Você está na página 1de 3

Políticas Públicas – Encontrando politicas publicas nas vivências

Professor: Adelson Afonso da Silva França Júnior


Aluna: Fernanda Cristina Nicácio de Almeida Ferreira
2° Período, Pedagogia, Noite.

Antes de falar sobre vivências da minha vida, primeiro é necessário


entender o que é políticas públicas.

 Segundo a Wikipédia política pública é um conjunto de ações


desencadeadas pelo Estado nas escalas federais estaduais e municipais,
com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil.
 Segundo o politize-se na educação a política pública são programas
criados pelo governo para colocar em prática medidas que garantam o
acesso à educação para todos os cidadãos, avaliar e ajudar a qualidade de
ensino no país.

Sabendo o que significa essa famosa política pública é mais fácil


entendermos ela no nosso cotidiano.

Voltando ao passado, meu pai chamado Flávio que faleceu há mais ou


menos 10 anos atrás, era semianalfabeto, estudou até a quarta série do
ensino fundamental e devido as dificuldades de estudar e ajudar a manter a
casa optou por largar os estudos para ajudar a sua família a manter o alimento
dentro de casa. Era de uma família muito pobre, desde muito novo ele e os
meus tios era que levava o sustento para casa, isso em meados dos anos 60,
nesse caso consigo identificar mais a fundo a falta de uma política pública, a
escola a primeiro passo deveria ter ido atrás do aluno que começou a faltar às
aulas uma vez que nesse período ainda não existia conselho tutelar para os
pais. Acredito que faltou para ele algum programa que incentivasse o aluno a
não abandonar a escola sendo algum tipo de trabalho remunerado.

Falando de família não posso deixar de falar da minha mãe, professora


Dora Isabel pós-graduada em neurociência atualmente é professora da APAE
de Ibirité, ela estudou, prestou uma universidade pública, se formou, fez a pós-
graduação pela IPEMIG e pela ISEAT, no caso da minha mãe ela aproveitou
as oportunidades que a vida e o governo ofereceram, prestando vestibular se
graduando. Ela conta que em todo o processo formativo ela não teve do que
reclamar de ações governamentais, pois para ela o diploma dela veio de uma
ação do governo que estava investindo na educação e do esforço dela em
querer ser alguém nessa vida.

No meu caso eu fiz toda a minha trajetória estudantil na escola Sandoval


Soares de Azevedo até a formação no ensino médio, lá passei por muitas
lembranças tanto boas como ruins.

Minha residência fica aproximadamente uns 4 km de distância da escola,


mamãe trabalhava e eu e meus irmãos ficávamos por conta da minha avó, no
horário de ir para escola contávamos com a boa vontade do motorista da linha
de ônibus da cidade, íamos de carona no ônibus e voltavamos para casa
todos os dias com ele, porque a mamãe o papai não tinha condições de arcar
com a passagem minha e de mais dois irmãos de segunda a sexta-feira. Acho
que nessa vivencia faltou política pública pois faltava um transporte para os
alunos gratuito, hoje em dia nas escolas municipais tem essa opção mas
antigamente não tinha.

Recordo-me que um dia o motorista estava de folga ou algo do tipo e o


motorista do ônibus era outro homem que não conhecia, e ele não deixou eu
ir de carona fiquei em frente à UEMG antigamente Fundação Helena Antipoff
sozinha às 17:30 hrs com apenas 8 anos de idade. Eu me lembro de que eu
não soube o que fazer, sentei-me e esperei, quando começou anoitecer minha
mãe foi atrás de mim e me encontrou lá sozinha, chorando e sentada no meio
fio. Isso ocorreu no ano de 1993.

Outra situação que não posso deixar de colocar é o dia que o professor
Edward Aredes da matéria de química chegou na sala falando da prova que o
governo estava ofertando a prova do PEP, essa prova era do governo de
educação profissionalizante aos jovens, era seletiva e ofertava cursos técnicos
de vários setores.

Eu fiz, escolhi o curso técnico em segurança do trabalho e passei dentre


as vagas que haviam disponíveis, comecei o meu curso totalmente gratuito
somente tendo gastos com transporte e com material didático, o curso tinha
duração de um ano e meio porém quando eu estava com 2 meses de curso
descobrir uma gravidez, fiquei atordoada e com medo, como o curso tinha
duração de 18 meses e após esse período eu ainda teria que prestar um
estágio calculei o tempo e percebi que seria muito difícil concluir o curso com
bebê recém-nascido, então resolvi largar o curso acabei abandonando pelas
dificuldades que o momento ofereceu e o medo de não conquistar esse
diploma impediu que no momento eu seguisse em frente.

O governo lançou programas que profissionalizavam os jovens porém por


medo eu abri mão, um dos maiores arrependimentos na minha vida, mas eu
era muito jovem nessa época eu tinha apenas 17 anos.

Enfim na trajetória passei por vários momentos bons como ruins e agora
com este relato observando cada uma dessas vivências é possível identificar
políticas públicas em tudo às vezes falta às vezes aconteceu e foi aproveitada
e outras vezes houve aproveitamento e acabou desistindo por vontade própria.

O Brasil em si melhorou muito como era na educação dos anos 60, porém
ainda tem muito a melhorar e cabe a cada cidadão aproveitar as chances e
não abrir mão, essas experiências são da minha vida e creio que ainda tenho
muito a viver e experiênciar, desistir jamais.

Você também pode gostar