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PESQUISA: efeitos psicofisicos do estresse durante confronto armado

Resenhas

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
59432009000200003#:~:text=O%20impacto%20da%20falta%20de,estresse%20%C3%A9%20de
%20fundamental%20import%C3%A2ncia.

Inicialmente, é necessário entender a definição de estresse, uma vez que o


termo é comumente utilizado para descrever uma gama variada de
situações e sensações. Embora sejam inúmeras as definições e perspectivas
de entendimento que existem sobre estresse, uma conceituação
comumente utilizada tanto em âmbito internacional quanto no contexto
brasileiro é o de Selye (1936, apud Lippe Malagris, 2001, p. 279), segundo
a qual “o estresse é uma reação do organismo com componentes
psicológicos, físicos, mentais e hormonais, que ocorre quando surge a
necessidade de uma adaptação grande a um evento ou situação
importante”. O termo estresse tem sua origem na física e é entendido como
o grau de deformidade que uma estrutura sofre, quando é submetida a um
esforço. A partir desse conceito, Selye (1936, apud Limongi-França, 2002),
criou o modelo clássico trifásico de estresse e o descreve como o conjunto
de reações que o organismo sofre, quando é colocado em uma situação que
vai exigir esforços de adaptação para enfrentá-lo (Limongi-França, 2002). A
síndrome de adaptação geral, descrita por Selye, se dá primeiramente por
uma reação de alarme que é dividida em duas fases: a de choque e a de
contrachoque. Na primeira ocorre

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EFETIVIDADE EM CONFRONTOS:

Em um estudo que analisou 113 confrontos com arma de fogo, constatou-se que em 82% dos
casos os policiais experimentaram distorção auditiva no momento da ação. E que em 52% dos
episódios os operadores apresentaram a distorção sensorial definida como “visão de túnel”.
Além de distorção do tempo, na qual os policiais experimentaram câmera lenta em 56% dos
tiroteios. E em 75% dos casos, os policiais relataram ter experimentado mais de duas
distorções de forma simultânea enquanto atiravam (Klinger & Brunson, 2009). Somase a isso, o
fato de que há evidências de que durante um evento crítico um policial pode ter sua visão
comprometida em pelo menos 70%, e que a dilatação da pupila ocasionada pela excitação do
Sistema Nervoso Simpático diminui o alcance da visão para objetos próximos, a cerca de 1,2
metro, além de interferir no controle do olho diretor (utilizado para o tiro visado/precisão),
que por conseguinte acaba prejudicando a possibilidade de se focar no aparelho de pontaria
do armamento, o que torna ainda mais complexo o resultado de um confronto armado
(ANDERSEN e GUSTAFSBERG, 2016; KLINGER e BRUNSON, 2009)

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