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Inovação

Começando..
Definições

Fonte: Escher,
2005.

2
Primeiro

CRIATIVIDADE
COMO?

CRIATIVIDADE
COMO SER CRIATIVO?
CAMPO DAS IDÉIAS
ESVAZIAR-SE DE PRÉ-CONDIÇÕES
MUITO POPULAR NO “BRAINSTORMING
REQUISITO: PENSAMENTO DIVERGENTE
CRIATIVIDADE

PENSAMENTO
DIVERGENTE
CAPACIDADE DE PRODUZIR RESPOSTAS
MÚLTIPLAS PARA UM PROBLEMA
PENSAMENTO DIVERGENTE

Quantas aplicações para um


clip de papel?
Estudo horizontal com crianças:
Entre 3 e 5 anos: + 200
Entre 8 e 10 anos: 150
Entre 11 e 15 anos: 50
As possibilidades diminuíram com o tempo
Formas de entrar em um novo mercado:

- IBM spend $360 - Microsoft's


million to build a mantra is
cloud computing "software plus
data center services"

- Dell - AT&T
Tecnologia Adoção

Aquisição
Preço - Google Apps
ou aliança
- Google ally IBM & for Free
Salesforce.com
- Amazon’s prices
- HP's purchase start at 20cents
of Opsware
Definições
• “Sempre dizemos a nós mesmos: temos
que inovar. Precisamos ser os
primeiros a nos superar” – Bill Gates,
fundador da Microsoft.

• “A inovação é o divisor de águas entre


um líder e um seguidor” – Steve
Jobs, fundador da Apple.

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Definições
• “Só os paranóicos sobrevivem” – Andy
Groves, um dos fundadores da Intel.

• “A inovação é o motor da economia


moderna, transformando idéias e
conhecimento em produtos e serviços” –
Escritório de Ciência e Tecnologia do
Reino Unido.

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Definições
• Bessant & Tidd (2009) afirmam:

• “Cada um desses exemplos de inventores foi


um inovador, traduzindo invenções técnicas
originais em novos produtos; mas cada um
deles foi também um empreendedor, na
medida em que criaram e desenvolveram
negócios bem-sucedidos, baseados em
invenções e inovações”.

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Definições
• Pai da Inovação:
Schumpeter.

• “A Destruição
Criativa”.

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• Segundo a Lei n°11.196/2005, em seu
artigo17:

• “Considera-se inovação tecnológica a


concepção de novo produto ou processo de
fabricação, bem como a agregação de novas
funcionalidades ou características ao produto
ou processo, que implique melhorias
incrementais e efetivo ganho de qualidade ou
produtividade, resultando maior competitividade
no mercado”.

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• Segundo Tigre (2006) há quatro tipos de Inovação:

• Incremental: Melhoramentos e modificações cotidianas.

• Radicais: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos.

• Novo sistema tecnológico: Mudanças abrangentes que afetam mais


de um setor e dão origem a novas atividades econômicas.

• Novo paradigma tecnoeconômico: Mudanças que afetam toda a


economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais – alterando
produtos e processos.

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Fonte: Tigre, 2006.
• Exemplos.
• Incrementais: melhorias no design de produtos,
novos arranjos logísticos etc.
• Radicais: fruto de atividades de P&D (Pesquisa
e Desenvolvimento).
• Novo sistema tecnológico: novo campo
tecnológico. São exemplos: plásticos, internet
etc.
• Novo paradigma tecnoeconômico: máquina a
vapor, eletricidade e a microeletrônica.

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• Segundo Bessant & Tidd apud
Fransman (1986), a geração de
inovações tende a ser induzida pela
oferta de novos conhecimentos,
enquanto a difusão dessas tecnologias
é, em larga medida, determinada pela
demanda.

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Definições - Inovações

Fonte: Berkun, 2007.

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Definições - Modelo de difusão tecnológica.

• A forma como uma tecnologia evolui é


associada ao conceito de ciclo de vida.

• Envolve quatro estágios: introdução,


crescimento, maturação e
declínio.

