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Administração de Produção e Operações

Capítulo 7

Ética, sustentabilidade e segurança em


produção e operações
Comportamento ético
a) Você pode substituir uma matéria prima ou
embalagem do produto cuja operação você está
gerenciando por uma evidentemente mais barata, mas
mais poluidora do meio ambiente. Você substitui?
b) Você está gerenciando uma operação que tem um
novo produto (um trator) pronto, o pátio de seus
concessionários cheio, apenas aguardando a data de
lançamento, daqui a alguns dias. Na vépera do dia do
lançamento, um funcionário da engenharia descobre
que houve um erro de dimensionamento no rolamento
de um dos braços “swing” e que vai provavelmente
repercutir em uma vida útil de 8 meses do rolamento
em vez dos esperados 3 anos. Você suspende o
lançamento?
Ética em gestão de operações
Por que ética nos negócios?
Há a “coisa certa a fazer”?
Ética nos negócios
Benefícios
Benefícios de atenção explícita com ética
Preocupação com a gestão dos aspectos de ética tem melhorado a
sociedade
Em épocas turbulentas, uma empresa que tenha uma boa
sensibilização e gestão sobre questões éticas pode mais facilmente
manter uma postura moral;
Programas que enfatizam explicitamente a ética nos negócios
melhoram disposição para o trabalho de equipe, aumentando a
abertura ao diálogo, integridade e sensação de comunidade, de
valores compartilhados;
Preocupações com a ética no trabalho apóiam crescimento e
amadurecimento dos funcionários;
Preocupações explícitas com a ética trabalham como seguro –
princípios éticos elevados tendem a deixar a empresa menos sujeita a
multas e processos;
Empresas que promovem a ética tendem e ter boa imagem pública;
Programas com base ética forte suportam o gerenciamento de
valores associados à gestão operacional em vários programas.
Códigos de ética
Descrevem as regras éticas e limites segundo os quais a organização
pretende operar.
Dilemas éticos
1. Você definiu o problema precisamente?
2. Como você definiria o problema se estivesse do “outro lado”?
3. Como o dilema pôde ocorrer? (causas essenciais)
4. A quem você deve lealdade, como pessoa, como membro da organização e
como membro da comunidade?
5. Qual sua intenção ao tomar a decisão?
6. Como essa intenção se compara com os resultados prováveis das alternativas?
7. A quem sua decisão poderia ferir ou prejudicar?
8. Você pode discutir a questão com as partes antes de tomar a decisão?
9. Você tem confiança que ao longo do tempo sua decisão vai continuar tão
válida como aparenta hoje?
10. Você abriria sua decisão sem preocupações para seu chefe, seu CEO, o
conselho administrativo, sua família, a sociedade como um todo?
11. Qual o potencial simbólico das suas alternativas de decisão se bem
entendidas? E se mal entendidas?
12. Sob que circunstâncias você admitiria exceções para a postura que agora está
prestes a tomar?
Códigos de ética - desenvolvimento
Identifique valores necessários a resolver questões correntes no local de
trabalho;
Identifique os valores éticos valorizados por produtos de grande sucesso;
Identifique valores importantes durante a fase de planejamento estratégico –
reforce-os;
Revise os valores estabelecidos de forma que conformem-se com a legislação
vigente;
Considere como muito importantes os valores que os grupos de interesse
consideram fundamentais;
Exemplos de valores são: confiabilidade, respeito, responsabilidade,
solidariedade, justiça, cidadania;
Na composição do código de ética, é útil associar, com cada um dos valores
expressos, dois exemplos de comportamentos ilustrativos;
É importante a inclusão explícita de texto que deixe claro que espera-se dos
funcionários que seu comportamento conforme-se ao código;
O desenvolvimento participativo do código de ética para operações é
desejável, a divulgação ampla e a constante revisão com base em feedback
dos envolvidos é mandatória.
2. Ética

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Origens e Evolução
Etimologia de “ética”:
provém do vocábulo grego ethos: que significa costume,
costume
ou maneira de agir,
agir ou, ainda, índole.
Ciência voltada para o estudo filosófico (teoria) da
ação e da conduta humana.
É a parte da filosofia que estuda a moralidade dos
atos humanos.
Princípio:
toda decisão que implicar em danos ou prejuízos
diversos aos outros não pode ser considerada ética.

