Validação: crescendo a partir do contato humano saudável
Por Andrea Rosa e Marco Aurélio Mendes
No ano passado iniciei um projeto de vida chamado TFE, Terapia focada nas emoções. Neste processo lindo de autoconhecimento que nos possibilita crescer como pessoas e profissionais, descobri e constatei o quanto ser validado é importante para nosso desenvolvimento. “Validação diz respeito ao ato de validar alguém que, por sua vez, se refere ao ato de legitimar o indivíduo, corroborando a sua perspectiva. Nem todo comportamento precisa ser validado, mas os sentimentos geralmente sim. Ao validarmos os sentimentos de uma pessoa, especialmente suas emoções mais centrais, mesmo as dolorosas, colaboramos com o seu processo evolutivo, reforçando sua autoconfiança e autoestima. Em nosso histórico de vida, porém, muitos cuidadores, infelizmente, não validam as dificuldades e perspectivas do outro, transferindo a sua ansiedade, perfeccionismo e críticas, não dando a devida importância ao sentimento da criança que é cuidada. Acabam, de certa maneira, reproduzindo suas exigências, causando pressão e irritação, não procurando compreender o sentimento genuíno da dúvida, da dor e das dificuldades inerentes à vida. A invalidação da criança, faz com que ela, detentora de infinitas capacidades, habilidades e competências, com um potencial imenso de desenvolvimento, fique presa a esta rede embaraçada de cobranças. Foi isto que Carl Rogers tão bem explicou com sua noção de falso self. Eu deixo de ser quem eu sou para querer agradar o outro ou evitar conflito. Vou me perdendo de mim aos poucos e depois, não consigo mais me achar...
Por meio do presente texto, sugiro que experimente fornecer as condições
necessárias para que o indivíduo – seja para o(a) seu(sua) filho(a), companheiro(a), amigo(a) e para você mesmo - entre em contato com o seu potencial e sua tendência ao crescimento.
Lembre-se de que nem sempre o comportamento precisa ser validado. A dor que o causa é que precisa de atenção, acolhimento e afeto.