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Atos 7.1-18
Introdução:
Estêvão foi escolhido como diácono, junto com outros seis, para ajudar a
cuidar das necessidades práticas da comunidade cristã, garantindo que os pobres e
viúvas fossem atendidos. No entanto, sua dedicação, sabedoria e fé o destacaram
como alguém chamado para um ministério mais amplo.
O texto nos mostra que Estevão fazia coisas maravilhosas no meio do povo,
mas havia entre eles um grupo da comunidade de língua grega que fazia oposição ao
seu ensino e pregação, e entraram numa disputa com ele. Lucas nos diz que eles não
eram capazes de resistir à sua sabedoria ou ao espírito pelo qual ele falava.
De início envolveram Estevão num debate honesto, mas sua honestidade não
durou muito. Quando viram que não seriam capazes de aniquilar seus argumentos,
eles passaram a usar meios corruptos com o fim de silenciá-lo. Eles encontraram
algumas pessoas dispostas a prestar falso testemunho contra Estevão. Uma a uma as
falsas testemunhas vieram e o acusaram.
Ele defendeu uma causa, a causa de Cristo. Ele argumentou que Jesus era o
Messias prometido e que os líderes judeus estavam repetindo os erros do passado.
Seu discurso é uma defesa da fé Cristã a luz da história de Israel. Estevão passa por
períodos marcantes da história de Israel: Período patriarcal, exílio, peregrinação e
monarquia. Períodos estes representados por Abraão, José, Moisés, Davi e Salomão.
A mensagem de Estevão então provocou a ira dos líderes religiosos, e ele foi
acusado de blasfêmia e apedrejado até a morte. Ele confronta as autoridades de
Israel e os culpa pela morte de Jesus, que a Lei e os Profetas haviam anunciado que
era o Messias. Alguns comentaristas apontam a semelhança do discurso de Estevão
com os julgamentos dos profetas no Antigo Testamento, que chamavam o povo ao
arrependimento por quebrarem a aliança.
O desfecho disto foi o martírio. Durante seu martírio, Estêvão teve uma visão
de Jesus à direita de Deus e orou para que seus assassinos não fossem considerados
culpados. Seu martírio é o primeiro registrado na história cristã e é um testemunho
impressionante de sua fidelidade inabalável a Cristo.
1. Lição 1 (v.1-7)
Note o versículo 1, Estevão, você ouviu as acusações. São corretas? Está você
blasfemando contra Moisés, contra Deus e a lei? Você é culpado ou inocente? A título
de resposta, Estevão deu-lhes uma lição sobre a história da redenção.
Estevão fala da obediência de Abraão (v. 2-9). Mostra que Abraão não
questionou e nem duvidou do chamado divino. Estevão fala da fé de Abraão, que
mesmo sem saber para onde ia, ele cria que a direção de Deus era boa. Mesmo não
tendo filhos, creu na promessa, conforme a Bíblia nos ensina, aquilo foi lhe imputado
por Justiça, ou seja, Abraão foi justificado pela fé.
Estevão mostra que Deus estava dirigindo cada etapa da peregrinação do seu
povo. Isso porque Deus lhes dera a aliança da circuncisão. Assim, muito antes de
existir um lugar santo, existia um povo santo, com o qual Deus havia se
comprometido.
2. Lição 2 (v.8-18)
O cenário dessa libertação divina também foi o Egito e não Canaã. Estêvão
colocou mais uma pedra no alicerce de sua argumentação, derrubando a falácia das
infundadas teses de seus juízes.
Podemos usar a história de José para ilustrar como Deus pode transformar
o mal em bem e cumprir Seus propósitos mesmo quando tudo parece desfavorável.
A chave da vida de José pode ser encontrada em suas próprias palavras: Vós,
na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer,
como vedes agora, que se conserve muita gente em vida (Gn 50.20).
No meio dessa saga dolorosa, José é o mais próximo tipo de Cristo que
encontramos na Bíblia: amado pelo pai e invejado pelos irmãos; vendido por vinte
moedas de prata; desceu ao Egito em tempos de prova; perseguido injustamente;
abandonado pelo amigo; exaltado depois da aflição; salvador do seu povo.
José foi vítima de um terrível crime perpetrado por seus irmãos, instigado
pelo ciúme fraternal e seguido por imerecida aflição. Contudo, José foi também alvo
de uma maravilhosa intervenção divina, pois Deus o consolou em seus problemas,
libertou-o deles e depois o promoveu. Finalmente, José foi instrumento de uma
providencial libertação. Seus irmãos inconscientemente o mandaram para o Egito
como escravo, e José conscientemente os levou ao Egito para desfrutarem de plena
liberdade.
Conclusão
Estêvão não se limitou a se defender das acusações falsas contra ele, mas
também defendeu o Evangelho e a verdade da fé cristã. Ele respondeu com
sabedoria e conhecimento das Escrituras, enfatizou o Evangelho, apontou para
Cristo como o cumprimento das Escrituras e destacou a iniciativa divina na obra da
redenção.