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Epistemologia social

José Leonardo Annunziato Ruivo1


Luiz Paulo da Cas Cichoski2

De modo muito geral a epistemologia social visa investigar como aspectos da vida cognitiva –
individual e coletiva – se relacionam com evidências, práticas sociais e grupos ou entidades coletivas; isto
é, de que forma estados cognitivos são afetados por aspectos da vida social. Em suma: o estudo da
dimensão social do conhecimento. De modo mais específico podemos reconhecer pelo menos duas
formas de agregar as pesquisas que tratam desse tema. Uma mais próxima da sociologia do conhecimento
e outra mais próxima da epistemologia analítica. Neste verbete nos concentraremos na exposição da
taxonomia apresentada por Goldman e Blanchard (2016), que possui estreita relação com o trabalho de
Alvin Goldman na tradição analítica. Antes disso, porém, apresentamos um breve histórico sobre o uso
do termo “epistemologia social” dentro e fora da filosofia.

1. Breve Histórico
O termo “epistemologia social” foi utilizado pela primeira vez por Jesse Shera (1977) no contexto
da biblioteconomia (ZANDONADE, 2004; LAMAR, 2007; CICHOSKI, 2013). Dentro da filosofia o termo
aparece pela primeira vez apenas em 1987, pela ocasião da publicação de uma edição especial da revista
Synthese, com o tema epistemologia social. Na introdução, o organizador, Frederick Schmitt, manifesta o
tom de crítica à epistemologia analítica como praticada até então: essa muito pouco se interessou pela
relação entre conhecimento e sociedade, fixando-se demasiadamente em processos e avaliações
individuais. E é para suprir essa lacuna que se faz necessária uma “socialização” da epistemologia.
De acordo com Schmitt (1994, 1999), a ênfase social na filosofia analítica em geral e na
epistemologia em particular visa utilizar essas ferramentas e métodos para compreender a constituição
social humana. E foi a partir do momento em que filósofos analíticos se voltaram para os aspectos sociais
que passou-se a notar, de maneira cada vez mais nítida, a existência de um viés individualista na produção
filosófica.

1
Professor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). E-mail: jleonardo.ruivo@gmail.com.
2
Professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). E-mail: luizpcichoski@gmail.com.
Atentar para esses vieses permite à comunidade considerar, ou mesmo, reconsiderar, seriamente
as consequências de se aderir a uma premissa individualista. Mesmo sem entrar no mérito da discussão,
podemos exemplificar esse ponto no contexto da epistemologia do testemunho: há um amplo
reconhecimento de que o ideal de autonomia intelectual é o que produz pressão sobre a necessidade de
que o testemunho seja fonte secundária de justificação. Contudo, somente com a constatação de uma
premissa individualista torna-se claro o risco de um ceticismo, afinal: se boa parte do nosso conhecimento
histórico, por exemplo, parece ser baseado no testemunho como fonte primária de justificação, então, ou
se reconsidera o lugar do conhecimento histórico, ou se reconsidera o lugar do testemunho como fonte
secundária de justificação. A tradição anti-individualista pressiona o segundo disjunto da consequente.
Cabe notar que essa preocupação com a dimensão social do conhecimento não é uma
preocupação exclusiva da filosofia analítica. De acordo com Martin Kusch (2011), Alvin Goldman e Thomas
Blanchard (2016), podemos encontrar, no final dos anos 60 e início dos 70, em autores como Thomas
Kuhn; Michel Foucault; nos defensores do “programa forte” da Sociologia da Ciência; e na emergência da
filosofia feminista uma mesma preocupação: mapear e compreender de que forma conceitos como
conhecimento, racionalidade e justificação se relacionam com aspectos da vida social.
Ainda que esse conjunto de abordagens partilhe de uma preocupação semelhante, podemos
identificar dois modos bastante diferentes de fazer epistemologia social, caracterizados por Kusch (2011)
como uma compreensão ampla e estreita da área. De modo amplo, a área abrange toda investigação
sobre o papel da dimensão social dos conceitos epistêmicos (conhecimento, crença verdadeira,
justificação, sabedoria, entendimento, dentre outros). Nessa compreensão a epistemologia social engloba
disciplinas como a sociologia do conhecimento, história social da ciência ou filosofia das ciências sociais,
assim como estudos que seguem linhas pragmatistas, marxistas e da hermenêutica. A epistemologia social
compreendida de forma estreita se inicia em 1980 e está centrada na epistemologia analítica, influenciada
pela filosofia feminista e filosofia da ciência.
Embora Kusch pretenda ultrapassar tal cisão3, a visão estreita (para utilizar o vocabulário do
autor) parece ser a que melhor conseguiu determinar um programa de pesquisa mais ou menos coeso.
Nesse sentido, cabe notar como tal concepção estreita se aperfeiçoou a fim de incorporar um programa
de pesquisa vasto que detalharemos a seguir.

