monitoramento), por se coadunarem
com os critérios da essencialidade e relevância trazidos pelo Superior
Tribunal de Justiça.

Solução de Consulta nº 228 – Cosit de 27 de junho de 20 19

9.2.8 Insumo | Vale-pedágio obrigatório. Transporte de cargas.

Em se tratando de pessoa jurídica que tenha como atividade o


transporte rodoviário de cargas e que esteja submetida ao regime de
apuração não cumulativa da Cofins, os gastos com vale-pedágio obrigatório

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suportados pela própria transportadora podem ser considerados insumos


para a prestação do serviço de transporte de cargas , permitindo a apuração
do crédito previsto no inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.

Nesta hipótese, é vedada a exclusão da base de cálculo da


contribuição apurada pela transportadora dos valores relativos à
aquisição de vale-pedágio, pois não se amoldam à previsão do art. 2º da
Lei nº 10.209, de 2001.

Solução de Consulta nº 228 – Cosit de 27 de junho de 2019

9.2.9 Podem ser Considerados como INSUMOS

a) no caso de indústrias, os testes de qualidade de produtos


produzidos exigidos pela legislação 3;
b) tratamento de efluentes do processo produtivo exigido pela
legislação
c) no caso de produtores rurais, as vacinas aplicadas em seus
rebanhos exigidas pela legislação, etc.
d) No caso de exigência de testes de qualidade a serem
realizados por terceiros (por exemplo o Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro), aposição de
selos, lacres, marcas, etc., pela própria pessoa jurídica
ou por terceiro, conclui-se que tais itens são considerados
insumos desde que sejam exigidos para que o bem ou serviço
possa ser disponibilizado à venda ou à prestação .

e) os dispêndios da pessoa jurídica com a realização dos


testes, compra e instalação dos selos permitiriam a
apuração de créditos das contribuições na modalidade
aquisição de insumos, visto serem exigidos pela legislação
específica para que o produto possa ser comercializado ;

3
Aqui estão em voga apenas os testes de qualidade exigidos pela legislação. Os testes de qualidade
aplicados por decisão da pessoa jurídica foram abordados na seção “CUSTOS” DA QUALIDADE.
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f) os dispêndios da pessoa jurídica com o transporte do


produto até o local de realização dos testes também se
enquadrariam na modalidade de creditamento em voga, pois se
trata de item absolutamente necessário para que se possa
cumprir a exigência de instalação dos selos.

Solução de Consulta Cosit nº 12, de 26 de março de 2008

9.2.10 NÃO Podem ser Considerados como INSUMOS

a) itens exigidos pela legislação relativos à pessoa jurídica como


um todo, como alvarás de funcionamento , etc;
b) itens relativos a atividades diversas da pro dução de bens ou
prestação de serviços
c) Exemplificativamente não podem ser considerados insumos
gastos com transporte (frete) de produtos acabados
(mercadorias) de produção própria entre estabelecimentos
da pessoa jurídica, para centros de distribuição ou p ara
entrega direta ao adquirente4, como:
 combustíveis utilizados em frota própria de
veículos;
 embalagens para transporte de mercadorias
acabadas;
 contratação de transportadoras.

d) Gastos Posteriores à Finalização do Processo de Produção ou


de Prestação

4
Aqui está em análise apenas a subsunção do item ao conceito de insumo (inciso II do caput do art. 3º
da Lei nº 10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003). Nada impede que o item possa se enquadrar em
outras modalidades de creditamento, como aquela estabelecido pelo inciso IX do art. 3º c/c inciso II do
art. 15 da Lei nº 10.833, de 2003.
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 Conforme salientado, em consonância com a literalidade


do inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 10.637, de
2002, e da Lei nº 10.833, de 2003, e nos termos
decididos pela Primeira Seção do Superior Tribunal de
Justiça, em regra somente podem ser considerados
insumos, bens e serviços utilizados pela pessoa
jurídica no Processo de produção de bens e de
prestação de serviços, excluindo-se do conceito os
dispêndios realizados após a finalização do aludido
processo, salvo exceções justificadas.

 Nesses termos, como exemplo da regra geral de


vedação de creditamento, citam-se os dispêndios da
pessoa jurídica relacionados à garantia de adequação
do produto vendido ou do serviço prestado .
Essa vedação de creditamento incide mesmo que a
garantia de adequação seja exigida por legislação
específica, vez que a circunstância geradora dos
dispêndios ocorre após a venda do produto ou a
prestação do serviço.

e) Dadas as próprias definições de custo e despesa


firmadas pela contabilidade de custos, são raras as hipóteses
em que um item classificado como despesa (não custo)
poderá cumprir os requisitos para se enquadrar como
insumo (relação de essencialidade ou relevância com a
produção de bens destinados à venda ou à prestação de
serviços). Entretanto, em tese, há a possib ilidade.

f) Pode-se afirmar de plano que as despesas da pessoa


jurídica com atividades diversas da produção de bens e da
prestação de serviços não representam aquisição de

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insumos geradores de créditos das contribuições, como ocorre


com as despesas havidas nos setores administrativo,
contábil, jurídico, etc., da pessoa jurídica.

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9.3 TABELA PRÁTICA | Constituição de Crédito do Pis e da Cofins

A tabela abaixo contém algumas situações exemplificativas que envolvem a empresa


vendedora e a empresa compradora em relação à constituição do Crédito de Pis e
Cofins a Descontar em cada mês.

Situação Tributária no Situação Tributária no Constituição de Crédito no


Vendedor Comprador Comprador
Alíquota Zero Tributado na Revenda NÃO
Alíquota Zero Alíquota Zero NÃO
Tributado Tributado na Revenda SIM
Tributado Alíquota Zero SIM
Monofásico Alíquota Zero NÃO
Suspensão Tributado na Revenda Crédito Presumido
Suspensão Suspensão NÃO
Substituição Tributária Alíquota Zero NÃO
Isenção ou Não-Incidência Para Exportação NÃO
SIMPLES NACIONAL Tributado na Revenda SIM
LUCRO PRESUMIDO Tributado na Revenda SIM
PIS/COFINS – Não é permitido calcular crédito sobre o valor de ICMS-ST

Exemplo:

Operação de venda de caderno classificado sob o código NCM 4820.20.00 Valor da


mercadoria R$ 1.000,00

ICMS – Alíquota de 18%

IPI – zero

IVA-ST – 62,71%

Sistema não cumulativo (Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2003) - PIS 1,65% e Cofins


7,6%
Solução de Consulta nº 99.041/2017.

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Base de Cálculo do Valor do ICMS


Base de Cálculo Valor do Valor da
ICMS em Operação Operação
do ICMS ST ICMS ST Mercadoria
Própria Própria
R$ 1.000,00 R$ 180,00 R$ 1.627,10 R$ 112,88 R$ 1.000,00
Outras Despesas Valor Total da
Valor do Frete Valor do Seguro Valor do IPI
Acessórias NF
R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 1.112,88

Neste o exemplo, a base de cálculo do PIS e da COFINS é de R$ 1.000,00.

Valor da Total da Operação Base de Cálculo do PIS COFINS


Mercadoria C/ ICMS ST Pis e da Cofins ( 1,65%) ( 7,60%)
R$ 1.000,00 R$ 1.112,88 R$ 1.000,00 R$ 16,50 R$ 76,00

9.4 CRÉDITOS PERMITIDOS

9.4.1 Crédito sobre Bens do Ativo Imobilizado

A apuração referente ao ativo imobilizado ocorre, como regra, com base no


valor mensal dos encargos de depreciação ou de amortização do
ativo (atualmente essa regra está bastante relativizada pelo creditamento
imediato permitido pelo art. 1º da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de
2008, mas ainda permanece a regra geral da modalidade).

Já quanto aos bens do ativo imobilizado que sofrem exaustão (redução


do valor de investimentos), a legislação das contribuições não estabelece
a possibilidade de apuração de créditos da não cumulatividade com
base nos encargos contábeis decorrentes de sua realização.

Considerando a falta de previsão legal para apuração de créditos das


contribuições com base em encargos de exaustão e o conceito restritivo de

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insumo que adotava, a Secretaria da Receita Federal do Brasil sempre


considerou que os bens e serviços cujos custos de aquisição devem ser
incorporados ao valor de determinado bem componente do ativo
imobilizado da pessoa jurídico sujeito a exaustão não permitiriam a
apuração de créditos:

a) tanto na modalidade aquisição de insumos (pois tais dispêndios


deveriam ser ativados para posterior realização, o que afastaria a
aplicação desta modalidade de creditamento);

b) quanto na modalidade realização de ativo imobilizado (por falta


de previsão legal para creditamento em relação a encargos de
exaustão).

Conclui-se acerca da interseção entre insumos e ativo imobilizado que, em


conformidade com regras contábeis ou tributárias, os bens e serviços cujos
custos de aquisição devem ser incorporados ao ativo imobilizado da pessoa
jurídica (por si mesmos ou por aglutinação ao valor de outro bem)
permitem a apuração de créditos das contribuições nas seguintes
modalidades, desde que cumpridos os demais requisitos:

a) exclusivamente com base na modalidade estabelecida pelo inciso VI


do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833 , de 2003
(aquisição, construção ou realização de ativo imobilizado), se
tais bens estiverem sujeitos a depreciação ;

b) com base na modalidade estabelecida pelo inciso II do caput do art.


3º da Lei nº 10.637, de 2002, e da Lei nº 10.833, de 2003 (aquisição
de insumo), se tais bens estiverem sujeitos a exaustão.

Exemplificando:

a) no caso de pessoa jurídica industrial, os dispêndios com serviço de


manutenção de uma máquina produtiva da pessoa jurídica que enseja
aumento de vida útil da máquina superior a 1 (um) ano não permitem a
apuração de créditos das contribuições na modalidade aquisição de

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insumos, pois tais gastos devem ser capitalizados no valor da


máquina, que posteriormente sofrerá depreciação e os encargos
respectivos permitirão a apuração de crédi tos na modalidade realização de
ativo imobilizado (salvo aplicação de regra específica);

b) no caso de pessoa jurídica que explora a extração de florestas, os


dispêndios com a plantação de floresta sujeita a exaustão permitirão a
apuração de créditos das contribuições na modalidade aquisição de
insumos e os encargos de exaustão não permitirão a apuração de qualquer
crédito.

Cálculo do Crédito

Opcionalmente, ao cálculo dos créditos sobre os encargos de depreciação e


amortização o contribuinte pode calcular créditos sobre o valor de
aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado para utilização na produção de bens destinados a venda ou na
prestação de serviços, no prazo de (IN SRF nº 457, de 18/10/2004):

I – 4 (quatro) anos, no casa de máquinas e equipamentos


destinados ao ativo imobilizado; ou

II – 2 (dois) anos, no caso de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos, novos, relacionados nos Decretos nº
4.995, de 15 de janeiro de 2004, e nº 5.17 3, de 6 de agosto de
2004, conforme disposição constante do Decreto nº 5.222, de 30 de
setembro de 2004, adquiridos a partir de 1º de outubro de 2004,
destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial
do adquirente.

Fica vedada a utilização de créditos:

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I – sobre encargos de depreciação acelerada incentivada , apurados


na forma do artigo 324 do Decreto nº 9.580/18 ( RIR/18); e

II – na hipótese de aquisição de bens usados.

Os créditos de PIS/PASEP e COFINS devem ser cal culados mediante a


aplicação, a cada mês, das alíquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente,
sobre o valor:

I – dos encargos de depreciação incorridos no mês;

II – de 1/48 ( um quarenta e oito avos) do valor de aquisição de


máquinas e equipamentos destinados ao ativo imobilizado;

III – de 1/24 ( um vinte e quatro avos) do valor de aquisição de


máquinas , aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, acima
mencionados.

Na hipótese de o contribuinte não adotar o mesmo critério de ap uração de


créditos das contribuições para todos os bens do seu ativo imobilizado,
deverá manter registros contábeis ou planilhas em separado para cada
critério.

