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18-07-2012

Slides de apoio ao Módulo II

• A lei portuguesa define uma Ordem


Profissional como uma associação
pública profissional a que corresponde
uma profissão cujo exercício é
condicionado à obtenção prévia de uma
habilitação académica de licenciatura ou
superior.

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• A Ética está nas pessoas!


• Só faz sentido falar em ética
organizacional (associações
profissionais, empresas, etc) se as
pessoas que nelas exercem
actividade o fizerem cumprindo
individualmente os seus deveres
éticos

Introdução à Ética
• Objectivos
• Introduzir e definir Ética na vida
profissional de um engenheiro
• Desenvolver temas para responder a
problemas éticos
• Definir o papel dos engenheiros face aos
códigos de ética
• Prática : casos da vida

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O Challenger
transformou-se num
“challenge” para a
humanidade mas
sobretudo para os
engenheiros

A explosão do
challenger
• Missão 51 – NASA
• 28 Janeiro 1986

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A explosão do Challenger
• Nesta missão da NASA verificaram-se uma série de falhas éticas, tendo a
empresa que produzia os vedantes de borracha omitido problemas de
fissuração que poderia ser mais graves se no dia do lançamento as
temperaturas estivessem muito baixas.
• Esses vedantes em caso de fissura poderiam provocar o derrame do
combustível e provocar uma explosão.
• Foi o que aconteceu e deu-se a tragédia.
• Os engenheiros envolvidos no processo calaram-se a todos os níveis em
todos as empresas, NASA incluída, porque no dia do Lançamento o
presidente dos USA faria um discurso salientando o desenvolvimento do
seu país; no programa estava prevista uma aula a ser dada do espaço por
uma professora que seguia na tripulação.
• A expectativa inicial transformou-se em imagens de horror com sete
seres humanos a desintegrarem-se.

A explosão do challenger
• Tudo aconteceu.porque em muitas circunstâncias a ânsia de
cumprir programas e objectivos (neste caso políticos), escondem
problemas reais que são incómodos para os cumprir.

• Curiosamente, o inquérito foi facilitado, porque um engenheiro


inserido no projecto fez a denúncia. Só que tarde demais!

• Mesmo assim ganhou o prémio da melhor denúncia do ano nos USA!


• Hoje vive de conferências que dá sobre ética!
• Como “colega deixa muito a desejar, concordemos

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Os Engenheiros na sociedade
contemporânea

A sociedade contemporânea
• Quais são os temas mais comuns que são noticiados
nas nossas vidas?
• 1-Globalização
• 2-Guerra e terrorismo
• 3-Criminalidade (todo o tipo) e a qualidade da justiça
• 4-Desemprego, fome e desigualdades sociais
• 5-Alterações climáticas
• 6-Desporto (?)
• 7-Crise do ensino, do conhecimento ou da falta dele

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A sociedade contemporânea
• Sistema em estado transiente acelerado
• Tecnologia comanda o processo evolutivo
• Baixa Previsibidade
• Difusão instatânea da informação
• Globalização mediática (nunca tivemos
exemplos tão evidentes...)
• Fonte de incertezas e perplexidades
• Gerador de injustiças sociais
• Crise de valores e perspectivas

A sociedade contemporânea

• Como chegamos aos nossos dias?

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Da sedentarização do homem à
sociedade actual
• A invenção do trabalho.
• A descoberta de que semeando era possível
colher naquele local, a tribo decidiu ficar por ali
mais uns tempos…
• Alternando a caça com os primeiros produtos
da terra, o homem inventou o trabalho e a
sedentarização!
• O resultado está à vista!!

As principais fases da evolução das sociedades até à


contemporânea

• Da sociedade baseada no trabalho agrícola,


resultou a necessidade de ferramentas e energia
para facilitarem o trabalho e reduzir o esforço
humano.
• Arriscaria dizer que estamos a falar dos primeiros
engenheiros!!
• Os engenheiros dão soluções técnicas para os
problemas das sociedades, qualquer que seja o seu
estado de evolução!

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Abreviando…
• A chamada revolução industrial iniciada
no século XVIII, é o ponto de partida para a
sociedade contemporânea, mas o
progresso que resultou das grandes
invenções desse tempo tinham sempre
como principal objectivo facilitar o
trabalho e resolver problemas.
• Mais uma vez temos engenheiros na base
deste salto fantástico…

Entre o pessimismo
e o optimismo

• A sociedade contemporânea vive hoje o dilema


de alinhar por um fosso social irreversível, de
onde só se salvarão os mais protegidos (visão
pessimista) ou de combater essa tendência,
reagindo solidariamente com a força de que
dispõe para travar esse fosso (visão optimista)
• Eis um ponto de partida para se falar em
relativismo moral

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Relativismo moral

• As práticas correntes maioritárias sempre tenderam a ser aceites ,


quando se generalizam.