• Exemplo: máquina de fax.

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Modelo de difusão tecnológica

Fonte: Tigre, 2006. 20


Modelo de difusão tecnológica
Fatores que regem o processo de difusão tecnológica:

1) Disponibilidade de financiamento;

2) Clima favorável (economia) ao investimento no país;

3) Acordos internacionais de comércio e investimento;

4) Sistema de propriedade intelectual;

5) Existência de capital humano.

21
• Segundo Tigre (2006):

• “No momento em que uma empresa


está introduzindo novos produtos,
modernizando seus processos e
alterando suas rotinas
organizacionais, ela está inovando”.

22
Fonte: Harris,
2006.

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Closed Innovation

20
Fonte: Chesbrough, 2006.
Open Innovation

21
Fonte: Chesbrough, 2006.
Open Innovation

Fonte: Chesbrough, 22
2006.
• Dados

• A China tem quase quatro vezes mais engenheiros que


os Estados Unidos.

• A Suécia, Finlândia, o Japão e a Coréia do Sul investem


mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como parte
do PIB (Produto Interno Bruto) do que os EUA.

• Quatorze das 25 empresas de tecnologia de informação


(TI) mais competitivas estão na Ásia.

• Fonte: Hitt et al., 2008.

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Inovação e criatividade
• Segundo Bessant & Tidd (2009):
• “Identificar, avaliar e refinar uma idéia, transformando-a em
um conceito de negócio, é a maior parte do problema”.

• A prática e o estudo da inovação podem ser abordados por


três perspectivas:
• Pessoal – com destaque para a criatividade;
• Coletiva ou social – enfatiza a contribuição de equipes e
grupos;
• Contextual – focaliza as estruturas, o ambiente, os
processos e as ferramentas.

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• A criatividade, segundo o Houaiss, pode ser definida
como inventividade, inteligência e talento, natos ou
adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo
artístico, quer no científico, esportivo etc.

• A criatividade está relacionada com:


• Personalidade;
• Processo de pensamento criativo;
• Fatores ambientais que facilitam ou inibem o
desempenho criativo.

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• Quais são as habilidades necessárias à criatividade e à
inovação?

• Aquisição e disseminação de informação - exige


atenção e percepção;

• Inteligência, habilidade e capacidade de interpretar,


processar e manipular informações;

• Praticidade e aplicabilidade;

• Implementação e improvisação.

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• Logo uma pessoa criativa possui as seguintes
características:

• Abertura a novas experiências;

• Tolerância com a ambigüidade;

• Curiosidade;

• Capacidade de assumir riscos.

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• A criatividade pode ser construída?

• A criatividade é influenciada pelo tempo, por outras


pessoas, lugares, cenários, conhecimentos de áreas
específicas.

• Como?

• Exposição ao ambiente criativo: novos projetos, novos


desafios.

• A criatividade pode ser aumentada e estimulada.

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Inovação, criatividade e geração de novas idéias

• O processo pode ser dividido em duas partes: geração e focalização.

• Geração: a pessoa ou grupo produz muitas opções (pensamento


espontâneo), opções novas ou incomuns (pensamento original).

• Exemplo: brainstorming.

• Algumas técnicas: remover um objetivo, reverter métodos, exagerar o


problema, criar insumos aleatórios, utilizar uma metáfora ou
personagem.

• Focalização: exame, revisão e seleção de opções promissoras.

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Barreiras à inovação

• O desenvolvimento de um clima em prol da inovação não


é facilmente obtido, assim como a cultura empresarial.

• Quais são os fatores climáticos que influenciam a


inovação?

• Confiança e fraqueza;
• Desafio e desenvolvimento;
• Apoio e espaço para idéias;
• Conflito e debate;
• Decisões de risco;
• Liberdade.

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• Confiança e fraqueza – identificar pontos fracos e fortes.

• Desafio e desenvolvimento – comprometimento em operações


diárias, objetivos de longo prazo e visões de futuro (motivação).

• Apoio e espaço para idéias – quantidade de tempo que as pessoas


podem usar para desenvolver suas idéias.

