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Resumo
Quando Dani Swift coloca seu uniforme de
motorista com o cabelo enfiado embaixo do seu
chapéu e com o rosto sem maquiagem, ela se
parece com um jovem barbeado. Como poderia
ter sabido que o seu pequeno disfarce a levaria
a um grande mal-entendido e a uma decepção
ainda maior, uma que ameaçaria o seu coração?
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Capítulo Um
— Mas Dani...
Assim que Brian saiu pela porta, puxando a mala grande atrás
de si, Dani se virou para olhar para as caixas restantes no corredor.
Ela sacudiu a cabeça. Ela não tinha ideia de como tudo aquilo ia
caber em seu Chevrolet Blazer. Ela havia advertido seu irmão para
não empacotar muitas coisas, mas ele estava levando tanta coisa que
ela quase se sentiu como se ele estivesse se mudando para melhor e
não apenas deixando Chicago para seguir para o seu primeiro
semestre na Universidade de Notre Dame. Ela foi para sala e, em
seguida, para a cozinha, olhando em volta para ver se ele havia
esquecido algo. Finalmente, ela foi para o quarto dele.
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Assim que abriu a porta, uma enxurrada de emoções a
invadiu e ela piscou rapidamente, lutando contra as lágrimas. Este
quarto tinha sido o refúgio de Brian nos últimos quatro anos, desde
que ela os tinha mudado para este apartamento quando o pai deles
morreu de um ataque cardíaco. Ela tinha apenas 18 anos de idade,
mas felizmente já era legalmente qualificada para ser a guardiã de
Brian. Sua mãe sucumbiu ao câncer de mama, quando Brian tinha
apenas oito anos e, em seguida, eles perderam o pai quando ele tinha
quatorze. Ela jurou que, enquanto ela respirasse, ele não iria perdê-la
também. Ele nunca seria colocado em um orfanato. E ela manteve
sua promessa.
Dani fechou a porta e foi para a sala de estar onde pegou sua
bolsa e atirou-a por cima do ombro. Conforme passava pela porta,
colocou um sorriso corajoso em seu rosto. Não havia nenhuma
maneira dela deixar Brian saber o quão profundamente afetada
estava pela saída dele. Ele estava pronto para começar sua nova vida
como um estudante universitário e ela não queria nada para distraí-
lo. Ela tinha sido uma mãe galinha nos últimos quatro anos, mas
agora só tinha que aprender a deixá-lo ir.
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Ela estendeu a mão e despenteou o cabelo dele como
costumava fazer quando ele tinha seis anos de idade.
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— Nós precisamos conversar. — Disse ele e sacudiu a cabeça
em direção a única cadeira que não tinha papéis empilhados em
cima dela.
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ela estava com problemas por causa disso. Ela olhou de volta para
seu chefe, mas permaneceu em silêncio.
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Tony fez uma pausa, como se para o efeito.
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clientes, então eu não quero necessariamente espalhar que tenho
uma mulher na equipe. Não se sabe quem você pode atrair uma vez
que esse tipo de informação fica disponível. — Ele se levantou e se
aproximou para verificar o computador localizado na mesa no canto
mais distante. — Hoje à noite você irá pegar o Sr. Hunter em uma
festa e levá-lo para casa em segurança. Se ele planejar sair para
beber, ele sempre nos pede para ir buscá-lo. Você pode verificar o
local em seu computador no carro.
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borda do chapéu de motorista. Ela estava fazendo isso desde o
incidente com o apalpador. Ela abandonou os brincos e tinha
deixado o rosto desprovido de qualquer tipo de maquiagem. Ela até
mesmo praticou o seu andar, tentando eliminar o balançado
feminino de seus quadris e adotando, ao invés disso, os longos
passos de um homem. Graças a Deus era mais alta do que a maioria
de seu sexo. Com um metro e setenta e quatro, ela poderia
facilmente passar por um homem. Agora, se ela apenas pudesse
fazer crescer um pouco de barba no queixo. Ela riu com o
pensamento. Ela estava disposta a ir longe, mas não tão longe.
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esse era ele. Mas ela não podia ser pega olhando. Ela tinha que se
lembrar que era uma profissional, estava a trabalho, e neste trabalho
ela era um homem. Mais ou menos.
—Storm, espere por mim — ela chamou com uma voz leve e
delicada. — Eu quero ir com você.
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— O prazer é meu. — Storm disse, mas sua voz era qualquer
coisa além de agradável. Ele tinha falado com uma formalidade que
deixou claro que ele preferia viajar sozinho.
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viu o brilho de irritação nos olhos do homem e, em seguida, ele deu
a ela um olhar compreensivo. Por aquele nanossegundo o coração
de Dani congelou. Storm Hunter havia apenas trocado um olhar
com ela, um olhar que disse que estava irritado e que ele não se
importava de deixá-la saber, porque ela iria entender. Era um
daqueles olhares compartilhados entre os homens. Exceto, que ela
não era um homem.
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fazer sua respiração parar na garganta. Ela tinha ido através de seu
quinhão de romances e tinha lido sobre heróis que roubavam o seu
fôlego, mas nunca tinha acontecido com ela, nunca tinha acreditado
nisso. Até agora.
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Capítulo Dois
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interno. Ele escolheu aquele exato momento para olhar para cima e
seus olhos se encontraram, os castanhos escuros misteriosos dele e
os arregalados e assustados dela. Ela baixou os olhos e o
constrangimento tomou conta de si. Por favor, não o deixe ficar
olhando para mim. Ela sabia que provavelmente estava vermelha
como uma lagosta.
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— Faça um desvio para a Avenida Kenilworth para que eu
possa deixar Lola.
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Storm ignorou totalmente o pedido da mulher. Ele deu a
Dani o endereço e permaneceu em silêncio, mesmo quando Lola
começou a suspirar pesadamente e a lamentar o quão solitária ela
estaria sem a sua companhia. Foi só quando ela se dissolveu em
soluços suaves que ele falou.
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para olhar em sua direção. Ela viu Lola enrolar-se perto de Storm e
então ele colocou uma mão suave e apertou a cabeça em seu ombro.
A mulher suspirou e fechou os olhos e pareceu adormecer em
segundos.
Tudo o que Dani sabia era que ela nunca aceitaria esse tipo de
tratamento de qualquer homem, não importa o quão rico ele fosse.
