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Podemos dizer que um conjunto é qualquer coleção de objetos. É muito comum a expressão “conjunto universo”. Geralmente a
Assim, poderíamos dizer que, abaixo, temos o conjunto dos utilizamos para indicar todos os elementos com os quais se
estados do Norte: pretende trabalhar.
{Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins, Amapá, A título de exemplo, considere que, em uma empresa, deseja-se
Acre} determinar um valor x que atenda a uma necessidade da firma.
Podemos também formar o conjunto dos jogadores brasileiros que A partir de várias considerações, conclui-se que x deve ser menor
já ganharam o prêmio de melhor jogador pela Fifa: que 10. Seja A o conjunto formado por todos os valores de x que
atendem a esta especificação. Pergunta: qual é o conjunto A?
{Ronaldo; Ronaldinho Gaúcho; Rivaldo; Romário; Kaká;
Marta} A resposta vai depender do conjunto universo com o qual se está
trabalhando.
E poderíamos formar inúmeros outros conjuntos. Então é isso.
Conjunto é um grupo de objetos. Por exemplo, se x for o número de máquinas que podem estar
operando simultaneamente, sem comprometer o gerador próprio
Para representar um conjunto, nós geralmente utilizamos uma da empresa, então x só pode assumir valores naturais. Nosso
letra maiúscula do alfabeto. Voltando ao primeiro conjunto conjunto universo seria o conjunto dos números naturais.
apresentado, podemos dizer que se trata do conjunto A:
Neste caso, a resposta seria:
A = {Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins,
Amapá, Acre} A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
Cada um dos estados acima é um elemento do conjunto A. Para Outro exemplo. Se x for o número de luvas de segurança que a
indicar que um elemento faz parte do conjunto, nós dizemos que empresa vai distribuir para cada funcionário, sem extrapolar o
ele pertence ao conjunto. orçamento com itens de segurança, então x só pode assumir
valores naturais e pares (pois as luvas sempre são usadas aos
Deste modo, o estado do Pará pertence ao conjunto dos estados pares). Este é nosso conjunto universo. Neste segundo caso, a
do Norte. Ou seja, o estado do Pará pertence ao conjunto A. resposta seria:
Usando símbolos, esta frase fica assim:
A = {0, 2, 4, 6, 8}
Pará ∈ A
✓ Exemplo 1
O símbolo “∈” representa a palavra “pertence”. Ele indica que o
elemento em análise (o estado do Pará) faz parte do conjunto A. Seja A o conjunto dos números maiores que 9 e menores que 20.
Podemos usar a mesma representação para qualquer outro Represente o conjunto A nas seguintes situações:
estado: a) quando o conjunto Universo é o conjunto dos números naturais
(ainda vamos falar dos números naturais; por ora, fique com a
Amazonas ∈ A informação de que são aqueles que usamos para contar: 0, 1, 2,
Rondônia ∈ A 3, 4, 5, 6, 7, ...).
Roraima ∈ A b) quando o conjunto Universo é o conjunto dos números primos.
c) quando o conjunto Universo é o conjunto dos números pares.
E assim por diante.
Resolução.
Vamos pensar agora num elemento que não faz parte do conjunto.
O estado de Goiás não pertence à região norte. Ou seja, Goiás não a) A = {10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19}
pertence ao conjunto A. Para representar isso em forma de b) A = {11, 13, 17, 19}
símbolo, nós fazemos assim: c) A = {10, 12, 14, 16, 18}
O símbolo ∉ representa a expressão “não pertence”. Ele indica O conjunto unitário é aquele que só possui um elemento.
que o elemento em análise não faz parte do conjunto A.
Exemplo: conjunto dos números primos que são pares:
De modo análogo, o estado da Bahia também não pertence ao
conjunto A. {2}
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Segue exemplo dos autores Iezzi e Murakami: conjunto dos (B está contido em A; significa que B é um subconjunto de A)
números ímpares que são múltiplos de 2:
O símbolo “⊂” representa a expressão “está contido”.
