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ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE 28/12/2023

RIOMAIO

Modalidade Desportiva III


FUTEBOL

PLANEAMENTO E
PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL
(MÓDULO 1)

MODALIDADE DESPORTIVA III - FUTEBOL


ORGANIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO
PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL
CONCEITOS TD > PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL
FUTEBOL (Apresentação 1)
Dimensões do Treino Desportivo PLANEAR E PERIODIZAR
Conceitos e específicidade no futebol
O Processo de Adaptação
NÍVEIS DE PLANEAMENTO ESTRUTURAS DE PLANEAMENTO
Princípios do Treino Desportivo Planeamento Conceptual/Anual Plano Macrociclo /Plano Mesociclo
Planeamento Estratégico/Semanal Plano Microciclo / Plano de Treino
Os Fatores da Carga Planeamento Tático/Jogo Exercício de Treino
Carga interna e externa DIMENSÃO TÉCNICO-TÁTICA
MODELO DE
DIMENSÃO FISIOLÓGICA PLANEAMENTO
RENDIMENTO E
PERFORMANCE NO FUTEBOL DIMENSÃO PSICOSOCIAL E PERIODIZAÇÃO
(Apresentação 2) ESDRM
COLETIVO E INDIVIDUAL

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CONCEITOS GERAIS DO TREINO DESPORTIVO

O processo metodológico do treino desportivo baseia-se na


repetição lógica, organizada e sistemática de exercícios.
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ADAPTAÇÕES Melhoria do
• Táticas
desempenho dos
• Técnicas
• Físicas/Fisiológicas jogadores e das
• Psicológicas equipas

O exercício mobiliza, com maior ou menor grau de complexidade, as diferentes


dimensões do atleta através de processos de direção e regulação psicocognitivos e
fisiológicos.

O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO

A carga (estímulo) de treino é o conjunto das formas de treino que são realizadas pelo
atleta. É a medida do trabalho realizado no treino, é o parâmetro que descreve as
exigências que provocam as transformações funcionais, bioquímicas, morfológicas e
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psíquicas que, sob a forma de adaptações, levam ao desenvolvimento das prestações


desportivas.

FC
Distâncias Percorridas Lactato
Tipo e Intensidade dos Deslocamentos Consumo max. O2
Tipo e Duração das Ações de jogo CARGA CARGA Creatina quinase (CK)
EXTERNA INTERNA Glicogénio Muscular
Outros

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O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO


Quantidade total de carga efetuada
pelos jogadores num exercício, ST, ou
VOLUME ciclo de treino (Km, metros, Kg, horas,
minutos, nº treinos, etc…)
FATORES DA Relação temporal entre a carga e o
repouso na unidade de tempo.
CARGA Pausas entre os exercícios para uma
relação ótima entre exercício e
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recuperação.

DENSIDADE DURAÇÃO
Pausas
(completas ou
incompletas)
Período efetivo de tempo que o
exercício atua sobre o organismo,
sem pausas medindo-se em unidades
de tempo (h, m, seg).

Exigência com que o exercício é INTENSIDADE


executado em relação ao máximo de
possibilidades do jogador/equipa.

O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO

A adaptação é a reorganização de um sistema biológico


mediante a modificação dos limites (homeostase de
funcionalidade do próprio sistema).
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• Pode ser progressiva ou regressiva (ex: hipertrofia ou hipotrofia muscular)

• Específica e limitada ao património genético (genótipo);

• Não é prolongável até ao infinito.

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O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO

ADAPTAÇÕES ADAPTAÇÕES
GENÉTICAS EXTRAGENÉTICAS
Programa genético codificado no Alcançáveis pelo treino
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núcleo celular (dentro dos limites estabelecidos pelo genótipo)


(estável ou com mutação e seleção em períodos
seculares de tempo) Adaptação metabólica Adaptação
(aguda) Epigenética (crónica)
Sucedem-se na espécie e não
no indivíduo

Modificações funcionais e Modificações estáveis,


metabólicas após aplicação do consecutivas à continuidade do
estímulo estímulo

O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO


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A carga de treino é considerada otimal quando a reserva funcional atual é solicitada quase
no limite da capacidade funcional atual (efeito de treino).

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O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO

PRINCIPIOS DE TREINO
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BIOLÓGICOS METODOLÓGICOS PEDAGÓGICOS


Sobrecarga Relação ET/Repouso Atividade Consciente
Especificidade Continuidade Ap. ET Sistematização
Reversibilidade Progressividade ET Atividade Apreensível
Heterocronia Ciclicidade EX Estabilidade/Desenvolvimento
Individualidade Individualização e
Multilateralidade ET

PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS
Sobrecarga
• Para que a carga promova evolução é necessário que a sua intensidade provoque ativação no metabolismo
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da célula. Se tal não ocorrer o treino não irá provocar novas adaptações.
• Fraca intensidade = Atrofiamento do metabolismo
• Média intensidade = Manutenção da capacidade
• Intensidade Forte = Melhoria da capacidade metabólica
• Intensidade Muito Forte = Esgotamento e perda de capacidades

Especificidade
• Exercícios específicos à modalidade em questão.
• Recrutamento dos recursos específicos do praticante.

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PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS
Reversibilidade
• Todo e qualquer efeito provocado pelas cargas de treino é transitório.
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• As aquisições que levam mais tempo a ser obtidas, mantêm-se durante mais tempo. As cargas de grande
volume e de pequena intensidade, têm um efeito de treino mais prolongado; as de grande intensidade e
pequeno volume, têm um efeito mais breve; O decréscimo dos efeitos da adaptação da carga, será tanto
maior quanto mais recente e menos consolidados forem os níveis de adaptação.

Individualidade Biológica
• Cada indivíduo tem a sua identidade biológica. Difere dos demais a nível genético e nas características
adquiridas através da sua interação com o meio. Essa individualidade faz com que quando é sujeito a um
programa de treino este pode responder de forma diferente da média. Este aspeto deve ser acautelado a
quando da prescrição do exercício físico e planeamento do treino ( Genótipo vs Fenótipo).

PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS
Heterocronia
• Entre o momento em que se executa os exercícios de treino e o aparecimento do correspondente processo de
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adaptação existe um desfasamento temporal.


• Depois da aplicação de uma série ou exercício de treino surge inicialmente uma perda de capacidades que são
derivadas à utilização dos recursos informacionais e energéticos (fadiga). O organismo numa lógica de
autodefesa às “agressões” regenera-se.
- Mais intenso - efeito mais rápido - menos durável o seu efeito.
- Menos intenso - aplicação mais longa - mais durável o seu feito.

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PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS METODOLÓGIOCOS
Princípio da Relação Ótima entre Exercício e o Repouso
• Carga - Fadiga - Desorganização Estrutural - Recuperação - Nível metabólico inicial mais alto
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• Determinar o exercício ótimo (capacidade e experiência do treinador) e o Momento ótimo da aplicação do


exercício (Curva de Folbort - Fase de Supercompensação)

Princípio da Continuidade da Aplicação do Exercício de Treino


Aplicação regular (não haver quebra)
• Encadeamento de máximo efeito da especialização desportiva
• Não chega repetir o exercício tantas vezes quanto possível, mas sim um combinação lógica e progressiva, de
forma a assegurar um ritmo intenso do desenvolvimento gradual do nível de treino.

PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS METODOLÓGIOCOS
Princípio da Progressividade do Exercício de Treino
• Aplicação de um ou série de exercícios Adaptação do organismo Nível mais elevado de capacidade
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Maior potencial de recursos disponível. Para tal é necessário exercícios mais complexos e difíceis .
• Exercícios iguais promovem melhoria durante um certo tempo, mas o seu efeito diminui até atingir um
estado estacionário de adaptação
“Estagnação da carga de treino, significa a estagnação dos resultados”
As sessões de treino podem ser aumentadas através do Volume, da Intensidade e da Complexidade ou
Dificuldade
• Tipos de Progressão : Linear, Por níveis ou Ondulada

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PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS METODOLÓGIOCOS
Princípio da Ciclicidade do Exercício de Treino
• Melhoria do rendimento pressupõe um caráter essencialmente cíclico..
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• Através do planeamento de treino, deverá existir uma repetição sistemática e racional dos elementos
dinâmicos fundamentais.
• Cada ciclo sucessivo é uma repetição parcial do anterior, exprimindo a evolução do processo de treino,
através de conteúdos renovados, modificação parcial de meios e métodos de treino e pelo incremento de
cargas.

Princípio da Individualização do Exercício de Treino


• Cada praticante reage e adapta-se de forma diferente a um ou a uma sequência de exercícios de treino
semelhantes.
Todos os jogadores são diferentes

PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS METODOLÓGIOCOS
Princípio da Multilateralidade ou de Relação Ótima Entre Preparação Geral e Específica
• A especialização nunca se separa do desenvolvimento geral do praticante.
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• A preparação especial tem como pré-requisitos a preparação geral.


• Combinação ótima da preparação geral com a preparação especializada.

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PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS
Princípio da Atividade Consciente
• O Treinador tem de promover através do treino jogadores autónomos e conscientes.
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• Empenhamento ativo e consciente pressupondo a compreensão clara dos objetivos operacionais, dos
conteúdos e dos níveis de performance.

Princípio da Sistematização
• Processo de progressão pedagógica prevista antecipadamente.

PRINCÍPIOS DE TREINO
PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS
Princípio da Atividade Apreensível
• Relação correta entre a complexidade/dificuldade do exercício com a habilidade do praticante
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Simples Complexo ; Conhecido Desconhecido ;


Pouco Muito ; Concreto Abstrato

Princípio da Estabilidade e Desenvolvimento das Capacidades do Praticante


• Só se promove evolução desportiva nos jogadores se possibilitarmos um ciclo de Aquisição, Estabilização e
Desenvolvimento.
Este ciclo deverá ser sempre acompanhado por dois fatores
1º - O treino e a competição sistemática (a prática estimula e a inatividade retrocede)
2º - Avaliação e controlo frequentes:
(pode determinar ou não a modificação dos métodos e dos conteúdos do exercício de treino.

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PRINCÍPIOS DE TREINO
A OPERACIONALIDADE DOS
PRINCÍPIOS NO FUTEBOL –
ANÁLISE E DISCUSSÃO
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https://www.youtube.com/watch?v=_89LGLMx5as

https://www.youtube.com/watch?v=wjY4Hl_FNcA

https://www.youtube.com/watch?v=Lfpv4bZ2A6g

https://www.youtube.com/watch?v=SRuZy2VKJbo

O TREINO E A MELHORIA DO RENDIMENTO DESPORTIVO

1) AJUSTAMENTO

2) ADAPTAÇÃO / MODIFICAÇÃO DO PROGRAMA DE MOVIMENTO


(após 1 a 2 semanas de Treino)
3) ADAPTAÇÃO /AUMENTO DOS SUBSTRATOS ENERGÉTICOS
(3ª e 4ª semana de Treino)

4) ADAPTAÇÃO /AUTORREGULAÇÃO PERIFÉRICA A NÍVEL MUSCULAR


(5ª e 6ª semana de treino)

5) ADAPTAÇÃO / COORDENAÇÃO DOS SISTEMAS QUE INFLUEM NO RENDIMENTO


(7ª e 8ª semana de treino)
6) PERDA DE ADAPTAÇÃO
(interrupção do Treino ou cargas insuficientes)

MODELO DE ADAPTAÇÃO
(Hottenroth & Neumann, 2010)

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PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL


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DEFINIÇÃO DE PLANEAMENTO

• Planeamento é o processo através do qual se pretende organizar o


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futuro, estabelecendo objetivos e implementando as estratégias


necessárias para os alcançar, tendo em conta o ambiente externo e
interno da entidade ou equipa.

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OBJETIVOS DO PLANEAMENTO
• Procurar conseguir que os elementos resultantes da atividade cuidadosamente
organizada se venham a sobrepor aos acidentais ou mesmo que tentem
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eliminar completamente estes últimos (Curado, 1992).

Planear – Fazer um plano; ideia; projetar; intencionar.

Plano – Previsão destinada a servir de guia; planta; traçado; desenho; disposição geral de
uma obra; projeto.

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Planos são inúteis, mas planear é fundamental!”


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(General Dwight Eisenhower).


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" Sem organização é difícil alguém aprender. Na


desorganização geralmente é o salve-se quem puder e
isso, por vezes, leva à aprendizagem de outras coisas
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como... o não ser sérios."

(Jesualdo Ferreira)
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Fábula La Fontain – O Velho, o Menino e o Burro

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A (DES)NECESSIDADE DE PLANEAMENTO NO FUTEBOL

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ANÁLISE DO
PERFIL DE
RENDIMENTO
EM FUTEBOL
Chena, 2018

FATORES INFLUENCIADORES DO PLANEAMENTO


 Análise da situação anterior;  Métodos de treino que temos à nossa

 Calendário competitivo (provas em que se vai disposição;

participar) e resultados que se pretendem  Características e necessidades dos desportistas;


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alcançar;  Meios de recuperação utilizáveis;


 Grau de conhecimento dos jogadores;  Colaboração com outros especialistas (Médicos,
 Nível de preparação e experiência do treinador; psicólogos, etc.);

 Tendências evolutivas da modalidade;  Informações do domínio da investigação;

 Modelo de Jogo / Modelo de preparação -  Controlo periódico e registos (que tipo de


treino; avaliação e controlo do treino);

 Recursos e Condições de treino;  Motivação.