2. Raízes e ramificações da epistemologia social

3
Ele subdivide-a em, respectivamente: epistemologia social analítica, genealógica, histórica, política e epistemologia
naturalizada (cf. KUSCH, 2011)
O projeto da epistemologia social passa a fazer parte da agenda da filosofia analítica
principalmente a partir dos trabalhos de Alvin Goldman, que tem início no final dos anos 1980 e cuja forma
mais acabada encontra-se no seu livro Knowledge in a Social World, de 1999. A marca central do projeto
de Goldman é que a pesquisa em epistemologia social deve ser orientada para a noção de verdade. Outros
autores que também contribuíram significativamente para o campo da epistemologia social de orientação
analítica, ao longo da década de 1990, foram C.A.J Coady, Edward Craig, Steve Fuller, Philip Kitcher e
Frederick Schmitt. Esse último desenvolveu um robusto trabalho ao longo do final da década de 1980 e
na década de 1990, onde destacam-se o supracitado volume especial da Synthese além de livros e
verbetes que buscaram refletir sobre a natureza e o escopo da epistemologia social. Steve Fuller, por sua
vez, participou da edição especial organizada por Schmitt, e contribuiu significativamente para a área
tanto com a criação da revista Social epistemology, em 1987, assim como com a publicação de um livro
com o mesmo nome em 1988, sedimentando assim a utilização do termo no contexto filosófico. Porém,
o autor distanciou-se da concepção estreita de epistemologia social, se aproximando de tópicos e temas
relativos a sociologia do conhecimento científico.
Alvin Goldman trouxe para a epistemologia formas paradigmáticas de trabalhar com fenômenos
sociais tanto com seu livro de 1999 quanto com o lançamento, em 2004, da revista Episteme. Esses marcos
serviram para mostrar que, para além de rótulos, o critério distintivo das pesquisas em epistemologia
social se dá através da do tipo de problemas abordados. Talvez por isso que Goldman e Blanchard (2012,
2016) situam como critério de demarcação para o trabalho em epistemologia social o modo como o
“social” é determinado e não a aproximação ou afastamento com a epistemologia analítica. Diante disso,
são propostos três ramos para a epistemologia social: a epistemologia social pode ser interpessoal,
coletiva ou institucional.

