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À Secretária de Estado da Educação de Alagoas/Setor de estágio Pontapé

Indígena/5° Gerência Regional de Educação

Excelentíssimos Senhores (as), é com imenso desapontamento que envio minha


primeira carta a essa instituição, e infelizmente, estou redigindo-a em caráter de
insatisfação, na esperança de que a SEDUC – AL possa ouvir a minha parte diante dos
fatos ocorridos que apontarei a seguir.
Espero com muito otimismo que os fatos aqui citados sejam solucionados e
interpretados na melhor maneira possível. Afinal de contas, a SEDUC – AL é uma
instituição de renome e foi por ela que tive a honra de ingressar no programa de estágio
Pontapé Indígena, como aluno da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL.
Porém, o que ocorreu na Escola Estadual Manoel Leandro de Lira, a qual eu estava
lotada como estagiário, foram fatos que me constrangeram. No início das atividades na
instituição de ensino fui designado a prestar apoio a secretária escolar e coordenação,
alguns dias depois fui informado que ficaria como porteiro, posteriormente chegando a
executar outras atividades ao mesmo horário ao qual estaria na portaria, como, serviços
de jardinagem, serviços de auxiliares, por exemplo. Prestar atendimento ao pessoal que
iria fazer a prova do VEM QUE DÁ TEMPO, onde os participantes não tinham o mínimo
de conhecimento na área de computação e nem dos conteúdos das provas, assim sendo eu
forçadamente que teria que acompanhar e executar essas provas, como também tomar e
dá conta da portaria da escola no mesmo horário de trabalho. Ressalto que em nenhum
momento contestei as atividades.
Tudo parecia uma maravilha, nas semanas que se seguiram, as coisas começaram
a tomar rumos diferentes, o porteiro Herbeth Germano Morcef, o qual não tem nenhum
vínculo empregatício com o estado e sim com o município, porém cedido pela prefeitura
Municipal de Feira Grande para prestar serviços na instituição de ensino, começou a fazer
usos desnecessário da minha situação de estagiário. A frequente ausência do diretor na
escola, por motivos que não é do meu interesse, levava Morcef sentisse com autoridade
sobre minha pessoa, simplesmente pelo fato de eu ser estagiário.
Ao final do mês de novembro as atitudes começaram a terem desentendimentos
maiores, pois comecei a usar o meu livre e arbitrário direito da liberdade de expressão
quando me sentia prejudicado, sempre de maneira respeitosa. Cheguei a entrar em contato
com o diretor e não obtive respostas, a partir deste momento percebi que não estava sendo
mais bem visto por parte da direção daquela instituição de ensino, cheguei até mesmo
receber reclamações por ter pedido para a secretária assinar uma frequência por conta da
ausência do diretor e vice-diretora no momento por exemplo.
Assim entendi que minha presença não era mais conveniente naquele ambiente,
pois o desentendimento com Morcef chegou ao extremo, minha experiência particular me
levou a crê que o ideal seria um remanejamento, pois se trata de uma escola pública onde
profissionaliza pessoas para o futuro do país e não é um ambiente para acontecer esses
impasses, sempre resguardei ao máximo para que a situação não fosse exposta para os
demais funcionários e principalmente para o alunado da instituição.
No dia 29 de novembro, último dia que estive na instituição como estagiário na
esperança de se ter uma conversa para um consenso melhor, porém nada mudou, no
próximo dia útil 1 de dezembro, entrei em contato com o diretor e pedi para informar o
meu desligamento da escola, junto a SEDUC - AL, no entendimento de um
remanejamento, então acordamos e entendemos que assim seria melhor para ambas as
partes.
Na semana seguinte aguardei até a quinta feira 7 de dezembro e não obtive
nenhum retorno, então por mensagens do WhatsApp contatei a Sr. Wherlancleya Lucia
para obter informações, fui surpreendido ao ser informado que 5° GERE estava ausente
de conhecimento da mesma , com preocupação nos termos do edital de imediato contatei
o setor de estágio via e-mail e whatsapp, obtive respostas pelo whatsapp e me informaram
que a situação estava sendo encaminhada de imediato para o setor de estágio, aos
decorreres dos dias sempre tive buscando informações da situação e sempre informado
que estava no aguardo da SEDUC - AL, e posteriormente fui informado que estava no
aguardo do posicionamento da escola. Como nada mudou na última quarta-feira 13 de
dezembro entrei em com contato com o diretor da escola e ele me informou que ainda
estaria enviando o relatório.
Não me resta dúvidas que o atraso no envio do relatório foi proposital,
intencionalmente com o intuito de me prejudicar. Então na última sexta-feira 15 do mês
corrente, através do contato de estágio via whatsapp, fui informado do meu desligamento
pelo o supervisor que se identificou como Patrick. Ainda fui informado que no relatório
cita algumas coisas quais firmo com clareza que é pura inverdade sobre minha pessoa.
Como se não bastasse as diversas maneiras ao quais fui prejudicado, agora tentar me
difamar com calunia de má conduta e atividade não sóbria “hora essa, se o motivo da
tentativa de remanejamento de minha parte foi justamente para evitar problemas”, tenho
todo respeito e empenho quando se tratar de uma instituição de ensino, pois meu currículo
já leva uma breve experiência com o público estudantil e sei das minhas responsabilidades
e profissionalismo, assim mais uma vez não me resta dúvidas que esses relatos foram
diretamente para me afetar.
Peço com máxima urgência, um posicionamento dos senhores (as) responsáveis
do setor de estágio indígena. Espero sinceramente que eu não esteja tão enganado e que
sejam apresentadas soluções. Pois a minha indignação reflete na falta de humanidade e
uso de má fé na demora do envio de um simples relatório, presumo sinceramente que os
senhores (as) pelos meios e formas que forem necessários terei meus direitos preservados.
Em relação às questões citadas espero compreensão e entendimento que tentei
fazer da melhor maneira possível e a falta de formalidade nas informações anteriores se
deu por um ato de confiança de que tudo seria resolvido sem chegar a tal ponto e tais
órgãos como GERE e SEDUC seriam informados o mais breve possível por parte da
direção da escola. Por fim, também conto com a compreensão ao que se levou o
descumprimento do termo do edital da ausência dos 5 dias úteis.

Aguardo ansiosamente retorno.

Atenciosamente

Jadielso da Silva Santos


. (Estagiário e Secretário do Conselho Escolar Indígena Tingui Botó)
CPF: 097.190.814-14

Terra Indígena Tingui Botó, Feira Grande – AL


15 de dezembro de 2023.

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