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DIMENSÕES DO TREINO DESPORTIVO


DIMENSÃO
TÉCNICO TÁTICA
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DIMENSÃO
FÍSICA/FISIOLÓGICA

DIMENSÃO
PSICOLÓGICA

DIMENSÃO
SOCIAL

TREINO DESPORTIVO NO FUTEBOL


“É o processo intelectual de solução dos “Sequência específica de ações motoras que
problemas competitivos, sendo uma componente tem como objetivo selecionar as tarefas exigidas
indissociável da atividade, devendo ser rápida, por determinadas situações desportivas, de
equilibrada, deliberada, visando o maior grau de forma mais segura, precisa e económica”
eficiência possível” (Mahlo, 1966) (Rothig 1983)

DIMENSÃO TÁTICA DIMENSÃO


E ESTRATÉG. TÉCNICA

TREINO COMPETIÇÃO

DIMENSÃO
DIMENSÃO FÍSICA PSICOLÓG. E
SOCIAL

“Sustentam o rendimento desportivo e permitem “A componente psicológica é aquele que estuda


a aprendizagem e realização do movimento; os processos psíquicos e a conduta do homem
baseiam-se em predisposições (potencial e durante a atividade desportiva, nomeadamente,
vontade) e desenvolvem-se através do Treino” em relação ao que faz, diz, sente e pensa”.

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1) Dimensão Técnico Tática


Que Conceção Teórica para o Nosso jogar?
PROCESSO OFENSIVO PROCESSO DEFENSIVO
Transição Organização Esquemas Transição Organização Esquemas
Ofensiva Ofensiva Táticos Defensiva Defensiva Táticos
Ofensivos Defensivos
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Sistema de Jogo Sistema de Jogo


Cantos / Livres Métodos de Jogo Cantos / Livres
Métodos de Jogo
Lançamentos Laterais Lançamentos Laterais
Grandes Penalidades Princípios Específicos Grandes Penalidades
Princípios Específicos
Pontapé de Baliza Pontapé de Baliza
Bola (re)início Jogo Bola (re)início Jogo

Comportamentos TT Comportamentos TT
Ofensivos Defensivos

Etapa de Etapa de Etapa de Etapa de Etapa de Etapa de


Construção Criação Finalização Equilíbrio Recuperação Def. Baliza

Ações Técnico-Táticas Ofensivas Elementares Ações Técnico-Táticas Defensivas Elementares


Passe / Receção / Proteção / Drible -Finta / Condução / LLL / Remate / Cortinas Desarme / Carga / Interceção / Dobra / Marcação / Compensação /
/ Técnicas GR / Cruzamento / Cabeceamento / Desmarcações / Combinações Técnicas GR / Compensações e Desdobramentos / Cortinas / Temporização

2) Dimensão Física/Fisiológica
Que Capacidades Motoras a Promover?
CAPACIDADES CONDICIONAIS CAPACIDADES
COORDENATIVAS
Resistência Velocidade Força Flexibilidade
Ritmo / Orientação Espacial
Aeróbio/Anaeróbia Velocidade / Sprint Potência Muscular
Reação Motora / Coordenação Motora
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Velocid. Resistente Resistência Muscular


Diferenciação Cinestésica

O TREINO EM ESPECÍFICIDADE
(Caraterísticas das contrações musculares)

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3) Dimensão Psicológica/Social
Que Fatores Psicológicos e Sociais a Potenciar?
PSICOLÓGICOS SOCIAIS
Liderança Relação Grupal
Comunicação Dinâmica de Grupo
Motivação
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Disciplina
Inteligência Emocional Cooperação
Concentração Normas e Regras
Ansiedade/Stress Alimentação
Competitividade Descanso

COMO OPERACIONALIZAR O PLANEAMENTO?

NÍVEIS DE
Planeamento
PLANEAMENTO Conceptual/Anual
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Planeamento
Semanal/Estratégico

Planeamento
Tático/Intervenção
jogo

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COMO OPERACIONALIZAR O PLANEAMENTO?


Exercício
ESTRUTURAS DE Treino
PLANEAMENTO Sessão de
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Treino

Microciclo

Mesociclo

Macrociclo

CONSTRANGIMENTOS NO PLANEAMENTO?
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1) Planeamento Conceptual / Época Desportiva


Estabelecimento de um conjunto de linhas gerais e específicas que direcionam a
trajetória e a organização da equipa para a época desportiva.
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Realidade Situacional Definição da Equipa Definição dos Recursos

Realidade Competitiva Definição Objetivos Definição de Procedimentos

Modelo Jogo Modelo Treino

PLANO DE
MACROCICLO

TAREFA 3 – PLANEAR A ÉPOCA DESPORTIVA EM CONTEXTO REAL


ETAPAS
Realidade Contexto História Valores Organização
Situacional Organizacional Cultura Símbolos Estrutura
Definição Equipa técnica Staff Apoio Informações Pessoais Tarefas e Funções
de Equipa Plantel
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Definição de Recursos Recursos Espaciais Recursos Materiais Recursos Logístico Outros recursos
Realidade Competitiva Competições Formais / Regulamentos Históricos Informações Gerais e
Informais Adversários Calendários específicas
Definição Objetivos Objetivos Coletivos / Objetivos Pedagógicos Outros objetivos
Objetivos Competitivos Individuais e Metodológicos
Definição Regras e Normas Organização de Relação equipa Dinâmicas gerais /
Procedimentos Equipa Funções e Tarefas interna/externa reuniões / palestras
Modelo de Jogo Comportamentos TT Comportamentos TT
Gerais Específicos
Modelo de Treino Organização dos Métodos e meios de Metodologia de treino Outros
Objetivos / Conteúdos intervenção
MACROCICLO Calendarização e Informações gerais Periodização dos Outros
periodização da Época objetivos / conteúdos

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MACROCICLO - Periodização da Época Desportiva


PERIODO Período Período Competitivo PT
Preparatório

MESES SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI
MESOS MESO I MESO II MESO III MESO IV MESO V
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 3
MICROS 6
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JOGOS T T T T T T C C C C C C C C C C C C C C C C C T C C C C C C C T T
Transição
P. Ofensivo

Org. Of.
BP Of.
Transição
P. Defens.

Org. Of. COMO PERIODIZAR OS CONTEÚDOS A TRABALHAR


BP Def.
AO LONGO DA ÉPOCA DESPORTIVA??
Capacidades
Motoras
Capacidades
Psico/Sociais
Testes Físicos

Estágios /
outros

2) PLANEAMENTO SEMANAL / TÁTICO-ESTRATÉGICO

Elaboração de planos estratégicos de intervenção que se traduzem em modificações


pontuais e temporárias da expressão tática de base da equipa, isto é, da funcionalidade
geral, que se estabelecem em função dos conhecimentos e do estudo das condições
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objetivas sobre as quais se realizará a futura confrontação desportiva. (Castelo, 1996)

