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INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

REQUERENTE: VERA LÚCIA MARQUES BEZERRA

PROCURADORES: RALF DA NÓBREGA BARBOSA – OAB/PB 26.045

FUNDAMENTO: ARTIGO 365, IN 128/2022.

Prezado(a) Servidor(a),

Trata-se de requerimento de concessão de pensão por morte à companheira

do segurado instituidor. A requerente o conheceu aos 17 anos de idade. Após quatro
meses namorando, passaram a morar juntos na casa da família do falecido. Após
algum tempo, ele construiu um “puxadinho” onde viveram em regime de união estável
do ano 2000 até a data do seu óbito: 09/02/2005. Pouco antes do óbito, nasceu a filha
em comum do casal em 18/02/2004.
Acerca do benefício aqui requerido, a Lei 8.213/91 e dispositivos vigentes à
época do direito adquirido pela requerente assim determinava:

Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos

dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a
contar da data:

I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste;

II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no
inciso anterior;

Considerando que a filha da requerente com o instituidor e atual beneficiária da

pensão por morte nasceu pouco menos de um ano antes do óbito, há claro indício da
existência relação entre o casal. Dos anexos, consta registro fotográfico atual da
requerente com a irmã do falecido. Nos links abaixo, é possível, ainda, acessar vídeos
do local onde foi construída a casa em que a requerente viveu com seu companheiro
falecido:

• https://1drv.ms/v/s!Akg3uQCoEZ0FgaBVXZKFGW50F6ostg
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• https://1drv.ms/v/s!Akg3uQCoEZ0FgaBWHvHGkgxarbbnPg?e=LXp56d

Diante disso, é importante adotarmos o procedimento previsto na Instrução

Normativa nº. 128/2022 deste Instituto:

Art. 180. Para comprovação de união estável e de dependência

econômica são exigidas duas provas materiais contemporâneas dos
fatos, sendo que pelo menos uma delas deve ter sido produzida em
período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior ao fato
gerador, não sendo admitida a prova exclusivamente testemunhal,
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito.

Parágrafo único. Caso o dependente só possua um documento

emitido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses
anteriores à data do fato gerador, a comprovação de vínculo ou
de dependência econômica para esse período poderá ser suprida
mediante justificação administrativa.

[...]

Art. 567. A JA constitui meio utilizado para suprir a falta ou insuficiência

de documento ou para produzir prova de fato ou circunstância de
interesse dos beneficiários, perante o INSS, por meio da oitiva de
testemunhas.

Parágrafo único. Quando o processamento da JA for necessário para

corroborar início de prova material, deve ser verificada a razoabilidade
da relação entre o documento apresentado e aquilo que se pretende
comprovar.

Uma vez que a requerente traz a este Instituto documentos/fatos que apontam
para a existência da relação, é necessário que nos utilizemos da prova testemunhal
para que se comprove o seu direito.

PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) a concessão do benefício de pensão por morte, produzindo efeitos a partir da

data de entrada deste requerimento;
b) seja deferida a oportunidade de Justificação Administrativa apta a corroborar a
prova documental apresentada.
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Campina Grande, 09 de dezembro de 2022.

RALF DA NÓBREGA BARBOSA

OAB/PB 26.045