9.4.2 Importação de Produtos Farmacêuticos

As pessoas jurídicas importadoras dos produtos f armacêuticos, perfumaria,


toucador ou higiene pessoal, máquinas e veículos, pneus novos ou câmara
de ar de borracha, autopeças, papel imune, etc (referidos nos §§ 1º a 3º,
5º a 10, 17 e 19 do art. 8º da Lei 10.865/04 e no art. 58 -A da Lei
10.833/03) poderão descontar créditos, apurados mediante a aplicação das
alíquotas previstas para a importação dos respectivos produtos , para fins
de determinação da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não
cumulativos, nas hipóteses em que é permitido o desconto do c rédito.

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Em relação às pessoas jurídicas importadoras dos produtos em geral a MP


668, estabelece que o crédito seja apurado mediante aplicação das
alíquotas previstas no caput do art. 8º, referindo -se as seguintes alíquotas:

1. Na importação de bens (em geral):


-Importação;
-Importação;

2. Na importação de serviços:
-Importação;
-Importação;

9.4.3 Créditos em Geral

Crédito Permitido Nota Base Legal

Edificações e Dará direito a crédito de PIS e COFINS sobre dos Lei n° 10.833/2003,
Benfeitoria em encargos de depreciação e amortização dos artigo 3º, inciso VII e
Imóveis próprios ou bens mensais, utilizados nas atividades da parágrafo 1º inciso
de Terceiro empresa. III.

Serviços de Os créditos gerados pelos serviços da construção § 21 e 22, art. 3º,


Construção serão aproveitados conforme a amortização Lei nº 10.637/2002;
do intangível. (na proporção do recebimento da §29 e 30, art. 3º, Lei
respectiva receita) As máquinas, equipamentos e nº 10.833/2002
outros bens incorporados ao ativo, de que tratam
os incisos VI dos arts. 3º das Leis 10.637/2002 e
10.833/2003 não sofreu alterações.
Ativo Financeiro Os créditos gerados pelos serviços da construção § 21, art. 3º, Lei nº
serão aproveitados na proporção do 10.637/2002; § 29,
recebimento da respectiva receita. art. 3º, Lei nº
A sistemática de desconto dos créditos em 10.833/2002
relação a máquinas, equipamentos e outros bens
incorporados ao ativo, de que tratam os incisos
VI dos arts. 3º das Leis 10.637/2002 e
10.833/2003 não sofreu alterações.
Energia Elétrica A Lei nº 10.637/2002 e a Lei nº 10.833/2003 Solução de Consulta
permitem ao contribuinte a dedução de crédito nº 194/2004 da 8º
das contribuições ao PIS/Pasep e a Cofins Região Fiscal
calculados sobre a aquisição de energia elétrica
consumida nos estabelecimentos da pessoa

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jurídica, independentemente do
departamento em que a energia será usada
ou consumida (produção, administração,
vendas, etc.).
Nesse caso, o direito ao crédito das contribuições
está condicionado à Conta e/ou Fatura emitida
pela distribuidora de energia elétrica da região
onde está estabelecida a empresa.

Terceirização de Mão O pagamento feito a uma pessoa jurídica Parecer Normativo


de Obra contratada para disponibilizar mão de obra à Cosit 05/2018
pessoa jurídica contratante (terceirização de mão
de obra), o que afasta a aplicação da
mencionada vedação de creditamento.
Desde que os serviços prestados pela pessoa
jurídica contratada sejam considerados
insumo será possível a apuração de créditos em
relação a tais serviços.

9.4.4 Créditos Permitidos nas “Vendas de Mercadorias”

Crédito Permitido Nota Base Legal

Aluguéis de prédios Utilizados na atividade da empresa, pagos à Inc. IV, art. 3º, Lei
máquinas e pessoas jurídicas; 10.833/03
equipamentos
Depreciação de Neste item, por entendimento, pode ser Inc. VII, art. 3º, Lei
edificações e considerada a depreciação de veículos que 10.833 pois na Lei
benfeitorias em é usual na comercialização, até porque é 10.637
imóveis próprios ou admitido o crédito sobre fretes, porém é
de terceiros interpretação cabendo ao Contador estudar com
a Diretoria a adoção ou não do crédito sobre a
depreciação de veículos;
Devolução Devolução de Mercadorias vendidas Inciso VIII , art. 3º,
Lei 10.833/03
Energia Elétrica Nos estabelecimentos da empresa Inciso III, art. 3º, Lei
consumida 10.833/03
Armazenagem e Armazenagem de mercadoria e frete na operação Inciso IX art.3º, da
Fretes de venda, quando o ônus for suportado pelo Lei 10.833/03
vendedor.
Bens Adquiridos para Poderá creditar-se das contribuições sobre bens I do art. 3° das Leis
Revenda adquiridos para revenda. n° 10.637/2002 e n°
(Adquiridos no País) Exceto mercadorias sujeitas à alíquota zero 10.833/2003.
e monofásicos não dão direito a crédito.
Não integra custo o IPI recuperável pelo
comprador.

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(Custo = Valor da mercadoria + impostos não


recuperáveis + ICMS – exceto ST + seguro +
frete – Suportado pelo comprador )

9.4.5 Créditos Permitidos na “Área de Produção da Indústria ”

Crédito Permitido Nota Base Legal

Bens e serviços Utilizados como INSUMOS na produção ou Inciso II, art. 3º, Lei
fabricação de bens 10.637
MATÉRIA-PRIMA , MATERIAIS DIRETOS
SERVIÇOS DE TERCEIROS APLICADOS NA
PRODUÇÃO OU FABRICAÇÃO
CUSTOS INDIRETOS Aluguéis, manutenção de máquinas e
equipamentos, manutenção de veículos utilizados
na produção, energia elétrica, combustíveis /
lubrificantes, água, comunicações (telefone), EPI,
treinamento de pessoal da indústria e outros
custos indiretos aplicados na produção ou
fabricação de bens, os quais estão classificados
contabilmente no Grupo de CUSTO DE
PRODUÇÃO.
Depreciação de Depreciação de máquinas, equipamentos e Inciso VI, art. 3º, Lei
máquinas, outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado 10.637
equipamentos (inclusive depreciação construções, benfeitorias,
veículos, computadores) utilizados na fabricação
de bens- inclusive
Aluguéis de prédios Utilizados na atividade da empresa, pagos à Inc. IV, art. 3º, Lei
máquinas e pessoas jurídicas; 10.637
equipamentos
Depreciação de Depreciação de edificações e benfeitorias em
edificações e imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
benfeitorias atividades da empresa; ( a partir de 01/02/2004,
por Analogia ao Cofins, cfe Inc. VII, art. 3º, Lei
10.833 pois na Lei 10.637 não consta a
depreciação de bens próprios). Neste item, por
entendimento, pode ser considerado a
depreciação de veículos que é usual na
comercialização, até porque é admitido o crédito
sobre fretes;

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9.4.6 Créditos Permitidos na “Prestação de Serviço”

Crédito Permitido Nota Base Legal

Bens e serviços, COMBUSTÍVEL/LUBRIFICANTES; Inciso II, art. 3º, Lei


MATERIAIS APLICADOS NA PRESTAÇÃO DO 10.637
SERVIÇO;
SERVIÇOS DE TERCEIROS APLICADOS NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO;
CUSTOS COM MANUTENÇÃO, CONSERVAÇÃO E
REPAROS E MÁQUINAS, VEÍCULOS E
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS;
Depreciação de Depreciação de máquinas, equipamentos e inciso VI, art. 3º, Lei
máquinas, outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado 10.833, por analogia,
equipamentos (inclusive depreciação construções, benfeitorias, pois no inciso VI,
veículos, computadores) utilizados na execução art.3º, da Lei 10.637
do serviço (não consta a depreciação de
bens utilizados na prestação de serviços,
somente utilizados na fabricação de bens);
Bens e serviços, CUSTOS INDIRETOS - aluguéis, manutenção de
utilizados como máquinas e equipamentos, manutenção de
INSUMOS veículos utilizados na produção, energia elétrica,
combustíveis/lubrificantes, água, comunicações (
telefone), seguro das instalações industriais,
treinamento de pessoal serviços e outros custos
indiretos aplicados na execução dos serviços, os
quais estão classificados contabilmente no Grupo
de CUSTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Aluguéis de prédios Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, Inc. IV art. 3º, Lei
máquinas e utilizados na atividade da empresa, pagos a 10.637
equipamentos pessoas jurídicas;

Energia Elétrica Energia Elétrica consumida nos estabelecimentos Inciso IX, art. 3º, Lei
da empresa 10.637, introduzida
pelo artigo 25 da Lei
10.684
Serviços de Considera-se insumos, para esse mesmo fim, os SOLUÇÃO DE
manutenção de serviços de manutenção de software, desde que CONSULTA Nº 74 de
software este seja utilizado diretamente na 21 de Agosto de
operacionalização dos serviços de logística, 2013
Vale Transporte, Vale Aos empregados por pessoa jurídica que explore Art.3º inciso X da Lei
Refeição, Vale as atividades de prestação de serviços de 10.637/02
alimentação, limpeza, conservação e manutenção.
fardamento ou
uniformes fornecidos

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Base Legal:
 Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inciso II e alterações.
 Decreto nº 3.000, de 1999, art. 289;
 ADI RFB nº 36, de 17 de fevereiro de 2011;
 ADI RFB nº 35, de 2 de fevereiro de 2011;
 ADI RFB nº 15, de 26 de setembro de 2007;
 ADI RFB nº 4, de 3 de abril de 2007; e
 ADI RFB nº 3, de 29 de março de 2007.

9.5 CRÉDITOS “NÃO” PERMITIDOS

Crédito Permitido Nota Base Legal

Ativo Intangível O intangível (direito de exploração) não gera § 21 e 22, art. 3º,
créditos. Lei nº 10.637/2002;
§29 e 30, art. 3º, Lei
nº 10.833/2002
Depreciação Fica vedada a utilização de créditos sobre § 3º do art. 1º da IN
Acelerada encargos de depreciação acelerada incentivada, SRF nº 457/2004.
apurados na forma do art. 324 do Decreto nº
9.580/18 Regulamento do Imposto de Renda
(RIR de 2018) e na hipótese de aquisição de
bens usados.

Pessoa Jurídica do Bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica


Exterior domiciliada no Exterior, porque as contribuições
(Importação) não incidem sobre as receitas decorrentes das
operações de prestação de serviços para pessoa
física ou jurídica residente ou domiciliada no
exterior, cujo pagamento represente ingresso de
divisas.

Mão de Obra Pessoa Mão-de-obra pessoa física (folha de pagamento,


Física autônomo etc.);

Importação de Bens É vedada a apuração de crédito da Cofins em SOLUÇÃO DE


Usados relação à importação de bens usados DIVERGÊNCIA Nº 9
incorporados ao ativo imobilizado da pessoa de 18 de Julho de
jurídica 2014
Juros sobre Os juros sobre empréstimos e financiamentos, IN-SRF nº 404/2004
Empréstimo NÃO dá direito a créditos do PIS e COFINS, por artº 8º § 4º.
não constituir um insumo
Gastos Desembaraço Os gastos com desembaraço aduaneiro de SOLUÇÃO DE
Aduaneiro mercadorias importadas diretamente para CONSULTA Nº 72 de
revenda, não obstante integrarem o custo de 21 de Julho de 2011
aquisição destas, por força do art. 289, § 2º, do
Decreto nº 3.000, de 1999, e ainda que pagos a
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pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
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pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, não


geram direito a crédito no regime não cumulativo
da Cofins, visto que tal direito se aplica,
exclusivamente, em relação aos bens e serviços
adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País.
AQUISIÇÃO DE É vedada a apuração do crédito de que trata o Solução de Consulta
RESÍDUOS E APARAS art. 3º, II, da Lei nº 10.637/02, nas aquisições Cosit 176/2017
DE PAPEL. VEDAÇÃO de desperdícios, resíduos ou aparas de
AO CRÉDITO plástico, de papel ou cartão, de vidro, de
ferro ou aço, de cobre, de níquel, de
alumínio de chumbo, de zinco e de estanho,
classificados respectivamente nas posições
39.15, 47.07, 70.01, 72.04, 74.04, 75.03,
76.02, 78.02, 79.02 e 80.02 da Tabela da -
TIPI, e demais desperdícios e resíduos metálicos
do Capítulo 81 da Tipi, ainda que sejam
adquiridos de pessoas jurídicas optantes pelo
Simples.