Recolha e análise de Reuniões Técnicas / Plano Semanal /


dados Meetings programação

Preparação Dinâmica do Dia do Reunião Análise do


Competição Jogo Jogo

PLANO DE PLANOS DE PLANOS


MICROCICLO TREINO COMPLEMENTARES

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TAREFA 4 – PLANEAR A SEMANA DE TRABALHO EM CONTEXTO REAL


ETAPAS
Recolha de dados Jogadores Próximo Adversário Condições próximo Comparação de forças
Recursos jogo (equipa e advers.)
Reuniões Técnicas / Em que momento(s) Com quem? Organização das Outros
Meetings reuniões
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Plano Semanal / Plano estratégico Organização geral do Planeamento Planeamento


programação (+/-) Microciclo Específico Complementar
(Microciclo / PT’s)
Preparação Organização de Organização dos Plano de dia do jogo
Competição Viagens / Estágios / recursos
etc
Dinâmica do Jogo Concentração e Alimentação Reunião para jogo Aquecimento
Rotinas gerais Massagens / etc … Rotina Vestuário Últimas palavras
Reunião de Análise do Análise ao jogo Obtenção de Outros ----
jogo informações

Organização dos Objetivos no Microciclo


DIMENSÃO TÉNICO-TÁTICA DIMENSÃO FÍSICA DIMENSÃO PSICOSSOCIAL
Que momentos? Que regimes? Que Que foco no individual?
Que comportamentos/Princípios TT? solicitações energéticas? Que foco no grupal?
Que Capacidades?

JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO


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Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo

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Organização Plano Semanal Trabalho (exemplo)


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Organização do Plano Semanal Trabalho (exemplo)


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O Planeamento do Treino
PLANO DE MICROCICLO
Período: Mesociclo: Microciclo: Observações:
TTT: Nº Jogos: Datas:
FORMAÇÃO TREINADORES

PLANO SEMANAL:
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo
Dia / Hora / Local / Nº Treino
Parte Inicial Parte Inicial Parte Inicial Competição
(objetivos/ (objetivos/ (objetivos/
Conteúdos) Conteúdos) Conteúdos)
Jogo
Hora
Parte Parte Parte Concentração
Fundamental Fundamental Fundamental
(objetivos/ (objetivos/ (objetivos/
Conteúdos) Conteúdos)
Conteúdos)

Parte Final Parte Final Parte Final


(objetivos/ (objetivos/
(objetivos/
Conteúdos) Conteúdos)
Conteúdos)

Volume / Duração Volume / Duração Volume / Duração

% Intensidade % Intensidade % Intensidade


e/ou regimes e/ou regimes e/ou regimes

TIPOS DE MICROCICLOS

Ordinário Choque Aproximação Competição Recuperação

Intensidade Moderada Alta Alta Média Baixa


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Volume Alto Alto Moderado Moderado Baixo

Estimular os
Preparar o Preparar a equipa Aperfeiçoar os Assegurar o
processos de
Objectivo organismo para para as condições de aspetos Técnico- Processo de
adaptação do
trabalhos intensos competição Táticos Recuperação
organismo

Preparatório/ Preparatório/ Competitivo/


Período Preparatório Competitivo
Competitivo Competitivo Transitório

Objectivos
Físicos / TT Físicos / TT Técnicos-Táticos Técnicos-Táticos Recuperação
Dominantes

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O Planeamento do Treino
PLANO DE TREINO
Período: Mesociclo: Microciclo: Treino: Objetivos Gerais:
Data: Hora: Nº Jog: Local:
Preleção Inicial:
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PARTE INICIAL DA SESSÃO:


Instrução Exercício TE: TA:
Designação: Forma: Grafismo: Aquecimento TE: TA:
Dominante/Regime:
Número: Espaço:
Objetivos:
Descrição:

Critérios de Êxito:

Variantes/Condicionantes:
Transição/Hidratação: TE: TA:

PARTE FUNDAMENTAL DA SESSÃO:


Instrução Exercício TE: TA:
Designação: Forma: Grafismo: Exercício 1 TE: TA:
Dominante/Regime:
Número: Espaço:
Objetivos:
Descrição:
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Critérios de Êxito:

Variantes/Condicionantes:
Transição/Hidratação:
PARTE FINAL DA SESSÃO:
Designação: Forma: Grafismo: TE: TA:
Dominante/Regime:
Objetivos:
Descrição:
Critérios de Êxito:

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3) Planeamento Tático

Estabelecimento de cenários gerais e específicos que direcionam e preparam as


decisões do treinador na competição.
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Intervenção no Jogo Intervenção no Intervenção Pós-Jogo


Intervalo

PLANEAR A INTERVENÇÃO NA COMPETIÇÃO

ETAPAS
Intervenção no Jogo Comunicação (verbal e Gestão de Informação Substituições Outras
não verbal) / Feedback Mudanças táticas
Intervenção no Comunicação (verbal e Gestão de informação Substituições Outras
Intervalo não verbal) / feedback Mudanças táticas
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Intervenção Pós-jogo Comunicação / Gestão de informação Conferência de Outros


feedback (ex: lesões) imprensa

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MAS … TREINAR É MUITO MAIS DO QUE O TREINO?!


FORMAÇÃO TREINADORES

O TREINO COMPLEMENTAR DO FUTEBOLISTA

ALIMENTAÇÃO
SUPLEMENTAÇÃO

QUANDO? ONDE?
O QUÊ? / DE QUE FORMA?
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RESISTÊNCIA
CORE VELOCIDADE
PROPRIOCETIVIDADE TREINO FORÇA
PLIOMETRIA TREINO
PREVENÇÃO FLEXIBILIDADE
MOBILIDADE / POSTURAIS INDIVIDUAL
LESÕES COORDENAÇÃO
FORÇA EXCÊNTRICA TÉCNICO
PSICOLÓGICO

AVALIAÇÕES
TESTES / MONITORIZAÇÕES HORAS DE SONO
MASSAGENS / BANHOS TRATAMENTOS DESCANSO REPOUSO DIÁRIO
CRIOTERAPIA MONITORIZAÇÃO
RECUPERAÇÃO

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O TREINO COMPLEMENTAR DO FUTEBOLISTA


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Óscar Tojo (2020)

1) Dimensão Técnico Tática


Que Conceção Teórica para o Nosso jogar?
PROCESSO OFENSIVO PROCESSO DEFENSIVO
Transição Organização Esquemas Transição Organização Esquemas
Ofensiva Ofensiva Táticos Defensiva Defensiva Táticos
Sistema de Jogo Ofensivos Sistema de Jogo Defensivos
MDIII-Futebol

Cantos / Livres Cantos / Livres


Métodos de Jogo Métodos de Jogo
LLL / GP LLL / GP
Pontapé Baliza Pontapé Baliza
Princípios Específicos
Princípios Específicos Bola (re)início Jogo Bola (re)início Jogo

Comportamentos TT Comportamentos TT
Ofensivos Defensivos

Construção Criação Finalização Equilíbrio Recuperação Def. Baliza

Ações Técnico-Táticas Ofensivas Elementares Ações Técnico-Táticas Defensivas Elementares


Passe / Receção / Proteção / Drible / Finta / Condução / LLL / Remate / TGR Desarme / Carga / Interceção / Dobra / Compensação / Técnica GR /
Cruz. / Cabeceamento / Desmarcações / Combinações / Cortinas-Ecrãs Compensações e Desdobramentos / Cortinas e Ecrãs / Temporização

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PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO OFENSIVO)

TRANSIÇÃO OFENSIVA ESPECÍFICIDADE QUE OPÇÕES?