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Origens e Evolução

Período Fatos Finalidade/Consequência


Elevar o trabalhador à
Debates ocorridos
condição de participante dos
DÉCADA DE 60 especialmente nos países
Conselhos de Administração
de origem alemã.
das organizações
EUA-Ensino da ética nas Nova dimensão na realidade
DÉCADA DE Faculdades de
dos negócios: ética
60/70 Administração e Negócios.
Contribuição dos filósofos. empresarial
Conflito entre os padrões
Primeira pesquisa junto a
éticos de diversas culturas
empresários. Expansão das
DÉCADA DE 70 incentiva a criação de
multinacionais oriundas
códigos de ética
dos EUA e Europa.
corporativos.
9
Origens e Evolução
Período/Local Fatos Finalidade/Consequência
Esforços isolados de
Professores Universitários
Surge a primeira revista
nos EUA e Europa -
DÉCADA DE 80 científica: "Journal of
Faculdades de
Business Ethics".
Administração e
Programas de MBA.
Formam-se redes
Especialistas sistematizaram
acadêmicas de estudo
os enfoques perseguidos nos
DÉCADA DE 80/90 (ISBEE e EBEN) nos EUA
estudos de ética nos negócios
e Europa, universalizando
nos cinco continentes.
o conceito.

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Origens e Evolução

Período/Local Fatos Finalidade/Consequência


Criaram-se as ONGs
(Organizações Não
A boa empresa não é apenas
Governamentais) que
aquela que apresenta lucro,
desempenharam
FIM DO MILÊNIO mas a que também oferece
importante papel no
um ambiente moralmente
desenvolvimento
gratificante.
econômico, social e
cultural de muitos países.

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Evolução no Brasil
1941 – ESAN - Escola Superior de
Administração de Negócios:
primeira faculdade de administração do Brasil, em
SP, a inserir o ensino da ética em seus cursos de
graduação.
1992 – MEC:
sugeriu que todos os cursos de administração
(graduação ou pós) incluissem ética em seus
currículos.
1998 – I Congresso Latino Americano de
Ética, Negócios e Economia, sediado no
Brasil.
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Individual e Coletivo
Individual: específico de determinado indivíduo.
Coletivo:
Se confunde com o social;
Estado, Família, Igreja, Comunidades, Povo, Nação,
Massa ou Classe
Ética: constante tensão entre os aspectos
individuais e coletivos.
Valores individuais: devem estar sempre em
consonância com os valores coletivos.

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Ética X Moral
Uma complementa a outra.
Ética é princípio, moral são aspectos de
condutas específicas.
Ética é permanente, moral é temporal.
Ética é universal, moral é cultural.
Ética é regra, moral é conduta da regra.
Ética é teoria, moral é prática.
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Legalidade X Legitimidade
"Legal" e "legítimo" não significam a mesma
coisa.
Legalidade:
se refere ao respeito ao Direito;
está relacionada a um instrumento legislativo.
Legitimidade:
se refere à aceitação social;
está relacionada com o Estado Democrático.
Lícito e legítimo: atende o direito positivo e o
interesse coletivo.

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15 Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira
Legalidade X Legitimidade
Relação próxima à ética e moral.
Ética:
noção do bem;
é permanente e universal;
Legitimidade: relacionada às características éticas do homem.
Moral:
regra do bem conviver na sociedade;
relaciona-se com as leis, posturas sociais e religiosas;
é variável de acordo com as regiões e culturas;
pode ser mutável ao longo do tempo;
Legalidade: relacionada às características morais de uma
sociedade.