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Se isso fosse o que era necessário para satisfazer um homem, ele
teria um inferno de uma longa espera.
Ela pulou para fora do carro e deu a volta para abrir a porta
para Storm. Ele colocou Lola de volta contra o assento e deslizou
para fora, em seguida, sem mais do que uma flexão de seus
músculos, ele deslizou os braços sob os ombros e as pernas dela e
levantou-a como se não fosse o peso morto que Dani sabia que ela
era em seu estado de embriaguez.
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— Você parece estar de bom humor. — ele disse secamente,
em seguida, subiu na limusine.
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Silenciosamente, com raiva, Dani começou a ranger os
dentes. O que este homem encontrou de tão fascinante sobre a
parte de trás do pescoço dela? Desejou que ele pegasse um copo de
gin e bebesse até cair no esquecimento como qualquer homem
normal faria. Então ela poderia dirigir em paz e não ficar suando
baldes como um porco em uma cabine de bronzeamento.
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Não o deixe me fazer perguntas sobre esportes. Eu não sei
coisa nenhuma sobre isso.
Ela deu uma pequena risada pelo comentário, mas saiu num
tom meio algo e ela teve que cortá-la.
Outra coisa boa era que o Sr. Sports parecia estar fora de seu
elemento, no que se referia a hóquei. Bom. Ele não deveria ter
quaisquer perguntas para lhe fazer sobre isso. Agora tomara que ele
apenas ficasse quieto e a deixasse dirigir.
Dani gemeu. Agora, por que ele tinha que fazer uma
pergunta como essa? O que ela sabia sobre o hóquei fora do pouco
que ela pegou de Brian?
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Ok, então resposta errada. Hora de mudar o assunto.
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— Você? — Disse ele com uma risada. — Você não parece
ter um dia a mais que dezessete anos. Eu aposto que você ainda está
no segundo grau.
Storm riu.
— Diga isso para o seu rosto. Ele tem muito que envelhecer.
Meu Deus, nem mesmo uma penugem no seu queixo. Sua pele é tão
suave quanto à de um bebê.
Isso fez com que ela se afastasse um pouco mais. Ele estava
vendo demais. Em um minuto ele descobriria que ela não era quem
ela parecia.
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Ele não esperou por uma resposta. Subiu os degraus de dois
em dois e então destrancou a porta e se foi, deixando Dani ali de pé
olhando para ele.
— É tempo de você se assentar, meu rapaz. Você não está
ficando mais jovem. — Edgar Hunter recostou-se na cadeira e
olhou para seu filho mais velho.
Storm fez uma careta para seu pai e enfiou as mãos no fundo
dos bolsos.
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— Sim, você é jovem, mas com a condição do meu coração
eu poderia me ir a qualquer momento. Eu quero ver pelo menos um
neto antes de partir.
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— E que tal Lola? — Perguntou Edgar, seu rosto enrugado
brilhando. — Ela realmente gosta de você. Ela deixa isso bem claro.
E é de uma boa família.
— Eu vou falar com a sua mãe sobre isso. Você não pode
continuar a se recusar...
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Storm só podia estremecer enquanto se dirigia para o
corredor em direção ao elevador. Ele conhecia bem essa estratégia.
Seu pai ia soltar o bulldog em cima dele. Se havia alguém que
poderia vencer uma pessoa, era sua mãe.
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de simplesmente aparecer quando tivessem vontade. Mas já era tarde
demais agora. Já tinha comprado uma casa na Rodovia Earlston e a
adorava. Não estava planejando se mudar por um longo tempo.
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— Eu não disse isso. É você quem está dizendo.
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Storm fixou sua irmã com um olhar sombrio. Ela sabia como
bater nele exatamente onde iria doer. E desta vez doeu.
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preocupar com isso. — Ela se dirigiu para a porta, em seguida,
virou-se para sorrir para ele. — Não se esqueça do que falamos. —
disse com um aceno de sua mão. Então se foi.
— Você está se comportando por aí? — Dani riu ao telefone.
— Lembre-se, eu não estou aí cuidando de você, então estou
contando com você para ser responsável.
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— Vamos lá, Dani. Eu sou um homem crescido. Eu sei o que
estou fazendo. — A voz de Brian estava com certo divertimento. —
Você pode parar de ser uma mãe galinha agora.
Desde que ele foi embora para a universidade Dani não tinha
deixado passar um dia sem falar com ele. Ela sabia que teria de
soltar as rédeas e deixá-lo encontrar o seu próprio caminho, mas ela
não estava pronta. Ainda não. Depois de ser a única responsável por
ele pelos últimos quatro anos, era difícil deixar ir seu irmão mais
novo.
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foi a filosofia de Dani. Ela era prática e focada e lidava com as
questões da vida de cabeça erguida.
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entusiasmo. — Tem um cara que me ofereceu um emprego de meio
período com vendas. Vou começar na próxima semana.
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luxo de se atrasar. Quando voltasse, ela pensaria nas possibilidades.
Sua prioridade — como ganhar mais dinheiro. Rápido.
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Capítulo Três
Se ela não podia aumentar sua renda, então teria que cortar
suas despesas. Ela não gastava muito em roupas e muito menos em
entretenimento. Quem tinha tempo para sair de qualquer jeito? Isso
só deixou uma coisa — a habitação. Tanto quanto ela amava seu
apartamento em Hyde Park, ela teria que abrir mão dele e ir para um
lugar mais barato. Ela fez uma careta. Não estava ansiosa em se
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mudar para mais longe da Escola Applewood. Odiava ter que
enfrentar o trânsito para chegar ao trabalho.
E esperou.
Dani olhou para o relógio pelo o que deveria ser a décima vez
e então inclinou a cabeça para trás e gemeu. Dez e quarenta e dois.
Tinha sido agendada para pegar Storm Hunter, às dez horas, mas ele
não estava em nenhum lugar à vista. Mais algumas limusines tinham
chegado nos últimos 45 minutos e todas elas permaneceram lá
esperando.
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A essa altura, ela não era uma campista feliz. Ele estava quase
uma hora atrasado o que significava que ela ia acabar saindo do
trabalho além da meia-noite.
Eu estive pronta para rolar por mais de uma hora, ela pensou
amargamente. Ainda assim, ela não deu voz ao seu pensamento.