• Conflito e debate – refere-se à presença de tensões pessoais,


interpessoais ou emocionais.

• Decisões de risco.

• Liberdade.

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Bessant & Tidd apud Rogers (2009) identificaram cinco pontos
fundamentais para o sucesso de uma nova idéia ou inovação:

1) Vantagem relativa.
• Como esse plano é melhor do que o que estava sendo feito
antes?
• Quem ganhará com implementação do plano?
• Como serei recompensado?

2) Compatibilidade.
• Ele oferece melhores maneiras de atingir nossos objetivos
comuns?

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3) Complexidade
• O plano é facilmente entendido pelos outros?

4) Capacidade de teste
• O plano pode ser testado ou experimentado?

5) Visibilidade
• Os outros podem perceber os efeitos do plano?

6) Outras perguntas
• Que outros recursos serão necessários? Como posso
obtê-los?

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• Exemplos: Embraer.

• Segundo Miranda (2007), a empresa destaca-se pela sua


estratégia corporativa – jatos regionais, e pela competência –
design de aviações.

• “Para colocar seus produtos no mercado, a Embraer depende


profundamente do apoio do Estado, principal financiador de suas
exportações ao longo dos últimos anos”.

• “Logo, é na soma entre a capacitação tecnológica, os acordos de


parcerias e o suporte do Estado que se encontra a chave do
sucesso da Embraer no mercado da aviação e, por essa via, da
própria indústria aeronáutica brasileira”.

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• Parceiros de risco da Embraer.
• ERJ 145.
• Empresa; Produto; País de origem.
• C&D; Interiores; EUA.
• Enaer; Fuselagem traseira; Chile.
• Gamesa; Asas; Espanha.
• Sonaca; Fuselagem e peças; Bélgica.

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O sucesso da empresa está baseado em três pontos:

1) Capacitação tecnológica – produtos diferenciados no mercado;

2) Capacitação para dirigir uma rede mundial de fornecedores;

3) Apoio do governo.

Miranda (2007), conclui:

“A presença da Embraer na economia brasileira sintetiza os mesmos


elementos que estão no cerne das políticas atuais: conhecimento,
tecnologia, inovação e empregos qualificados”.

40
Indústria Automobilística

• As empresas fazem estudos de mercado com o


objetivo de diminuir os riscos no seu lançamento.

• O lançamento de um novo produto deve


significar para a empresa um acréscimo na sua
parcela de mercado ou a manutenção de sua
posição atual.

41
Fonte: Harris,
2006. 38
O processo de desenvolvimento e seleção de novos produtos é
composto, basicamente, por cinco fases (Castro, 1979) (Rachid, 1994):

1) Idéias: variam de acordo com a área de atuação da empresa;

2) Análise: as idéias são comparadas com os objetivos da empresa;

3) Pesquisa de mercado: estudos realizados junto ao futuro mercado


consumidor;

4) Desenvolvimento de produto: estudos de demanda, competição,


análise do consumidor, custos, preço, canais de distribuição e
desenvolvimento de protótipos;

5) Comercialização: estudos sobre a introdução e manutenção do


produto no mercado, por exemplo, a criação da campanha
promocional.

39
Exemplos – Primeiro modelo da Ford

40
Fonte: Berkun, 2007.
• Exemplos:

• Airbags (sistemas de
proteção);

• Freios ABS;

• Controle inteligente de
tração;

• Motores Flex Fuel.

41
Fonte: Aislin,
20042.
“O drama é esse. A crise financeira e econômica
coloca em questão a lógica industrial, que diz o
seguinte: tenho que investir em novas
tecnologias, ambientalmente mais legais, mais
eficientes e de matrizes diferentes da do petróleo,
que são poluentes.
A incerteza e a insegurança da pesquisa joga
contra aquilo que seria a única salvação dessas
empresas. É um dilema gigantesco”, Glauco
Arbix.