MDIII-FUTEBOL

Local onde se conquista a bola?


- Reação coletiva e individual da
Comportamentos Etapa de Equilíbrio
equipa à conquista da bola
Técnico-Táticos Etapa de Recuperação
(segurança e risco)
Etapa de Defesa P/dita

PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO OFENSIVO)


ORGANIZAÇÃO
ESPECÍFICIDADES QUE OPÇÕES?
OFENSIVA
1:4:3:3 / 1:4:2:3:1
Sistemas de Jogo Sistema de Jogo Principal
1:4:4:2 / 1:4:1:3:2
/Posicionamentos Sistema Secundário / Sistema de Recurso
1:3:5:2 / 1:3:3:4
MDIII-FUTEBOL

Ataque Posicional
Seleção de um método de jogo preferencial sendo
Métodos de Jogo Ataque rápido
secundado pelos restantes
Contra ataque
Progressão/Penetração
Princípios Específicos Cobertura Ofensiva Respeito e cumprimento dos princípios
Ofensivos Mobilidade (componentes críticas)
Espaço
Etapa de Construção
Comportamentos Princípios coletivos a adotar em cada fase e distribuição
Etapa de Criação
Técnico Táticos de funções específicas dos jogadores (por posição)
Etapa de Finalização

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PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO OFENSIVO)


ESQUEMAS TÁTICOS
ESPECÍFICIDADES QUE OPÇÕES?
OFENSIVOS
Curto (segurança)
Pontapé de Saída e de Baliza Tipos de saída e movimentos padronizados
Longo (risco)
MDIII-FUTEBOL

Diretos para área Tipos de execução, posicionamentos e


Cantos
Curtos / Combinatórios movimentações padronizadas
Que Zona?
Tipos de execução, posicionamentos e
Livres Diretos / Indiretos
movimentações padronizadas
Frontais / laterais
Que Decisão Tipos de execução, posicionamentos e
Lançamentos Linha Lateral
Jogador ou Espaço movimentações padronizadas

Grandes Penalidades Ação isolada Técnica individual

PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO DEFENSIVO)

TRANSIÇÃO
ESPECIFICIDADE QUE OPÇÕES?
DEFENSIVA
MDIII-FUTEBOL

Local onde se perde a bola?


Comportamentos Etapa de Construção Reação coletiva e individual da equipa à
Técnico-Táticos Etapa de criação perda da posse de bola
Etapa de finalização

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PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO DEFENSIVO)


ORGANIZAÇÃO
ESPECÍFICIDADES QUE OPÇÕES?
DEFENSIVA
1:4:3:3 / 1:4:2:3:1
Sistemas de Jogo / Sistema de Jogo principal
1:4:4:2 / 1:4:1:3:2
Posicionamentos Sistema Secundário / Sistema de Recurso
1:3:5:2 / 1:3:3:4
MDIII-FUTEBOL

Zona Pressionante
Zona Optar por método defensivo definindo forma de
Métodos de Jogo
Mista organização da linha defensiva
Individual
Contenção
Princípios Específicos Cobertura Defensiva Respeito e cumprimento dos princípios
Defensivos Equilíbrio (componentes críticas)
Concentração
Etapa de Equilíbrio
Comportamentos Princípios a adotar em cada fase e funções
Etapa de Recuperação
Técnico-Táticos específicas dos jogadores (por posição)
Etapa de Defesa P/dita

PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (PROCESSO DEFENSIVO)


ESQUEMAS TÁTICOS
ESPECÍFICIDADES QUE OPÇÕES?
DEFENSIVOS
Tipo de Marcação?
Defesa Zona Elementos / posicionamento / Técnicas de
Cantos
Defesa Mista Marcação
MDIII-FUTEBOL

Defesa Individual
Tipo de Marcação?
Elementos / posicionamento / Técnicas de
Defesa Zona
Marcação
Defesa Mista
Livres
Defesa Individual
Elementos e posicionamento
Formação de Barreira?
Frontais / Laterais
Que Decisão?
Lançamentos Linha Lateral Jogador Marcações / Cobertura de Espaços
Espaço
Ação GR
Grandes Penalidades Posicionamento e Decisão
(Preparação/Antecipação/Reação)

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PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (EXEMPLO)

QUE PROCESSO? OFENSIVO


MDIII-FUTEBOL

QUE MOMENTO? ORGANIZAÇÃO OFENSIVA

QUE COMPORTAMENTOS GERAIS?


• Definir sistema – 1:4:3:3 (posicionamento)
• Definição de método(s) de jogo – Ataque posicional/rápido
• Definição dos Princípios Específicos (Progressão + Cobertura + Mobilidade + Espaço)

PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (EXEMPLO)


QUE COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS?
ETAPA DE CONSTRUÇÃO
MDIII-FUTEBOL

• 4 blocos de organização posicional: 1(GR)+2(DC)+3(MD+DLs)+3(MIs+EX)+2(EX+AV);


• Construção curta (a partir dos centrais e médio defensivo), média (a partir dos laterais
e médios interiores) ou longa (extremos e avançado);
• Criação de linhas de passe interiores e exteriores;
• Movimentos (apoio e rutura) de largura e profundidade;
• Utilização de espaços entre linhas do adversário (pelo solo e pelo ar);
• Missões e funções específicas.

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PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (EXEMPLO)


QUE COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS?
ETAPA DE CRIAÇÃO
MDIII-FUTEBOL

• 4 blocos de organização posicional: 1(GR)+2(DC)+2(DL+MD)+4(DL+MIs+EX)+2(EX+AV)


• Velocidade na conquista de espaço e na penetração
• Permutas de posição no centro do jogo
• Movimentos de largura e profundidade
• Combinações ofensivas
• Variação do centro de jogo
• Utilização de espaços entre linhas da defesa adversária (solo e ar)
• Missões e funções específicas dos jogadores

PLANIFICAR A IDEIA DE JOGO (EXEMPLO)


QUE COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS?
ETAPA DE FINALIZAÇÃO
MDIII-FUTEBOL

• 3 blocos de organização posicional: 1(GR)+2(DC)+2(DL+MD)+6 (DL+MIs+EXs+AC)


• Ocupação das zonas de finalização (jogo interior e exterior / com e sem cruzamento)
• Movimentações finais para finalização
• Missões e funções específicas dos jogadores

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Relação dos Conteúdos/Objetivos de Treino

QUE ORGANIZAÇÃO TÉCNICO-TÁTICA QUEREMOS


PRECONIZAR?
MDIII-FUTEBOL

ESTIMULANDO QUE CAPACIDADES MOTORAS?

POTENCIANDO QUE FATORES INDIVIDUAIS E


GRUPAIS?

DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
QUE ORGANIZAÇÃO TÁTICA E EXEMPLO:
DESENVOLVIMENTO TÉCNICO EQUIPA BENJAMINS SUB-11
QUEREMOS PRECONIZAR?
ESTIMULANDO QUE
CAPACIDADES
MDIII-FUTEBOL

EXEMPLOS PARA PROCESSO OFENSIVO: MOTORAS?


• Aprender o sistema de jogo 1:2:3:1
POTENCIANDO QUE
• Posicionamento Ofensivo no sistema
FATORES INDIVIDUAIS
• Ataque posicional (saber manter bola) • Resistência aeróbia/anaeróbia E GRUPAIS?
• Ganhar a bola e garantir condições para a manter • Desenvolvimento da Velocidade
• Motivação pelo treino e jogo
• Sair a jogar na Fase 1 com ligação intersectorial • Força específica (próprio peso
• Estimular a competitividade
• Consolidar princípios da progressão e cobertura corpo)
• Cumprimento de regras
• Desenvolvimento principio da mobilidade e do espaço • Flexibilidade
• Cooperação e entreajuda
• Desenvolvimento das ações técnicas elementares • Lateralidade, ritmo, equilíbrio e
(criatividade) agilidade
• Aprendizagem de 2 tipos de Pontapés de Canto, Livres
e LLL.

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COMO PLANEAR A IDEIA DE JOGO?


Exercício
ESTRUTURAS DE Treino
PLANEAMENTO Sessão de
MDIII-FUTEBOL

Treino

Microciclo

Mesociclo

Macrociclo

PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO


EXEMPLO 2: Específico Preparação / GR+9X9+GR c/complemento 1x2+GR
Objetivos Temáticos Objetivos Específicos
Processo Ofensivo • Posicionamento Ofensivo no sistema 1:4:3:3
Momento de Organização Ofensiva • Ataque organizado / Ataque rápido
MDIII-FUTEBOL

Fase de Construção • Ligação setorial (construção-criação)


• Definição dos princípios específicos do ataque

Critérios de Êxito
Definição de 4 linhas organização (2 DC + MD + 2DL + 2MI + 3AV)
Construção curta pelo GR (a partir dos centrais e médio defensivo)
Criação de Linhas de passe interiores e exteriores
Movimentos de largura e profundidade (desmarcação para libertar marcação)
Princípio Progressão (receção orientada para espaço e progressão)

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PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO


EXEMPLO 2: Específico Preparação - Competitivo / GR+9X9+GR
Objetivos Temáticos Objetivos Específicos
Processo Ofensivo • Posicionamento Ofensivo no sistema 1:4:3:3
Momento de Organização Ofensiva • Ataque organizado
MDIII-FUTEBOL

Fase de Construção • Ligação setorial (construção-criação)


• Definição dos princípios específicos do ataque

Critérios de Êxito
Definição de 4 linhas organização (2 DC + MD + 2DL + 2MI + 3AV)
Construção curta (a partir dos centrais e médio defensivo) ou longa (EX e AV)
Criação de Linhas de passe interiores e exteriores
Movimentos de largura e profundidade (desmarcação para libertar marcação)
Princípio Progressão (receção orientada para espaço e progressão)

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PLANEAMENTO DE EXERCÍCOS DE TREINO


EXEMPLO 1: Exercício de Organização Defensiva Setorial / 5X4+GR
Objetivos Temáticos Objetivos Específicos
Processo Defensivo • Organização da linha defensiva;
Momento de Organização Defensiva - Posicionamento e alinhamento dos 4 defesas
MDIII-FUTEBOL

(no sistema 1:4:3:3);


- Defesa à zona
- Definição dos princípios específicos da defesa

Critérios de Êxito
Defesa mais próximo do portador define contenção
2º Defesa (mais próximo da contenção) define cobertura (distância de 15m)
3º e 4º Defesas alinham pelo 2º defesa e encurtam espaço (sempre em largura)

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PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO


EXEMPLO 2: Exercício de Organização Defensiva Coletiva / GR+10X10+GR
Objetivos Temáticos Objetivos Específicos
Processo Defensivo • Posicionamento defensivo no sistema 1:4:3:3
Momento de Organização Defensiva + Transição • Defesa à zona
MDIII-FUTEBOL

Ofensiva • Organização da linha defensiva


• Definição dos princípios específicos da defesa
• Critério na recuperação (segurança para ficar
com bola)

Critérios de Êxito
Defender com definição de 4 linhas (4 Def + 1 MD + 2MI + 3AV)
Defender em largura sempre em 2 corredores (basculação no lado da bola)
Linha defensiva definida em 1 (contenção) + 3 (cobertura + equilíbrio + concentração)
Após recuperação 1º passe de segurança em cobertura para MPB

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FORMAÇÃO TREINADORES _ CMTV

A ESTRUTURAÇÃO DA SESSÃO DE TREINO


O PRÉ-TREINO PARTE INICIAL
Organização do espaço de treino, Instrução Inicial
materiais e procedimentos. Aquecimento
MDIII-FUTEBOL

PARTE FUNDAMENTAL PARTE FINAL


Exercícios Específicos Retorno à calma
(2 a 3) Exercícios gerais (complementares)

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A ESTRUTURAÇÃO DA SESSÃO DE TREINO


Progressão e Articulação dos Objetivos
MDIII-FUTEBOL

PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

PLANEAR E OPERACIONALIZAR AS IDEIAS (1)

Objetivos Temáticos Gerais (TT) Objetivos Específicos (TT)


• Processo Ofensivo • Manutenção e posse de bola
MDIII-FUTEBOL

• Organização Ofensiva + Transição Ofensiva + • Recuperação e transição de risco


Transição defensiva • Rápida reação à perda da bola
• Aprendizagem ATTIO (passe, receção e condução)

Critérios de Êxito (TT)


• Criação constante de linhas de passe através de desmarcações de apoio e rutura
• Após recuperação rápida direcionalidade para alvo através da progressão (aguentar cargas)
• Rápida reação à perda (impedir progressão do adversário)
• Passe tenso (parte interna/externa), receção orientada (atacar bola) e condução rápida (parte
externa/interna).

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PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

EXEMPLO 1
Exercício (Método):
MDIII-FUTEBOL

Específico Preparação
Geral - MPB
Forma/Número:
3+1APx3 c/transição
Espaço:
20m/20m
Tempo:
2x8’ (pausa:2’)

PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

PLANEAR E OPERACIONALIZAR AS IDEIAS (2)

Objetivos Temáticos Gerais (TT) Objetivos Específicos (TT)


MDIII-FUTEBOL

• Processo Ofensivo • Manutenção e posse de bola


• Organização Ofensiva + Transição Ofensiva e • Recuperação e transição de risco
defensiva • Rápida reação à perda da bola
• Desenvolver ATTIO (passe e receção)

Critérios de Êxito (TT)


• Criação constante de linhas de passe através de desmarcações de apoio e rutura
• Após recuperação, criar condições para variar o centro do jogo
• Rápida reação à perda (impedir progressão adversário)
• Passe tenso (parte interna/externa), receção orientada (atacar bola) e condução rápida

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PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

EXEMPLO 2:
Exercício (Método):
MDIII-FUTEBOL

Específico Preparação
Geral - MPB
Forma/Número:
3x3+3
Espaço:
35m/25m
Tempo:
2x10’ (pausa:3’)

PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

PLANEAR E OPERACIONALIZAR AS IDEIAS (3)

Objetivos Temáticos Gerais (TT) Objetivos Específicos (TT)


• Processo Ofensivo • Capacidade de Circulação/MPB
MDIII-FUTEBOL

• Momento de Organização Ofensiva • Ligar etapas com sucesso


• Etapa de Construção + Criação + Finalização • Capacidade de criar movimentos de apoio
(desmarcações de apoio / Coberturas ofensivas)
e de rutura.