Com um aceno rápido ela abriu bem ampla a porta da limusine e
segurou para o casal sorridente.
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Vamos indo, disse ele. Nem mesmo um pedido de desculpas
pelo atraso. Essa era provavelmente, uma das vantagens de ser um
bilionário — nunca ter que dizer que você lamenta.
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Dani não esperou para ver mais. Ela apertou o botão para
fechar a janela e tirá-los fora de sua vista.
O que foi aquilo? Sua mente lhe disse que só podia ser uma
coisa, algo que ela não queria nem pensar. Mas lá estava ele. O
pensamento cruzou sua mente e ela não conseguia se livrar dele.
Eles tinham acabado com os preservativos, ou pelo menos foi o que
pensou a mulher, e ela queria que Dani os levasse para reabastecer
seu estoque. O descaramento dela.
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nada mais do que uma professora batalhadora com um irmão para
sustentar. Por que ele lhe daria até mesmo uma hora do dia?
Estúpida em até mesmo pensar sobre isso, mas era assim que
a mente funcionava. Seu cérebro louco tinha uma mente própria.
Ele apenas deu a ela um sorriso torto, então olhou para Dani.
— Ei, não precisa ser tão formal — Storm disse com uma
risada. —Isso é o que você diria para o meu velho, não para mim.
— Chrystelle começou a ceder e ele passou os braços mais
apertados ao redor dela. — Diga a Tony para agendar você para me
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pegar novamente. — Ele estava se virando para ir quando parou. —
Na verdade, eu estou indo para o aeroporto na segunda-feira cedo.
Eu não quero dirigir de modo que você pode me levar. Eu vou
mandar a minha assistente organizar tudo. — Quando ele se virou
disse — Vejo você então, garoto.
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um inferno de um monte de problemas. Ela tinha estado com medo
por ter desejado ver Storm novamente, mas as coisas estavam piores
agora. O fato de que ela admitiu para si mesma que estava realmente
atraída pelo homem era positivamente aterrorizante.
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— Obrigado, Storm. Eu precisava disso.
Storm sorriu e foi até a cozinha, onde ele colocou uma jarra
de café para fazer. Eles tiveram o suficiente para beber por uma
noite. Ele simplesmente iria saborear uma xícara fumegante da
bebida enquanto esperava seu amigo vir e pegar sua esposa.
Hoje à noite Jack teve que sair correndo da festa mais cedo
para fazer uma cesariana de emergência no Hospital Chicago Geral,
deixando Chrystelle aos cuidados de Storm. Ela estava acostumada a
esse tipo de coisa. Como um dos melhores cirurgiões de Chicago,
ele era chamado em todas as horas do dia e da noite. Hoje foi
apenas mais do mesmo. Storm tinha concordado prontamente, para
Chrystelle relaxar com ele sabendo que Jack iria passar por lá tão
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logo suas mãos mágicas tivessem feito o seu trabalho. Ele era rápido,
ele era eficiente e ele era o melhor.
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Hoje ia ser um grande dia. Dani tinha certeza disso. Como
não poderia, quando ela recebeu uma maravilhosa surpresa no fim
de semana passado?
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Dani olhou para o cheque e, em seguida, para seu chefe. Ela
olhou para ele.
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E foi por isso que na segunda-feira, apesar de serem apenas
cinco horas da manhã, ela estava de bom humor. Ela estava
começando a ver a luz no fim do seu túnel e foi tudo por causa de
Storm Hunter. Só por isso ela iria tirar sua cara séria e ser
especialmente agradável com ele. Ele mais do que merecia.
Desta vez, quando ela parou em frente a sua porta, ele estava
pronto. Ela iria entregá-lo no aeroporto e ele provavelmente iria
fazer o seu caminho para uma sala de repouso exclusiva e, em
seguida, seguir em um jato particular. Então ela faria um retorno
rápido, levaria a limusine de volta à base, e iria correndo para casa
para se trocar de modo que estaria na escola Applewood às oito e
meia em ponto.
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de manter uma conversa com ela e, pela primeira vez desde que se
conheceram, ele parecia ter um interesse genuíno nela.
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suavemente, como se fossem conspiradores de algum tipo. — Elas
são as criaturas mais confusas do planeta. Hoje elas te amam como
se você fosse o único homem no mundo e amanhã elas não podem
suportar um osso em seu corpo.
Dani não tinha uma resposta para isso de modo que não
disse nada. Graças a Deus ele não a pressionou. Ele caiu para trás
em silêncio e um olhar no espelho retrovisor disse a ela que ele
inclinou a cabeça para trás e fechou os olhos. Para seu alívio, ele
permaneceu assim durante o resto da viagem.
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separado e, em seguida, foi direcionada para uma rampa no final da
qual repousava um jato particular impressionante. Havia um par de
oficiais da imigração na área prontos para liberar Storm para que
pudesse embarcar.
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—Quem é você? — Sua voz estava cheia de indignação.
Agora ela percebeu que não havia esperança de que ele fosse
rir. Onde estava seu senso de humor?
— Agora fale.
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Ok, então ia ser assim, não é? Ele ia jogar duro. Bem, ela
poderia ser dura, também. Dani cruzou os braços sobre o peito,
levantou o rosto e olhou diretamente nos olhos dele.
Então era isso. Não era apenas porque ela o tinha enganado,
era porque ela o tinha enganado tão bem que ele compartilhou
alguns pensamentos particulares com ela, pensamentos que ele
provavelmente só tinha compartilhado com um homem.
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— Eu sei e eu sinto muito. Mas eu já tinha começado a ser
Danny o cara quando te conheci. — Ela encolheu os ombros. — Eu
não poderia simplesmente abandonar isso. E de qualquer maneira,
Tony me pediu para manter o disfarce. Ele pensou que era mais
seguro para mim e para o seu negócio.
— É Dani.
— Sim, certo.
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— Olha, eu já pedi desculpas a você e não vou fazer isso de
novo. Se você não consegue entender a razão do meu disfarce, então
não posso te ajudar. — Ela colocou em sua boca um beicinho
rebelde e recusou-se a recuar. Bilionário ou não, ela não estava
prestes a deixar qualquer homem intimidá-la.