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Formando o conceito

Ética:
Estudo dos direitos e deveres das pessoas;
Das regras morais que as pessoas aplicam
ao tomar decisões;
Da natureza das relações entre as pessoas;
Sistema de regras que governa a ordenação
de valores.

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Valores éticos da humanidade
A ética, como princípio  básico.
A integridade.
A responsabilidade.
O respeito às leis e  regulamentos.
O respeito pelo direito dos demais  cidadãos.
O amor ao trabalho.
O esforço pela poupança e pelo  investimento.
O desejo de superação.
A pontualidade.

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Ética nas Organizações
Utilização de modelos de gestão
voltados para a valorização do coletivo:
Responsabilidade Social Empresarial;
Governança Corporativa;
Gestão Ambiental;
Produção mais Limpa (P+L);
Sistemas de Qualidade Total.
Modelo ético: fruto de diversos
fatores!!!

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Modelo integrado do processo ético
organizacional
Valores Culturais Estilo de Gestão

Desenvolvimento Clima ético Desempenho


Moral Organizacional Social

Fatores
Demográficos Fonte: Adaptado
de Almeida (2007).
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Ética nas Organizações
Valores - princípios
de conduta como: Respeito pelos
Proteção; outros;
Honestidade; Cidadania
Responsabilidade; responsável;
Manutenção de Verdade;
promessas;
Busca de Autonomia;
excelência; Liberdade;
Lealdade;
Livre-iniciativa;
Justiça;
Integridade; Honra.
Competência;

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Ética nos negócios

Adoção de códigos de ética e conduta:


conduta de
empregados, comunidade e ambiente, acionistas,
consumidores, fornecedores e prestadores de
serviços, atividade política e tecnologia.

3.Pesar os
2.Identificar valores 4.Escolher
os valores conflitantes uma opção
5.
relevantes apropriada
Implementar
1.Definir a
a decisão
questão Fonte: Maximiano (2000)
claramente 22 Profª. Drª. Sonia V. W. B.
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Códigos: Ética e Conduta
Código de Ética:
Descreve as obrigações perante os stakeholders;
Deve ter acesso público;
Centrado em valores e princípios.
Código de Conduta:
Guia de comportamento para implementar os seus
valores e visão;
Destinado aos trabalhadores;
Centrado em regras de conformidade.
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Código de Conduta Social Empresarial
Tendência mundial nos negócios.
Relaciona-se a todos os stakeholders
envolvidos com a organização.
Em concordância com:
Visão;
Missão;
Valores;
Objetivos;
Estratégias.

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Objetivos
Promover a adoção de elevados
padrões éticos na organização.

Estabelecer um “guia” para o


comportamento esperado dos gestores
e colaboradores.

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10 Diretrizes da OCDE*
I. Conceitos & Princípios
II. Políticas Gerais
III. Transparência
IV. Emprego e Relações de Trabalho
V. Meio Ambiente
VI. Combate à Corrupção
VII. Interesses do Consumidor
VIII. Ciência & Tecnologia
IX. Política de Concorrência
X. Tributos e Impostos

*Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico


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Conteúdo Básico
Valores e Princípios.
Respeito às Leis e à Moralidade.
Transparência.
Relacionamento com os Stakeholders.
Responsabilidade Social.
Direitos Humanos.
Relacionamentos internos.
Modelo de Implantação.

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Benefícios
Fortalecimento da imagem.
Capacidade de atrair e reter talentos.
Maior comprometimento e lealdade dos
empregados.
Maior aceitação pelos clientes.
Maior facilidade de acesso a
financiamentos.
Contribuição para sua legitimidade
perante o Estado e a sociedade.

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Importante
Recuperar o nome de uma empresa é
muito difícil.
Ações corretas das empresas:
O público lembra por uns 5 minutos
Transgressões éticas:
Podem ser lembradas por vários anos;
Perdas de clientes, fornecedores, vendas,
lucros e até encerramento das atividades.