Despesas financeiras Despesas financeiras de empréstimos, Art. 37 da Lei


(i) financiamentos, pagos a pessoa jurídica 10.865/2004

Terceirização de Mão Se a mão de obra cedida pela pessoa jurídica Parecer Normativo
de Obra contratada atuar em atividades-meio da Cosit 5/2018
pessoa jurídica contratante (setor
administrativo, vigilância, preparação de
alimentos para funcionários da pessoa jurídica
contratante, etc.), não pode se apropriar dos
créditos

(i) Despesas Financeiras


Em recente decisão de primeira instância, foi julgado procedente o pedido
de um contribuinte para assegurar o direito de efetuar crédito referente à
Contribuição ao PIS e à COFINS sobre as despesas financeiras, já que –
sujeito ao regime da não cumulatividade – haveria a incidência das
alíquotas de 0,65% (PIS) e 4% (COFINS) sobre as receitas financeiras .

Muito bem meus caros leitores, em 02/02/2018 houve a disponibilização em


Diário Eletrônico de sentença referente ao MS 000183456201740361 00. Ao
analisar a questão, o Juiz Federal José Henrique Prescendo, da 22ª Vara
Federal de São Paulo, destaca:

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“O dispositivo legal que veda a dedução das despesas financeiras da impetrante é


inconstitucional por ferir o princípio da não cumulatividade das contribuições
PIS/COFINS, previsto no artigo 195, 12 da Constituição Federal, especialmente
porque as receitas financeiras são tributadas. Anoto, por fim, que esse direito de
crédito sobre as despesas financeiras, para abatimento das contribuições
incidentes sobre as receitas financeiras dos contribuintes, encontrava -se previsto
nas citadas leis ordinárias 10.637/02 e 10.833/03(artigo 3º, inciso V) e foi
revogado pelos artigos 37 e 21 da Lei 10.865/04.

São diversos os contribuintes que já ingressaram com a ção judicial


para discutir este assunto, razão pela qual o Supremo Tribunal
Federal (STF) declarou que a matéria possui Repercussão Geral.

9.6 Alíquota aplicável | Crédito


NÃO-CUMULATIVIDADE. ALÍQUOTA APLICÁVEL.

Como regra geral, ressalvadas as exceções legais aplicáveis a cada caso


concreto de acordo com a legislação pertinente, os créditos admissíveis
para desconto dos valores devidos a título de contribuição do Pis e da
Cofins, na sistemática de não -cumulatividade, serão calculados pela
alíquota geral de 1,65% e 7,6% respectivamente independentemente de
verificação da alíquota efetivamente aplicada pelo fornecedor sobre a
receita da venda ou da prestação do serviço.

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 22, 04 MARÇO 2016

9.7 ESTORNO de Créditos Pis e Cofins

O PIS e a COFINS não-cumulativos.

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A obrigação do estorno do crédito, no caso de bens que tenham sido


furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro
ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma
destinação, só surgiu em 2004, com o advento da Lei nº. 10.865/04, que
acrescentou o § 13 ao artigo 3º, da Lei nº. 10.833/03, nos seguintes
termos:

§ 13. Deverá ser estornado o crédito da COFINS relativo a bens adquiridos para
revenda ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou
roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados
em outros produtos que tenham tido a mesma destinação.

É recomendável que se mantenha controle das perdas e, se for o caso,


procure fazer seguro nesse sentido, porque, além de ter que arcar com o
prejuízo causado pelo furto, roubo, inutilização ou deteriorização de suas
mercadorias ou insumos, as empresas d everão, por lei, também, estornar
de suas escritas os créditos fiscais oriundos da aquisição desses insumos
ou mercadorias, a fim de não serem penalizadas pela terceira vez, com a
lavratura do Auto de Infração pelo fisco no qual glosará o crédito fiscal e
aplicará, a depender do caso, multa variando entre 75% a 100% e juros
SELIC.

9.8 Crédito Relativo ao Adicional de 1% da Cofins - Importação


O adicional de 1% de Cofins -Importação continua em vigor para os
produtos relacionados no Anexo I da Lei 12.546/11, no entanto a MP vedou
expressamente o direito ao desconto do crédito relativo a valor da COFINS -
Importação paga em decorrência do adicional de alíquota (Cofins -
Importação 1%), em harmonia com as recentes orientações e decisões da
RFB.

Solução de Consulta 194/2017 (DOU de 05/04) está vinculada ao Parecer Normativo Cosit
nº 10, de 2014.

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9.9 SIMPLES NACIONAL não pode tomar crédito do Pis e da Cofins

NÃO Pode tomar crédito do Pis e da Cofins

A forma de tributação dela é diferenciada, somente da direito ao crédito as


empresas pelo regime de Tributação de incidência Não Cumulativa do Pis e
da Cofins.

9.10 Aquisições de empresas do SIMPLES NACIONAL pode tomar


crédito do Pis e da Cofins

Através do Ato Declaratório Interpretativo RFB 15/2007, a Receita Fede ral


pronunciou-se acerca da possibilidade de desconto de créditos do PIS e da
COFINS quanto da aquisição de bens ou serviços de pessoas jurídicas
optantes pelo Simples Nacional.

A narrativa legal gerou dúvidas acerca da possibilidade do creditamento do


PIS e COFINS pelos compradores, dúvidas estas agora sanadas.

Assim, respeitadas as vedações e restrições contidas nas Leis 10.833/2003


e 10.637/2002, que tratam respectivamente do PIS e da COFINS no regime
não-cumulativo, as pessoas jurídicas sujeitas ao re gime de apuração
não-cumulativo destas contribuições poderão descontar os créditos
calculados em relação às aquisições de bens e serviços de pessoa
jurídica optante Simples Nacional.

9.11 O cupom fiscal para apuração de créditos de PIS e COFINS

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Os créditos de PIS e COFINS tem por base documental a emissão de notas


fiscais o cupom fiscal somente será admitido caso a operação de
aquisição dispense a emissão de notas fiscais.
Base Legal: Parecer Normativo CST nº 10/76

9.12 Crédito Presumido Mudança de forma de Tributação

A pessoa jurídica que, tributada com base no lucro presumido ou


optante pelo Simples, passar a ser tributada com base no lucro
real, na hipótese de sujeitar-se ao regime de apuração não
cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep , terá direito ao
aproveitamento do crédito presumido calculado sobre o estoque de
abertura devidamente comprovado na data da mudança do regime de
tributação adotado para fins do imposto de renda .
Esse crédito presumido será de 0,65% para o PIS e de 3,0% para a
COFINS.

O crédito presumido deve ser utilizado em 12 parcelas mensais, iguais


e sucessivas a partir da data do ingresso da pessoa jurídica no regime de
apuração não cumulativa da contribuição para o PIS/Pasep e para a
COFINS.
Os bens recebidos em devolução, tributados antes do início da
incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS,
ou da mudança do regime de tributação para o lucro real são
considerados como integrantes do estoque de abertura , devendo o
crédito, cujo valor também d eve ser utilizado em 12 parcelas mensais,
iguais e sucessivas a partir da data da devolução.

O crédito de PIS e COFINS sobre Estoque de Abertura não está sujeito à


atualização monetária ou incidência de juros.

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Os valores do ICMS e do IPI, quando recuper áveis, não integram o valor


dos estoques a ser utilizado como Base de Cálculo do Crédito Presumido,
em observância à Legislação do Imposto de Renda.

A Pessoa Jurídica que se enquadra nas condições mencionadas e que não


fez o aproveitamento do crédito pode rá ainda fazê-lo desde que não tenha
se passado mais de cinco anos.
Para utilizá-lo, deverá proceder, inicialmente, as devidas retificações das
declarações conforme o caso.
(Art. 11 da Lei 10.637/2002 e Art. 12 da Lei 10.833/2003).

9.13 Compensação de Tributos e Contribuições Federais – Orientações


Gerais
O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição
administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), passível de
restituição ou de ressarcimento, inclusive crédito decorrente de decisão
judicial transitada em julgado, poderá utilizá -lo na compensação de débitos
próprios, vencidos ou vincendos, observando -se o disposto na Lei
9.430/96 e na IN RFB 1.717/2017, ressalvada a compensação de débitos
previdenciários efetivada em Guia de Recolhimento do FGTS e Informações
à Previdência Social (GFIP), que segue o disposto no art. 66 da Lei nº
8.383/1991.
O sujeito passivo poderá utilizar, na compensação de débitos próprios
relativos aos tributos e contribuições administrados pela RFB, créditos que
já tenham sido objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento, desde
que referido pedido se encontre pendente de decisão administrativa à data
do encaminhamento da Declaração de Compensação.

A compensação declarada à RFB de tributo ou contribuição lançados de


ofício importa renúncia às instâncias admin istrativas ou desistência de
eventual recurso interposto.

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Constatada pela RFB a compensação indevida de tributo ou contribuição já


confessado ou lançado de ofício, o sujeito passivo será comunicado da não -
homologação da compensação e intimado a efetuar o p agamento do débito
no prazo de trinta dias, contado da ciência do procedimento.

A compensação extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da


ulterior homologação do procedimento.

Vedações

A compensação é vedada e será considerada como não declarada nas


hipóteses em que:
 O crédito que seja de terceiros;
 O crédito que se refira a “crédito-prêmio” instituído pelo art.
1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969;
 O crédito que se refira a título público;
 O crédito que seja decorrente de decisão judicial não transitada em
julgado;
 O crédito que não se refira a tributos administrados pela RFB ;
 O crédito que tiver como fundamento a alegação de
inconstitucionalidade de lei, exceto nos casos em que a lei:
a) tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade
ou em ação declaratória de constitucionalidade;

b) tenha tido sua execução suspensa pelo Senado


Federal;

c) tenha sido julgada inconstitucional em sentença


judicial transitada em julgado a favor do contribuinte;
ou

d) seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo


Supremo Tribunal Federal nos termos do art. 103 -A da
Constituição Federal.

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 O débito apurado no momento do registro da Declaração de


Importação (DI);
 O débito que já tenha sido encaminhado à Procuradoria -Geral da
Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União;
 O débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento
concedido pela RFB;
 O débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada ou
considerada não declarada, ainda que a compensação se encontre
pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
 O débito que não se refira a tributo administrado pela RFB ;
 O saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto
sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF);
 O crédito que não seja passível de restituição ou de ressarcimento ;
 O crédito apurado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal
(Refis) de que trata a Lei nº 9.964/2000, do Parcelamento Especial
(Paes) de que trata o art. 1º da Lei nº 10.684/2003, e do Parcelamento
Excepcional (Paex) de que trata o art. 1º da Medida Provisória nº 303,
de 29 de junho de 2006, decorrente de pagamento indevido ou a
maior;
 O valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento indeferido
pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre
pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
 O valor informado pelo sujeito passivo em Declaração de Compensação
apresentada à RFB, a título de crédito para com a Fazenda Nacional,
que não tenha sido reconhecido pela autoridade competente da RFB ,
ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva
na esfera administrativa;
 Os tributos apurados na forma do Simples Nacional , instituído
pela Lei Complementar nº 123, de 2006;
 O crédito resultante de pagamento indevido ou a maior efetuado no
âmbito da PGFN; e
 O débito ou o crédito que se refira ao Adicional ao Frete para
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) ou à Taxa de Utilização do
Mercante (TUM);

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 O crédito objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento e o


crédito informado em declaração de compensação cuja confirmação de
liquidez e certeza esteja sob procedimento fiscal, distribuído por meio
de Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal (TDPF).
 Os valores de quotas de salário-família e de salário -maternidade;
 Os débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa do IRPJ e
da CSLL apurados na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996;
 As contribuições previdenciárias e as destinadas a outras entidades e
fundos, na hipótese em que a compensação for efetuada por sujeito
passivo que não utilizar o eSocial para apuração das referidas
contribuições (compensação efetivad a em GFIP);
 Os tributos apurados na forma do regime unificado de pagamento de
tributos, de contribuições e dos demais encargos do empregador
doméstico (Simples Doméstico), instituído pela Lei Complementar nº
150, de 1º de junho de 2015;
 O débito das contribuições previdenciárias e das destinadas a outras
entidades e fundos:
a) relativo a período de apuração anterior à utilização
do eSocial para apuração das referidas contribuições; e

b) relativo a período de apuração posterior à utilização


do eSocial com crédito dos demais tributos
administrados pela RFB concernente a período de
apuração anterior à utilização do eSocial para apuração
das referidas contribuições.
 O débito dos demais tributos administrados pela RFB:
a) relativo a período de apuração anterior à utilização
do eSocial para apuração das contribuições
previdenciárias e de outras entidades e fundos, com
crédito concernente às referidas contribuições; e
b) com crédito das contribuições previdenciárias e de
outras entidades e fundos, relativo a período de

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apuração anterior à utilização do eSocial para apuração


das referidas contribuições.
 Outras hipóteses previstas nas leis específicas nas leis de cada tributo.

