Eixo 1: Atenção Humanizada e qualificada à gestação,
ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido. O QUE É A REDE CEGONHA? FINALIDADE DA REDE CEGONHA É uma estratégia do Ministério da Saúde; Assegurar e prever a expansão e qualificação de: OBJETIVO: 1. Maternidades; Implementar uma rede de cuidados para assegurar 2. Leitos; direitos as mulheres. 3. Centros de parto normal; 1. Planejamento reprodutivo; 4. Casas de gestantes do bebê e puérpera; 2. Atenção humanizada à gravidez; 5. Direito ao acompanhante no parto; 3. Ao parto; 6. Exames de PN; 4. Ao puerpério; 7. Planejamento familiar; 8. Acompanhamento das crianças até os 2 Assegurar direitos às crianças: anos. 1. Direito ao nascimento seguro; Qualidade de vida e bem estar durante a gestação, 2. Ao crescimento saudável; parto e puerpério e a criança. 3. Ao desenvolvimento saudável. Um parto seguro – redução de mortalidades. Objetivos estruturais: Centros de Parto Normal 1. Estrutura e organizar a atenção materno- infantil; Ambiente preparado para que as gestantes possam 2. Implantação gradativa em todo o ter um parto mais confortável, acesso a métodos não território nacional. farmacológicos (banheiras de Hidro) de alívio da dor, entre outras. COMPONENTES DA REDE CEGONHA 1. Gestante acompanhada por uma enfermeira 1. Pré-natal; obstetra em um ambiente específico; 2. Parto e nascimento; 2. Acesso a métodos não farmacológicos de 3. Puerpério e atenção integral à saúde alívio de dor; da criança; 3. Profissionais capacitados para atuar nesses 4. Sistema logístico (transporte sanitário locais. e regulação). Hospital amigo da criança (IHAC)
MODALIDADES DE ADESÃO Desenvolvimento do programa aleitamento materno.
1. Adesão regional: para o Distrito Federal e Bancos de leite o conjunto de municípios da região de saúde priorizada na CIB, conforme Na atenção ao recém-nascido prematura. critérios da Portaria GM/MS nº Desenvolve diferentes ações – educação e 2.351/2011. Comissão Intergestores Bipartite formação de profissionais 2. Adesão facilitada: para os municípios Formação e capacitação de Enfermeiros Obstétras e que NÃO pertencem à região de saúde ou obstetriz priorizada na CIB e que NÃO aderiram ao Programa da Melhoria do Acesso e da Promoção de cursos de curta e longa. Qualidade (PMAQ); TESTE RÁPIDO 3. Adesão Integrada: para os municípios com adesão ao Programa da Melhoria do Implantação do teste rápido na UBS; Acesso e da Qualidade (PMAQ) que estão previstos ou não na adesão regional. A mulher já recebe as orientações antes de engravidar 4. Garantia da atenção à saúde das crianças de e no momento do resultado do teste já inicia o pré zero a vinte e quadro meses com qualidade e natal. resolutividade; e 5. Garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo.
PRINCÍPIOS DA REDE CEGONHA
COMPONENTES 1. Respeito, a proteção e realização dos direitos humanos; 2. O respeito à diversidade cultural, étnica e 1. Pré-Natal racial; 2. Parto e Nascimento 3. A promoção da equidade; 3. Puerpério e Atenção Integral à Saúde da 4. O enfoque de gênero; Criança 5. A garantia dos direitos sexuais e dos 4. Sistema Logístico: Transporte Sanitário e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e Regulação adolescentes; 6. A participação e a mobilização social; e Componente Pré-Natal: 7. A compatibilização com as atividades das a. Realização de pré-natal na UBS com captação redes de atenção à saúde materna e infantil precoce da gestante e qualificação data em desenvolvimento nos Estados. atenção; b. Acolhimento às intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e OBJETIVOS vulnerabilidade; c. Acesso ao pré-natal de alto de risco em tempo 1. Fomentar a implementação de novo modelo oportuno; de atenção à saúde da mulher e à saúde da d. Realização dos exames de pré-natal de risco criança com foco na atenção ao parto, ao habitual e de alto risco e acesso aos nascimento, ao crescimento e ao resultados em tempo oportuno; desenvolvimento da criança de zero aos vinte e. Vinculação da gestante desde o pré-natal ao e quatro meses; local em que será realizado o parto; 2. Organizar a Rede de Atenção à Saúde f. Qualificação do sistema e da gestão da Materna e Infantil para que esta garanta informação; acesso, acolhimento e resolutividade; e g. Implementação de estratégias de 3. Reduzir a mortalidade materna e infantil com comunicação social e programas educativos ênfase no componente neonatal. relacionados à saúde sexual e à saúde reprodutiva; h. Prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e DIRETRIZES Hepatites; e i. Apoio às gestantes nos deslocamentos para as consultas de pré-natal e para o local em que 1. Garantia do Acolhimento com avaliação e será realizado o parto, os quais serão classificação de risco e