{} Vamos dar alguns exemplos:
Temos um conjunto vazio, pois ele não apresenta elementos. Primeiro caso: Segundo caso:
Outra forma de representar tal conjunto é assim: A: {1, 2, 3, 4, 5} X: {1, 2}
B: {1, 2, 3} Y: {1, 2}
∅
Nos dois casos acima é correto usar a expressão “está contido”.
1.3. IGUALDADE DE CONJUNTOS Dizemos que B está contido em A, pois todo elemento de B
também pertence a A. E dizemos que X está contido em Y, pois
Dois conjuntos A e B são iguais quando todo elemento de A todo elemento de X também pertence a Y. De igual modo, Y está
pertence também a B e, além disso, todo elemento de B pertence contido em X.
também a A.
Vejam então que o símbolo ⊂ abarca inclusive o caso em que os
Exemplo: dois conjuntos são iguais entre si.
A = {1, 2, 3}
B = {3, 2, 1}
C = {1, 1, 2, 2, 2, 3}
D = {1, 2, 5} Existem autores que não aceitam a utilização do símbolo ⊂ para
o caso de dois conjuntos iguais entre si.
Notem que A e B têm os mesmos elementos. Apenas alteramos a No exemplo acima, tais autores diriam que:
ordem. Mas a ordem é irrelevante para avaliar a igualdade de
conjuntos. O que importa é que tenham os mesmos elementos. B⊂A
Logo, A = B.
No entanto, eles não diriam que X ⊂ Y, pois tal símbolo não se
Notem que C tem os mesmos elementos de A. Apenas repetimos aplicaria ao caso de conjuntos iguais entre si. Neste caso, eles
alguns deles. Mas isso também é irrelevante. O que importa é que usam outro símbolo: ⊆
A e C têm exatamente os mesmos elementos. Logo, A = C. X⊆Y
Por fim, D tem o elemento 5, que não pertence a A. Além disso, D Dentro desta simbologia, temos:
não contempla o elemento 3, que pertence a A. Por conta disso, D B⊂AB⊂A indica que B está contido em A, e B é menor que A. A
é diferente de A, ou seja, D ≠ A expressão técnica seria: "B está estritamente contido em A"
• X⊆Y: indica que X está contido em Y, sendo admitida inclusive
1.4. SUBCONJUNTOS a hipótese de X = Y
Considere uma sala de aula com oito crianças: João, Maria, Pedro,
Paula, Augusto, Luciana, Leonardo e Luíza. 1.5. CONJUNTOS EM QUE OS ELEMENTOS SÃO
CONJUNTOS
Seja A o conjunto formado por todas as crianças da sala de aula.
Ele é dado por: Um conjunto pode ser formado por elementos isolados. É o caso
do conjunto de todos os alunos da sala:
A = {José, Maria, Pedro, Paula, Augusto, Luciana,
Leonardo, Luíza} A = {José, Maria, Pedro, Paula, Augusto, Luciana,
Leonardo, Luíza}
Pois bem. A partir do conjunto acima, podemos formar outros
conjuntos, menores. Contudo, um conjunto também pode ser formado por elementos
que, na verdade, são outros conjuntos.
Podemos formar, por exemplo, o conjunto dos meninos desta sala
de aula: Seja C o conjunto formado pelas frutas que Maria usa para fazer
salada de frutas.
B = {José, Pedro, Augusto, Leonardo}
C = {banana, maçã, mamão}
O conjunto B é formado apenas pelos meninos.
Seja D o conjunto formado pelas frutas que Alberto usa para fazer
Dizemos que o conjunto B é um subconjunto de A. Isto ocorre salada de frutas.
porque todo elemento que pertence a B também pertence ao
conjunto A. D = {pêra, melão, abacaxi}
Outra forma de indicarmos isso é: B está contido em A. Seja E o conjunto formado pelas duas saladas de frutas:
Assim, dizer que um conjunto está contido em outro significa que E = {C, D}
o primeiro é um subconjunto do segundo.
