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GESTÃO DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

M.SC. DANIEL DE CASTRO SANTOS


• Engenheiro Civil.
• Mestrado em Tecnologia na construção de edifícios, IPT-SP.
• MBA Gerenciamento de Projetos, FGV.
• Especialização em Gestão de Negócios Imobiliários.
• Diretor Técnico - TechProject Engenharia.
• FECAF – Estradas / Gestão da Inovação e Tecnologia.

M.SC. Daniel de Castro Santos 21 anos de atuação no setor da construção civil com
realizações de empreendimentos residenciais,
Professor
comerciais, hoteleiros, corporativos e industriais.
A TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E A BUSCA PELA INOVAÇÃO A PARTIR DAS RELAÇÕES
UNIVERSIDADE-EMPRESA

• A transferência de conhecimento continua a ser uma necessidade vital da sociedade e da


economia. Entretanto, há muitos fatores culturais que a inibem.

• Esses inibidores tb são chamados de atritos, porque retardam ou impedem a transferência e


tendem a corroer parte do conhecimento à medida ue este tenta movimentar-se pela
organização. Os atritos mais comuns e as formas de superá-los são os seguintes.
As dimensões do processo de transferência de conhecimentos são:

• Tempo dispendido no processo.

• Apropriação do conhecimento.

• Implicitabilidade do conhecimento.

• Universalidade do conhecimento.

1. TEMO DISPENDIDO NO PROCESSO

A análise dessa dimensão do processo diz respeito a três aspectos que interferem na gestão e na
estrutura das relações universidade-empresa.

a) Gestores de P&D procuram seguidamente soluções a curto prazo e os acadêmicos adotam


pontos de visão mais a longo prazo.

b) O tipo de colaboração externa que as empresas procurarão, em que momento do ciclo de


vida do projeto.

c) O tempo necessário para a propagação do conhecimento dentro da organização.


2. A APROPRIAÇÃO DO CONHECIMENTO

A apropriação do conhecimento constitui um método pelo qual as empresas podem se proyeger


de imitações, ao mesmo tempo que lhes permite se apropriar dos benefícios dessas inovações.

Existem dois tipos de problemas que as empresas podem enfrentar quando negociam com as
universidades nas questões referentes a apropriação do conhecimento gerado:

• Tipo I: Os pesqisadores acadêmicos apropriam-se dos resultados da pesquisa, surgidos no


processo de colaboração, e iniciam seus próprios negócios;

• Tipo II: O pessoal da universidade fornece informações que beneficiam as empresas


concerrentes.

3. A IMPLICITABILIDADE DO CONHECIMENTO

Se o conhecimento relevante é o implícito, em oposição ao que pode ser reproduzido num papel,
não se trata mais de controlar o fluxo de informações, mas, de controlar pessoas.

Obs: O problemas de gerir a carreira de cientistas nas universidades, com o objetivo de evitar que
as suas experiências sejam utilizadas por concorrentes, é fundamentalmente o mesmo problema
que as empresas têm quando administram internamente os seus próprios recursos humanos.
Por isso a implicitabilidade do conhecimento não é razão para se evitar as relações entre a
empresa e a universidade, mas pelo contrário, mais um motivo para incrementar tais relações.

Quanto mais a empresa interagir com os pesquisadores universitários, mais poderá obter esse
conhecimento.

4. A UNIVERSALIDADE DO CONHECIMENTO

Por universalidade entende-se a possibilidade de utilizar o conhecimento de forma proveitosa,


em diferentes áreas, por vezes muito distantes do lugar de origem.

O grau de universalidade do conhecimento gerado no processo de cooperação universidade-


empresa tem impacto tanto nas motivações para o relacionamento quanto aos arranjos
institucionais.

Espera-se que, na busca por conhecimento com alto nível de universalidade, os parceiros da
universidade não sejam companhias individuais, mas uma coalizão, por meio de alguma forma de
consórcio entre empresas, antes da fase de competição entre elas.
Exercícios:

1. Entre os inibidores da transferência de conhecimentos qual o que mais afeta o processo? Por
quê?

2. Comente situações vivenciadas ou conhecidas sobre a existência dos problemas de Tipo 1 e


Tipo 2 no relacionamento universidade-empresa.