vulnerabilidade, regulamentados em ato normativo específico. ampliação do acesso a e melhoria da qualidade do pré-natal; Componente PARTO e NASCIMENTO: 2. Garantia da vinculação da gestante à unidade a. Suficiência de leitos obstétricos e neonatais de referência e ao transporte seguro; (UTI, UCI e Canguru) de acordo com as 3. Garantia das boas práticas e segurança na necessidades regionais; atenção ao parto e nascimento; b. Ambiência das maternidades orientadas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36/2008 da Agência Nacional de Vigilância c. Implantação e/ou implementação da Sanitária (ANVISA); regulação de leitos obstétricos e neonatais, c. Práticas de atenção à saúde baseada em assim como a regulação de urgências e a evidências científicas, nos termos do regulação ambulatorial (consultas e exames). documento da Organização Mundial da Saúde, de 1996: "Boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento";
d. Garantia de acompanhante durante o
acolhimento e o trabalho de parto, parto e OPERACIONALIZAÇÃO pós-parto imediato; e. Realização de acolhimento com classificação de risco nos serviços de atenção obstétrica e 1. Adesão e diagnóstico; neonatal; 2. Desenho Regional da Rede Cegonha; f. Estímulo à implementação de equipes 3. Contratualização dos Pontos de Atenção; horizontais do cuidado nos serviços de 4. Qualificação dos componentes; e atenção obstétrica e neonatal; e 5. Certificação. g. Estímulo à implementação de Colegiado Gestor nas maternidades e outros dispositivos de co-gestão tratados na Política Nacional de Fase 1: Adesão e Diagnóstico: Humanização 1. Mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase; Componente PUERPÉRIO E ATENÇÃO 2. Apoiar a organização dos processos de INTEGRAL À SAÚDE DA CRIANÇA trabalho voltados a implantação/implementação da rede; a. Promoção do aleitamento materno e da 3. Identificar e apoiar a solução de possíveis alimentação complementar saudável; pontos críticos em cada fase; e b. Acompanhamento da puérpera e da criança 4. Monitorar e avaliar o processo de na atenção básica com visita domiciliar na implantação/implementação da rede. primeira semana após a realização do parto e nascimento; Fase 2: Desenho Regional da Rede Cegonha: c. Busca ativa de crianças vulneráveis; d. Implementação de estratégias de Realização pelo Colegiado de Gestão Regional e pelo comunicação social e programas educativo CGSES/DF, com o apoio da SES, de análise da situação relacionados à saúde sexual e à saúde de saúde da mulher e da criança, com dados reprodutiva; primários, incluindo dados demográficos e e. Prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e epidemiológicos, dimensionamento da demanda Hepatites; e assistencial, dimensionamento da oferta assistencial e f. Orientação e oferta de métodos análise da situação da regulação, da avaliação e do contraceptivos. controle, da vigilância epidemiológica, do apoio Componente SISTEMA LOGÍSTICO: diagnóstico, do transporte e da auditoria e do TRANSPORTE SANITÁRIO E REGULAÇÃO: controle externo, entre outros;
a. Promoção, nas situações de urgência, do FINANCIAMENTO
acesso ao transporte seguro para as gestantes, as puérperas e os recém nascido de alto risco, por meio do SAMU Cegonha, cujas Art. 10. A Rede Cegonha será financiada com ambulâncias de suporte avançado devem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e estar devidamente equipadas com dos Municípios, cabendo à União, por meio do incubadoras e ventiladores neonatais; Ministério da Saúde, o aporte dos seguintes b. Implantação do modelo “Vaga Sempre”, com recursos. a elaboração e a implementação do plano de vinculação da gestante ao local de ocorrência 1. Componente PRÉ-NATAL: do parto; e a. 100% de custeio dos novos exames do pré-natal b. 100% do fornecimento de kits para as o Rolo de barbante para ligadura do UBS, kit para as gestantes e kits para cordão umbilical o Luvas descartáveis parteiras tradicionais. o Álcool a 70% c. 100% das usuárias do SUS com ajuda o Saco plástico transparente de custo para apoio ao deslocamento (polietileno) da gestante para o pré-natal e local de o Almontolia ou pinceta média, para parto. acondicionar o álcool o Tesoura comum para uso pessoal o Livro da Parteira o Lápis/caneta e borracha 2. Componente PARTO E NASCIMENTO o Caderno pequeno para anotações a. Recursos para a construção, o Balão auto-inflável com válvula ampliação e reforma de Centros de reguladora o Máscaras para balão Parto Normal, Casas de Gestante, o Bulbo ou pêra de borracha Bebê e Puérpera. o Estetoscópio adulto b. Adequação de ambiência em serviços o Gorro/toca capilar que realizam partos. o Coberta de flanela para o recém- nascido o Avental plástico o Forro protetor KITS
Kit para UBS