O conjunto E é formado por elementos que, na verdade, são
Podemos representar isso por meio de símbolos: conjuntos. Poderíamos reescrever E da seguinte forma:
2
Podemos dizer que C está contido em E? Os números que estão dentro do círculo da esquerda pertencem
ao conjunto A. Os números que estão dentro do círculo da direita
Não, não podemos. É errado dizer isso. pertencem ao conjunto B.
Dentro do conjunto E, C é visto como um elemento. Quando Observem que há dois números que pertencem, simultaneamente,
queremos expressar relação entre um conjunto e seus elementos, aos dois conjuntos. Eles estão dentro dos dois círculos ao mesmo
a expressão tempo. São eles: 4, 5.
Correta é: pertence. Dizemos que C pertence a E. Chamamos de intersecção entre A e B ao conjunto dos elementos
Do mesmo modo, não podemos dizer que C é um subconjunto que pertencem simultaneamente aos dois conjuntos. Abaixo
de E. destacamos, em cinza, a intersecção de A e B.
Não!
U = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10}
A = {1,2,3,4,5}
B = {4,5,6,7}
A∪B = {1,2,3,4,5,6,7}
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A diferença entre A e B corresponde ao conjunto dos elementos EXERCÍCIO RESOLVIDO
que pertencem a A e não pertencem a B. A figura abaixo
representa a diferença entre os dois conjuntos (destaque em De 200 pessoas que foram pesquisadas sobre suas preferências
cinza): em assistir aos campeonatos de corrida pela televisão, foram
colhidos os seguintes dados:
a) 32
b) 44
c) 56
d) 28
COMENTÁRIO:
74 + 27 + (x – 27) = 145
x + 74 = 145
x = 145 - 74
x = 71
4
02. Num prédio residencial com 142 moradores, sabe–se que 58 RACIOCÍNIO LÓGICO PROPOSICIONAL
frequentam a academia e 23 frequentam tanto a academia quanto
a piscina. Se 24 moradores não frequentam nem a piscina e nem 1. ESTRUTURA LÓGICA
a academia, então o total de moradores que frequentam a piscina
é: Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser entendida como
a ciência que estuda os princípios e o métodos que permitem
a) 60 estabelecer as condições que validam ou invalidam as chamadas
b) 83 proposições
c) 37
d) 78 Conceito de proposição
e) 54
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou Símbolos que
03. Assinale a alternativa correta. expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo.
Um conjunto A possui 10 números distintos e um conjunto B possui Além disso, as proposições devem possuir
7 números distintos. Sabendo que o conjunto intersecção entre A - Sujeito e predicado bem definidos;
e B possui exatamente 5 números, então o total de elementos do - Possiblidade de atribuirmos um valor lógico: verdadeiro (V) ou
conjunto A – B é igual a: falso (F).
a) 3 Por exemplo:
b) 4
c) 5 a) Marcelo é alto.
d) 6 b) Salvador é a capital da Bahia.
e) 7 c) Brasília é a capital do Rio Grande do Sul.
Em todas as sentenças acima, podemos atribuir um valor
04. 150 pessoas realizaram um teste com duas questões. Se 70 lógico, podendo ser verdadeiro ou falso
pessoas acertaram somente a primeira questão, 50 pessoas
acertaram a segunda questão e 25 pessoas acertaram as duas,
então o total de pessoas que erraram as duas questões foram:
Exemplos:
a) Hoje é sábado
b) Yan é professor de Matemática
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2. Proposições compostas: Possuem conectivos que ligam as 2. OPERADORES LÓGICOS (REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA
orações. Representamos por letras maiúsculas: A, B, C... E DIFERENÇA ENTRE PROPOSIÇÃO SIMPLES E
COMPOSTA)
Exemplos:
Uma proposição simples é aquela que não pode ser dividida em
a) Se hoje é segunda, então irei trabalhar. proposições menores.
b) Ou Maria irá cursar Matemática ou Física.
Exemplo:
Observação: Os termos em negrito são os alguns dos conectivos p: Pedro é alto
utilizados na Lógica matemática.