Como apresentar a Declaração

A Declaração de Compensação é gerada pelo programa Programa


PER/DCOMP. Na impossibilidade de sua utilização, poderá ser apresentado
o formulário Declaração de Compensação, ao qual deverão ser anexados
documentos comprobatórios do direito creditório.
O formulário Declaração de Compensação s ó pode ser utilizado na
hipótese em que a compensação do crédito para com a Fazenda
Nacional não puder ser declarado eletronicamente à RFB mediante
utilização do programa PER/DCOMP.

A RFB caracteriza como impossibilidade de utilização do programa


PER/DCOMP a ausência de previsão da hipótese de compensação no
referido programa, bem como a existência de falha no programa que
impeça a geração eletrônica da declaração de compensação. A falha, no
entanto, deverá ser demonstrada pelo sujeito passivo à RFB no mo mento
da entrega do formulário, sob pena da compensação ser considerada não
declarada.

9.14 Simples Nacional Restituição e Compensação

Os serviços relacionados à restituição de tributos federais e à compensação


de débitos do Simples Nacional no âmbito d a Secretaria da Receita Federal
do Brasil (RFB) estão disponíveis no site do Simples Nacional, no endereço:

https://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Se rvicos/Grupo.aspx?
grp=17

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Para os serviços que exigem controle de acesso, o usuário poderá utilizar


certificado digital ou código de acesso.

RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO

RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO

Serviços Disponíveis Código de Acesso Certificado Digital


Pedido Eletrônico de Restituição
Compensação a Pedido

Estes serviços estão disponíveis no Centro de Atendimento Virtual do sítio


da Receita Federal do Brasil, e seu acesso é feito por meio de Certificado
Digital. Caso você não disponha de Certi ficado Digital, veja as orientações
no sítio da RFB, em Certificados Digitais.

Observações

O serviço Compensação a Pedido permite realizar a compensação de


pagamentos recolhidos indevidamente ou a maior, créditos
apurados no Simples Nacional, para a extin ção de débitos também
apurados no Simples Nacional.

O aplicativo possui as seguintes funcionalidades:

 Compensar;
 Consultar Compensações;
 Cancelamento de Compensação.

O Pedido Eletrônico de Restituição permite ao contribuinte solicitar a


restituição de pagamentos feitos indevidamente ou a maior,

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relativos aos tributos federais apurados no Simples Nacional ou


SIMEI.

O aplicativo possui as seguintes funcionalidades:

 Solicitar a restituição;
 Consultar pedidos de restituição;
 Alterar dados bancários para crédito da restituição.

Para informações adicionais, acesse os Manuais dos aplicativos e o


Perguntas e Respostas.

Os créditos apurados no Simples Nacional não poderão ser utilizados para


extinção de outros débitos para com as Fazendas Públicas, salvo por
ocasião da compensação de ofício oriunda de deferimento em processo de
restituição ou após a exclusão da empresa do Simples Nacional.

No Simples Nacional, é permitida a compensação tão somente de


créditos para extinção de débitos para com o mesmo ente fede rado
e relativos ao mesmo tributo.

É vedado o aproveitamento de créditos não apurados no Simples


Nacional, inclusive de natureza não tributária, para extinção de débitos
do Simples Nacional.

§9º e 11, art.21 LC 123/06

9.15 Contabilização dos Créditos Tributários apurados no Regime Não


Cumulativo

Os créditos do PIS e COFINS, escriturados por pessoa jurídica que tenha


auferido receitas submetidas ao regime de tributação não cumulativa dessa
contribuição (Lei 10.637/2002 e Lei 10.833/2003), poderão ser utilizados
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V.09 Ago/19

na dedução, na escrita contábil da pessoa jurídica, dos débitos da


contribuição decorrentes de suas receitas tributadas.

Desta forma, conclui-se que é obrigatório a contabilização do crédito do


PIS e da COFINS, não bastando contabilizar o encargo correspondente pelo
valor líquido (débito menos crédito), devendo sê -lo destacadamente.

A seguir, apresentamos exemplos de contabilização:

CRÉDITO DE ESTOQUES DE 01.12.2016

Estoques Existentes em 01.12.2016 - R$ 50.000,00

Crédito do PIS R$ 50.000,00 x 0,65% = R$ 325,00 dividido por 12 = R$


27,03

D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)


C - Estoques (Ativo Circulante)
R$ 325,00 (valor integral do crédito)

Mensalmente, se transferirá o crédito para a conta de PIS a


Recolher:

D - PIS a Recolher (Passivo Circulante)


C - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ 27,03

CRÉDITO NA AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS

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Valor das compras do mês (sem IPI): R$ 100.000,00

Crédito do PIS R$ 100.000,00 x 1,65% = R$ 1.650,00

D . PIS a Recuperar (Ativo Circulante)


C . Custo da Mercadoria Vendida ou Estoques* (Conta de Resultado ou
Ativo Circulante)
R$ 1.650,00

* Se as mercadorias correspondentes estiverem em estoque, deve -se


creditar a respectiva conta de estoques, ou proporcionalmente, caso parte
das mercadorias tenham sido vendidas e parte ficaram em estoques.

CRÉDITO DE DEPRECIAÇÃO

Depreciação no mês R$ 916,00 x 1,65% = R$ 15,11


D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - Custo dos Produtos Vendidos* (Conta de Resultado)
R$ 15,11

* Lançamento para depreciação relativa a custos de produção. Se a


depreciação se referir a despesas gerais (por exemplo, depreciação de
computadores), lança-se a crédito de uma conta específica de redução de
despesas administrativas ("PIS crédito de depreciações" ou semelhante).

CRÉDITO DE ENERGIA ELÉTRICA e OUTRAS DESPESAS

Energia Elétrica no mês R$ 1.000,00 x 1,65% = R$ 16,50


D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
C - PIS Crédito de Energia Elétrica* (Conta de Resultado)
R$ 16,50
Aluguéis pagos a pessoa jurídica: R$ 5.000, 00 x 1,65% R$ 82,50

D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)


C - PIS Crédito de Custos ou Despesas Operacionais* (Conta de Resultado)

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R$ 82,50
* Estas contas são redutoras de custos ou despesas.

CRÉDITO RELATIVO Á DEVOLUÇÃO DE VENDAS

Devolução de vendas no valor de R$ 4.000,00 x 1,65% = R$ 66,00

D - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)


C - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)
R$ 66,00
Nota: na prática, o crédito do PIS de devoluções de vendas é um estorno
da despesa do PIS contabilizada anteriormente, p or isso, o crédito do
mesmo recai sobre a própria conta de resultado onde foi contabilizado o
PIS sobre as vendas.

DÉBITO DO PIS

Total da receita bruta: R$ 250.000,00

Débito do PIS: R$ 250.000,00 x 1,65% = 4.125,00

D - PIS sobre Receita (Conta de Resultado)


C - PIS a Recolher (Passivo Circulante)
R$ 4.125,00
APURAÇÃO CONTÁBIL DO PIS A RECOLHER:

Pela transferência dos créditos do PIS, apurados no mês, à conta de PIS a


Recolher:

D - PIS a Recolher (Passivo Circulante)


C - PIS a Recuperar (Ativo Circulante)
R$ * (conforme valor apurado no mês)
* Se o saldo do PIS a Recuperar for superior ao débito apurado no período,
deve-se transferir só o montante exato para zerar a conta de PIS a
Recolher, sendo o saldo remanescente mantido na Conta de PIS a
Recuperar, para futura compensação com o próprio PIS ou outros tributos
federais.

APLICAÇÃO DO PRESENTE TÓPICO AOS CRÉDITOS DA COFINS A PARTIR DE


01.02.2004

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Entendemos que se aplica a contabilização explanada também à COFINS


não cumulativa, a partir de 01.02.2004, adaptando-se somente as contas
contábeis relativa a esta contribuição.

Módulo X – Declarações

10.1 EFD Contribuições Escrituração

Com a publicação da Instrução Normativa RFB nº 1.252/12 , ficou


regulamentada a Escrituração Fiscal Digital da Contr ibuição para o
PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita.

Constitui:
 em um conjunto de escrituração de documentos
fiscais
 em arquivo digital,
 Bem como no registro de apuração das referidas
contribuições, referentes às operações e
prestações praticadas pelo contribuinte

10.1.1 Empresas Obrigadas a entregar o SPED EFD Pis e Cofins

I - em relação ao PIS-Pasep e à Cofins: fatos geradores ocorridos a


partir de 1º.01.2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação com
base no Lucro Real;

II - em relação ao PIS-Pasep e à Cofins: fatos geradores ocorridos a


partir de 1º.01.2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à
tributação com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;
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III - em relação ao PIS-Pasep e à Cofins: fatos geradores ocorridos a partir


de 1º.01.2014, as pessoas jurídicas as pessoas jurídicas bancos comerciais,
bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas,
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito,
empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de
seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e
fechadas, Securitização de crédito, as operadoras de planos de assistência
à saúde.

§§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.7 18/1998, e na Lei nº 7.102/1983

IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita: fatos


geradores ocorridos a partir de 1º.03.2012, as pessoas jurídicas que
desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida
Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita: referente aos


fatos geradores ocorridos a partir de 1º.04.2012, as pessoas jurídicas que
desenvolvam as demais atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º, e no
Anexo II, todos da Lei nº 12.546/2011.

Base legal: art. 4º da IN RFB nº 1.252/2012

10.1.2 Entidades sem fins lucrativos


Aplica-se também a obrigatoriedade de adotar e escriturar a EFD -
Contribuições às pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a
Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das
contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução
Normativa, seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), observado o
disposto no § 5º do art. 5º.
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 4º §3º

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10.1.3 Validação

A EFD-Contribuições deverá ser submetida ao Programa Validador e


Assinador (PVA), especificamente desenvolvido para tal fim, a ser
disponibilizado no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil na
Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sp ed>,
contendo, no mínimo, as seguintes funcionalidades:

I - validação do arquivo digital da escrituração;

II - assinatura digital;

III - visualização da escrituração;

IV - transmissão para o Sped; e

V - consulta à situação da escrituração.

10.1.4 Transmissão

A EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º


(décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira a
escrituração, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão
total ou parcial.

Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 7º

10.1.5 Arquivo Retificador


A pessoa jurídica que transmitir arquivo retificador da EFD-Contribuições,
alterando valores que tenham sido informados na Declaração de Débitos e
Créditos Tributários Federais (DCTF), deverá apresentar, também,
DCTF retificadora, observadas as disposições normativas quanto à
retificação desta.
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 11 §4º

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10.1.6 Simples Nacional

Na hipótese de pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, os valores e


o percentual acima será reduzido em 70% (setenta por cento).