3. Quais as melhores práticas para garantir a apropriação do conhecimento pela organização?


RELACIONAMENTO ENTRE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

• Segundo definição da UNESCO:

“Ciência é o conjunto de conhecimentos organizados sobre os mecanismos de causalidade dos


fatos observáveis, obtidos por meio de estudo objetivo dos fenômenos empíricos”, ao passo que
“ a tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos ou empíricos diretamente aplicáveis à
produção ou melhoria de bens ou serviços”.

• A ciência está normalmente associada à publicação de artigos, teses, livros, tratados etc., e os
conhecimentos por ela criados são livremente veiculados, por serem considerados
patrimônio da civilização e não objetos de propriedade particular. A tecnologia, por sua vez, é
sistematicamente vinculada a um produto ou processo, de natureza privada, passível de ser
negociado e enquadrado por patentes.
O PROCESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

• O principal agente de mudança no mundo atual é a inovação tecnológica. O progresso


econômico e social de países e empresas, principalmente industrais, dependem da eficiência
e eficácia com que o conhecimento técnicocientífico é produzido, transferido, difundido e
incorporado aos produtos e serviços.

• A inovação tecnológica pode ser definid como uma nova idéia, um evento técnico
descontínuo, que após certo período de tempo, é desenvolvido até o momento em que se
torna prático e, então, usado com sucesso.

Segundo Almeida e Barros et al., o conceito de inovação tecnológica formulado por Schumpeter
contempla cinco casos:

1. Introdução de um novo bem, que os consumidores não conheçam, ou de uma qualidade


nova do bem.

2. Introdução de um novo método de produção, ainda não testado no meio industrial em


questão, que tenha sido baseado em uma nova descoberta científica e que possa constituir-
se em um novo modo de manusear comercialmente um bem.
3. Abertura de um novo mercado, em que um ramo da indústria em questão não tenha penetrado, seja
este mercado preexistente, ou não.

4. Conquista de uma nova fonte de fornecimento já existente, ou a ser criada.

5. Levar a cabo uma nova organização, uma indústria, tal como criar ou romper uma posição de
monopólio.

FONTES DE INOVAÇÃO

As fontes de inovação podem ser divididas em fontes externas (ou ambientais) e fontes internas.

Fontes externas de inovação são aquelas relacionadas à sociedade como um todo e que refletem, em
grande medida, aspectos estruturais, resultantes de processos sociais de longo prazo. Estão associadas
a:

• Composição e índice geral de qualificação da força de trabalho do país.

• Grau de excelência dos cursos e programas de formação de recursos humanos para todas as fases
do processo de produção dos setores relevantes.

• Grau de excelência das equipes de pesquisadores atuantes nas áreas de conhecimento relevantes.

• A capacidade tecnológica geral já alcançada pela sociedade.


As fontes de inovação internas das empresas são atitudes, recursos e mecanismos que, de um
lado, levam a empresa a buscar deliberada e sistematicamente a criação e/ou a introdução de
inovações; e, de outro, podem influir de maneira decisiva nos resultados dos esforços.

Entre as principais fontes de inovação, podem ser citadas:

• A experiência acumulada na atividade inovadora.

• O grau de qualificação e de motivação dos recursos humanos.

• O compromisso institucionalizado com a mudança e a inovação, com a qualidade do produto


e com a satisfação do cliente.

• A preocupação institucionalizada com o desenvolvimento de fontes de fornecimento de


matéria-prima, partes e componentes confiáveis.

• A preocupação institucionalizada com o estabelecimento de vínculos com fontes de inovação


/ou de informações tecnológicas externas.
Questões

1. Na sua visão, qual a relação entre ciência e tecnologia?

2. Cite uma inovação tecnológica que gerou impacto em sua vida. Justifique.

ESTUDO DE CASO

• Projeto iovador

1. Indique a(s) fonte(s) de inovação tecnológica para seu estudo de caso. Justifique.
MUITO OBRIGADO!!!

Professor: M.SC. Daniel de Castro Santos.

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