A proposição “Pedro é alto”, simbolizada pela letra “p”, é uma
EXERCÍCIO RESOLVIDO proposição simples.
02. Resposta: E. Na tabela abaixo relacionamos cada conectivo com seu "nome" e
seu símbolo:
Analisando as alternativas temos:
Conectivo Nome Símbolo
(A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
"e" Conjunção ∧
(B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é proposição.
"ou" Disjunção ∨
(C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
"se... então" Condicional →
(D) É uma frase interrogativa. "se, e somente se" Bicondicional ↔
(E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase declarativa e "ou...ou" Disjunção exclusiva V
podemos atribuir a ela valores lógicos.
Além disso, é importante saber que existe a negação, cujos
possíveis símbolos são:
∼
¬
Neste primeiro contato com a matéria, vale a pena ter uma noção
do que indica cada conectivo.
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Para melhor entendimento, considere a seguinte frase: "Fui à Em outras palavras, sempre que chover o chão ficará molhado.
praia, mas esqueci o protetor solar".
Contudo, o conectivo não nos dá garantia alguma quanto à "volta".
Apesar de não contemplar a palavrinha "e", nós estamos sim Ou seja, só saber que o chão está molhado não nos permite
diante de uma proposição composta pela conjunção, pois o sentido concluir que tenha chovido. O chão pode muito bem ter sido
é o de que as duas coisas ocorreram: molhado por outro motivo. Alguém pode ter aberto uma
mangueira. Ou podemos estar com vazamento na tubulação. Ou
1) eu fui à praia podemos ter jogado um balde de água.
2) eu esqueci o protetor.
"O Ronaldo ou o Romário estarão no time titular amanhã" Ele nos indica que duas coisas andam de mãos dadas. Quando
uma ocorre a outra também ocorre, e vice-versa.
Então pode ser que só o Romário seja titular. Ou só o Ronaldo. Ou
ambos, Romário e Ronaldo. O que importa é que pelo menos um Exemplo: Dois eventos são independentes se, e somente se, a
deles estará na equipe titular. Sempre que estivermos diante da probabilidade da intersecção for igual ao produto das
ideia de que pelo menos uma coisa acontece, temos o conectivo probabilidades.
"disjunção".
Estamos dizendo que:
Aqui vale o mesmo recado que demos para o caso da conjunção.
O interessa é a ideia passada pelo conectivo, e não propriamente 1. Sempre dois eventos forem independentes, a
a palavrinha usada. probabilidade da intersecção será igual ao produto
das probabilidades.
Exemplo: 2. Sempre que a probabilidade da intersecção for igual
ao produto das probabilidades, os dois eventos serão
"Ou chove ou faz sol independentes
Acima temos o duplo "ou", indicado por "ou...ou". Esse "ou" duplo Uma coisa acarreta na outra e vice versa.
geralmente é usado para representar a disjunção exclusiva. No
entanto, sabemos que é possível que só chova, é possível só faça Como exemplo, suponha que Ana e Clara sejam amigas
sol, e é possível que chova e faça sol. Tem até o ditado popular: sol inseparáveis. Haverá uma festa e elas só vão se forem juntas, de
e chuva, casamento de viúva. modo que podemos dizer que:
Como estamos diante de um cenário em que pelo menos uma das Ana vai à festa se, e somente se, Clara também for.
coisas ocorre, novamente temos a disjunção inclusiva, ainda
que tenhamos usado o "ou...ou". Sabendo disso, observe agora os seguintes cenários.