Nota:

“Embora desobrigada a apresentar a EFD Contribuições, no §1º, art.


57 da MP-2.158-35/01 já prevê penalidade para as empresas no
regime do simples. No art. 40 da referida MP existe a possibilidade
da RFB instituir obrigações acessórias. Essas penalidades não atende
somente a EFD Contribuições e sim a outras obrigações acessórias
também”.

10.1.7 – Empresas Dispensadas da entrega o SPED EFD Pis e Cofins

Estão dispensados de apresentação da EFD -Contribuições:

I - as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte


(EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de
Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos
por esse Regime;
II - as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das
contribuições apuradas, objeto de escrituração n os termos desta Instrução
Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), observado
o disposto no § 5º;
III - as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o
início do ano-calendário ou desde a data de início de atividades,
relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se
encontravam nessa condição;
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IV - os órgãos públicos;
V - as autarquias e as fundações públicas; e
VI - as pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), desde o mês em que foram
registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que foi
efetivada a inscrição.
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 5º

10.1.8 Inativas

As pessoas jurídicas que passarem à condição de inativas no curso do ano -


calendário, e assim se mantiverem, somente estarão dispensadas da
EFD-Contribuições a partir do 1º (primeiro) mês do ano-calendário
subsequente à ocorrência dessa condição .
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 5º §2º

10.1.9 São também dispensados de apresentação da EFD

I - os condomínios edilícios;

II - os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos


arts. 265, 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

III - os consórcios de empregadores;

IV - os clubes de investimento registrados em Bols a de Valores,


segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou
pelo Banco Central do Brasil (Bacen);

V - os fundos de investimento imobiliário , que não se enquadrem no


disposto no art. 2º da Lei nº 9.779, de 1999;

VI - os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas


do Bacen ou da CVM;

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VII - as embaixadas, missões, delegações permanentes , consulados-


gerais, consulados, vice-consulados, consulados honorários e as unidades
específicas do governo brasileiro no exterior;

VIII - as representações permanentes de organizações


internacionais;

IX - os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº


6.015, de 31 de dezembro de 1973;

X - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira , não


dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem
como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas;

XI - os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros


dos partidos políticos, nos termos da legislação específica;

XII - as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de


tributos de que trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, recaindo a
obrigatoriedade da apresentação da EFD-Contribuições à pessoa jurídica
incorporadora, em relação a cada incorporação submetida ao regime
especial de tributação;

XIII - as empresas, fundações ou associações domiciliadas no


exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro de
propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no
Brasil;

XIV - as comissões, sem personalidade jurídica , criadas por ato


internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e um ou mais
países, para fins diversos; e

XV - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº


9.958, de 12 de janeiro de 2000.

Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 5º § 1 º

A pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base


no Lucro Real ou Presumido ficará dispensada da apresentação da EFD-

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Contribuições em relação aos correspondentes meses do ano -calendário,


em que:

I - não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e


serviços, ou de outra natureza, sujeita ou não ao pagamento das
contribuições, inclusive no caso de isenção, não incidência, suspensão
ou alíquota zero;

II - não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração


de créditos da não cumulatividade do PIS/Pasep e da Cofins, inclusive
referentes a operações de importação.
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 5º § 7 º

A dispensa de entrega da EFD-Contribuições, não alcança o mês de


dezembro do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica,
em relação a esse mês, proceder à entrega regular da escrituração
digital, na qual deverá indicar os meses do ano-calendário em que não
auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito.
Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 5º § 7 º e 8 º

10.1.10 – EFD Contribuições - Especificações Técnicas da Escrituração

O leiaute e as regras de validação es tão consolidados no Guia Prático,


disponibilizada na seção de download do sítio da EFD-Contribuições.

As retenções efetivamente ocorridas no mês da escrituração serão


informadas no registro F600, sendo que o seu aproveitamento ocorrerá
através do campo 06 - VL_RET_NC ou campo 10 - VL_RET_CUM, retenção
de natureza não-cumulativa e cumulativa, respectivamente, do registro
M200 (PIS) ou M600 (Cofins).

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É importante ressaltar que estes campos representativos de retenções na


fonte (Campos 06 e 10) e de outras deduções (07 e 11) não serão
recuperados na geração automática de apuração, devendo sempre ser
informados pela própria pessoa jurídica no arquivo importado pelo PVA ou
complementado pela edição do registro M200 ou M600. Os registros 1300
(PIS) e 1700 (Cofins), por sua vez, são utilizados para realizar o controle
de eventuais saldos de retenção na fonte a aproveitar em período
futuro ou através de PERDCOMP .

10.1.12 Penalidade
A não apresentação da EFD-Contribuições no prazo fixado, ou a sua
apresentação com incorreções ou omissões, acarretará aplicação, ao
infrator, das multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº
2.158-35/01

Base legal: IN RFB 1.252/12 art. 10

I - por apresentação extemporânea:

a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês -calendário ou fração,


relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de
atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última
declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo
Simples Nacional;

b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou


fração, relativamente às demais pessoas jurídicas; (Redação dada
pela Lei nº 12.873, de 2013)

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração,


relativamente às pessoas físicas

II Por não cumprimento à intimação da Secretaria da Receita


Federal do Brasil

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Para cumprir obrigação acessória ou para prestar esclarecimentos nos


prazos estipulados pela autoridade fiscal: R$ 500,00 (quinhentos
reais) por mês-calendário;

III - por cumprimento de obrigação acessória com informações inexatas,


incompletas ou omitidas:

a) 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do


valor das transações comerciais ou das operações financeiras ,
próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja
responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou
incompleta;

b) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), não inferior a R$


50,00 (cinquenta reais), do valor das transações comerciais ou
das operações financeiras, próprias da pessoa física ou de
terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de
informação omitida, inexata ou incompleta.

10.2 DACON- EXTINTO

O Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (DACON) era uma


declaração acessória obrigatória em que as pessoas jurídicas
informavam a Receita Federal do Brasil sobre a apuração do:

1. PIS e COFINS no regime cumulativo e não cumulativo e


2. PIS com base na folha de salários.

A partir de 01.01.2014 o DACON foi extinto pela Instrução


Normativa 1.441/2014.

10.3 DCTF

A Declaração de Débitos, Créditos e Tributos Federais (DCTF) é um


documento que visa informar valores referentes aos débitos de tributos e
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contribuições federais e os respectivos valores dos créditos — informações


que podem estar vinculadas a pagamentos, parcelamentos ou
compensações.

De maneira simplificada, a DCTF funciona como uma prestação de contas.


Ou seja, o contribuinte informa suas obrigações aos órgãos
fiscalizadores, o que possibilita identificar quais empresas estão
inadimplentes em relação às contribuições e aos tributos apurados no
período analisado.

Entre os tributos e as contribuições que deverão ser informados se


destacam:

 IRPJ;
 IRRF;
 COFINS;
 Contribuição para o PIS/PASEP;
 IPI;
 IOF;
 CSLL;
 CPMF (até 31/12/2007);
 Cide-Combustível;
 Cide-Remessa;
 Contribuição do Plano de Seguridade Social do Servidor Público (CPSS);
 Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

10.3.1 – Quem é obrigado a entregar a declaração

São obrigadas a apresentar a DCTF (mensalmente):

 Pessoas jurídicas de direito privado, inclusive as equiparadas, as


imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz;

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 Os consórcios que realizam negócios jurídicos em nome próprio, o


que inclui a contratação de pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem
vínculo empregatício;
 As entidades de fiscalização do exercício profissional;
 Os fundos especiais em quaisquer poderes (União, Estados, Distrito
Federal, Municípios);
 As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, cujo regime
tributário seja o Simples Nacional e que pagu em a Contribuição
Previdenciária.

10.3.2 – Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte

Tanto as Microempresas quanto as Empresas de Pequeno Porte,


enquadradas no Simples Nacional e que pagam a CPRB (Contribuição
Previdenciária sobre a Receita Bruta) deverão, obrigatoriamente,
preencher e transmitir a DCTF por meio do site da Receita Federal.

Até 2015, todas as empresas optantes pelo Simples Nacional eram


dispensadas da entrega da DCTF. Porém, de acordo com a Instrução
Normativa RFB nº 1.599/2015, a partir deste ano, todas as EPPs e MEs
incorporadas no Simples Nacional e que arcam com a Contribuição
Previdenciária deverão informar os valores referentes aos seus débitos e
créditos tributários federais.

Vale destacar que empresas excluídas do Simples Nacio nal continuarão


obrigadas à entrega da DCTF, no que diz respeito aos fatos geradores
ocorridos a partir da data em que a exclusão produzir efeitos. Ou seja,
empresas que têm valores de CPRB a informar deverão apontar os
respectivos dados da desoneração da folha de pagamento, bem como
demais contribuições e impostos devidos.

10.3.3 – Prazo

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A entrega da DCTF deve ser feita até o 15º dia útil do 2º mês
subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores . Por exemplo,
os dados que se referem ao mês de setemb ro devem ser apresentados pela
empresa no mês de novembro. Contribuintes devem ficar atentos ao prazo
de entrega para que a transmissão da declaração seja feita na data
determinada, o que evita multas e outras penalidades.

Além disso, é preciso ficar atento a todas as informações inseridas durante


o preenchimento da declaração, já que erros ou mesmo improcedências
podem submeter a empresa a autuações dos órgãos fiscalizadores,
principalmente com a possibilidade de cruzamento das informações por
meio do SPED — que vem facilitando o processo de fiscalização do que está
sendo declarado.

10.3.4 – Como apresentar a DCTF

A DCTF deverá ser transmitida, exclusivamente, pela internet. O


contribuinte deverá fazer o download do programa Receitanet, disponível
no site da Receita Federal. Para isso, é obrigatória uma assinatura digital
da declaração mediante utilização de certificado digital válido, emitido pela
Autoridade Certificadora integrante da Infraestrutura de Chaves Públicos
Brasileira (ICP Brasil).

Na declaração deverão ser informados dados gerais da empresa, o tipo de


pessoa jurídica e o regime de tributação em que a companhia está
enquadrada. Além destes dados, também será necessário que a pessoa
responsável pelo preenchimento da DCTF forneça algumas infor mações
próprias no sistema.

Para que não ocorra qualquer tipo de problema ou erros durante o


preenchimento, é recomendável que o responsável pela declaração tenha
em mãos o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) de cada
tributo e contribuição federal.
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10.3.5 – Pessoas Jurídicas Inativas

Para as pessoas jurídicas que não possuem débitos a declarar, a DCTF já é


uma exigência, mas a partir de agora todas pessoas jurídicas inativas
também deverão apresentar a declaração relativa a janeiro de c ada
ano-calendário.

Uma das funcionalidades da DCTF é a prestação de informações referentes


à extinção, incorporação, fusão ou cisão parcial ou total pelas pessoas
jurídicas inativas. Apesar de tais informações também serem exigidas na
DSPJ Inativa 2016, a partir de maio deste ano, deverão ser informadas
somente na DCTF e a DSPJ Inativa 2016 será extinta nessas situações.

10.3.6 – Penalidade

Contribuintes que não entregarem a DCTF no prazo estipulado estarão


sujeitos à multa de 2% ao mês-calendário ou fração, que vai incidir sobre o
valor dos impostos e contribuições informadas na declaração, limitada a
20%. Além disso, será cobrado R$ 20,00 para cada grupo de 10
informações incorretas ou omitidas.
Arts. 2º e 5º da IN RFB 1.599/2015

10.4 EFD REINF (Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras


Informações Fiscais)

A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações


Fiscais EFD-Reinf é um dos módulos do Sistema Público de
Escrituração Digit al - SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídic as e
físicas, em complemento ao Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, P revidenciárias e Trabalhistas – eSocial.