2.1. A epistemologia social interpessoal


O primeiro ramo da epistemologia social toma por objeto o chamado caráter social da evidência
e gira em torno do seguinte problema: em que medida informações advindas de outros indivíduos
influenciam o sistema de crenças de um agente individual? Três tópicos são essenciais nesse ramo.
O primeiro centraliza a discussão sobre o testemunho – ou seja, o ato de um falante comunicar
algo para um ouvinte. Aqui cabem investigações sobre a natureza do testemunho, que visam determinar
as condições necessárias e suficientes para que algo conte como testemunho. Mas certamente é a
epistemologia do testemunho que ocupa o centro do debate. Essa investigação gira em torno do seguinte
problema: em que medida é racional formar uma crença com base naquilo que os outros me dizem? A
partir daí há duas posições clássicas: a de David Hume, que defende o reducionismo – a tese de que a
justificação testemunhal se reduz a outras fontes, como percepção, raciocínio ou memória. E a de Thomas
Reid, que defende o antirreducionismo – o testemunho é uma fonte básica de justificação.
Contemporaneamente, contudo, o debate se expandiu incorporando versões híbridas ou que até mesmo
rejeitam o pressuposto de que o testemunho ofereça justificação para as crenças formadas a partir do
que é asserido.
O segundo tópico deste primeiro ramo é o desacordo. É reconhecido que há muitas formas de
desacordo e, assim como na discussão sobre testemunho, a discussão sobre a natureza do desacordo tem
lugar aqui. Contudo, são nas discussões sobre desacordo entre pares que os autores têm centralizado seu
foco. O cerne do problema aqui é: qual é a atitude doxástica adequada – manter, ou suspender a crença
de que p – em um caso de desacordo entre pares epistêmicos sobre se p é o caso? Conciliacionistas
defendem que em um desacordo entre pares os partidos devem suspender o juízo ou, pelo menos, reduzir
sua confiança. A posição contrária, não-conciliadora, defende que alguém não precisa modificar sua
opinião. Um dos problemas que tal tese enfrenta é o de explicar como que alguém pode defender o não-
conciliacionismo sem defender uma perspectiva dogmática ou relativista. Contemporaneamente foram
oferecidas posições intermediárias no debate, que problematizam especialmente o caráter idealizado dos
casos paradigmáticos ou dos termos em questão.
O terceiro tópico diz respeito ao conceito de autoridade epistêmica (ou expertise). Um dos
problemas centrais aqui é o de como definir autoridade epistêmica (e, por conseguinte, expertise), e em
que medida ela é diferente de autoridade em um sentido mais amplo (prática ou política, por exemplo).
Outro problema relevante é o conceito de confiança: haverá uma forma estritamente epistêmica de
defini-la? E, em caso negativo, o que isso acarreta para a aceitação do testemunho de especialistas? Pode-
se argumentar que, se não é possível uma definição minimamente epistêmica, então ao confiar nos outros
estaríamos abrindo mão da nossa autonomia intelectual. Uma discussão que se segue dessa é sobre a
identificação do que é um especialista – problemática principalmente quando especialistas estão em
desacordo. Nessa situação, como um leigo pode reconhecê-los, determinando quem possui autoridade
epistêmica de fato?
O fator em comum desses três tópicos é que eles tomam a interação entre indivíduos como o
objeto social da epistemologia social. Além disso, é importante dizer que esse primeiro ramo permite
outras discussões que ainda estão sendo sistematizadas, tal como, por exemplo, a discussão sobre o papel
epistêmico do silêncio ou sobre boatos e notícias falsas.
2.2. A epistemologia coletiva
O segundo ramo da epistemologia social é a epistemologia coletiva. Sua grande diferença em
comparação com o ramo anterior é que aqui o sujeito epistêmico (o indivíduo que possui conhecimento
ou que está na situação de conhecer) não é mais um indivíduo, mas uma entidade coletiva como um grupo
de pesquisa, uma universidade ou qualquer outra instituição social. Entidades coletivas são
filosoficamente intrigantes por várias razões. Uma delas é semântica: a naturalidade de seu uso ordinário
não se traduz em facilidade para definir qual é a sua referência. Outra delas é ontológica: embora
entidades coletivas desempenhem um papel significativo na nossa vida é difícil explicar critérios de
identidade, permanência, surgimento e desaparecimento dessas entidades. Um terceiro conjunto de
problemas diz respeito as atribuições e avaliações de atitudes doxásticas: grupos possuem estados
mentais? E, em caso positivo, serão eles análogos aos estados mentais de indivíduos? Considerando que
grupos possuam estados mentais se discute se eles podem possuir estados mentais propriamente
epistêmicos como, por exemplo, “Os cristãos têm evidência para a existência de Deus”, ou “O comitê de
avaliação sabe que o candidato X é o mais competente para assumir o cargo.”
Tal ramificação abriga problemas que extrapolam bastante a epistemologia tradicional, uma vez
que envolve discussões sobre a semântica, ontologia e psicologia de entidades coletivas. Além disso, o
que há em comum em todos esses problemas é que eles tomam uma entidade coletiva como o objeto
social da epistemologia social.

2.3. A epistemologia social institucional

O terceiro ramo da epistemologia social incide sobre o que os autores chamam de instituições e
sistemas. Aqui, visa-se a avaliação epistemológica de práticas sociais, como, por exemplo, o impacto de
preconceitos na recepção de informação ou atribuição de credibilidade (a chamada injustiça epistêmica);
discussões sobre a confiabilidade de meios alternativos de informação (fontes como Wikipédia, Facebook
ou a Internet de forma geral); sobre a capacidade do sistema legal em rastrear verdades (e, com isso,
promover a justiça). O que há de comum no conjunto de questões desse ramo é que o objeto da
epistemologia social não é tão somente a avaliação da performance epistêmica de indivíduos, mas
também de sistemas (práticas sociais e institucionais). Dessa forma, abre espaço para a discussão da
possibilidade de uma “epistemologia aplicada”: de que forma a teoria epistêmica pode guiar a crítica,
construção ou reforma de estruturas sociais?
Isso faz deste ramo o mais vasto e diverso, podendo abrigar uma miríade de tópicos como:
construtivismo social, epistemologia da argumentação, epistemologia da democracia, epistemologia do
direito, epistemologia da educação, epistemologia feminista, epistemologia da internet, epistemologia
moral, epistemologia social da ciência, liberdade de expressão e relativismo epistêmico.