• Assim aconteceu com a escravatura e ainda hoje, por exemplo se


tolera em muitas áreas do globo como fazendo parte da sua cultura,
a prostituição infantil.

• Os Engenheiros são inevitavelmente confrontados com práticas


correntes maioritárias, todavia devem ter coragem para as
contrariar quando colidem com a essência da ética:
ética: o respeito pelo
ser humano, a melhoria da sociedade e mais que tudo em favor da
felicidade humana, fora de um contexto falsamente moralista

Definições de ética

• Ética - sinónimo de “moralmente correcto” ou justificado


– conjunto de princípios morais, de obrigação, direitos e
ideais

• Ética – Atitudes ou dogmas particulares relativas à


moralidade.

• Ética - Área de estudo ou investigação – como actividade


da compreeensão dos valores morais, resolução de
questões morais, e justificação de julgamentos morais.

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ÉTICA

• O ponto de referência sobre o que está bem ou mal.


mal.

• Conjunto de princípios morais de conduta com o objectivo de:


de:
• Ser ponto de apoio de uma suposta ordem social
• Tábua de salvação perante a crise de valores
• Ética operativa e orientada para a acção
• Ética de responsabilidade social
• Estabelecer os limites do Mínimo ético vs ética dos máximos
• Evoluir com ética.
ética.

A necessidade ética
• A necessidade ética resulta da :

• 1-Definição de um carácter legalista, focando-se no


cumprimento com o objectivo de prevenir transgressões
por parte de determinados grupos profissionais
• 2-Responsabilidade pessoal baseada na integridade
fazendo com que os indivíduos actuem conforme com os
valores da organização
• 3-Excelência humana - adiciona aos pontos anteriores a
orientação para a dignidade da pessoa humana, fazendo
que os indivíduos cresçam pela via do desenvolvimento de
virtudes humanas.

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Princípios éticos
Códigos éticos

• Os princípios éticos descobrem-


descobrem-se na procura
pessoal de um comportamento real ideal que não
reside numa norma mas na virtude de o aplicar
constantemente ao longo da sua vida.
• Aqui exige-
exige-se uma aprendizagem prática.

• Os códigos éticos são formulados, mas devem


representar expressões concretas e claras de
princípios existentes.
• Aqui exige-
exige-se uma aprendizagem teórica

Ética para Engenheiros

• Para os engenheiros a ética é o estudo dos valores morais,


problemas, e decisões envolvidos na prática da engenharia.
• Responsabilidades
• Ideais
• Traços de carácter
• Políticas sociais
• Relações desejáveis entre os indivíduos e as entidades
relacionadas com a engenharia.

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A ética e a prática da engenharia

Firma de
Engenharia
Engenheiro
Ambiente Chefia Famíla
Colegas

Profissional
de
engenharia

Industria & Clientes e/ou


Outras Firmas consumidores

Leis Governo &


Público

A ética e a prática da engenharia

Os engenheiros actuam numa rede complexa de


ligações, com relações bi-univicas com muitas
entidade conforme se tenta resumir no quadro
anterior.
É inevitável o exercício e pressões a favor de certos
interesses.
E muitas delas apoiadas num suporte legal

MAS...

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A necessidade de ética

• Nem tudo que é legal é ético!

Como relacionar ética e legalidade?


Legal & Ético
Ilegal & Ético

Ilegal & Não ético Legal & Não ético

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Como relacionar ética e legalidade?

• Será ético um engenheiro tirar proveito de negócios entre o


Estado e uma empresa e mais tarde, já fora do cargo político
ir obter benefícios pessoais nessa empresa?

• De facto, tanto quanto se sabe é legal!


• Mas será ético?

A Ética e os Engenheiros

• 1-Porque é a ética tão importante para os


engenheiros?
engenheiros?

• 2-Que recursos estão disponíveis para ajudar os


engenheiros a tomar decisões éticas quando
confrontados com um dilema moral?

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Os Engenheiros e
as ciências humanas
Engenharia: a profissão invisível…

Os Engenheiros e
as ciências humanas
A engenharia será só visível em
obras de tal grandiosidade?

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O papel da engenharia e dos engenheiros

• A engenharia como arte de aplicar as ciências ao serviço da


humanidade
• Os engenheiros devem ser agentes de inovação
• As obras de engenharia foram o principal motor do
desenvolvimento no século XX
• Os engenheiros transformaram todos os aspectos da vida
humana:político,económico,social e cultural
• Os engenheiros têm tendência para a abordagem científico-
racional dos problemas, sendo esse o factor de sucesso no
domínio da gestão

Os Engenheiros e
as ciências humanas
• Não há mais nenhuma profissão, que esteja em
todos os objectos que utilizámos, nas estruturas
que necessitamos e relacionada com todas as
outras ciências e técnicas.
• Nenhum saber é mais completo do que o de um
engenheiro, quando envolvido num projecto.
• Dá que pensar…

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Os Engenheiros e
as ciências humanas
A ciência cria novos modelos tecnológicos e a técnica
cria novas linhas de objectivos científicos. A fronteira é
tão ténue que não se pode identificar onde está o espírito
da ciência e a acção da tecnología.