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Capítulo Quatro
Os sinais estavam todos lá, mas ele tinha sido muito estúpido
para vê-los. Agora, em retrospectiva, ele não sabia como pode ter
perdido as pistas — a plenitude de seus lábios, a suavidade de suas
bochechas, a pele suave e sedosa de seu rosto. E cada vez que ele
tinha chegado perto dela tinha sentido a leve fragrância de pétalas de
rosa.
Mais do que tudo, porém, ele deveria saber que algo estava
errado quando os pelos em seus braços se levantavam cada vez que
ela se aproximava dele. Ele tinha notado isso e achou estranho, mas
depois ignorou isso. Mas agora ele sabia por quê.
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ter acontecido com ele, exceto nas suas discussões com sua mãe e as
mães não contam.
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O que ele lhe ofereceria numa bandeja de prata, seria uma
oferta que ela não seria capaz de recusar.
— Calma aí, não tão rápido — disse ele com uma risada. —
Eu não vou chegar a isso. Sem chance. Tudo que eu quero é dar a
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minha família a impressão de que estou indo na direção certa. Você
vê, ele tem todos do seu lado. Eu só preciso de uma pausa de toda
essa pressão.
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passageiros lascivos. Ela aguardou ansiosa a reunião com ele para
discutir o novo arranjo.
Mas ela não era nada além de prática. Ela estava quebrando
seu cérebro, tentando encontrar maneiras de ganhar mais dinheiro, e
aqui Storm havia despejado uma solução diretamente em seu colo.
Ela adoraria dar o fora nele apenas pela satisfação de ensiná-lo a não
ter a aceitação dela como certa, mas ela não podia se dar a esse luxo.
Ela precisava do dinheiro.
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— Querida, seus serviços valem muito mais para mim do que
essa pequena quantia. Você chegaria mais perto da marca se você
apontasse para dez vezes o seu salário.
— Agora, por que eu faria algo assim? O quê? Você acha que
eu não posso pagar isso?
Foi então que ela percebeu que ele não estava sendo
excessivamente generoso sem motivo. Ele claramente calculou suas
necessidades e foi assim que ele tinha vindo com a sua proposta.
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é avisar ao Tony que você não vai voltar, e a sua segunda — ele se
aproximou e pegou a mão dela na sua — é conhecer-me melhor.
Dani quase arrancou sua mão para trás, ela estava tão
surpresa. Ela ainda não estava no trabalho assim, por que ele a
estava segurando?
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— Eu saio às três — disse ela — mas você pode me pegar às
quatro. Eu moro a apenas cinco minutos de carro da escola.
— É uma surpresa.
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Naquele momento ele virou-se e quando a viu seus lábios se
curvaram em um sorriso torto. Ele disse algo em seu telefone
terminando efetivamente a chamada, então voltou sua total atenção
para ela.
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— Sim, vamos. Este é o meu bebê — disse ele, sua voz cheia
de orgulho. —Estamos juntos há três anos e ela nunca me deixou na
mão.
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— Nem mesmo assim — disse ela, mas desta vez ela estava
sorrindo. Ela estava determinada a ser firme com ele, mas quem
poderia resistir àquele sorriso torto e àquela covinha surpreendente,
em sua bochecha esquerda? E o fato de que ele deixou o cabelo
crescer um pouco mais, até que enrolasse na gola do paletó, não
tornava nada mais fácil.
Eu não tenho tanta certeza disso, pensou ela, mas não disse
isso em voz alta. Ela podia estar segura com ele em sua moto, mas
quanto mais perto ela chegava dele, mais seu coração estava
descendo a ladeira escorregadia da atração. Ela realmente não podia
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se dar ao luxo de ser pega no deslizamento de terra. Ela era sua
ajuda contratada e não sua namorada, e a faria bem lembrar-se disso.
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coração de Dani pulou em sua garganta e ela não podia nem mesmo
gritar.
Storm não deve tê-la ouvido falar, porque ele continuou indo,
devagar e sempre em primeiro lugar, em seguida, um pouco mais
rápido até que ele foi mantendo-se com o resto do tráfego e
ultrapassando alguns carros mais lentos na estrada. Para seu crédito,
ele não pegou a rampa que levava à auto-estrada, mesmo que esse
caminho levasse a um passeio muito mais divertido. Em vez disso,
ele saiu da estrada principal e se dirigiu para uma estrada lateral, com
apenas um carro estranho ou uma van passando.
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Dani gritou, mas desta vez foi pela emoção de correr por
uma pista a toda velocidade, sentindo-se como se estivessem em um
avião pronto para decolar. Com a adrenalina bombando, o coração
acelerando e sua boca ficando seca, tudo o que ela podia fazer era
agarrar-se a Storm e gritar.
Dani olhou para ele quando ele se inclinou sobre ela e ela
explodiu em gargalhadas incontroláveis. Ela nunca se sentira tão
entusiasmada em sua vida. Este homem a tinha assustado até a
morte e, em seguida, ele arrastou-a sobre a borda, passando pelo seu
medo, e para um domínio audacioso que a fez querer mais. Quando
o riso finalmente morreu, ela ainda estava sem fôlego.
Mas então, quando ela olhou para ele, algo em seus olhos
mudou. O riso desapareceu e ele estava olhando para ela com uma
intensidade que lhe tirou o fôlego.
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Quando ele abaixou a cabeça, bloqueando o céu de sua vista,
ela fechou os olhos e ficou imóvel, com medo de se mover e
quebrar o encanto.
Ele deve ter tomado isso como licença para ir mais longe,
porque sua língua provocou e então explorou e então ele estava
saqueando a boca dela com um fervor que falava de paixão
reprimida.
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Storm saiu de cima dela e sentou-se ao seu lado. Quando ele
olhou para ela, ainda deitada de costas na grama, havia uma
expressão pesarosa em seu rosto.
— Eu não me importo.
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Mas esta noite Storm havia lhe dado de volta a adolescência
que ela tinha perdido. Ela tinha sido livre e louca e teve diversão
selvagem, e por isso ela era grata.
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— De alguma forma, você não me parece o tipo de garota de
costuras. Andadora de patins, talvez. Mesmo jogadora de boliche.
Mas costura?
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Capítulo Cinco
— Lola, pare com isso. — ele disse com sua voz mais
autoritária, mas era como falar com uma mulher louca. Ela já estava
alcançando o dispensador pesado de fita adesiva e ele teve que
mergulhar para arrancá-lo do seu alcance.
