A terapia nutricional enteral desempenha um papel vital no tratamento de pacientes que
apresentam dificuldade em manter uma nutrição oral adequada. No entanto, as indicações e contra-indicações para esta terapia requerem uma avaliação cuidadosa e consideração de múltiplos fatores. Além disso, é necessário garantir que a quantidade prescrita de energia seja administrada na prática e que complicações como a síndrome de realimentação sejam evitadas. Vários fatores devem ser considerados quanto às indicações e contra indicações da terapia nutricional enteral. Primeiro, avalie continuamente o estado nutricional do paciente. Pacientes desnutridos, em risco nutricional ou incapazes de satisfazer suas necessidades nutricionais por via oral são candidatos ideais para terapia enteral. Porém, obstrução gastrointestinal, instabilidade hemodinâmica, perfuração intestinal ou alergia aos ingredientes da fórmula são algumas contraindicações importantes. Para garantir que não haja discrepância entre a quantidade de energia especificada no manejo nutricional e a quantidade real aplicada, deve ser adotada uma estratégia de aplicação rigorosa. É importante ter uma equipa multidisciplinar bem treinada para seleccionar formulações apropriadas, estabelecer vias de entrada, sensibilizar as famílias para não tocarem nos doseadores e realizar monitorização contínua. Além disso, a manutenção adequada de equipamentos como sondas e bombas de infusão é fundamental para evitar interrupções na administração de medicamentos. Em relação à síndrome de realimentação, esta complicação pode ocorrer quando os nutrientes são rapidamente reintroduzidos em pacientes gravemente desnutridos ou em estado de inanição. Isto pode levar a distúrbios eletrolíticos, particularmente hipofosfatemia, levando a complicações graves. Para evitar a síndrome de realimentação, os nutrientes devem ser reintroduzidos gradualmente e os eletrólitos séricos, especialmente o fosfato, devem ser monitorados continuamente. Além disso, é importante identificar pacientes de alto risco e implementar protocolos específicos de prevenção.