Encontramo-nos na sociedade do conhecimento: o


Encontramo-
positivismo científico converte-
converte-se em ideologia.
ideologia. É uma
sociedade cujos fins aparecem definidos pelos meios
(competência,
competência, optimização,
optimização, controlo).

ÉTICA e TECNOLOGIA
• Encontramo-
Encontramo-nos na era da tecnologia:
tecnologia: esta encontra-
encontra-se
cada vez mais presente na nossa vida quotidiana.
quotidiana.
• A tecnologia beneficia o ser humano dado que a tecnologia é
essencialmente neutra, mas o seu uso não:
não:
• Bomba atómica, neutra??
• Biogenética, neutra??
• O êxito tecnológico, longe de contribuir para o
aperfeicionamento humano, de facto tende a desumanizá-
desumanizá-lo
e converte-
converte-se num manipulador da vida dos seus
semelhantes
• É necessário dar à tecnologia um carácter de verdadeiro
serviço para a pessoa humana.
humana.

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ÉTICA e TECNOLOGIA

• Estuda a relação do homem com a tecnología moderna.


moderna.

• Deve considerar-
considerar-se a tecnología, como essencialmente inócua.
inócua.
O homem está encarregado de lhe dar uma finalidade.
finalidade. A falta de
clareza quanto ao verdadeiro fim da tecnología, a sua razão de
ser, pode fazer que o ser humano se constitua numa ameaça
para si mesmo.
mesmo.

A engenharia ao serviço do mal

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Resposta a um Dilema Moral

• Dilemas morais são situações em que duas ou mais


obrigações morais, dúvidas, direitos, deveres, ou
ideais entram em conflito entre si.

• Quando é que alguém pode dar uma resposta


apoiada na razão? Que critério aplicar? Podemos
julgar com justiça?

A ética e a prática da engenharia

• O triângulo complexo

Defesa da segurança, saúde e bem estar público

Respeito
pelos
colegas

Lealdade ao empregador Interesses pessoais e


familiares
(dever de confidencialidade)

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Whistleblowing
Denunciar é não ético?

• Por definição o
• Esta terminologia anglo-saxónica whistleblowing é a denúncia
tem uma tradução que na nossa de práticas ilegais, imorais ou
prática de vida parece repugnante: ilegítimas ocorridas no seio
de uma organização, realizada
• Denúncia!? Isto é ético?? por membros da mesma junto
de pessoas ou organizações
capazes de agirem contra
essa prática

Whistleblowing

• Em que condições a denúncia é admissível?


• Em que circunstâncias é moralmente obrigatória?
• Em que condições é um direito?
• Quando é moralmente incorrecta?

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Teses sobre o whistleblowing

• 1-Fundamentalista
• O engenheiro deve primordialmente a lealdade ao empregador, logo é
incorrecto fazê-lo

• 2-Preventiva
• É uma tragédia a evitar. A empresa deve actuar preventivamente, usando os
mecanismos ao seu dispor

• 3-Pró-whistleblowing
• Em certas condições uma obrigação do engenheiro

• 4-Liberdade de expressão
• A denúncia é eticamente aceitável porque as pessoas gozam do direito de
liberdade de expressão

Como devem actuar os dissidentes

• Estabelecendo uma fundamentação técnica clara


• Mantendo os seus argumentos no plano estritamente profissional, tão
impessoal e objectivo quanto possível
• Tentando captar os problemas logo na fase inicial e discutindo-o ao mais
baixo nível da hierarquia
• Não se expondo publicamente, antes de considerar o assunto suficientemente
grave
• Usando os mecanismos organizacionais de resolução de disputas
• Fazendo registos e cópias em papel
• Demitindo-se
• Recorrendo ao anonimato
• Recorrendo a agentes externos

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Regulamentação da profissão de engenheiro

• Os engenheiros actuam normalmente em:

• 1-Projecto
• Obedecendo a normas técnicas, regulamentação, avaliação do impacto ambiental

• 2-Construção e/ou instalação


• Dependendo do licenciamento industrial, ambiental, requisitos urbanísticos

• 3-Operação
• Dependendo da legislação sobre higiene, ambiente, laboral, do sector específico

• 4-Produto
• Dependendo da legislação que regula mercados, defesa do consumidor, embalagem,
rotulagem, específica dos produtos

Engenheiros e códigos de ética

• Muitas organizações profissionais têm definido a


complexidade dos assuntos morais relativos aos seus
campos de actuação desenvolvendo códigos de ética.
ética.

• Os códigos de ética profissionais consistem principalmente


em definir princípios de responsabilidade que prescrevem
como promover o bem estar do público.
público.