Este Roteiro é de autoria da palestrante (Inês Oliveira), atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação
pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
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10.4.1 – Empresas Obrigadas

Ficam obrigados a adotar a EFD -Reinf os seguintes contribuintes:

I - pessoas jurídicas que prestam e que contratam serviços


realizados mediant e cessão de mão de obra nos termos do art. 31
da Lei nº 8.212/1991;

II - pessoas jurídicas responsáveis pela retenção da


Cofins/PIS- Pasep e da CSL ;

III - pessoas jurídicas optantes pelo recolhimento da Contri buição


Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB);

IV - produtor rural pessoa jurídica e agroindústria quando sujeitos


a contribuição previdenciária substitutiva sobre a receita bruta
proveniente da comercialização da produção rural nos termos do
art. 25 da Lei nº 8.870/1994, na redação dada pela Lei nº
10.256/2001 e do art. 22 -A da Lei nº 8.212/1991, inserido pela
Lei nº 10.256/2001, respectivamente;

V - associações desportivas que mantenham equipe de futebol


profissional que t enham recebido valores a tít ulo de patrocínio,
licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade,
propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;

VI - empresa ou entidade patrocinadora que tenha destinado


recursos a associação desportiva que mantenha equipe de futebol
profi ssional a tít ulo de patrocínio, licenciamento de uso de marcas
e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos
desport ivos;

VII - entidades promotoras de eventos desportivos realizados em


território nacional, em qualquer modalidade desport iva, dos quais

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participe ao menos 1 (uma) associação desportiva que mantenha


equipe de fut ebol profissional; e

VIII - pessoas jurídicas e físicas que pagaram ou creditaram


rendimentos sobre os quais haja retenção do Imposto sobre a
Renda Retido na Fonte ( IRRF), por si ou como representantes de
terceiros.

Com a inst ituição da EFD -Reinf, a empresa tomadora do serviço fica


obrigada a informar em sua escrituração digital todas as retenções
efetuadas.

A EFD-Reinf envia essa informação para a DCTFWeb da tomado ra,


podendo gerar um ou dois débitos, por prestador.

10.4.2 – Prazos

Até o dia 15 do mês subsequente ao qual se refira a escrituração.

Grupo 1: a partir de 1º de Maio de 2018 , para empresas com receita


anual maior que 78 milhões em 2016. (Entidades Empresariais”, do
anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 6 de maio de 2016 ).

Grupo 2: a partir de Janeiro de 2019 , para as demais empresas ou


entidades (demais entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades
Empresariais” do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de
2016).

Grupo 3: A obrigat oriedade que começaria em julho de 2019, passou


para 10 de janeiro de 2020 aos fatos geradores ocorridos a partir de
1º de janeiro de 2020 .

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Logo, aqueles afet ados pela mudanç a são: empresas do Simples


Nacional, empregadores pessoa física, produtores rurais pessoa física,
Microempreendedores Individuais – MEI, sindicatos, condomínios,
associações e entidades sem fins lucrativos. A alteração consta da
Instrução Normativa nº 1.90 0, da Receita Federal do Brasil, publicada
no dia 19 de julho, de 2019 no Diário Oficial da União.

Grupo 4: ainda sem data prevista pela Receita. Abrange órgãos


públicos e organizações internacionais.

10.4.3 – Enquadramento das empresas do Simples Nacional

Enquadramento EFD-Reinf
Situação em Situação em 2019 Grupo Fatos Prazo de envio
2018 geradores
- Lucro Presumido;
- Lucro Real;
Simples Nacional -
- Lucro Arbitrado; 3º 1º.01.2020 15.02.2020
Ano inteiro
ou
- Simples Nacional.
- Lucro Presumido;
- Lucro Presumido; - Lucro Real;
- Lucro Real; ou - Lucro Arbitrado; 2º 1º.01.2019 15.02.2019
- Lucro Arbitrado. ou
- Simples Nacional.
Empresa - Lucro Presumido;
constituída até - Lucro Real;
15.02.2020
1º.07.2018 - - Lucro Arbitrado; 3º 1º.01.2020
ou
Simples Nacional - Simples Nacional.
Empresa
- Lucro Presumido;
constituída após
- Lucro Real;
1º.07.2018 -
- Lucro Arbitrado; 2º 1º.01.2019 15.02.2019
- Lucro Presumido;
ou
- Lucro Real; ou
- Simples Nacional.
- Lucro Arbitrado.

Arts. 2º e 3º da IN RFB 1.701/2017

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10.4.4 – Penalidades

I. Perderem o prazo da EFD Reinf

 Para aqueles que perderem o prazo da EFD Reinf, existe uma


multa que vai de R$ 500,00 a R$ 1.500,00 por fração ou
mês/calendário.

II. Omissão de operaç ões f inanceiras ou entregas incompletas

 Já em caso de omissão de operações financeiras ou entregas


incompletas ou inexatas, a penalidade aplicada é de 3% do
valor das operações financeiras correspondentes.

10.5 DCTF WEB

DCTFWeb é a Declaração de Débitos e C réditos Tributários


Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos.

Trata-se da obrigação t ributária acessória por meio da qual o


contribuint e confessa débitos de contribuições previdenciárias e
de contribuições destinadas a terceiros.

DCTFWeb é um elo entre o eSocial e a EFD-Reinf.

A DCTFWeb é o novo recurso da Receita Federal para substituição da


Guia de Recolhiment o do FGTS e de Informações à Previdência Social –
GFIP.

A DCTFWeb é gerada a partir das informações pre stadas no


eSocial e na EFD -Reinf, escriturações digitais integrantes do Sistema
Público de Escrit uração Digital (SPED).

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Após o envio da DCTFWeb Geral, a aplicação permite a e missão de


DARF, englobando todas as retenções efetuadas no mês, juntamente
com os demais débit os da empresa to madora dos serviços.

A DCTFWeb substitui a Guia de Recolhimento do Fundo de


Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social
(GFIP) como instrumento de confissão de dívida e de constituição do
crédito previdenciário.

10.5.1 – Obrigatoriedade

Deverão apresent ar a DCTFWeb:

I - as pessoas jurídicas de direito privado em geral e as


equiparadas a empresa nos t ermos do § 1º;

II - as unidades gestoras de orçamento dos órgãos públicos, das


autarquias e das fundações de quaisquer dos poderes da U nião, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios;

III - os consórcios de que t ratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de


15 de dezembro de 1976, quando realizarem, em nome próprio:

a) a contratação de trabalhador segurado do Regime Geral de


Previd ência Social (RGPS);

b) a aquisição de produção rural de produtor rural pessoa física;

c) o patrocínio de equipe de futebol profissional; ou

d) a cont rat ação de empresa para prestação de serviço sujeito à


ret enção de que t rat a o art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991;

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IV - as entidades de fiscalização do exercício profissional (conselhos


federais e regionais), inclusive a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB);

V - os fundos especiais criados no âmbito de quaisquer dos poderes da


União, dos est ados, d o Dist rito Federal e dos municípios bem como dos
Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas, quando dotados de
personalidade jurídica sob a forma de autarquia;

VI - os organismos oficiais internacionais ou estrangeiros em


funcionamento no Brasil, quand o contratarem trabalhador segurado do
RGPS;

VII - os Microempreendedores Individuais (ME I), quando :

a) contratarem trabalhador segurado do RGPS;

b) adquirirem produção rural de produtor rural pessoa física;

c) patrocinarem equipe de futebol profissional; o u

d) contratarem empresa para prestação de serviço sujeito à


ret enção de que trat a o art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991;

VIII - os produtores rurais pessoa física, quando:

a) contratarem trabalhador segurado do RGPS; ou

b) comercializarem a sua produção com adquirente domiciliado no


exterior, a consumidor pessoa física, no varejo, a outro produtor
rural pessoa física ou a segurado especial;

IX - as pessoas físicas que adquirirem produção de produtor rural


pessoa física ou de segurado especial para venda, no v arejo, a
consumidor pessoa física; e

X - as demais pessoas jurídicas que estejam obrigadas pela legislação


ao recolhimento das cont ribuições previdenciárias CPRB.

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10.5.2 – Dispensa
I - os contribuint es individuais que não têm trabalhador segurado do
RGPS que lhes prest e serviços;

II - os segurados especiais ;

III - os produtores rurais pessoa física não enquadrados nas hipóteses


previstas no inciso VIII do caput do art. 2º,

IV - os órgãos públicos em relação aos servidores públicos estatutários ,


filiados a regimes previdenciários próprios;

V - os segurados facultativos ;

VI - os consórcios de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de


1976, não enquadrados nas hipóteses previstas no inciso III do caput do
art. 2º;

VII - os ME I, quando não enquadrados nas hipóteses previstas na


obrigatoriedade;

VIII - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira , não


dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos
poderes da União, dos est ados, do Distrito Federal e dos municípios;

IX - as comissões sem personalidade jurídica criadas por ato


internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e 1 (um) ou
mais países, para fins diversos;

X - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 625 -A do


Decreto-Lei nº 5.452, de 1º d e maio de 1943;

XI - os fundos de investimento imobiliário ou os clubes de investimento


registrados em Bolsa de Valores , segundo as normas fixadas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil
(Bacen), cujas informações, quando existirem, serão prestadas pela
instituição financeira responsável pela administração do fundo; e

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XII - os organismos oficiais internacionais ou estrangeiros em


funcionamento no Brasil que não tenham trabalhador segurado do RGPS
que lhes preste serviços.

Instrução Normativa nº 1.787/2018, art. 3º

10.5.3 – Atenção

A partir de 01/04/2019, os contribuintes contratantes de serviços


sujeitos à retenção da Lei 9.711/98 não devem mais utilizar GPS para
recolhimento da retenção sobre notas fiscais.

Estas retenções devem ser escrituradas na EFD -Reinf e, após o


encerramento dest a escrituração, são automaticamente transportadas
para a DCTFWeb.

Portanto, o recolhimento dos valores re tidos passa a ser feito pelo


DARF emitido no sistema DCTFWeb, no CNPJ da tomadora.

10.5.4 – Prazos

A DCTFWeb deverá ser apresentada mensalmente, até o dia 15


(quinze) do mês seguinte ao da ocorrência dos fatos geradores.

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Tabela de Obrigatoriedade da DCTFWeb

Em data a ser estabelecida


em norma específica, para os
contribuintes não
(a partir de 08/2018) (a partir de 04/2019) enquadrados nos casos de
obrigatoriedade previstos
nos incisos I e II do Art.13 da
IN- 1.787/2018
Demais entidades
integrantes do “Grupo 2
– Entidades
Entidades integrantes Empresariais”, do
do “Grupo 2 - Entidades Anexo V da IN da RFB Demais obrigados,
Empresariais”, do Anexo nº 1.634/16. exceto órgãos públicos
V da IN da RFB nº
Faturamento acima de e organismos
1.634/16. Faturamento
R$ 4,8 milhões no ano- internacionais.
acima de R$ 78 milhões
no ano-calendário 2016. calendário 2017, Exceto
os sujeitos passivos que
optarem pela utilização
do eSocial.

10.5.5 – Penalidades

A Multa por atraso na Entrega da Declaração

 O valor da multa corresponde a 2% ao mês-calendário ou


fração, incident e sobre o montante das contribuições informado
na DCTFWeb, ainda que integralmente pago, limitado a 20%, e
observado o valor da multa mínima.
Multa por Incorreções ou Omiss ões

 O cont ribuint e que apresentar a DCTFWeb com incorreções ou


omissões fica sujeito à multa no valor de R$ 20,00 (vinte
reais) para cada grupo de dez informações incorretas ou
omitidas, observada a multa mínima.
Multa mínima

A multa mínima a ser aplicada na hipótese de atraso na entrega da


declaração será de R$ 200,00 (duzentos reais), em se tratando de

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omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores, e de R$


500,00 (quinhentos reais) nos demais casos.

A multa mínima t erá redução de 90% (noventa po r cento) para o ME I e


de 50% (cinquenta por cento) para a ME e a EPP enquadradas no
Simples Nacional.