Critérios de Êxito (TT)


• Manter a bola com mais de 5 passes por jogada (passes tensos + receções orientadas)
• Haver sempre 2 jogadores a desmarcarem-se em apoio para dar solução (linha) de passe
• Variar centro de jogo (não entrar 2x consecutivas nos mesmos apoios)

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PLANEAMENTO DE OBJETIVOS DE TREINO

EXEMPLO 3:
Exercício (Método):
Específico Preparação
- Jogo Condicionado
MDIII-FUTEBOL

Forma/Número:
GR+3+5JKx3+GR
Espaço:
45m/35m
Tempo:
3x8’ (pausa:1’)

PLANEAR E OPERACIONALIZAR A IDEIA DE JOGO É


FUNDAMENTAL, ADEQUÁ-LA É DECISIVO!
• “Ganhar nunca deve ser uma obrigação mas sim
uma possibilidade!”
MDIII-FUTEBOL

• “… Claro que é uma utopia (autorregulação do


treino), mas ela é como um horizonte: avanças um
Fernando Signorini
passo e recuas um passo, avanças dois passos e
recuas dois passos. A utopia serve para isso, para
caminhares ao seu encontro, teres objetivos e
continuar. E pronto, continuaremos a perseguir a
utopia …”

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PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO
• “Por periodização, compreendemos a divisão do ano de treino, em períodos
particulares de tempo com objetivos e conteúdos bem determinados” (Raposo,
1989)
MDIII-FUTEBOL

• “... ordenação e estruturação do processo de treino em ciclos com dimensões,


objetivos, conteúdos e meios diversos, bem como com uma localização própria.”
(Oliveira, 1998)

• “Processo que organiza as estruturas intermédias, num quadro temporal bem


definido, de forma a possibilitar, de modo ótimo, o cumprimento dos objetivos
inerentes ao processo de treino desportivo” (Alves, 2001)

PLANEAR E PERIODIZAR NO FUTEBOL (ESPECÍFICIDADE)


Período preparatório
• É curto mas tem uma elevada importância para que se consiga atingir o mais
rapidamente possível as capacidades tático-técnicas, físicas e psicossociais
MDIII-FUTEBOL

que o modelo de jogo escolhido exige.

No Período Competitivo
• Evolução constante do modelo de jogo definido e estabilização da forma desportiva.

No Período Transitório
• Inexistente ou praticamente inexistente.

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PLANEAR E PERIODIZAR NO FUTEBOL


National Strength and Conditioning Association
Há tendência para uma série de estratégias de periodização (Vol 28, No 5, 2013, 56-66)
implementadas em combinação produzirem melhores resultados ao Periodization of Training for Team Sports
Athletes
longo de um ciclo de treino a longo prazo. Paul Gamble
MDIII-FUTEBOL

Palestrica Mileniului III – Civilizatie si Sport (Vol 12, No


3, 2011, 56-66) É recomendável que seja dado maior ênfase à conceção e
Periodization, Planning and Prediction: A new implementação de sistemas de treino sensíveis e responsivos
perspective?
John Kiely
facilitando a evolução de soluções específicas contextuais.

A periodização representa um modelo ótimo para a organização do


Journal of Human Sport & Exercise
treino baseando-se na idade do atleta, nível de desempenho, Applied Periodization: a methodological aproach
objetivos específicos ou características de competição. O tema (2015)
comum em todos os paradigmas de periodização é a exigência de Fernando Naclerio, Jeremy Moody & Mark
Chapman
manipular todo o programa (intensidade, volume, frequência,
períodos de recuperação e seleção de exercícios).

PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO
MDIII-FUTEBOL

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MODELOS DE PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL


Modelo Prolongado do Estado de Forma (Tudor Bompa).
“Nível da Forma Desportiva Óptima”
MDIII-FUTEBOL

“Nível de Forma Desportiva Geral” “Nível da Alta Forma Desportiva”

MODELOS DE PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL


Periodização Tática - Dinâmica da Carga

Período Preparatório
• Intensidades altas, (aumentando
progressivamente)
MDIII-FUTEBOL

• Volumes aumentando
progressivamente sem perturbar
as intensidades

Período Competitivo
• Intensidade sempre alta
• Aumento do Volume até momento
ótimo para depois estabilizar

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MODELOS DE PERIODIZAÇÃO NO FUTEBOL


Periodização Tática - Dinâmica da Carga

Período Preparatório
• Evolução da forma desportiva
totalmente relacionada com o
MDIII-FUTEBOL

modelo de jogo escolhido.

Período Competitivo
• Manutenção ou um progressivo
aumento qualitativo do modelo
de jogo.

DIFERENTES CONTEXTOS/NÍVEIS, DIFERENTES NECESSIDADES E


ADEQUAÇÕES METODOLÓGIGAS

CONTEXTOS INÍCIO FIM Paragem Férias Treinos


(Pré-época)
Futebol Sénior Finais de junho Finais de maio 1 mês 6 a 8 treinos
Profissional Inícios de julho semanais
(Liga)
Futebol Sénior Finais de julho Finais de maio 2 meses 4 a 5 treinos
Amador semanais
(CP)
Futebol Sénior A Meio ou Final Meio ou finais de 2 a 3 meses 3 treinos
Amador de Agosto maio semanais
(distrital)
Futebol Jovem Início de Meio ou final de 3 a 4 meses 2 a 3 treinos
(distrital) Setembro abril semanais

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PLANEAR É FUNDAMENTAL MAS ADEQUAR A


OPERACIONALIZAÇÃO É DECISIVO!
MDIII-FUTEBOL

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PERIODIZAÇÃO TÁTICA NO FUTEBOL


Concepção de Treino que pretende, através do respeito de diferentes Princípios
Metodológicos, criar uma forma de jogar Específica.
MDIII-FUTEBOL

PERIODIZAÇÃO: TÁTICA:
Espaço temporal para a A DIMENSÃO TÁTICA é
criação de uma ideia de jogo coordenadora de todo o
específica processo estrutural, funcional e
operacional do
morfociclo/microciclo
Prof. José Guilherme

PERIODIZAÇÃO TÁTICA - Fundamentação Sistémica

TEORIA DOS SISTEMAS CRIAÇÃO E


(sistemas dos sistemas) DESENVOLVIMENTO DE
MDIII-FUTEBOL

A Globalidade UM MODELO
A Intenção O modelo e a tomada de
A Organização decisão dos jogadores
A Finalidade O Modelo e a tomada de
decisão do treinador

“procuramos o esquema de pensamento mais simples possível que


possa ligar os factos observados” (Albert Einstein)

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PERIODIZAÇÃO TÁTICA
Na Periodização Táctica a Especificidade é o Princípio Metodológico que contextualiza tudo
o que é feito. Só se considera algo Específico quando está relacionado com o Modelo de
Jogo que se está a criar.
MDIII-FUTEBOL

TREINA O “NOSSO JOGAR”

COM QUE IDEIAS? COM QUE METODOLOGIA?