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Os sete “pecados mortais” das organizações onde


habitualmente trabalhamos

• 1-Estrita obediência aos procedimentos correctos do


passado
• 2-Obediência cega à cadeia de comando vertical
• 3-Excessivo zelo pelo cumprimento da divisão horizontal do
trabalho
• 4-Prerrogativa decisória nas mãos dos gestores.
• 5-Orientação para os resultados do curto prazo em
detrimento da orientação estratégica e sistémica
• 6-Obsessão com o alcance de objectivos predeterminados
• 7-Supressão ou distorção da más notícias.

Estrita obediência aos procedimentos correctos do passado

• A responsabilidade é do sistema, não é minha…(diluição da


responsabilidade)

• Os sucessos do passado podem provocar erros no presente


• Que garantias temos dessa atitude?
• Quantas vezes se definem critérios para satisfazer a vontade
de quem deseja escolher as decisões?
• É preciso coragem para se dizer “não” quando sentimos que
temos argumentos que sutentem tal atitude!

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Obediência cega à cadeia


de comando vertical

• “Esse assunto não faz parte das minhas incumbências”…


• Porque é que em determinadas organizações se escolhe uma
determinada solução para obedecer ao organigrama ou
sistema de procedimentos de gestão?
• Quantos erros se cometem porque as pessoas ou não estão
preparadas ou estão proibidas de contornar a cadeia
hierárquica?

Zelo excessivo pelo cumprimento da divisão horizontal


do trabalho

• “Não tenho que meter a foice em seara alheia”…


• Muitas vezes inibimo-
inibimo-nos de apresentar reservas
com o argumento de que tal compete a um colega,
ou é de outra área da empresa.
• Muitas vezes somos afastados de dar o nosso
contributo, só porque essa tarefa não é do nosso
domínio

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Prerrogativa decisória
nas mãos dos gestores

• “Sabíamos que os engenheiros estavam em desacordo


connosco, mas a sua opinião não interessava”…
• Quantas vezes os gestores não “ouvem” os engenheiros, por
saberem à partida que discordam da posição oficial?
• Porque será que muitas vezes só convidam para as reuniões
decisórias, apenas os “yes men”?
• Pode provar-se cientificamente para presumir que os
gestores são mais inteligentes que os elementos da base
hierárquica?
• Quantas vezes, para não melindrar as chefias, nos calamos?

Os perigos de uma sociedade


que tem a pretensão da racionalidade e da lógica plena

• 1-Estrita obediência aos procedimentos correctos do passado


• 2-Obediência cega à cadeia de comando vertical
• 3-Excessivo zelo pelo cumprimento da divisão horizontal do trabalho
• 4-Prerrogativa decisória nas mãos dos gestores.
• 5-Orientação para os resultados do curto prazo em detrimento da orientação
estratégica e sistémica
• 6-Obsessão com o alcance de objectivos predeterminados
• 7-Supressão ou distorção da más notícias.

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Estrita obediência aos procedimentos correctos do passado

• A responsabilidade é do sistema, não é minha…(diluição da


responsabilidade)

• Os sucessos do passado podem provocar erros no presente


• Que garantias temos dessa atitude?
• Quantas vezes se definem critérios para satisfazer a vontade de quem
deseja escolher as decisões?
• É preciso coragem para se dizer “não” quando sentimos que temos
argumentos que sutentem tal atitude!

Obediência cega à cadeia


de comando vertical

• “Esse assunto não faz parte das minhas


incumbências”…
• Porque é que em determinadas organizações se
escolhe uma determinada solução para obedecer
ao organigrama ou sistema de procedimentos de
gestão?
• Quantos erros se cometem porque as pessoas ou
não estão preparadas ou estão proibidas de
contornar a cadeia hierárquica?

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Zelo excessivo pelo cumprimento da divisão


horizontal do trabalho
• “Não tenho que meter a foice em seara
alheia”…
• Muitas vezes inibimo-
inibimo-nos de apresentar
reservas com o argumento de que tal
compete a um colega, ou é de outra área da
empresa.
• Muitas vezes somos afastados de dar o
nosso contributo, só porque essa tarefa não
é do nosso domínio

Prerrogativa decisória
nas mãos dos gestores

• “Sabíamos que os engenheiros estavam em desacordo connosco,


mas a sua opinião não interessava”…
• Quantas vezes os gestores não “ouvem” os engenheiros, por saberem
à partida que discordam da posição oficial?
• Porque será que muitas vezes só convidam para as reuniões
decisórias, apenas os “yes men”?
• Pode provar-se cientificamente para presumir que os gestores são
mais inteligentes que os elementos da base hierárquica?
• Quantas vezes, para não melindrar as chefias, nos calamos?

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Orientação para resultados


no curto prazo

• “Não posso prejudicar a minha carreira, nem quero


ser despedido”…
• A lealdade à organização não implica que, quando
necessário, se colida com a posição oficial!
• Há muitas organizações em que está criado um
clima de medo que limita uma comunicação aberta
e franca.
• Quem será mais leal ao líder: quem lhe transmite a
verdade ou o que ele gosta mais de ouvir?