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chorar. —Você não me ama, Lola. É só um entusiasmo. É só porque
nossos pais esperam...
— Fala sério, Lola — disse ele, sua voz fria. — Nós nunca
iríamos nos casar e você sabe disso. — Ele balançou a cabeça. —
Você apareceu aqui de repente e começou com suas tolices de
costume, agindo como se fossemos amantes... O que não somos. Eu
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tive que dizer a você, porque este comportamento tem que parar. Eu
não posso mais jogar esses jogos com você.
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aprovavam. E foi por isso que ele se prendeu na ideia de Dani como
sua noiva. Ela era a solução perfeita para tirar todos, inclusive Lola,
de suas costas.
O triste era que parecia que ele tinha acabado de criar uma
nova inimiga.
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Pergunta número um — o que ele pensaria do seu modesto
apartamento, sendo um bilionário e tudo mais? Dilema número dois
— ela não deveria ter sugerido algo que permitisse estar em um
lugar neutro ao invés de um ambiente íntimo, como o seu
apartamento? Desastre número três — agora que ela teve um gosto
dele como ela seria capaz de manter as mãos longe da
“mercadoria”?
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— Ah, desculpe — disse ele, como se tivesse saído de seu
transe. Era como se ele só agora percebesse onde estava. As rugas
em sua testa desapareceram e seus lábios relaxaram em um sorriso.
— Me perdoe. Tem sido um longo dia.
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— Meu Deus, não estamos impacientes? — Ela riu, então o
dirigiu para um assento na sala de estar. — Eu vou pegar a cesta
com os suprimentos.
Dani teve que rir disso. Ela colocou a cesta na mesa do café e
arrancou o dedal da palma da mão dele.
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Ele pegou um pedaço rosa de bolinhas.
—Isso impede que a cor manche e que encolha uma vez que
você termine a colcha. Apenas algumas medidas preventivas.
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— Não vamos, não — disse ela e colocou a mão em seu
quadril. — Estou exausta. Você está tentando me fazer trabalhar até
a exaustão?
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Minha mãe até me ensinou a cozinhar e ela é uma defensora da
perfeição na cozinha. Brrr. — Storm teve um arrepio.
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Ele imediatamente aproveitou a vantagem. Rápido como um
gato, ele rolou na suavidade do sofá mudando de posição, assim ela
estava presa debaixo dele. Então, apoiando-se nos cotovelos, ele deu
um sorriso torto.
— Nunca.
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dele mantendo os dela prisioneiros, sua língua tentadora a princípio,
testando-a, provocando-a e então tornando-se mais dominadora até
que ela estava ofegante debaixo dele.
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Dani quase gritou quando ele chupou um mamilo enrugado
em sua boca, massageando-o com sua língua, rolando-o até que ela
se contorceu em doce agonia. Então ele moveu os lábios para o
outro e as mãos que ele libertou chegaram até o topo de sua cabeça
e a puxaram para si.
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camisa. Assim que terminou, ela levantou a cabeça. — Eu sou sua
noiva falsa lembra? Falsa. Isso significa sem sexo.
— Mas nós...
Ela ficou feliz por ter se lembrado disso antes que fosse tarde
demais. As roupas de Storm estavam em ordem novamente e agora
ele estava ali, franzindo o cenho para ela, obviamente irritado com
sua súbita mudança de ideia.
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— Você quer que eu vá embora? — Perguntou ele com os
dentes cerrados.
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Maldição, maldição dupla. Storm bateu a palma da mão
contra o volante e soltou um suspiro de frustração. Como podia ter
sido tão burro?
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— depois do que tinha acontecido, ela iria querer continuar com o
seu plano? Ele poderia facilmente pensar em vinte mulheres que
pulariam na oportunidade de jogar essa farsa com ele. Mas a única
que ele queria era ela.
Não era uma tarefa fácil admitir isso para si mesmo, não
depois dela tê-lo expulsado de seu apartamento. Mas era a verdade.
Agora só havia uma coisa a fazer. Ele tinha que se desculpar.
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— Eu também sinto muito — disse ela em voz baixa. —Não
é como se eu não tivesse culpa.
Mais uma vez houve silêncio e pela primeira vez em sua vida
Storm lutou para encontrar palavras. Finalmente ele falou.
— Eu ainda vou fazer isso, Storm. Mas você sabe que isso é
perigoso, certo? Quero dizer, enganar seus pais dessa maneira? Você
não acha que eles vão perceber?
— Normal?
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E esse foi o fim de sua noite. Não exatamente aquele que ele
tinha imaginado, mas pelo menos eles estavam de volta em termos
amigáveis.
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Dolorosamente belo era a única maneira que ela podia descrevê-lo,
porque ele parecia tão bom que tinha feito sua boca encher de
água... e ainda assim ela não podia tocá-lo. E era tudo por causa de
suas próprias regras estúpidas. Tudo bem, então talvez as regras
realmente fizessem sentido, mas ela não estava gostando delas neste
momento.
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Rapidamente os braços dele se soltaram, deixando-a
abandonada.
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—Muito bonito — disse ela, copiando as palavras dele
conforme ela olhava para o carro com apreciação. — Ela parece
rápida.
Ele riu.
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um carro com câmbio manual em anos, mas se lembrava de quando
costumava dirigir um. Ela realmente gostava da sensação da
embreagem e da mudança das marchas.
—Não. — ele disse, e seu sorriso era tão presunçoso que ela
sabia que ele estava dizendo a verdade.
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Eu só quero estar com você
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Isso pôs fim a qualquer conversa, Dani se recostou e fechou
os olhos para melhor apreciar a música e a sensação da brisa
soprando em seus cabelos.
Pouco tempo depois eles viraram outra vez, desta vez para o
que parecia ser uma estrada de terra no fim da qual havia uma
majestosa mansão situada entre árvores enormes que tinham
começado a ostentar as cores do outono – amarelos, dourados e
vermelhos entre as folhas verdes. Storm parou e pulou para vir ao
redor e abrir a porta para ela. Então, como se ele soubesse que ela
precisava de apoio, ele pegou a mão dela e eles subiram os degraus
juntos.