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Sustentabilidade
O termo produção sustentável em geral é
associado a práticas produtivas adotadas
pelas gerações atuais para que suas
necessidades sejam atendidas sem que
prejudiquem ou comprometam a capacidade
de futuras gerações de atender às suas
necessidades
Projeto sustentável é
contraditório com lucratividade?
Projeto verde
No processo de “projeto para sustentabilidade”, os
projetistas devem olhar, desde a origem, as formas
de produzir e a toxicidade de matérias primas, o
conteúdo de energia e outros recursos necessários
para produzir, usar e reparar o produto (incluindo a
embalagem), como o produto pode ser re-utilizado,
recuperado e reciclado após o fim de sua primeira
vida econômica. Projetos “verdes” bem feitos criam
produtos que consumem menos energia e recursos
naturais.
Saúde e segurança no trabalho
Na Inglaterra, estudos indicam que o custo
global para os empregadores, decorrente de
acidentes de trabalho com ferimentos
pessoais, com doenças relacionadas com o
trabalho e acidentes evitáveis não causadores
de ferimentos é de em torno de 5 a 10% do
lucro bruto das empresas do Reino Unido
Definições importantes
Acidente
Fatores externos
Identificação de perigo
Objetivos de saúde e segurança
Vigilância de saúde
Problema de saúde
Incidente
Fatores internos
Sistema de gerenciamento
Organização
Risco
Avaliação de risco
Levantamento de situação
Alvo ou meta
Definições
Ergonomia:
junção de dois termos gregos: ergon (trabalho) e
nomos (regras ou leis naturais).
Definição da Associação Internacional de
Ergonomia (agosto de 2000):
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma
disciplina científica relacionada ao entendimento
das interações entre os seres humanos e outros
elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias,
princípios, dados e métodos a projetos a fim de
otimizar o bem estar humano e o desempenho
global do sistema.
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E agora?

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Locais de Trabalho
Vários problemas com dimensionamento
incorreto das instalações:
Absenteísmo, afastamentos prolongados, turn-
over, Lesão do Esforço Repetitivo, ações
judiciais, indenizações trabalhistas, danos
morais etc.
Normas Regulamentadoras Ministério do
Trabalho e Emprego:
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-reg
ulamentadoras-1.htm

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Locais de Trabalho
Adequações ergonômicas:
Dimensionamento adequado do mobiliário
Dimensionamento adequado das circulações
Dimensionamento das instalações sanitárias
Conforto térmico
Adequação acústica
Níveis de iluminação
Velocidade do ar
Umidade relativa

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Dimensões Humanas

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Altura de Bancadas

Fonte: http://andreameloarquitetura.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html
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Escadas

Dimensões ideais dos


degraus (b) e espelhos (h)
(NBR 9077):
a) ter altura h compreendida
entre 16,0 cm e 18,0 cm, com
tolerância de 0,05 cm;
b) ter largura b dimensionada
pela fórmula de Blondel:

63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64
cm
40 Profª. Drª. Sonia V. W. B.
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Escadas

Larguras mínimas:
0,90 m em residências
1,10 m em locais públicos
0,55 m por pessoa em locais públicos
Corrimão obrigatório
Patamar de descanso: a cada 9 degraus
Caracol: somente em residências
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Banheiros (NR 24)
1 vaso sanitário para cada 20 trabalhadores,
com mínimo de 1m² de cabine
1 (uma) torneira para cada 20 trabalhadores
1 um chuveiro para cada 10 trabalhadores
nas atividades ou operações insalubres
Pé direito mínimo de 2,40m
Devem estar no máximo a 20 m de distância
com cobertura no trajeto
Ideal: redução do uso das mãos nos
equipamentos
42 Profª. Drª. Sonia V. W. B.
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Conforto Térmico

Trabalho em altas temperaturas:


Prostração térmica
Cãibras
Conjuntivites
Dermatites
Trabalho em baixas
temperaturas:
Má circulação do sangue
Necrose dos tecidos expostos
Redução das habilidades motoras
Tremores e alucinações