Obsessão com o alcance de objectivos


predeterminados
• “Isto tem que ficar pronto no prazo definido, custe
o que custar”…

• Quantas vezes são feitas retaliações sobre


engenheiros só porque se opuseram a medidas
para curtocircuitar alguns controles para se
atingirem certos objectivos?
• Muitos projectos são fechados com erros, só
porque há um compromisso público e fica mal não
o cumprir

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Suprimir as más notícias

• “Matar o mensageiro das más notícias”

• Muitas vezes, pessoas responsáveis calam-


calam-se,
porque a verdade os prejudicaria.
• O risco de perda de benesses, levam ao silêncio,
mas o resultado pode ser trágico.
• As piores notícias não são as que os colaboradores
transmitem, mas as que eles próprios ignoram ou
escondem

Códigos de Ética Organizacionais


Vantagens de um Código de Ética
• Os códigos estimulam a conduta ética e ajudam os profissionais
(engenheiros, por ex.) a cumprir as suas obrigações profissionais de
modo eticamente responsável
• Apoiam os profissionais que se sentem pressionados para
incumprir determinados princípios éticos, mas que desejam actuar
eticamente
• Constituem bases formais que permitem investigar as condutas anti-
anti-
éticas e aplicar sanções por infracção
• Estabelecem, formalmente, um lastro de princípios que retiram
legitimidade a quem pretende actuar de modo anti-
anti-ético socorrendo-
socorrendo-se
do argumento de que "não tinha conhecimento desse dever”
• Podem ser usados nas instituições de ensino superior como
ferramentas pedagógicas que acompanham a formação técnica dos
engenheiros
• Contribuem para melhorar a imagem dos profissionais junto do
público e da sociedade em geral, desde que sejam
efectivamente cumpridos e as infracções sejam sancionadas

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Liderança ética

Eu sou o líder!

Liderança ética

• Um clima de confiança no funcionamento das


organizações depende fundamentalmente dos
líderes.
• No caso dos engenheiros, quando na posição de
líderes, há circunstâncias específicas, pelos
conhecimentos técnicos que têm, que reforçam
ainda mais a aplicação de princípios éticos.

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Liderança ética
• Um engenheiro, na situação de líder de um grupo
pode actuar para que a discussão seja o mais
alargada possível, permitindo que todas as facetas
do problema sejam debatidas e que todas as
alternativas sejam analisadas.
• Isto porque uma decisão a nível de grupo podem
ser de fraca qualidade.
• A qualidade de técnico, num engenheiro, permite-
lhe actuar como fonte de alerta para eventuais
decisões precipitadas.

Dez lições sobre liderança

• 1-Perante decisões importantes, mantenha-se fiel à missão e aos valores


centrais da organização
• 2-Actue de modo que sejam os valores, e não os resultados, a guiar as suas
decisões.
• 3-Dado que a cultura da sua organização se sobreporá à estrutura, importa
incluir valores chave nessa cultura.
• 4-Examine a sua contribuição pessoal para a criação do sistema
organizacional.
• 5-Actue de modo eticamente corajoso.
• 6-Compreenda que as crises organizacionais raramente surgem
instantaneamente (perspicácia, argúcia e reflexão podem ajudar a
antecipá-las)
• 7-Envolva os seus stakeholders. (É diferente de stockholders…)
• 8-Consciencialize-se que o conhecimento é limitado.
• 9-Acolha activamente as más notícias.
• 10-Esteja atento ao que dizem os peritos.

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Dez lições sobre liderança

1ª Perante decisões importantes,


mantenha-se fiel à missão e aos
valores centrais da organização.

Ilacções / Orientações / Reflexões

• Transmita (especialmente através do seu exemplo) a


missão e os valores da organização
• Incorpore os valores nas actividades quotidianas da
organização

Dez lições sobre liderança


Actue de modo a que sejam os
2ª valores (e não os resultados) a
guiar as suas decisões

Ilacções / Orientações / Reflexões

• Os fins não justificam os meios


• Os resultados de uma decisão só são
conhecidos após ser tomada; como em
decisões muito críticas ou arriscadas não se
pode voltar atrás, devemos decidir com base
em princípios (que impeçam tragédias)

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Dez lições sobre liderança

Dado que a cultura da sua empresa


3ª se sobreporá à estrutura, importa
incutir valores chave nessa cultura

Ilacções / Orientações / Reflexões

• As pessoas aprendem melhor perante o que vêm a


chefia fazer do que através das suas prelecções.
• Portanto, comporte-se de modo exemplar

Dez lições sobre liderança


Examine a sua contribuição
4ª pessoal para a criação do
sistema organizacional

Ilações / Orientações / Reflexões

• Avalie os seus motivos e intenções


• Use os valores e a missão da empresa
como guias do seu próprio
comportamento

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Dez lições sobre liderança

5ª Actue de modo eticamente


corajoso

Ilações / Orientações / Reflexões

• Analise as suas motivações e as suas


expectativas
• Oriente-se pelos procedimentos e filosofia da
empresa para a sua actuação no dia-a-dia