104
— Finalmente. Como você está Storm? Você precisa vir para
casa com mais frequência.
105
—Obrigada. — Dani respondeu, quase sentindo como se
devesse fazer uma reverência. Embora pequena, a Sra. Hunter era
intimidante com seus penetrantes olhos cinzento e postura real.
Parecia que ela devia estar sentada em um trono na Inglaterra ao
invés de dirigindo uma casa em solo americano.
Tão pequena como era, se a Sra. Hunter era uma força tão
poderosa, como seria o seu marido?
106
Edgar Hunter era um homem grande, tanto em tamanho
quanto em personalidade, e quando ele veio até eles e envolveu
Storm em um enorme abraço de urso, Dani quase temeu pela
segurança dele. Tão alto e musculoso como Storm era, ele era cerca
de metade do tamanho de seu pai. O homem parecia que poderia
facilmente quebrar a espinha de seu filho com aquele abraço.
107
uma mesa que parecia grande o suficiente para acomodar quarenta
pessoas. A sala lembrava um dos grandes salões nos castelos da
época medieval, era tão grande. Ao contrário daqueles grandes
salões, no entanto, esta sala era iluminada e arejada, e a mesa estava
decorada com vasos cheios de uma variedade de flores que
embelezavam a sala com a sua fragrância.
Janet riu.
108
— Mas como você...
— Oh, sim, tem razão. — Ela pegou seu copo e fingiu tomar
um gole de água, mas fez isso para esconder o rosto, que devia estar
ficando vermelho naquele momento. Ela quase tinha entregado o
jogo. Era suposto que eles se conheciam intimamente, então sua
expressão de surpresa levantaria suspeita, para dizer o mínimo.
Felizmente, os Hunters não pareceram perceber sua gafe.
109
As xícaras de chá foram retiradas, Storm se aproximou e
pegou a mão de Dani na sua.
110
Um homem tem que ter uma esposa para ser levado a sério na vida
e nos negócios. Boa jogada.
111
— E qual será a data, filho? Não demore. Com meu coração,
você sabe que o tempo é essencial.
Dani sentiu seu rosto ficar vermelho com esse pedido. Edgar
certamente sabia como pedir o que queria. Talvez fosse por isso que
ele era bom em fazer bilhões.
112
Sutil mudança de assunto, Storm, realmente sutil. Dani quase
riu. Ele parecia tão desesperado para fugir de qualquer discussão
mais aprofundada de seu noivado. Ela manteve o rosto sereno,
escondendo sua diversão, e disse em sua melhor voz de noiva
113
ficou ali, olhando de um para outro, ela poderia dizer que o que
estava por vir não ia ser bom.
114
Capítulo Seis
Janet assentiu.
— Você sabe como ela se sente sobre você. Acho que ela
estava esperando... — Ela parou de falar de repente e deu a Dani um
olhar pesado de culpa. — Sinto muito, Dani. Eu não quero ser
desrespeitosa com você. É só que... bem, Lola tem estado envolvida
por um tempo, então isso pode ser difícil. Você e Storm falaram
sobre ela, eu presumo?
Dani olhou para Storm, esperando que ele falasse. Ela era a
sua falsa noiva, mas este era o jogo dele. Ele deveria ser o único a
dar explicações.
— Estávamos indo...
115
Ele não teve a chance de dizer mais uma palavra. Naquele
instante, a porta da sala de jantar se abriu e Lola irrompeu.
— Ok, já chega.
116
mãos nos bolsos. Ele balançou a cabeça. — Sinto muito que isso
tenha te machucado, mas você tem que cair na real. Você tem que
desistir desse fingimento.
— Lola, por favor. Não chore. — Sua voz era baixa e seu
rosto sombrio e sério. Era óbvio que ele não estava gostando da
angústia de Lola. — Eu odeio que você esteja sofrendo agora e
sabendo que eu sou a causa. Se eu pudesse ter feito qualquer coisa...
117
que você não pode me amar, Storm? O que é isso sobre mim que
você odeia tanto?
118
Seus olhos fixos em Dani, ela levantou-se e devolveu o lenço
agora úmido para Edgar. Então virou-se e endireitando as costas ela
saiu da sala, deixando todos olhando para ela.
119
— Você espera que seus pais me amem. — veio a réplica de
Dani.
120
felicitou ele parecia tão contente que a culpa me deu um tapa bem
entre os olhos. Eu quase cedi e disse a eles a verdade.
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— Na verdade é — disse ele, seu olhar sério. —Tente ser
rico, para não mencionar um homem surpreendentemente bonito
por um dia e você vai ver o que eu estou falando.
E era por isso que era tão importante para ela manter
distância, pelo menos do ponto de vista emocional. Storm tinha sua
escolha de mulheres e quando ele estivesse realmente pronto para
sossegar ele escolheria a sua parceira de vida a partir de seu próprio
círculo. Ela não podia se dar ao luxo de começar a sentir alguma
coisa por ele. Se assim for, ela iria fazê-lo em seu próprio risco.
122
—Oh. — Dani não se sentia tão confiante, então. A última
coisa que ela precisava era a possibilidade de Lola lançar outro
ataque, desta vez na frente de uma multidão.
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—Obrigada — disse Dani, mais relaxada agora. — Eu não
fui ver Brian desde que eu o deixei na universidade. Eu quero levar
alguns de seus pratos caseiros favoritos.
124
Na manhã de sábado quando Storm a pegou em sua já
familiar Ferrari era um dia perfeito. O sol alegre e brilhante em um
céu azul quase sem nuvens a colocou em humor maravilhoso, o qual
Storm deve ter notado, porque ele lhe deu um largo sorriso, um
abraço rápido e até mesmo um beijo na bochecha, e então ele a
ajudou a entrar no carro e eles partiram.
Dani sorriu. Ela não sabia que tipo de chofer ele era,
cumprimentando sua cliente com abraço e beijo, mas ela não estava
reclamando.
125
mesmo que fosse só para derrubá-lo no chão e lembrar-lhe quem
era o chefe.
126
— Este foi um ataque surpresa — ela o repreendeu e lhe deu
um soco no braço. — Essa foi a única razão pela qual você me
venceu.
127
Os caras ainda estavam rindo quando Dani bateu palmas e
disse
Ela suspirou.