Arts. 2º, 4º, 5º e 13 da IN RFB 1.787/2018

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A ilustração a seguir resume o fluxo de informações entre as escriturações


do eSocial e da EFD-Reinf com o sistema DCTFWeb:

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10.6 DIRF

A Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF – é uma


obrigação tributária acessória devida por todas as pessoas jurídicas -
independentemente da forma de tributação perante o imposto de renda.

10.6.1 – Informações

A DIRF tem como objetivo informar:


- os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País,
inclusive os isentos e não tributáveis nas condições em que a
legislação especifica;
- o valor do imposto sobre a renda e/ou c ontribuições retidos na
fonte, dos rendimentos pagos ou creditados para seus
beneficiários;
- o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes
ou domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção
do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alí quota zero e;
- os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo
empresarial.

A DIRF conterá a identificação por espécie de retenção e identificação do


beneficiário, nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Imposto de
Renda e as instruções baixadas pela Receita Federal do Brasil - RFB.

Fica também obrigada à entrega da DIRF a pessoa jurídica que tenha


efetuado retenção, ainda que em único mês do ano -calendário a que
se referir a DIRF, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da
Contribuição para o PIS/Pasep sobre pagamentos efetuados a outras
pessoas jurídicas.

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10.6.2 – Prazos

A DIRF deverá ser apresentada até às 23h59min59s (vinte e três horas,


cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de
Brasília, até o último dia de fevereiro de cada ano.
(Instrução Normativa RFB nº 1.587/2015, art. 9º, caput)

Para maiores detalhamentos, acesse o Manual da DIRF disponibilizado no


site da Receita Federal do Brasil.

10.6.3 - Penalidades

O contribuinte que deixar de entregar a obrigação acessória ou entregá -la


fora do prazo estabelecido pela legislação, bem como aquele que
apresentar a obrigação com incorreção ou omissão de informações, estará
sujeito ao pagamento de multas calculadas da seguinte forma (Instrução
Normativa SRF nº 197, de 10 de setembro de 2002):

• Aplicação do percentual de 2% ao mês -calendário ou fração,


incidente sobre o valor dos tributos e contribuições informados no
documento, ainda que pagos em sua integralidade, no caso de falta de
entrega da DIRF ou sua entrega após o prazo, até o limite de até
20%;
• Multa mínima no valor de R$200 para as pessoas físicas, pessoas
jurídicas inativas e pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional;
• Multa no valor de R$500 nos demais casos.

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Módulo XI – Pagamento das Contribuições


11.1 Prazos para Recolhimento

- até o 20o (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência


dos fatos geradores, pelas pessoas jurídicas:

-No caso de bancos com erciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento
e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arre ndamento
mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e
entidades de previdência privada abertas e fechadas,

- até o 25o (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de


ocorrência dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas.

Se o dia do vencimento não for dia útil, c onsiderar-se-á antecipado o


prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.

(art.18 da M.P nº. 2.158-35/2001, alterado pelo art. 1º da M.P nº.


447/2008)

11.2 Lugar de Pagamento

Com a nova redação dada ao Regulamento do Imposto de Renda, o


pagamento ou o recolhimento do imposto poderá ser efetuado em
qualquer estabelecimento bancário autorizado a receber receitas
federais, independentemente do domicílio tributário do sujeito
passivo (Lei nº 7.738, de 9 de março de 1989, art. 32).

Art.937 RIR/18 – Decreto 9.580/18

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O pagamento ou recolhimento do imposto pelas pessoas físicas poderá


ser efetuado em qualquer estabelecimento bancário auto rizado, do País,
independentemente do domicílio ou jurisdição.

11.3 Código do DARF

Contribuição para o
DARF
PIS/Pasep
Faturamento 8109
Folha de salários 8301
Pessoa jurídica de direito
3703
público
Fabricantes/Importadores
de veículos em 8496
substituição tributária
PIS/Pasep Combustíveis 6824
PIS Não-cumulativo (Lei
6912
10.637/2002)
PIS/PASEP venda para
ZFM (substituição 1921
tributária)
Cervejas - Regime
Especial de Tributação
previsto no art. 58-J da 679
Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003
Demais bebidas - Regime
Especial de Tributação
previsto no art. 58-J da 691
Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003
Álcool - Regime Especial
de Apuração e
Pagamento previsto no
906
§º 4º do art. 5º da Lei nº
9.718, de 27 de
novembro de 1998

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Contribuição para o
Financiamento da Seguridade
Social - COFINS
DARF
Demais Entidades 2172
Fabricantes/Importadores de
veículos em substituição 8645
tributária
Combustíveis 6840
COFINS Não-cumulativa (Lei
5856
10.833/2003)
COFINS venda para ZFM
1840
COFINS (substituição tributária)
Cervejas - Regime Especial de
Tributação previsto no art. 58-J
760
da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003
Demais bebidas - Regime
Especial de Tributação previsto
776
no art. 58-J da Lei nº 10.833, de
29 de dezembro de 2003
Álcool - Regime Especial de
Apuração e Pagamento previsto
no §º 4º do art. 5º da Lei nº 929
9.718, de 27 de novembro de
1998

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pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
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Módulo XII – RESUMO das Sistemáticas de Apuração


do Pis e da Cofins

Planilha do Excel anexa à apostila.

Módulo XIII – Soluções de Consultas da Receita


Federal

Soluções de Consulta da RFB:


Manutenção de Bens do Ativo Imobilizado

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 44, DE 16 DE MARÇO DE 2006 - 10ª RF

(DOU DE 04/05/2006)

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/PASEP


EMENTA: PIS NÃO CUMULATIVO. CRÉDITOS. INSUMOS.
Os valores referentes às peças de reposição para máquinas e equipamentos empregados na
produção de bens destinados à venda, adquiridas de pessoa jurídica domiciliada no País,
podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da contribuição para o
PIS/PASEP, desde que essas peças não estejam incluídas no ativo imobilizado. Os valores
referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, para manutenção das
máquinas e equipamentos empregados na produção de bens destinados à venda, podem
compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da contribuição para o PIS/PASEP.

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Manutenção de Bens do Ativo Imobilizado


SOLUÇÃO DE CONSULTA N. 13, DE 31 DE JULHO DE 2006 - 5º RF (DOU DE 24/10/2006)

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS


EMENTA: COFINS NÃO CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. INSUMOS UTILIZADOS. DEFINIÇÃO.
AQUISIÇÃO NO MERCADO EXTERIOR.
Os valores referentes às partes e peças de reposição para máquinas empregadas diretamente na
produção de bens destinados à venda, assim como os valores referentes à aquisição de
quaisquer outros bens, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados dos
valores devidos a título de PIS não cumulativo, desde que essas partes e peças, ou esses outros
bens, sofram alterações decorrentes de ação diretamente exercida sobre o produto em
fabricação e não estejam incluídas no ativo imobilizado. Com relação aos valores referentes a
serviços prestados por pessoa jurídica objetivando a manutenção de máquinas empregadas
diretamente na produção de bens destinados à venda, também podem compor a base de cálculo
dos créditos a serem descontados da COFINS não cumulativa, desde que atendidos os demais
requisitos normativos e legais pertinentes e as referidas importâncias, também não sejam
contabilizadas no ativo permanente; os bens e serviços só poderão compor a base de cálculo dos
créditos a serem descontados da COFINS se adquiridos, em operações no mercado nacional, a
partir de 1º de fevereiro de 2004. Para aquisições em operações de importação, somente a
partir de 1º de Maio de 2004. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n. 10.833/2003, art. 3º; Lei n.
10.865/2004, art. 15 e 53; IN SRF n. 247/2004, arts. 66 e 67, IN SRF n. 404/2004, arts. 8º e 9; e
art. 346, parágrafo 1º, do RIR/99.

Manutenção de Bens do Ativo Imobilizado

SOLUÇÃO DE CONSULTA N. 18, DE 16 DE AGOSTO DE 2006 - 5º RF (DOU DE 24/10/2006)

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/PASEP


EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP NÃO CUMULATIVO. CRÉDITO REFERENTE À
AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS UTILIZADOS COMO INSUMOS NA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS.
Podem ser calculados créditos a serem descontados da Contribuição para o PIS/PASEP devida,
com base nos valores pagos a pessoas jurídicas por serviços de manutenção, conservação e
restauração de máquinas e equipamentos utilizados diretamente na fabricação ou produção de
produtos químicos destinados à venda. Já para os bens utilizados nesses serviços, o direito ao
crédito está condicionado a que esses materiais sofram alterações, tais como o desgaste, o
dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida
sobre o produto em fabricação e desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado,
observadas as demais condições estabelecidas na legislação de regência. DISPOSITIVOS LEGAIS:
art. 3º da Lei n. 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e alterações; Instrução Normativa n. 404, de
12 de março de 2004.

SOLUÇÃO DE CONSULTA DISIT/SRRF09 Nº 134, DE 30 DE JULHO DE 2013


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(Publicado(a) no DOU de 07/08/2013, seção , pág. 25)

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL


SIMPLES NACIONAL. EMBALAGENS. ALÍQUOTA. PIS/PASEP E COFINS.

ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL

SIMPLES NACIONAL. EMBALAGENS. ALÍQUOTA. PIS/PASEP E COFINS.

A empresa optante pelo Simples Nacional que industrializa, importa ou comercializa


embalagens destinadas ao envasamento dos produtos classificados nas posições 22.01, 22.02
e 22.03 da Tipi deve utilizar os percentuais correspondentes à Contribuição ao PIS/Pasep e à
Cofins previstos nos Anexos da Lei Complementar nº 123, de 2006. Não são aplicáveis as
alíquotas “ad rem” fixadas pela Lei nº 10.833, de 2003, porque, no caso, a tributação não é
concentrada em uma única etapa (monofásica).

Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 13, IV, V, art. 18, § 4º, IV; Lei
nº 10.833, de 2003, art. 51.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI


Chefe

SOLUÇÃO DE CONSULTA DISIT/SRRF08 Nº 49, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2013

(Publicado(a) no DOU de 03/04/2013, seção , pág. 39)

Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins


Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep

Assunto: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. CONCEITO. ALÍQUOTA.

Para que se caracterize operação de industrialização por encomenda é necessário que o


encomendante tenha encaminhado ao executor da encomenda matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos, não apenas
especificações técnicas.

Caso caracterizada uma operação de industrialização por encomenda, a pessoa jurídica


executora de tal operação, no que toca à receita bruta auferida com a industrialização por
encomenda dos produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nas
posições 33.03 a 33.07 da Tipi, encontra-se sujeita à incidência da Cofins com alíquota de 0%
(zero por cento).

Dispositivos Legais: Lei nº 10.147, de 2000, art. 1º, I, ‘b’; Lei nº10.833, de 2003, art.25, p.único,
I; IN SRF nº 594, de 2005, arts. 1º, VIII, 13, §2º, e 47; Decreto nº 7.212 (RIPI), de 2010, art. 9º,
IV; Lei nº 11.051, de 2004, art.10, §3º.

Assunto: Contribuição para o PIS/Pasep

INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. CONCEITO. ALÍQUOTA.


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Para que se caracterize operação de industrialização por encomenda é necessário que o


encomendante tenha encaminhado ao executor da encomenda matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos, não apenas
especificações técnicas.

Caso caracterizada uma operação de industrialização por encomenda, a pessoa jurídica


executora de tal operação, no que toca à receita bruta auferida com a industrialização por
encomenda dos produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, classificados nas
posições 33.03 a 33.07 da Tipi, encontra-se sujeita à incidência da contribuição para o
PIS/Pasep com alíquota de 0% (zero por cento).