Dez lições sobre liderança

Compreenda que as crises nas



organizações raramente surgem
instantaneamente

Ilações / Orientações / Reflexões

• Perspicácia, argúcia e reflexão podem ajudar a


prevê-las
• Cultive o seu discernimento e desenvolva
capacidades de antecipação de ocorrências
• Resolva os pequenos problemas enquanto eles
são pequenos

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Dez lições sobre liderança

Envolva os seus parceiros


7ª institucionais (chefias, subordinados,
fornecedores, clientes, entidades oficiais,
concorrentes...)

Ilações / Orientações / Reflexões

• Caso isso não seja possível, tente


colocar-se nos lugares deles para
melhor compreender os seus
interesses e pontos de vista

Dez lições sobre liderança

Tenha consciência de que o


8ª conhecimento é limitado

Ilacções / Orientações / Reflexões

• Pergunte sempre a si próprio:


• «A informação que temos é fiável e
suficiente?»

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Dez lições sobre liderança


Acolha activamente as más notícias
9ª (ESPECIALMENTE as más notícias)

Ilacções / Orientações / Reflexões

• As piores notícias são aquelas más notícias a


que se não presta atenção
• Encoraje os outros a serem francos e abertos
• Não mate o mensageiro da má notícia
• Dê o exemplo

Dez lições sobre liderança

10ª Esteja atento ao que dizem os peritos

Ilações / Orientações / Reflexões

• Note que frequentemente, os peritos são


quem provavelmente melhor conhece o
problema
• Preste atenção ao que pensam e dizem as
pessoas que estão próximas do problema

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Transmitir confiança

• A confiança é a alma e o coração do trabalho


em equipa
• A confiança é um recurso que, tal como o
capital, é imprescindível à optimização do
sistema.
• Sem confiança, não há cooperação entre
equipas, entre departamentos, entre os
gestores e os empregados, ou entre
organizações!

Líderes mal formados-


formados-Defeitos

Aspectos Os gestores / líderes

• Lidam com as pessoas como se elas


Transmissão de fracas expectativas fossem irresponsáveis, incapazes,
incompetentes

Secretismo na informação • Guardam a informação de que dispõem,


mesmo a que poderia ajudar os
colaboradores a tomar melhores
Ímpeto de tudo medir decisões e executar melhor as funções

• Denotam grande afã em tudo


medire (pessoas, desempenhos,
Paternalismo, sobranceria, relações, atitudes,
infantilização dos comportamentos)
colaboradores
• Decidem o que os empregados «devem
saber». Tratam-nos como crianças

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Líderes mal formados-


formados-Defeitos
Aspectos Os gestores / líderes

• Reagem agressivamente perante as


Matar os mensageiros de pessoas que lhes transmitem as
más notícias informações e notícias
desfavoráveis ou desagradáveis

Obstáculo à iniciativa • Estruturam as funções dos


colaboradores de um modo tal que
restringem a iniciativa - tratando-os
como simples dentes da engrenagem

• Centralizam a tomada de decisão; não


Centralização promovem a participação; não delegam.

Líderes mal formados-


formados-Defeitos

Aspectos Os gestores / líderes

Incongruência entre as • Actuam de modo incongruente com


acções e as palavras aquilo que dizem. «Pregam» uma
determinada orientação mas actuam
de modo inconsistente com ela

“Big Brother” • Vigiam constantemente os empregados


através de guardas, relógios de ponto,
inspectores, câmaras ocultas, visitas
surpresa.

Incumprimento de • Fazem promessas que sabem que não


promessas podem cumprir

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Líderes mal formados-


formados-Defeitos

Aspectos Os gestores / líderes

Inconsistência de • Adoptam procedimentos distintos


procedimentos para diferentes pessoas e consoante
as «circunstâncias»

Má-fé • Adoptam comportamentos de má fé


(exº induzir as pessoas a actuar de
um dado modo para que elas
«escorreguem»)

Deslealdade • Por exemplo, exortam as pessoas a


fazerem sacrifícios pela organização
em momentos críticos mas
«abandonam-nas» quando já não
precisam delas

Líderes mal formados-


formados-Defeitos
Aspectos Os gestores / líderes

Expectativas / solicitações pouco • Não comunicam claramente aos seus colaboradores o


claras que deles esperam; não valorizam os seus
desempenhos; nunca dizem «obrigado»; não
determinam claramente os padrões de avaliação, etc

Democratização dos • Distribuem os sacrifícios mas remetem para si


“sacrifícios”, açambarcamento próprios todos os dividendos alcançados com esses
dos “dividendos” sacrifícios