47
Toyota Prius

48
GM Hummer

49
Carro Elétrico Itaipu Fiat

Fonte: http://www2.itaipu.gov.br/ve/
50
Exemplo – Primeira linha de montagem da Ford

47
Fonte: Berkun, 2007.
Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria

• Em abril de 2007 foi realizado o segundo Congresso Brasileiro de Inovação na


Indústria (CNI, 2007).
• As principais conclusões do evento foram:
• O Brasil precisa dobrar seus investimentos em P&D nos próximos anos.
• O Sistema de Inovação Brasileiro precisa ser aprimorado, as instituições e
instrumentos de política de inovação devem ser objetos de constantes
avaliações.

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Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)

• No começo de maio de 2008 o governo lançou uma nova política industrial


denominada de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
• Essa política tem como objetivo estimular exportação, investimento e
inovação.
• Os principais objetivos do programa são:
• Aumentar o investimento fixo: elevar o investimento direto na economia para
21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.

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• Aumentar a inovação do setor privado: estimular a
inovação no setor industrial. O objetivo é alcançar 0,65%
do PIB em 2010.

• Expandir as exportações: ampliação da participação


brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do
comércio mundial em 2010.

• Elevar exportações de pequenas e médias empresas:


aumentar em 10% o número de micro e pequenas
empresas exportadoras brasileiras.

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• A PDP está dividida em três categorias:

• Programas mobilizadores em áreas estratégicas:


saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia
nuclear, a nanotecnologia e a biotecnologia.

• Programas para fortalecer a competitividade:


construção civil, indústria naval, agroindústria, biodiesel,
plásticos, têxtil e móveis.

• Programas para consolidar e expandir a liderança:


petróleo e gás e petroquímica, mineração, siderurgia,
celulose e carnes.

55
Protec – Pró Inovação Tecnológica

56
Conhecimento e Inovação

Fonte: Harris, 2006.

57
Referências
A Crise veio atualizar a tragédia americana – Entrevista com Glauco Arbix. Valor
Econômico. Caderno Eu&Fim de Semana. 3, 4 e 5 de abril de 2009.

Aislin. Oh, Oh! ... And other recent cartoons by Aislin. McArthur & Company. 2004.

Arbix, G. Inovar ou inovar – a indústria brasileira entre o passado e o futuro. Editora


Papagaio. 2007.

Berkun, S. The Myths of Innovation. O’Reilly. 2007.

Bessant, J. & Tidd, J. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. 2009.

Castro, M. H. L. O Processo de Inovação na Indústria Automobilística Brasileira.


Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. 1979.

Chesbrough, H. Open Innovation – The New Imperative for Creating and Profiting from
Technology. Harvard Business School Press. 2006.

58
Referências
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Inovar para Crescer: Propostas para
Acelerar o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Brasileira. Segundo
Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. 2007.
http://www.cni.org.br/inovação.

Escher. Obras. Editora Taschen. 2005.

Harris. A Ciência Ri. O melhor de Sidney Harris. Editora da Unesp. 2006.

Hitt, M.; Ireland, R. e Hoskisson, R. Administração Estratégica. Editora


Thomson. 2008.

Mariotoni, C. A. & Naturesa, J. S. “Inovação Tecnológica, Eficiência Energética


e os Investimentos na Indústria Brasileira”. Congresso Brasileiro de
Eficiência Energética. 2007.

Miranda, Z. O vôo da Embraer – a competitividade brasileira na indústria de alta


tecnologia. Editora Papagaio. 2007.

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Referências

Mowery, D. C. & Rosenberg, N. Trajetórias da inovação – A mudança tecnológica


nos Estados Unidos da América no século XX. Editora da Unicamp. 2005.

PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. 2003. Disponível em


http://www.ibge.gov.br

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
PRODUTIVO.
http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/

Rachid, A. O Brasil imita o Japão? A qualidade em empresas de autopeças.


Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 1994.

Rosenberg, N. Por dentro da caixa-preta – Tecnologia e Economia. Editora da


Unicamp. 2006.

Tereza, I. “Bens de capital e inovação terão destaque”. O Estado de S. Paulo,


11 de maio de 2008.

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