Dispositivos Legais: Lei nº 10.147, de 2000, art. 1º, I, ‘b’; Lei nº10.833, de 2003, art.25, p.único,
I; IN SRF nº 594, de 2005, arts. 1º, VIII, 13, §2º, e 47; Decreto nº 7.212 (RIPI), de 2010, art. 9º,
IV; Lei nº 11.051, de 2004, art.10, §3º.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES


Chefe

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 9 de 18 de Julho de 2014

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: CRÉDITOS DA NÃO CUMULATIVIDADE. IMPORTAÇÃO DE BENS USADOS. VEDAÇÃO


DE APURAÇÃO. É vedada a apuração de crédito da Cofins em relação à importação de bens
usados incorporados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 166 de 28 de Agosto de 2013


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ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. MATERIAIS DE LIMPEZA E


MANUTENÇÃO. MATERIAIS PARA TREINAMENTO. CAFÉ E COPOS PLÁSTICOS. Na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados a venda não se consideram insumos para os fins
previstos no art. 3o, II, da Lei nº 10.833, de 2003, materiais para treinamentos, como pilhas,
giz, papéis, luvas, ou artigos para consumo de colaboradores, como café e copos plásticos, ou
materiais de limpeza e manutenção, haja vista não se subsumirem ao conceito de insumo
contido no art. 8o, § 4o, I, “a” da IN SRF nº 404, de 2004.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 160 de 12 de Agosto de 2013

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: DESPESAS NÃO LIGADAS À PRODUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CRÉDITO COMO


INSUMO. No regime de apuração não cumulativa da Cofins, não podem ser descontados
créditos, por pessoa jurídica que exerça a atividade de fabricação de bens, em relação a
despesas com contribuições sociais, previdência privada do empregador, Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT), vale-transporte, assistência médica e odontológica,
medicamentos, cursos e treinamentos, uniformes e macacões, benefícios a funcionários,
viagens, água e esgoto, serviços pagos a terceiros pessoas jurídicas (médicos), material de
prevenção, material de expediente, manutenção de softwares, materiais diversos, materiais de
segurança, comissões sobre vendas, convenções, comunicações, assistência técnica, correios,
propaganda e publicidade, feiras, catálogos, pastas, banners, cartazes, comissões de
agenciamento, copa e cozinha, seguros diversos, anúncios e publicações, material de limpeza,
cartório, Programa de Qualidade Total, importação, visitantes, informativo, feiras e
exposições, royalties, tratamento de resíduos, honorários advocatícios, materiais auxiliares e
exportação.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 132 de 30 de Julho de 2013


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ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. DESPESA COM ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS.


SUBLOCAÇÃO. O subaluguel pago em decorrência de contrato de sublocação tem a mesma
natureza do aluguel pago em decorrência do contrato de locação. Dessa forma, a pessoa
jurídica sujeita à sistemática não cumulativa da Cofins que realiza o pagamento de despesas
com aluguel decorrente de contrato de sublocação de equipamentos faz jus ao
correspondente crédito, previsto no art. 3o, IV, da Lei nº 10.833, de 2003, desde que
respeitados todos os demais requisitos normativos e legais.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 72 de 21 de Julho de 2011

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: REGIME NÃO CUMULATIVO. CRÉDITOS. IMPORTAÇÃO. GASTOS COM DESEMBARAÇO


ADUANEIRO. Os gastos com desembaraço aduaneiro de mercadorias importadas diretamente
para revenda, não obstante integrarem o custo de aquisição destas, por força do art. 289, § 2º,
do Decreto nº 3.000, de 1999, e ainda que pagos a pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, não
geram direito a crédito no regime não cumulativo da Cofins, visto que tal direito se aplica,
exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no
País.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 80 de 20 de Agosto de 2010

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE. AQUISIÇÃO DE BENS PARA REVENDA. DESPESAS


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COM FRETE. A pessoa jurídica sujeita à sistemática da não cumulatividade da Cofins pode
descontar créditos calculados em relação a bens adquiridos para revenda de pessoa jurídica
domiciliada no País, nos termos do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. O frete pago na aquisição
de bens para revenda de pessoa jurídica domiciliada no País pode gerar créditos da Cofins, nos
termos do art. 3º, I, da Lei nº 10.833, de 2003, por integrar o valor de aquisição das
mercadorias a serem revendidas. Relativamente a bens adquiridos de pessoa jurídica não
domiciliada no País sujeitos ao pagamento da Cofins-Importação, o desconto de créditos
sujeita-se ao disposto nos arts. 7º e 15, § 3º, da Lei nº 10.865, de 2004, que determinam que a
base de cálculo para a apuração desses créditos corresponde ao valor aduaneiro acrescido do
valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição. Assim, o frete
pago para transportar bens adquiridos para revenda de pessoa jurídica não domiciliada no
País, do local do desembaraço até o estabelecimento do contribuinte não gera direito a crédito
da Cofins, por não fazer parte da sua base de cálculo, nos termos da legislação em vigor.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 244 de 07 de Julho de 2010

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins


EMENTA: CRÉDITOS. REVENDA DE PRODUTOS SUJEITOS AO REGIME DE APURAÇÃO
MONOFÁSICA. A pessoa jurídica revendedora dos produtos sujeitos à incidência monofásico
não pode, por expressa vedação legal, apurar créditos sobre o custo de aquisição daqueles
produtos adquiridos para revenda, nem tampouco sobre o custo de aquisição de bens e
serviços supostamente por ela utilizados como “insumos” de sua atividade comercial e sobre
os encargos de depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado. Por outro lado, a pessoa jurídica revendedora dos referidos produtos, submetida
ao regime de apuração não cumulativa da contribuição, pode descontar créditos sobre os
custos, despesas e encargos previstos nos incisos III, IV, V, VII, VIII e IX do “caput” do art. 3º da
Lei nº 10.833, de 2003. Nos períodos de 1º de maio de 2008 a 23 de junho de 2008, e de 1º de
abril de 2009 a 04 de junho de 2009, por força do art. 15 da Medida Provisória nº 413, de 2008
e do art. 9º da Medida Provisória nº 451, de 2008, os distribuidores e os comerciantes
atacadistas e varejistas das mercadorias e produtos sujeitos ao regime de apuração
monofásica estavam expressamente impedidos de descontar todos os créditos listados nos
incisos do caput do referido art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 125 de 14 de Outubro de 2008

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ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: COMERCIANTE ATACADISTA. AQUISIÇÃO DE PRODUTO MONOFÁSICO PARA


REVENDA. DIREITO A CRÉDITO Do valor apurado de COFINS não cumulativa, não podem ser
descontados créditos calculados em relação às aquisições de mercadorias para revenda
submetidas à tributação monofásica, ainda que sua receita de venda esteja sujeita à alíquota
zero.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 186 de 23 de Maio de 2007

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins

EMENTA: GASTOS COM PUBLICIDADE, SACOLAS DE PLÁSTICO, VALE-TRANSPORTE, ALIMENTA-


ÇÃO E UNIFORMES. CRÉDITO DE INSUMOS NA REVENDA NÃO AUTORIZADO. Os gastos com
publicidade, com material gráfico de propaganda, com a aquisição de sacolas de plástico e de
embalagens para acondicionamento de produtos expostos à venda, com alimentação, com
vale transporte e com uniformes fornecidos aos funcionários, incorridos no processo de
revenda de mercadorias, não podem ser descontados como crédito, por não haver previsão de
desconto de insumos em relação à receita proveniente de revenda, na sistemática não-
cumulativa.

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 95, DE 07 DE ABRIL DE 2015

(Publicado(a) no DOU de 23/04/2015, seção 1, pág. 20)


ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS
EMENTA: ALUGUÉIS. PRÉDIOS. MÁQUINAS. EQUIPAMENTOS. As despesas de aluguéis de
prédios, máquinas e equipamentos utilizados, direta ou indiretamente, nas atividades
empresariais geram crédito no regime de apuração não cumulativa da Cofins.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, IV.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP
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V.09 Ago/19

EMENTA: ALUGUÉIS. PRÉDIOS. MÁQUINAS. EQUIPAMENTOS. As despesas de aluguéis de


prédios, máquinas e equipamentos utilizados, direta ou indiretamente, nas atividades
empresariais geram crédito no regime de apuração não cumulativa das Contribuições para o
PIS/Pasep.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de 2002, art. 3º, IV.

MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃ


O DE JULGAMENTO
Processo nº 11065.100632/200638
Recurso nº Voluntário
Acórdão nº 3301002.153 – 3ª Câmara / 1ª Turma Ordinária
Sessão de 28 de janeiro de 2014
Matéria Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS
Recorrente H. KUNTZLER & CIA. LTDA.
Recorrida FAZENDA NACIONAL
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL COFINS
Período de apuração: 01/04/2006 a 30/06/2006
Ementa:
REGIME NÃO CUMULATIVO. APURAÇÃO. CRÉDITO. INSUMOS. CONCEITO.
O sistema não cumulativo de apuração da Contribuição para o Financiamento da Seguridade S
ocial Cofins -
admite que seja descontado do valor devido o crédito apurado com base nos gastos express
amente previstos em Lei, entre os quais se incluem os gastos incorridos na compra de be
ns e serviços utilizados como insumo na fabricação dos bens.
DEPRECIAÇÃO. DIREITO A CRÉDITO. O creditamento relativo a depreciação de ativo atinge
somente os bens adquiridos a partir de 1º de maio de 2004 e que sejam utilizados no process
o industrial. NÃO
CUMULATIVIDADE. RESSARCIMENTO. ATUALIZAÇÃO. TAXA SELIC. Por expressa disposição legal, artig
o 15 combinado com o artigo 13, da Lei nº 10.833, de 2003, é vedada a aplicação de qualq
uer índice de atualização monetária ou de juros para este tipo de ressarcimento.

Fundamentação Legal:
Toda legislação encontra-se mencionada no texto acima, mas destacamos
as principais:

Leis Ordinárias:
 Lei nº 9.715, de 1998, arts. 2º, III, 7º e 15 (Receitas
Governamentais)
 Lei nº 9.718, de 1998, arts. 2º a 8º -B (Regime de Apuração
Cumulativa, Instituições Financeiras, Combustíveis, Álcool)
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V.09 Ago/19

Lei nº 10.637, de 2002, arts. 1º a 12 (Regime de Apuração Não



Cumulativa)
 Lei nº 10.833, de 2003, 1º a 16 (Regime de Apuração Não
Cumulativa)
 Lei nº 10.865, de 2004, arts. 1º a 20 (Incidência na Importação)
 Lei nº 10.147, de 2000 (Incidência Concentrada - produtos
farmacêuticos, de perfumaria, toucador ou higiene pessoal)
 Lei nº 10.485, de 2002 (Incidência Concentrada - veículos,
autopeças, pneus e câmaras-de-ar)
 Lei nº 10.560, de 2002, art. 2º (Incidência Concentrada - querosene
de aviação)
 Lei nº 13.097, de 2015, arts. 24 a 34 (Incidência Concentrada -
bebidas frias)
 Lei nº 9.718, de 1998, art. 4º; Lei nº 10.865, de 2004, arts. 23
(Incidência Concentrada - combustíveis)
 Lei nº 11.116, de 2005, arts. 3º a 8º (Incidência Concentrada -
biodiesel)
 Lei 10.865, de 2004, art. 28 (Redução de alíquotas a zero)
 Lei nº 10.925, art. 1º (Redução de alíquotas a zero)
 Lei nº 9.715, de 1998, art. 5º; Lei nº 10.865, de 2004, art. 29; e Lei
nº 11.196, de 2005, art. 62; Lei nº 12.402, de 2011, art. 6º
(Substituição Tributária - Cigarros e Cigarrilhas)
Medida Provisória:
 MP nº 2.158-35, de 2001, arts. 13 a 17 (Entidades sem fins
lucrativos, isenções, cooperativas)
 MP nº 2.158-35, de 2001, art. 43; c/c Lei nº 10.485, de 2002, art. 1º
(Substituição Tributária - veículos dos códigos 8432.30 e 87.11 da
Tipi)
Decreto:
 Decreto nº 4.524, de 2002 (Regulamenta a Contribuição para o
PIS/Pasep e a Cofins devidas pelas pessoas jurídicas em geral ).

Além desses, uma série de outros atos (Instruções Normativas, Atos


Declaratórios, Soluções de Consulta e Soluções de Divergência) exarados
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), disponíveis em seu sítio
na Internet (sítio da RFB), regulamentam e interpretam a legislação da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Obrigada e Boa leitura!


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pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº
9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.
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