128
— Você pode ver com o que eu tinha que lidar quando ele
estava em casa — ela sussurrou. — Eu estava indo à falência para
mantê-lo alimentado.
129
— A minha favorita. — Aquela tarde foi um dos momentos
mais relaxantes que Dani teve em muito tempo. Ela gostou de
assistir os homens devorando a comida, mesmo tendo que lutar para
pegar um pedaço do pão de milho. As pessoas sempre brincam
sobre o apetite dos meninos quando estão crescendo, mas estes
eram homens adultos. Ela maravilhou-se com a facilidade com que
eles acabaram com os quilos de comida que ela trouxe.
— Foi ótimo passar o dia com você, garoto. Parece que você
está indo bem aqui.
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— Aqui. — Ela cavou no bolso de trás da calça jeans e tirou
um pequeno maço de notas. — É o dinheiro para a sua viagem.
—Todo ele?
131
Storm abriu a porta e Dani entrou e então eles foram
embora. Ela se acomodou em seu assento, feliz por relaxar e
desfrutar da companhia de Storm. Tinha sido um dia maravilhoso e
ela não queria que o sentimento de euforia acabasse. Quando Storm
ligou o rádio e colocou em uma estação de rock leve, ela sorriu para
si mesma. Ela sabia que ele teria preferido um rock pesado, mas ele
estava apenas sendo gentil. Ela gostou disso.
—O prazer é meu.
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O modo com que ele disse isso fez a respiração de Dani
pegar na garganta. Por que ele tinha que parecer e soar tão sexy? Ele
era um prato tentador que ela estava achando difícil de resistir.
— Eu adoraria.
133
Ela apoiou a bandeja sobre a mesa do café, e em seguida,
sentou-se na outra ponta do sofá. Ela serviu o café de Storm e
depois o dela, enquanto ele pulava os canais um pouco mais e
finalmente terminou no Discovery Channel. Eles tomavam café
enquanto observavam os arqueólogos desenterrando um corpo que
eles estavam convencidos que era o abominável homem das neves.
Quando o café acabou eles sentaram e assistiram um pouco mais,
até que finalmente Storm colocou as mãos sobre os joelhos e se
levantou.
— Para casa?
134
Dani não sabia de onde esta personalidade mandona tinha
vindo, mas ela estava gostando. Era como se ela estivesse se
rebelando contra suas próprias regras. Regras estúpidas, se ela fosse
dizer a si mesma. Ela sempre foi o tipo de pessoa que ia atrás do que
ela queria e hoje à noite o que ela queria era Storm Hunter.
Louca era certo. Era quase muito chocante pensar nisso, mas
no fundo ela sabia... ela tinha caído estupidamente de amor por
Storm e não havia absolutamente nada no mundo que pudesse fazer
sobre isso.
135
O dia que passaram juntos deve ter sido o ponto de ação para
ela. Os sentimentos foram brotando, mas agora eles tinham
estourado livre da barragem que ela havia construído em torno de
seu coração e eles estavam inundando sua alma.
Ela puxou a camisa dele até que estava fora da calça jeans e
deslizou os dedos trêmulos sobre seus músculos abdominais
ondulantes até seu peito. Lá ela espalmou as mãos sobre os
músculos rígidos do seu peito e levou os seus mamilos planos entre
o polegar e o indicador, provocando, beliscando, até que eles eram
duras protuberâncias debaixo de suas mãos. Ele tinha feito o mesmo
com os dela, então ela sabia o efeito que o carinho dela deveria ter
sobre ele. Ela foi recompensada quando ele endureceu e gemeu seu
êxtase, mesmo enquanto eles se beijavam.
Dani sabia que para conseguir o que queria ela precisava ser
corajosa e ousada. Ela já tinha rejeitado Storm antes e ele
certamente iria hesitar em ir mais longe do que um beijo. Se algo
estava para acontecer esta noite, seria tudo por conta dela.
136
Sem nenhuma hesitação ela pegou a ponta de sua camisa e
começou a levantá-la, para tirá-la dele.
Dani sabia que Storm estava pronto para ela e tudo o que ela
queria era oferecer. Ele estava ajoelhado e ela estava debaixo dele e
podia sentir sua excitação pressionando a suavidade de sua barriga.
Ela começou a desabotoar a sua blusa.
137
Quando ele olhou para ela, ela olhou em seus olhos com
paixão vidrada.
— Não, a outra coisa. Você disse... que você quer que eu seja
o primeiro? — Sua carranca estava ficando mais forte, o que
significava que havia algo errado. Algo estava terrivelmente errado.
138
Ela sentou-se, o seu corpo ficando frio.
Ele olhou para ela por um momento mais e ela pensou ter
visto um lampejo de... remorso? Muito rápido desapareceu e seu
rosto tornou-se impassível e frio.
— Boa noite, Dani. — Sua voz era calma, sem emoção. Para
ela, era ainda pior do que a sua raiva.
139
Quando Storm saiu, fechando a porta atrás de si, Dani ainda
estava no sofá, sem camisa e com os braços cruzados sobre os seios.
Ela estava olhando para frente com os olhos cegos, seu coração
sentindo como se tivesse morrido dentro dela.
140
Capítulo Sete
141
traiu. Ela estava tentando complicar a sua vida ainda mais do que já
era. Fale sobre uma virada nos eventos.
—Sim?
—Nós?
—Nós?
—Agora não.
142
—Claro que não, Storm. Nós não estávamos planejando ir
agora. Que tal um dia desta semana? Que tal na quarta-feira?
Por um longo tempo Storm não falou. Ele não estava com
humor para lidar com Lola ou com a sua amiga. Ele era um homem
ocupado e em cima de tudo ele tinha muito em sua mente. Mas ele
conhecia Lola. Se ela não conseguisse o que queria, ela era como um
despertador que nunca calava a boca — o tipo que continuava se
movendo e se escondendo até que você a perseguisse por toda a
sala. Por mais que ele odiasse a idéia, a única maneira que ele seria
capaz de se livrar dela seria vendo-a.
2
Tchau
143
três ou quatro anos que ele estaria indo para a cama enquanto o sol
ainda estava no céu, mas ele simplesmente não tinha energia para se
manter de pé por mais tempo. Sentia-se esgotado.
144
porta no momento em que Lola pulou fora de seu carro esportivo
prateado. Ela saltitava, toda sorrisos.