o Sonar o Fita métrica o Gestograma o Caderno de Atenção Básica/CAB - Pré-natal o Balança adulto KIT PARA AS GESTANTES o Bolsa Rede Cegonha o Material para cura do umbigo (vidro de álcool 70% e 60ml e 20 unidades de gaze estéril embalado em caixa de plástico) o Trocador de fralda KIT PARA AS PARTEIRAS TRADICIONAIS
o Bolsa para acondicionar os materiais
o Tesoura curva em inox, ponta romba, para uso exclusivo no parto o Caixa em inox ou em alumínio, para guardar a tesoura de inox o Balança de tração com gancho e suporte "tipo cegonha" o Lanterna média a dínamo o Fraldas de algodão o Guarda-chuva e capa de chuva o Bacia de alumínio o Toalha para enxugar as mãos o Estetoscópio de Pinard de plástico o Fita métrica o Pacotes com gaze o Escova de unha o Sabão líquido Consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais. Equipe treinada para orientar Ocorre em 3 etapas: 1. PRIMEIRA: Tem início ainda no pré-natal da gestação de alto risco, tendo continuidade na internação do recém-nascido pré-termo na Unidade Neonatal. Os pais devem ser acolhidos e receber as informações: Condições de saúde do filho; Os cuidados dispensados; MÉTODO CANGURU As rotinas; Funcionamento da unidade e da O QUE É? equipe que irá cuidar do recém- nascido. ACOLHIMENTO DA FAMÍLIA O Método Canguru é um modelo de assistência ao LIVRE ACESSO DOS PAIS recém-nascido prematuro e sua família, internado na CONTATO COM O RN Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, voltado ESTÍMULO AO AM para o cuidado humanizado, que reúne estratégias de MENOR ESTÍMULOS DO AMBIENTE intervenção biopsicossocial. Nele é estimulado: MENOR ESTRESSE/DOR Presença dos pais na unidade neonatal com o A participação do pai deve ser estimulada. livre acesso e participação nos cuidados com o filho; 2. SEGUNDA: o Respeitando o sono O bebê permanece de maneira contínua com sua o Estado comportamental do recém- mãe, que participa ativamente dos cuidados do nascido o Pais orientados a tocar o filho filho. o Realizar a posição canguru Isso deixa mais segura e estimula a permanecer precocemente com o bebê na posição canguru o maior tempo possível. ESTIMULO AO ALEITAMENTO CITÉRIOS: o BEBÊ: estabilidade clínica, nutrição É um dos pilares do Método Canguru; enteral plena e peso maior ou Contato precoce e a presença constante da mãe junto ao recém-nascido; igual a 1.250g Orientação a mãe realizar a extração manual o MÃE: Vontade/Disponibilidade, do leite junto a incubadora e oferece-lo ao reconhecer situações de risco e filho com a ajuda da equipe; manejar RN na posição canguru. Estudos mostram que o volume de leite é 3. TERCEIRA: maior quando há um contato pele a pele; e Contato pele a pele prolonga a amamentação O bebê vai para casa e é acompanhado, por mais tempo. juntamente com a família, pelo Ambulatório do Método Canguru, situado no hospital de origem. POSIÇÃO CANGURU Acompanhados na UBS também em um cuidado compartilhado até atingir o peso de 2,5kg. Favorece o vínculo mãe-filho; CRITÉRIOS: Diminui o tempo de separação; Estimula o aleitamento materno; Família orientada Favorece um melhor desenvolvimento Peso maior ou igual 1.600g neurocomportamental e psicoafetivo do Dieta VO recém-nascido de baixo peso; Acompanhamento ambulatorial Reduz o estresse e a dor; 1 consulta em 48 horas Proporciona um melhor relacionamento da Atendimento hospitalar garantido família com a equipe de saúde; Possibilita maior competência e confiança dos AVALIAÇÃO: pais no cuidado com seu filho. Desenvolvimento e crescimento Relação família/bebê Situações de risco REFERÊNCIAS Tratamento Imunizações Caderno Humaniza SUS, Vol 4, Humanização do parto e do nascimento CRITÉRIOS PARA O INCIO DA 3 ETAPA Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança Redes de atenção à saúde: A rede cegonha Segurança da mãe, deve estar motivada e Unasus orientada, bem como os familiares. Artigo Método Canguru: atenção humanizada A mãe e o pai, com o apoio da família nas ao recém-nascido de baixo peso. atividades do lar, devem assumir o Rede Cegonha e desafios metodológicos de compromisso de realizar a posição implementação de redes no SUS, 2020 canguru pelo maior tempo possível; O peso mínimo do bebê deve ser de 1,6kg; O acompanhamento ambulatorial deve ser assegurado até o peso de 2,5kg; O ganho de peso deve estar adequado durante três dias antes da alta; O bebê deve estar em aleitamento materno exclusivo ou, em situações especiais, a mãe e a família devem estar habilitadas a realizar a complementação; Após a alta, a primeira consulta deve ser realizada em até 48 horas no hospital de origem. As demais consultas devem ser alternadas com a Unidade Básica de Saúde, com visitas domiciliares pelo agente comunitário de saúde; O atendimento na unidade hospitalar de origem deve ser garantido até a alta da terceira etapa.