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01/04/2023 – Área da Família

Infância & Adolescência


Manual para Pais e Evangelizadores

A educação da nova era (Capítulo 14)


(Marcia Regina de Azevedo Caldas Léon)

Necessário se faz diferenciar, etimologicamente, a palavra “educar” da palavra


“instruir”. Educar consiste em disponibilizar condições para o pleno desenvolvimento do
ser humano nos aspectos biológicos, intelectual, psíquico, psicológico, social, estético
ecológico e moral. Instruir se resume em transmitir e adquirir conhecimentos.
Em pleno século XXI, temos a oportunidade de assistir a uma crescente rede de
estímulos psicológicos e educacionais que norteiam a vida das crianças, em especial
quando se trata de educação virtual. Os meios de comunicação, de uma maneira muitas
vezes não intencional, saturam as mentes imaturas de informações, tornando difícil nessa
fase o processo de seleção, mesmo porque não há ainda parâmetros para tal.
As crianças e os jovens se encontram em uma fase diferenciada, em que o ser
psicobiológico não se encontra amadurecido para definir até que ponto o que estão
vendo, ouvindo e sentindo é adequado para guiar a sua conduta naquele momento.
Muitos se encontram circunscritos por grupos de amigos que também se encontram
envolvidos por essa carga imensa de informações, além disso, o sentido do grupo se
sobressai sobre o individual, fazendo com que todos passem a ter a mesma forma de
pensar e agir, não tendo a oportunidade de refletir e decidir pela melhor opção de conduta
individual.
Os pais, de uma maneira geral, enquanto responsáveis por essas crianças e
jovens, são imbuídos da responsabilidade de orientá-los, de conduzi-los moral e
eticamente, para a reflexão das situações que os envolvem. A educação familiar é, sem
dúvida, o ponto de partida para o bem-estar e o bem conviver em sociedade. Os valores
éticos e morais devem estar no cerne da família, amparados pela conduta ilibada do
respeito para com o próximo, em seus mais diferentes conceitos de diversidade étnica e
religiosa.
A família espírita recai, mais uma vez, a responsabilidade de orientar os passos, de
valorizar a estima dos filhos, em sobrepor o respeito a Deus e ao próximo, de estimular o
livre-arbítrio do jovem em bases e valorização do ser humano, em quaisquer situações.
Devemos nos lembrar sempre que os espíritos que reencarnam em um lar espírita contam
com a orientação que a Doutrina Espírita pode oferecer, sem barreiras, para que a sua
evolução atual possa se processar a passos firmes e sólidos em todas as vezes que as
dificuldades reaparecem como instrumento de educação.
À escola devemos direcionar o nosso pensamento e nos preocupar com os
conceitos que são ensinados, não apenas no âmbito pedagógico, mas também no da
educação do ser humano enquanto ser integral. Não há, atualmente, mais espaço apenas
para a educação formal. Aprender a ler e a escrever somente ficou em algum lugar do
passado. Hoje, ler deve ser incorporado ao compreender o que se foi lido, a interpretar
conceitos e relatá-los de uma forma de fácil compreensão e assimilação. Esse é também
o papel da escola do século XXI.
Devemos nos lembrar que a educação e instrução são fases evolutivas da
aquisição de sabedoria das nossas crianças e jovens, que amparados pela família e
escola conseguirão optar pela melhor maneira de se empreender uma caminhada
ascensional ao bem viver e bem conviver em sociedade.

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