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- Conceito de ética: a ética é um conjunto de princípios ligados à ação das pessoas que define quais ações
podem ser consideradas corretas ou incorretas.
Em sua obra “Ética à Nicômaco”, Aristóteles defende a ideia da ética das virtudes: centrada no desenvolvimento
do caráter moral. Virtudes como coragem, moderação, generosidade e justiça são essenciais para alcançar a
felicidade.
Em todas as coisas façam aos outros o que vocês desejam que eles lhes façam. Essa é
a essência de tudo que ensinam a lei e os profetas.
(Mateus 7:12)
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Base constitucional
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
1. Compreender que a escola equivale a um corpo organizado e com funções bem delimitadas
Qualquer alteração nessa estrutura implica em problema de funcionamento saudável de todo o corpo.
Preciso compreender os limites da minha função e minhas atribuições. Ao tratar de temas que não me
competem, estarei afetando o trabalho de outro colega, bem como desestabilizando todo esse ecossistema de
trabalho.
Caso eu queira ajudar de alguma forma, fora da minha área de atuação, devo procurar as pessoas responsáveis
por aquela tomada de decisão.
Jamais agir fora dos limites da minha função, de forma “justiceira”, pois isso costuma gerar situações injustas
(falta de conhecimento e precipitação).
2. Responsabilidades profissionais
Não nos cabe intervir nas convicções pessoais, religiosas, políticas e ideológicas dos alunos,
a não ser que essas questões interfiram no relacionamento entre os alunos, desenvolvimento
do aluno e na relação com os demais profissionais da escola.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;
VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o
exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
Encenação da compreensão da escola como um corpo organizado: simule situações em que cada participante
representará um órgão do "corpo" da escola. Discutam como alterações ou interferências podem afetar o
funcionamento saudável.
Análise de Caso sobre Limites da Função: apresentar casos fictícios de educadores agindo fora dos limites de
suas funções. Os participantes discutirão as consequências e como poderiam ter agido ética e
profissionalmente.
2. Relações interpessoais
- Importância do respeito mútuo entre os colegas de trabalho, alunos, pais e demais membros da comunidade
escolar.
Dramatização do respeito mútuo: em pequenos grupos, os participantes criarão cenas que exemplificam o
respeito mútuo entre colegas, alunos, pais e membros da comunidade escolar.
Role-Play de resolução construtiva de conflitos: simular conflitos típicos na escola e peça aos participantes que
atuem em resoluções construtivas, enfatizando a comunicação eficaz.
3. Equidade e inclusão
- Discutir a necessidade de tratar todos os alunos de forma justa e igualitária, promovendo a inclusão e a
diversidade.
Ao criarmos diferença de tratamento, podemos gerar uma maior segregação de alunos que já
sofrem abusos psicológicos.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor.
(ECA)
- Explorara estratégias para criar um ambiente escolar acolhedor e seguro para todos.
Em grupos, debater a necessidade de tratamento justo para todos os alunos. Analisem como as diferenças de
tratamento podem impactar psicologicamente os alunos.
4. Integridade acadêmica
Se tenho dúvida de uma conduta é correta, provavelmente devo esclarecer a questão com os
meus superiores. Um ato de desonestidade pode passar impune no primeiro momento, mas
certamente será descoberto futuramente.
- Abordar questões relacionadas a plágio, trapaça e a importância de desenvolver o pensamento crítico nos
alunos.
Trabalhar a conscientização sobre princípios morais aceitos por todos não implica em violar os
limites da educação: respeito, honestidade, pontualidade, cuidado com o próximo, boa postura
e linguajar adequado, etc.
Apresente casos de plágio ou trapaça e peça aos grupos para discutirem como lidariam com essas situações,
promovendo a integridade acadêmica.
Atividade de Estímulo ao Pensamento Crítico: Proponha uma atividade em que os participantes desenvolvam
perguntas que estimulem o pensamento crítico dos alunos sobre um tópico específico.
- Aborde questões relacionadas ao uso ético de recursos da escola, incluindo equipamentos, materiais e
financiamento.
Nós somos um exemplo de conduta para os nossos alunos, e isso engloba todos os
profissionais. Devemos dar exemplo no uso correto e adequado dos recursos da escola.
Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se
desviará dele.
(Provérbios 22:6)
Aproveitar ao máximo os recursos disponibilizados pela escola, para proporcionar aos alunos
a melhor experiência de aprendizagem e bem-estar.
- Sensibilize os funcionários sobre a importância do comportamento ético nas interações online, especialmente
em plataformas de redes sociais.
A nossa vida tem se desenvolvido também no mundo digital. O que fazemos na internet
também nos define como pessoas, e devemos guardar o mesmo nível de ética em nossas
condutas praticadas na internet.
Atualmente, diversas condutas online são inclusive criminalizadas, dada a sua importância e
impacto nas vidas de outras pessoas.
- Posso postar fotos com os alunos, sem autorização da direção e responsáveis legais?
- Posso fazer publicações sobre fatos ocorridos no ambiente de trabalho, expondo a escola,
alunos e colegas de trabalho?
Art. 5º.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação;
(CF)
Peça aos participantes para analisarem postagens fictícias online e discutirem como essas ações podem afetar
a reputação da escola.
Desenvolvimento de Diretrizes para Uso de Redes Sociais: Em grupos, desenvolvam diretrizes éticas para o
uso de redes sociais por parte dos educadores, visando manter a reputação escolar.
- Explore práticas éticas ao lidar com os pais dos alunos, promovendo uma comunicação aberta e construtiva.
Nem sempre os pais compreendem o que queremos falar, especialmente quando fazemos uma
avaliação dos seus filhos. Por esse motivo, análises dos alunos devem ser feitas de forma
agendada e planejada, mediante reunião previamente agendada, a fim de evitar mal entendido.
Nada de conversas detalhadas nas portas do colégio ou das salas de aula.
Contatos diretos pelo celular devem ser realizados apenas pela coordenação pedagógica.
- Destaque a importância da parceria entre escola e família para o desenvolvimento dos alunos.
Eventuais cuidados especiais com cada aluno devem ser discutidos previamente entre
professores e coordenação pedagógica. Em seguida, as famílias devem ser convidadas para
tratar do tema, compreendendo como cada um pode colaborar para o bom desenvolvimento
do aluno.
Cada grupo elabora um plano para envolver as famílias no processo educacional, destacando a importância da
parceria escola-família.
- Forneça orientações sobre como os funcionários podem abordar dilemas éticos no ambiente escolar.
- Destaque a importância de considerar as consequências de suas ações e tomar decisões éticas baseadas
em valores fundamentais.
Agir sempre de forma proporcional, razoável e pensada (nunca por impulso). Muitas decisões
poderiam ser melhor tomadas se esperássemos pelo dia seguinte, e principalmente se
conversarmos sobre o assunto com as pessoas responsáveis pela respectivas tomadas de
decisão.
Desenvolva uma simulação em que os participantes tomem decisões éticas em tempo real, considerando
valores fundamentais e consequências a longo prazo.