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Unidade 2

Seção 3

Sociologia
Compreensiva
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Webaula 3
A Sociologia Compreensiva entre crítica e
influências
Experimente

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Imagine, agora, que você começará uma nova
pesquisa e um dos coordenadores responsáveis
por este novo projeto questionou o uso que
você faz do referencial teórico-metodológico
weberiano. Assim, inicia-se um debate entre
vocês dois.

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O coordenador usou o argumento de que essa
teoria foi formulada há, pelo menos, um século
e ainda em outro país, no caso, a Alemanha. Por Quais argumentos você mobilizaria para
isso, ele considera essa abordagem responder à essa provocação?
desatualizada e descontextualizada, então, não
contribuiria para a reflexão sobre a sociedade
brasileira contemporânea.

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Nesta seção:

Conheceremos a crítica que Alfred Schütz Estudaremos as influências de Weber na


dirigiu à obra de Max Weber e como ela Sociologia brasileira e também entre
contribuiu para o reposicionamento do pensadores de outros países.
debate sobre fenomenologia a partir do
conceito de ação.

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Webaula 3
A Sociologia Compreensiva entre crítica e
influências
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Fenomenologia de Alfred
Schütz e a crítica à
Sociologia
Compreensiva
Alfred Schütz nasceu em Vienna, foi aluno de
Max Weber por um breve período, mas sua
carreira foi predominantemente desenvolvida
no exílio nos Estados Unidos, causado pela
ascensão do Nazismo. Desde 1939 até 1959
(data de seu falecimento), atuou como docente
no departamento de Filosofia da New School
for Social Research, em Nova York.

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Schütz publicou diversas obras ao longo de sua
carreira, dentre as mais conhecidas está o livro A
fenomenologia do mundo social (1932), no qual
realiza uma aproximação das bases teóricas
propostas por Max Weber e as proposições sobre
fenomenologia escritas pelo filósofo Edmund
Husserl.

A conjunção dessas duas proposições de reflexão


resultou na sua principal contribuição teórica: o
conceito de fenomenologia social.

Clique nas palavras em destaque.

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De acordo com a leitura que Schütz realiza de Weber, a forma de compreensão da ação consiste
em conhecer o sentido que a orienta. Já a forma de interpretar a ação diz respeito à
compreensão do motivo. Então, separa-se compreensão e interpretação, de modo que a
primeira diz respeito ao sentido, ou seja, à finalidade da ação, e a segunda refere-se ao motivo
que impulsionou a ação.

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O primeiro problema encontrado por A ação individual pode ser também uma
Schütz diz respeito à impossibilidade de simples reação a algum tipo de estímulo,
distinguir ação individual e ação social. como diz o próprio Weber, abrir um guarda-
Para Weber, a ação individual não faz chuva quando começa a chover. O que faz,
parte do objeto da Sociologia. então, parte do objeto da Sociologia
weberiana é a ação social, ou seja, aquela que
tem sentido socialmente orientado a partir
das relações sociais.

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Considerando que todas as ações têm Para Weber, o comportamento é individual e a
algum tipo de sentido, ainda que este ação é social, então, questiona ele: qual é a
não seja de todo conhecido, Schütz natureza da ação? Esta não parte de um
questiona a distinção que Weber faz indivíduo? Para Schütz, não faz sentido pensar
entre ação e comportamento. a ação dividida em duas partes, individual e
social.

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Com essa crítica, podemos inferir que a contribuição de Alfred Schütz à teoria weberiana
coloca a dimensão do cotidiano e a dimensão reflexiva da consciência como questões a serem
incorporadas pela Sociologia de sua época, unificando as categorias da ação.

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Max Weber e a influência na
Sociologia brasileira
Somente após 70 anos de sua data de publicação original, o
livro Economia e sociedade: fundamentos da Sociologia
compreensiva (1922) foi traduzido ao Português e lançado
no Brasil.

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Para compreender um pouco mais sobre a recepção de sua obra na Sociologia brasileira,
conheceremos o trabalho desenvolvido por dois pesquisadores especialistas no tema. Fernando
Correia Dias (1974), que escreveu um importante artigo sobre a primeira fase da recepção de
Weber no Brasil, e a socióloga Glaucia Villas-Boas, que, realizando uma recuperação do artigo
escrito por Fernando Dias na década de 1970, inclui novos autores e seus respectivos debates.

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Clique nas abas e conheça um pouco sobre o que aborda as obras dos autores:

Fernando Correia Dias Glaucia Villas-Boas

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A recepção de Max Weber pela Sociologia
brasileira está muito conectada com o contexto
histórico vivido pelo Brasil e também pelo
contexto dos debates sociológicos em voga no
período entre os anos 1950-1980, recorte
temporal proposto por Glaucia Villas-Boas
(2014).

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Guardadas as devidas proporções (e considerando que entre 1914-1918 a Alemanha participava da
Primeira Guerra Mundial), o contexto histórico que marca a produção de Max Weber é similar ao
contexto em que sua obra fora recebida no Brasil. Assim, de certa maneira, a discussão em torno de
sua obra era uma síntese das reflexões sobre um projeto moderno brasileiro, marcado pela
industrialização e desenvolvimentismo de caráter nacionalista.

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Vídeo de encerramento

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Bons estudos!
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