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Diagrama do Conforto Térmico

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http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/confortoTermicoHumano
Temperatura X Velocidade do ar X Atividade

http://www.prourb.fau.ufrj.br/cidades_sustentaveis/conceitos/conforto.php?p=04
Ar Condicionado = Cueca ou calcinha
Associar:
Controle da temperatura
Umidade
Difusão do ar
Renovação do ar
Conforto: 24ºC e 55% umidade do ar
Aparelhos split:
Não têm renovação do ar (recirculam)
Só retiram a umidade
Importante: cálculo da carga térmica
Nunca esquecer de limpar o filtro!

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Outras dicas
Ventilação forçada: exaustores com timer
Limo, lodo ou musgo:
Pode ser eliminado facilmente com H2O2 (água
oxigenada) de 30 volumes
Medição em locais de trabalho:
Usar termômetro com indicador de umidade
relativa do ar
Normas Relacionadas:
NBR 16401 – Instalações de Ar Condicionado
NBR 15220 – Desempenho Térmico de Edificações

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Conforto Acústico
Ruído: Som indesejável ou desagradável
Características do som:
Frequência (Hz)
Amplitude
Comprimento da onda
EPIs: Indicados para
o nível de exposição
Decibelímetro
(IOS e Android)
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Poluição Sonora

Poluição Sonora:
“Contaminação do ambiente acústico
pelo excesso de ruído, vozes ou sons,
em circunstâncias que provoquem
prejuízos ao descanso, ao lazer ou ao
desempenho das pessoas, no estudo
e no trabalho, levando a problemas
de saúde como estresse, desequilíbrio
emocional, alterações do sono, etc.”
(CETESB)
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Níveis de Ruído
Nível de ruído provocado (aproximadamente –
em decibéis)
torneira gotejando: 20 dB(A)
conversa tranquila: 40-50 dB(A)
secador de cabelo: 90 dB(A)
caminhão: 100 dB(A)
turbina de avião: 130 dB(A)
show musical, próximo às caixas de som: acima de 130
dB(A)
Alarmes sonoros: devem emitir sons no mínimo
15 dB acima do ruído de fundo

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Níveis de ruído – NR 3.214

Locais dB(A)
Hospitais: enfermarias e berçários 35-45
Bibliotecas 35-45
Salas de aula 40-50
Hotéis - Apartamentos 35-45
Restaurantes 40-50
Escritórios - Salas de gerência e projetos 35-45
Salas de Reunião 30-40
Salas de Computadores 45-65
Quadras de esporte fechadas 45-60

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Ruído, Saúde e Sono
db(A) Danos
Até 50 Pode perturbar, mas é adaptável
Stress leve, excitante, causando dependência e
A partir de 55
desconforto
Stress gradativo, podendo provocar:
desequilíbrio bioquímico
aumento do risco de infarto
A cerca de 65
derrame cerebral
infecções
osteoporose
Libera morfinas biológicas no corpo, provocando prazer e
A 80
completando o quadro de dependência
Em torno de 100 Pode haver perda imediata da audição
A partir de 35 O sono se torna superficial
Atinge uma perda de 70 % dos estágios profundos,
A 75 52
restauradores orgânicos e cerebrais
Iluminação
Nível necessário depende de variáveis:
Tarefa a ser realizada: exigência visual
Idade do operador
Reflexão do ambiente
Uniformemente distribuída e difusa:
evitar ofuscamento ou sombras
Níveis deficientes: prejuízo da visão e
depressão
Níveis muito elevados: fadiga visual
53 Profª. Drª. Sonia V. W. B.
de Oliveira
Iluminação
Iluminância (lux): medida a 0,75m do
piso (altura de bancada)
Iluminação suplementar: elevar a
iluminância em determinado
local/período
Verificar faixa etária:
Até 40 anos
Entre 40 e 55 anos
Superior a 55 anos
54 Profª. Drª. Sonia V. W.
B. de Oliveira
Iluminância por tarefas-NBR5413