145
Uma vez dentro da casa, Lola parecia ter esquecido
completamente o plano de negócios. Ela se acomodou no sofá da
sala, em seguida, encontrou uma maneira de cruzar as pernas de
modo que a fenda na saia revelou um longo comprimento da coxa.
Então, ela tinha vindo a sua casa para flertar. Sem ser rude ele
teria que encontrar uma maneira de livrar-se dessa bagunça.
—Água?
Levou toda sua força de vontade para não jogá-la para fora
de sua casa. Gentilmente, Storm. Basta dar-lhe o vinho, em seguida,
dizer-lhe para ir. Ele a deixou descansando no sofá e foi para a
cozinha. Assim que ela tivesse a bebida iria embora. Ela já tinha
esgotado suas boas vindas.
146
Ligar para ele ou não ligar, essa era a questão. Dani olhou
para o celular mais uma vez tentando encontrar a coragem e se
arriscar.
Três dias inteiros haviam se passado desde que ela tinha visto
ou ouvido falar de Storm e hoje, quarta-feira, faria quatro dias.
Desde que concordou em desempenhar o papel de sua noiva falsa
este tinha sido o tempo mais longo que havia se passado sem falar
com ele e ela sentiu como se tivesse perdido um membro. Era isso o
que significava estar apaixonada? Estar tão consumida por outra
pessoa que você não conseguia comer, não conseguia dormir, parar
de pensar sobre ele? Se assim fosse, essa coisa de amor não passava
de um incômodo. Ela tinha sido feliz antes de conhecer Storm e
agora ela estava miserável. Esse tipo de problema, ela poderia ficar
sem.
Ela apertou o botão verde. Antes que ele pudesse falar, ela
deixou escapar:
147
A resposta que obteve foi surpreendente. Silêncio total e
absoluto.
A voz que veio de volta para ela não era a de Storm de forma
alguma. Era a voz estridente de uma mulher. Uma voz que ela
conhecia. A de Lola.
— Oh, por favor. Por que Storm iria levá-la para a festa,
quando ele me tem? — Ela deu uma risada zombeteira. — Na
verdade, nós estamos amarrados agora. Não é, querido? — Houve
mais risadas, então a linha ficou muda.
148
Os olhos de Dani se encheram de lágrimas e conforme elas
se espalharam em seu rosto, ela as enxugou com um lenço. Era tão
triste, tão triste. Por que eles até mesmo faziam filmes como este?
—Olá.
149
Isso foi recebido em silêncio. Ela pensou que ele iria gritar,
ela pensou que ele iria se enfurecer. Mas quando ele falou, foi com
uma voz que era calma, firme e gelada.
Ela olhou para o relógio. Dois minutos depois das sete. Não
havia tempo para ficar lá pensando. Ela tinha exatamente 28
minutos.
150
da família. Agora ela estava pronta e o relógio marcava sete e vinte e
cinco. Justo a tempo.
151
Quando eles viram os pais dele, a experiência foi ainda mais
difícil. Onde os amigos apenas a cumprimentaram, Edgar e Janet a
interrogaram longamente, mesmo em questões que deveriam ser
pessoais. Quando eles começariam uma família? Se houvessem
problemas eles iriam considerar medicamentos para a fertilidade?
Eles não eram casados, ainda não tinham tornado o noivado
público, e eles já estavam recebendo o terceiro grau.
Dani podia ver que Storm não estava confortável com a linha
de questionamento. Ela não ficou surpresa quando ele pegou a mão
dela e pediu-lhe para dançar. Ela sabia exatamente o que ele estava
sentindo. Como ele, ela só queria fugir.
152
isso era o mais longe que ela estava indo com Storm e nem mais um
passo adiante.
153
Edgar e Janet estavam olhando radiantes, com orgulho para
eles, enquanto o coração de Dani estava afundando em seus sapatos.
Ela não estava noiva de seu filho e nunca estaria, não nesta vida,
nem nunca. Mesmo se ela uma vez teve a esperança dele vir a amá-
la, ela já sabia que este era um sonho impossível. O homem havia se
envolvido no pior engano de todos — ao mesmo tempo em que ele
estava brincando com ela, ele ainda estava levando Lola adiante.
Obviamente ele tinha feito a mulher pensar que ela ainda estava no
páreo. Que tipo de homem faria isso? A menos que ele realmente
quisesse Lola?
154
Capítulo Oito
Dani não tinha para onde ir. Ela não tinha carro e por ter
saído correndo do lugar, ela estava sem a sua bolsa. Ela queria ir
embora. Ela queria ficar longe do alcance de Storm e dos seus
amigos e familiares. Mas como ela poderia escapar?
Dani puxou seu braço livre e virou-se para ele. Mesmo que
ela não tivesse o direito de estar furiosa, ela estava.
155
Ele franziu a testa.
— Ei, pare. Pode parar bem ai. — Ele ergueu uma mão,
silenciando-a. — Primeiro de tudo, eu não te liguei na quarta-feira.
Desde o último sábado, a primeira vez que eu a procurei foi esta
noite. — Ele cruzou os braços sobre o peito. — E, em segundo
lugar, não há nada acontecendo entre Lola e eu e nunca haverá.
156
para você. — Ele balançou a cabeça. — Você tem que entender,
Dani. Mesmo que nunca tenha havido nada entre nós, Lola vê a si
mesma como uma mulher desprezada. Ela faria qualquer coisa para
destruir o que temos.
157
percebi que eu não poderia ficar com você e depois ir embora. Você
iria querer mais. E eu estava com medo disso. — Ele deu uma risada
amarga. — Eu fui tão irritantemente estúpido. Demorou o tempo
que passei longe de você, o tempo que passei na miséria, para eu
perceber o quanto eu quero você na minha vida. — Então ele deu-
lhe um olhar tão aberto e honesto que ela não poderia duvidar de
suas palavras. — Estou cansado de fugir, Dani. Eu quero me
comprometer e eu quero que esse compromisso seja com você.
158
Ele então beijou-a nos lábios e ela o beijou de volta, com
todo o amor que ela tinha guardado em seu coração.
159
— Danielle Swift — disse ele, olhando para o rosto dela com
uma expressão de tal devoção que seu coração tremeu. — você vai
ser minha esposa?
Fim
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