• Subornam;
• Incrementam os salários dos gestores de topo ao
Actuações anti-éticas
mesmo tempo que fazem despedimentos em massa e
de modo injusto;
• Encaram os acidentes de trabalho como uma mera
fatalidade;
• Não valorizam as vidas pessoais e familiares dos
seus colaboradores;

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Líderes mal formados-


formados-Defeitos
Aspectos Os gestores / líderes

• Repreendem em público (não em privado)


• Humilham as pessoas
Feed Back incorrecto
• Apenas fornecem feed-back negativo;
• Não elogiam comportamentos meritórios
• Não são consistentes

Ausência de tratamento • Não tratam as pessoas com dignidade e


respeitador e digno respeito mas apenas como meros
instrumentos ao serviço de outros
objectivos
• Tratam-nas como objectos

• São injustos em três planos:


Injustiças • na distribuição de resultados
• nos procedimentos
• nas interacções

Líderes mal formados-


formados-Defeitos
Aspectos Os gestores / líderes
• Não são competentes no exercício das funções
Incompetência • Não procuram o auto-desenvolvimento
• Descuram a relevância da aprendizagem e da
actualização

Comunicação manipuladora • Não comunicam de forma clara e aberta


• São sub-reptícios
• Jogam abusivamente com as palavras
• São ambíguos com intuitos manipuladores

• São insensíveis às necessidades das pessoas


Insensibilidade relacional (exº em momentos de despedimento e
reestruturação)
• Tratam-nas como meros instrumentos ao
serviço dos seus intentos
• Atribuem a liderança do “grupo de trabalho da
qualidade” a uma pessoa de fraco prestígio e
poder na empresa.

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Decisão individual ou de grupo?


•Riscos da decisão em grupo:

• O grupo considera-se invulnerável


• O grupo considera-se moralmente superior
• O grupo racionaliza a decisão
• O grupo cria esterótipos sobre os inimigos
• Cada pessoa envereda por um processo de autocensura e inibe-se
de exprimir dúvidas ou pôr reticências
• Os elementos do grupo forma ilusoriamente a ideia de que há
unanimidade
• Os dissidentes são pressionados para não se expressarem ou não se
afastarem da posição maioritária do líder
• Os guarda-mentes impedem a circulação da opinião adversária

A responsabilidade individual
• Há necessidade de cada membro da organização pautar o
seu comportamento por critérios éticos em vez de
descarregar no “sistema” a responsabilidade da gestão de
crises
• Isto é:
• O formalismo ético das organizações não devem substituir a
responsabilidade individual, sendo muito importante este
conceito na profissão de engenheiro

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Códigos de Ética Organizacionais

Os códigos de ética são talvez os mais conhecidos da opinião pública e


os que despertam mais interesse por parte das empresas.

Este interesse nem sempre se deve a razões éticas,


mas sim, muitas vezes, a puras razões comerciais
(melhoria de imagem)

Estes códigos comportam diversas vantagens,


mas não podem ser esquecidas as suas limitações

Códigos de Ética Organizacionais

Vantagens Limitações

Proporcionam inspiração e estímulo aos Por vezes enunciados vagos


membros da organização dificultam a sua aplicação

Representam um ponto de apoio a É difícil fixar em normas a grande


diversidade de problemas éticos que
quem quer actuar eticamente
podem ocorrer

Criam mecanismos disciplinares de As rápidas mudanças sociais, políticas


sanção das infracções éticas e tecnológicas provocam por vezes
uma obsolescência rápida
Contribuem para gerar um ambiente
educativo em favor de práticas éticas
Por vezes há conflito entre normas
(sobretudo em questões de lealdade)
Fomentam a compreensão mútua,
a confiança e a cooperação
Quando usadas apenas para fins de
marketing podem ser
Beneficiam a imagem das empresas e contraproducentes
de quem nelas trabalha
As empresas que as cumprem
Promovem a boa condução dos negócios voluntariamente podem sentir perda
e a confiança entre agentes económicos de competitividade perante as outras

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Códigos de Ética Organizacionais

Princípios a constar nos Códigos de Ética

Que princípios devem constar


dos códigos de ética?

Os autores subdividem-nos em
dois elementos fundamentais:

Seis padrões morais que os


devem enquadrar

Cumprimento desses padrões nos


quatro estágios de desenvolvimento
respectivo

Códigos de Ética Organizacionais

Padrões morais Exemplos de princípios

1. Confiabilidade
1.1 Honestidade • Ser honesto com os parceiros sociais
1.2 Integridade • Aderir a princípios éticos mesmo que isso
1.3 Confiança implique perdas financeiras
1.4 Lealdade • Cumprir promessas
• Evitar conflitos de interesses

2. Respeito • Respeito pelos direitos dos outros

3. Responsabilidade • Assumir a responsabilidade pelos


próprios actos

4. Justiça • Tratar com justiça os parceiros sociais

5. Zelo / diligência • Evitar prejuízos desnecessários


• Actuar com benquerença

• Obedecer à Lei
6. Cidadania • Proteger o ambiente

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Códigos de Ética Organizacionais