3. Perspectivas da área
A área da epistemologia social, ainda que bastante nova, dispõe de contornos cada vez mais
precisos. As ramificações propostas por Goldman e Blanchard delineiam um critério inclusivo, uma vez
que desloca o foco para problemas filosóficos ao invés de correntes ou modos de se fazer filosofia. Há,
contudo, tentativas recentes de delinear o campo que ainda estão sendo exploradas, como os trabalhos
de Patrick Reider (2016) e Sanford Goldberg (2016). De forma mais dinâmica pode-se acompanhar as
produções em epistemologia social em duas revistas. A Episteme, fundada por Goldman e a Social
Epistemology, fundada por Fuller. Essa última ainda mantém o blogue Social Epistemology Review and
Reply Collective permitindo assim um espaço profícuo e diverso para o debate.
Ainda que em desenvolvimento, as caracterizações apresentadas servem para mostrar como a
epistemologia social tem se constituído como uma área diversa, incorporando importantes debates sobre
como aspectos da vida cognitiva – individual e coletiva – enfatizando a relação que os estudos sobre o
conhecimento têm com práticas interpessoais e institucionais.

LEITURAS INTRODUTÓRIAS
CICHOSKI, L. P. Epistemologia social: dois projetos para a dimensão social do conhecimento. 2013. 183 f.
Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, UFSC, Santa
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Contrapontos, Itajaí, v.1, n.3, p. 57-70, 2008.
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GOLDMAN, A.; BLANCHARD, T. “Epistemologia social”. In: CICHOSKI, L. P.; RUIVO, J. L. A. (Orgs) Social
Analysis in Contemporary Philosophy: Readings on Collective Intentionality and Social Epistemology.
Pelotas: NEPFIL Online, 2018.
RUIVO, J. L. A. “À guisa de introdução: o que é epistemologia social? Suas origens, ramificações e
perspectivas”. In: RUIVO, J. L. A. (Org). Proceedings of the Brazilian Research Group on Epistemology 2018:
Social Epistemology. Porto Alegre: Editora Fi, 2018. p. 11-31
SCHMITT, Frederick. “Socializing Epistemology: An Introduction through Two Sample Issues” In: SCHMITT,
F. (Ed.). Socializing epistemology: The social dimensions of knowledge. Lanham, MD: Rowman & Littlefield
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_____.“Epistemologia social”. In: GRECO, J.; SOSA, E. (Org.) Compêndio de Epistemologia. Traduzido por
FERNANDES, A. S. e BETTONI, R. São Paulo: Edições Loyola, 2008. p. 547-591

REFERÊNCIAS
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Quadrienal.
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GILBERT, M. “Two Approaches to Shared Intention”. In: _____. Joint Commitment: How We Make the
Social World. New York: Oxford University Press, 2014. P. 94-128
GOLDBERG, S. C. "A Proposed Research Program for Social Epistemology" In: REIDER, Patrick J. (Ed) Social
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Disponível em: <https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/epistemology-social/> Acesso em:
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KUSCH, M. “Social Epistemology” BERNECKER, S.; PRITCHARD, D. The Routledge Companion to
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LAMAR, A. R. “Epistemologia social: possível origem e alguns momentos de seu percurso”. Pro-Posições,
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REIDER, P. J. "Introduction: what is social epistemology and epistemic agency?" In: REIDER, Patrick J.
(Ed) Social epistemology and epistemic agency: decentralising epistemic agency. Lanham: Rowman &
LIttlefield International, 2016. P. vii-xvi
SCHMITT, F. F. (Ed.) Synthese: special issue on social epistemology, Vol 73, n. 1, 1987, p. 1-204
_____. “Socializing Epistemology: An Introduction through Two Sample Issues” In: SCHMITT, F. (Ed.).
Socializing epistemology: The social dimensions of knowledge. Lanham, MD: Rowman & Littlefield
Publishers, 1994, p. 1-28
_____. “Social Epistemology” In: GRECO, J.; SOSA, E. (eds) The Blackwell Guide to Epistemology. Malden:
Blackwell, 1999. P. 354-382
SHERA, J. H. “Epistemologia Social, Semântica Geral e Biblioteconomia”. Ciência da Informação, v. 6, n. 1,
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SOCIAL EPISTEMOLOGY: A JORNAL OF KNOWLEDGE, CULTURE, AND POLICY. Taylor & Francis, 1987-.
Bimestral
SOCIAL EPISTEMOLOGY REVIEW AND REPLY COLLECTIVE. Disponível em <https://social-
epistemology.com> Acesso em: 1 mai. 2018
ZANDONADE, T. “Social Epistemology from Jesse Shera to Steve Fuller”. Library Trends, v. 52, n. 4, 2004,
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