Classe Iluminância (lux) Tipo de atividade


Áreas públicas com
20 - 30 - 50
arredores escuros
Orientação simples para
A 50 - 75 - 100
permanência curta
Iluminação geral
Recintos não usados para
para áreas usadas
ininterruptament 100-150-200 trabalho contínuo;
e ou com tarefas depósitos
visuais simples Tarefas com requisitos
visuais limitados,
200-300-500
trabalho bruto de
maquinaria, auditórios
55
Iluminância por tarefas-NBR5413

Classe Iluminância (lux) Tipo de atividade


Tarefas com requisitos visuais
B 500-750-1000 normais, trabalho médio de
Iluminação maquinaria, escritórios
geral para áreas Tarefas com requisitos
de trabalho 1000-1500-2000 especiais, gravação manual,
inspeção, indústria de roupas.
Tarefas visuais exatas e
C 2000-3000-5000 prolongadas, eletrônica de
Iluminação tamanho pequeno
adicional para Tarefas visuais muito exatas,
5000-7500-10000
tarefas visuais montagem de microeletrônica
difíceis Tarefas visuais muito
10000-15000-20000
56 especiais, cirurgia
Aspectos Técnicos
Normas relacionadas:
NBR 5413 - Iluminância de interiores
NR 17 - MTE
Medição: luxímetro (luxmeter)
Possível baixar em aparelhos celulares
Tipos mais usados de lâmpadas:
Incandescentes
Fluorescentes
LED
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Comparação

http://planetasustentavel.abril.com.br/pops/comparacao-lampadas.shtml
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B. de Oliveira
Abordagem ISO 14000
Revisão Levantamento
gerencial da situação

Verificação e Aperfeiçoamento Política de


ação saúde &
corretiva
contínuo segurança

Implantação
Planejamento
e operação
Levantamento da situação atual
Requisitos de legislação vigentes;
Orientação sobre políticas de saúde e
segurança vigentes na organização;
Melhores práticas e desempenho no setor
específico em que a empresa opera; e,
Eficiência e eficácia de recursos existentes
dedicados ao gerenciamento de S&S (saúde
& segurança).
Crescimento Populacional
16.000.000.000
14.000.000.000
12.000.000.000
População

10.000.000.000
8.000.000.000
6.000.000.000
4.000.000.000
2.000.000.000
0
-8000 -7000 -6000 -5000 -4000 -3000 -2000 -1000 0 1000 2000

Ano

61
Crescimento populacional e degradação
Avanços na medicina:
Redução dos riscos com doenças;
Aumento da longevidade.
Crescimento populacional:
É um grande vilão;
Mas não é o único responsável pelos problemas
da humanidade!!
Crescimento econômico, nos moldes dos
séculos anteriores:
Extremamente devastador de recursos naturais;
Poluidor do meio ambiente;
Criador de diversos problemas sociais.

Profª. Drª. Sonia V.62


W. B. de Oliveira
Resultados
Aumento do consumo em geral.
Aumento da pressão sobre os recursos
naturais:
Retirada de matérias primas;
Emissão de poluentes.
Necessidade de energia e água.
Aumento dos resíduos e da poluição.
Proliferação de doenças.
Desigualdades sociais
Fome
Profª. Drª. Sonia V.63
W. B. de Oliveira
Grandes contrastes

Recife – PE Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 64


Grandes contrastes

Favela Paraisópolis – SP
Profª. Drª. Sonia V. W. B. de Oliveira 65
Grandes contrastes

São Paulo – SPProfª. Drª. Sonia V. W. B. de OliveiraRio de Janeiro - RJ


66
Grandes contrastes

Ipanema –Rio
(Pavãozinho)
67
Metas do Milênio (2000)