Normas a respeitar

• Os seis padrões morais devem estar explicitamente


consagrados no código de ética.
• Devem estar inseridos em todos os demais enunciados do
código
Estágios de
• Deve ficar explicitado que os princípios são prioritários
desenvolvimento
relativamente a todos os outros valores
• O código deve dar argumentos que elucidem as pessoas
das razões pelas quais os enunciados éticos foram
1. Conteúdo incluídos
• Os empregados devem ser alertados para os riscos que
correm se cometerem infracções ao código
• O texto do código deve ser claro, simples, específico e
compreensível para a generalidade dos colaboradores e
parceiros sociais
• As orientações podem ser negativas, se isso as tornar
mais claras (exº «não aceitar presentes»)
• O código deve conter objectivos alcançãveis e realizáveis
sob pena de perder a credibilidade

Códigos de Ética Organizacionais


Normas a respeitar

• É essencial a participação dos colaboradores


Estágios de • Não é necessário que todos participem mas sim que todos

desenvolvimento tenham a oportunidade de dar o seu contributo se o


desejarem
• Se assim fôr, é mais provável que se identifiquem com os
princípios e que os coloquem em prática
• No entanto, é de ressalvar que as contribuições não são
2. Criação todas obrigatoriamente incorporadas (pode haver
soluções pouco adequadas ou mesmo disparatadas)
• As propostas podem ser contraditórias entre si
• As propostas podem ser, na sua essência,
contrárias a princípios éticos

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Códigos de Ética Organizacionais


Normas a respeitar
• É necessário que o documento seja colocado à disposição
de todos os colaboradores
• Se o seu cumprimento é obrigatória e sujeito a
sanções então é fundamental que o conheçam
ainda antes de serem admitidos
Estágios de • A empresa deve facultar informação suficiente (e
desenvolvimento eventualmente formação) para que não existam dúvidas
de interpretação
• Não basta garantir que o leiam, é essencial que o
compreeendam na totalidade
• Deve ser instituído um canal de apoio para que se
possam esclarecer dúvidas de modo tranquilo
3. Implementação
• Devem ser instituídos mecanismos de incentivo
periódicos
• É essencial as chefias apoiarem o código, cumprirem as
normas e serem um exemplo para os subordinados
• Uma das maiores causas de fracasso resulta da
inconsistência do comportamento das chefias

Códigos de Ética Organizacionais


Normas a respeitar
• Se fica instituída a obrigatoriedade dos empregados
denunciarem violações ao código, é necessário que sejam
também instituídos mecanismos de protecção dos
denunciantes
• Esta é uma matéria que suscita grande insegurança
nas pessoas tanto por temerem prejudicar as
relações de trabalho como pelo receio de
Estágios de retaliações
desenvolvimento • Isto torna-se mais grave quando o empregado
pretende denunciar irregularidades cometidas pelo
superior hierárquico
• A empresa deve garantir aos acusados o direito à
privacidade, a justiça e o respeito durante o processo
disciplinar
4. Aplicação • O tratamento dos membros organizacionais deve ser
imparcial (não dando tratamento preferencial devido a
posição hierárquica nem ao contributo financeiro que o
eventual prevaricador traz à empresa)
• A empresa deve monitorizar a aplicação do código
(auditorias e constante procura de feed-back de todas as
origens sobre o que está a acontecer)

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Códigos de Ética Organizacionais


Nota final:

Os códigos de ética não são uma


garantia de comportamento ético
por parte das organizações

Uma empresa que criou, implementou e


administrou um código de ética muito ético
pode, mesmo assim, ser pouco ética...!!!

Códigos de Ética Organizacionais


Atitudes e comportamentos inapropriados num Código de Ética

• Ânsia dos gestores em satisfazerem agendas políticas


• Cobardia de algumas pessoas, ao evitarem expressar reservas a uma
decisão por receio de prejudicarem as suas próprias comodidades e acesso
a benesses
• Ausência de coragem para dizer «NÃO»
• Mudança de posição como resultado de interesses comerciais de curto
prazo
• Afastamento de pessoas da tomada de decisão - apenas por serem
apologistas de uma posição «politicamente incorrecta»
• Imprudência de avançar com uma decisão arriscada negligenciando a
possibilidade de a adiar até que melhores condições surjam
• Confusão entre «lealdade» e «subserviência» (obediência cega)
• Introdução de uma linguagem ambígua que pode acumular interesses
comerciais e de relações públicas
• Tentativa de aliciamento de opositores a uma dada decisão - depois da
constatação de que, afinal, eles eram os detentores da razão

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Recomendações para o teste


• 1 Identificar cada folha
• 2 Ordem de resposta aleatória
• 3 Se possível numerar as folhas
• 4 Justificações com base no código de
ética da OE valorizam o teste

Contactos
pedrobrandao@netcabo.pt
tef: 912936565

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