PERIODIZAÇÃO TÁTICA
A especificidade dos exercícios é crucial para o planeamento de um treino, as situações
criadas devem ser o mais parecidas possível com as situações que um jogador por encontrar
no jogo. Um exercício só pode ser considerado específico se tiver uma relação com o
MDIII-FUTEBOL

Modelo de Jogo. A operacionalização deste princípio deve assumir várias dimensões:


coletiva, intersectorial, sectorial, grupal e individual

ORGANIZAÇÃO FRACTAL

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PERIODIZAÇÃO TÁTICA
Princípios Metodológicos:
MDIII-FUTEBOL

PRINCÍPIO DA PROGRESSÃO COMPLEXA.

PRINCÍPIO DA ALTERNÂNCIA HORIZONTAL EM ESPECIFICIDADE

PRINCÍPIO DAS PROPENSÕES

PRINCÍPIO DA PROGRESSÃO COMPLEXA

Como escolhemos o que é importante treinar?

Analisando a nossa performance e priorizando o que é mais importante para jogarmos


MDIII-FUTEBOL

como queremos…

Quais os exercícios a utilizar?

Tendo em consideração o que nos dá para melhorar em termos de jogo (princípios), a


complexidade do exercício e a sua dimensão física e físiológica…

Os Jogadores/equipa têm de chegar ‘frescos’ (no seu melhor) ao Jogo!!

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PRINCÍPIO DA ALTERNÂNCIA HORIZONTAL EM ESPECIFICIDADE

As Contracções Musculares podem-se caracterizar:

Tensão da Duração da Velocidade da


MDIII FUTEBOL

Contracção Contracção Contracção

Táctica
Uma forma de jogar própria faz emergir uma
DINÂMICA ESPECÍFICA

Invariância metodológica – Morfociclo padrão. Este deve ser criado de maneira a


proporcionar “alternância horizontal”, ou seja, que durante a semana os princípios
trabalhados variem de dia de treino para dia de treino

PRINCÍPIO DA ALTERNÂNCIA HORIZONTAL EM ESPECIFICIDADE

Tensão da
Contracção

• Nesta subdinâmica focamo-nos no treino dos subprincípios e podemos realizar


MDIII FUTEBOL

trabalho intersectorial, sectorial, grupal e individual.


• Os exercícios devem promover a descontinuidade e residir mais na tensão de
Táctica
contração, menos na duração e um pouco mais na velocidade de contração.
• Os exercícios devem promover grande densidade de acelerações e travagens,
mudanças de direção e velocidade, saltos, remates, etc..
• Grande densidade de interação entre contrações concêntricas e excêntricas. O espaço
de exercício deve ser reduzido, com um número limitado de jogadores e o tempo de
exercitação deve ser curto e as recuperações entre os exercícios “quase totais”.
• Estes treinos têm como consequência algum desgaste adicional.

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PRINCÍPIO DA ALTERNÂNCIA HORIZONTAL EM ESPECIFICIDADE

Duração da
Contracção

• A cor verde representa a subdinâmica da Duração da Contração.


MDIII FUTEBOL

• Trabalho dos grandes Princípios e Subprincípios com foco no coletivo e intersectorial.


Táctica
• O desgaste emocional não é tanto como nos treinos de tensão de contração.
• O treino reside menos na duração e na velocidade mas mais na duração. Os exercícios
devem assemelhar-se o mais possível ao jogo de maneira a trabalhar o padrão dos
princípios específicos (com certa descontinuidade dentro da continuidade).
• O espaço deve ser maior e com um número elevado de jogadores e o tempo de
exercitação deve ser longo.

PRINCÍPIO DA ALTERNÂNCIA HORIZONTAL EM ESPECIFICIDADE

Velocidade da
Contracção

• A subdinâmica da Velocidade da Contração é representada pela cor amarela.


MDIII FUTEBOL

• Neste tipo de treino devemos trabalhar os subprincípios e o trabalho intersectorial,


sectorial, grupal e individual.
Táctica
• Deve ter alguma descontinuidade e o desgaste emocional é menor.
• Os seus exercícios dão ao treinador de decidir o espaço e o número de jogadores para
cada exercício de forma a que alcance os objetivos pretendidos.
• O tempo de duração deve ser reduzido e com muita intermitência.

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MORFOCICLO PADRÃO
Integração dos comportamentos/princípios técnico-táticos
Articulação com Sentido

JOGO Folga Rec. Activa Operacionalização Aquisitiva Rec. Activa JOGO

- Tensão +++ Tensão + Tensão + Tensão - Tensão


MDIII-FUTEBOL

- Duração - Duração ++++ Duração - Duração - Duração


- Velocidade + Velocidade - Velocidade +++ Velocidade -/+ Velocidade

- Desgaste +++ Desgaste ++ Desgaste - Desgaste - Desgaste


Emocional Emocional Emocional Emocional Emocional
+ descontínuo ++ descontínuo - descontínuo + descontínuo ++ descontínuo

Domingo 2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira Sábado Domingo

Um Padrão de Conexões
Adaptação – Adaptabilidade

PRINCÍPIO DAS PROPENSÕES

Densidade de Princípios, Sub-princípios que se pretende treinar e do tipo esforço /


subdinâmica requisitado em cada dia da semana.
Como é que os jogadores começam a
MDIII FUTEBOL

Jogar o ‘Nosso’ Jogar?!

A decidir em função dos referenciais coletivos e a interagir (jogar) coletivamente com


eficácia individual

Criar contextos de jogo em que a densidade dos princípios que pretendemos treinar
apareçam com regularidade = Tornar o jogo caótico determinístico

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MDIII-FUTEBOL

OBRIGADO!

BIBLIOGRAFIA
 Bompa, T.O. (1999). Periodization: Theory and Methodology of Training. 4th Edition. Champaign: Human
Kinetics. Cap. 8 Annual Training program, 193-252.
 Bangsbo, J. (2008). Entrenamiento de la condición Física en el Fútbol. Badalona: Editorial Paudoriba.
MDIII-FUTEBOL

 Castelo, J et al. (1996) “Metodologia do treino desportivo”, Edições FMH – UTL.


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ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE 28/12/2023
RIOMAIO

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