68 Profª. Drª. Sonia V. W. B.


de Oliveira
Política de saúde e segurança (S&S)
Reconhecer que a política de S&S é parte integrante do desempenho do negócio;
Obter elevado nível de desempenho em S&S no trabalho, tendo o atendimento
aos requisitos legais como nível mínimo a ser considerado e tendo melhoramento
contínuo como meta constante;
Prover recursos adequados à implementação da política;
Estabelecer e publicar os objetivos de S&S, ainda apenas em documentos
internos;
Colocar o gerenciamento de S&S como uma responsabilidade primordial da
gerência de linha, em todos os escalões;
Assegurar sua compreensão, implantação e manutenção em todos em todos os
níveis da organização;
Promover o envolvimento e interesse dos empregados a fim de obter
compromisso com a política e sua implantação;
Revisar periodicamente a política, o sistema de gerenciamento e de auditoria do
seu cumprimento;
Assegurar que os funcionários, em todos os níveis, recebam treinamento
adequado e sejam competentes para executar suas tarefas e responsabilidades
referentes a S&S.
Planejamento
Avaliação de risco, incluindo identificação de perigos;
Requisitos legais – devem ser identificados quanto à atividade
específica da operação;
Gerenciamento de S&S no trabalho, incluindo:
Planos o objetivos gerais, incluindo pessoal e recursos, para a
organização implantar sua política;
Ter acesso e suficiente conhecimento de S&S no trabalho,
capacitações e experiência para administrar as atividades
considerando requisitos legais;
Planos operacionais para implantar as ações de controle de riscos
identificados e para atender aos requisitos identificados;
Planos de atividades organizacionais;
Planos para medição d
Implantação e operação
Estrutura organizacional da implantação e definição
de responsabilidades
Treinamento, conscientização e competência
Comunicação
Documentação
Controle das operações
Preparação e resposta a emergências
Monitoramento e medição – medidas quantitativas e
qualitativas devem ser consideradas
Registros
Verificação e ação corretiva
O sistema global de gerenciamento de S&S mostra-
se capaz de fazer com que a organização atinja os
padrões requeridos de desempenho em S&S?
A organização está cumprindo todas as suas
obrigações quanto a S&S?
Quais os pontos fortes e fracos do sistema de
gerenciamento de S&S da organização?
A organização está de fato fazendo o que alega
fazer?
Onde deficiências forem encontradas, as causas
originárias devem ser identificadas e ações corretivas
tomadas.
Revisão gerencial
Avaliação do desempenho global do sistema
de gerenciamento de S&S;
Desempenho de elementos individuais do
sistema;
Conclusões críticas da auditoria;
Identificação de novos fatores internos e
novos fatores externos que sejam influentes e
ações para lidar com eles.
Referências
ALMEIDA, Jorge Ribeiro de. Ética e desempenho social das
organizações: um modelo teórico de análise dos fatores culturais e
contextuais. Revista de Administração Contemporânea,
Curitiba, v.11, n.3, p. 105-125, July/Sept. 2007.
ARRUDA, M. C. C.; WHITAKER, M. C.; RAMOS, J. M. R.
Fundamentos de ética empresarial e econômica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
CARROL, Archie. A three dimensional conceptual model of
corporate performance. Academy or Management Review, n.
4, p. 497-505, 1979.
COSENZA, Orlando Nunes; CHAMOVITZ, Ilan. Ética, ética
empresarial e responsabilidade social: reflexões e recomendações.
In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇAO, 27.,
Foz do Iguaçu, PR. Anais..., Foz do Iguaçu, out. 2007.

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Referências
INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE
SOCIAL. Formulação e Implantação de Código de Ética
em Empresas – Reflexões e Sugestões. 2000. Disponivel em:
<
http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/etica_internet.p
df >.
MACHADO FILHO, Cláudio Pinheiro. Responsabilidade Social
e Governança: os debates e as implicações. São Paulo:
Pioneiros Thomson Learning, 2006.
Maximiano 2000
SILVA, Edson Cordeiro. Governança Corporativa nas
empresas. São Paulo: Atlas, 2006.
VÁZQUEZ, A. S. Ética. 23. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002.

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