Eu adoro esse exemplo de "sol e chuva, casamento de viúva", pela • Estamos na festa e vemos que Ana está lá. Já podemos
simplicidade e pelo apelo do ditado popular. Mas só fazendo concluir que Clara também estará (pois se Ana está, Clara
justiça: o exemplo não é meu. Ele foi retirado do livro Introdução também está, ou seja, vale a ida: Ana→Clara)
à Lógica, do Cezar Mortari. • Estamos na festa e vemos que Clara está lá. Já podemos
concluir que Ana também está (pois se Clara está, Ana
2.3. CONDICIONAL ("se...então") também está, ou seja, vale a volta: Clara →Ana
• Verificamos que Clara não está na festa. Já podemos
Ele nos diz que, quando uma primeira coisa ocorre, a segunda concluir que Ana também não está. Ou seja: não
também ocorre. Clara → não Ana
• Verificamos que Ana não está na festa. Já podemos
Exemplo: concluir que Clara também não está. Ou seja: não
Ana → não Clara
"Se chove, então o chão fica molhado"
Notem que o bicondicional "amarra" suas duas parcelas. No caso
A frase nos informa que, sempre que chove (sempre que a primeira acima, "amarramos" Ana e Clara, de modo que vale a "ida" e vale
coisa ocorre), o chão fica molhado (uma segunda coisa ocorre a "volta". Ou seja, sabendo o que ocorre com Ana concluímos o
também). que ocorre com Clara e vice-versa.
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2.5. NEGAÇÃO (~) Para resolver os exercícios, você ainda precisa saber que, no
condicional “se P, então Q”, as proposições simples recebem
Deixemos as proposições categóricas de lado, e vamos nos nomes especiais.
concentrar nos casos mais simples.
Exemplo: P é o antecedente.
P: João foi aprovado no concurso da Receita Q é o consequente.
3. TABELA VERDADE DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS Tabela verdade do conectivo “ou... ou”
Pronto. Isso é uma tabela verdade. P Q P∧Q P∨Q P→Q P↔Q PVQ
V V V V V V F
Para os demais conectivos, as tabelas verdade estão abaixo V F F V F F V
indicadas. F V F V V F V
F F F F V V F
Tabela verdade do conectivo “ou”:
3.1. Ordem de precedência entre os conectivos
P Q P∨Q
V V V Quando temos diversos conectivos, costumamos utilizar
V F V parênteses ou colchetes para indicar qual tem precedência. Como
F V V exemplo, considere as duas proposições abaixo:
F F F
P∧ (Q∨R)
Tabela verdade do conectivo “se, então”: (P∧Q) ∨ R
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Há situações em que os parênteses são omitidos. Neste caso, Observe a proposição.
temos que saber a ordem de precedência entre os conectivos. A
ordem é: Se p, então q.
• 1º: operador “não” A palavrinha “Se” começa com “S”. E suficiente também começa
• 2º: conectivo “e” com “s”.
• 3º: conectivo “ou”
• 4º: conectivo “se então” A dica é: a proposição que estiver perto do “s” é a condição
• 5º: conectivo “se, e somente se” suficiente.
Quando a frase está escrita em linguagem comum (em vez da Essa nomenclatura pode confundir muita gente. Esse “necessário”
utilização da simbologia lógica), não há como colocar parênteses e “suficiente” não tem nada a ver com o uso rotineiro de tais
para indicar qual conectivo deve ser feito primeiro. Neste caso, palavras. Vocês não podem associá-los a uma relação de causa e
seguimos a ordem acima indicada. consequência.
Como exemplo, segue uma proposição que a Esaf trouxe para ser Esta nomenclatura se refere ao comportamento dos valores lógicos
julgada em V ou F: na tabela-verdade.
Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França ou Observe a tabela para a proposição “se p, então q”:
Paris é a capital da França.
p q p→q
Temos um “e” e um “ou”. Seguindo a ordem de precedência, V V V
primeiro fazemos o “e”. Depois fazemos o “ou”. Colocando
V F F
parênteses, ficaria assim:
F V V
F F V
(Roma é a capital da Itália e Londres é a capital da França) ou
Paris é a capital da França.
Como nossa proposição composta é verdadeira, vamos ignorar a
A proposição é composta por um “ou”. segunda linha.
Primeira parcela: (Roma é a capital da Itália e Londres é a capital Analisando as linhas remanescentes, temos o seguinte:
da França)
• Em todas as linhas em que P é verdadeiro, Q também é;
Segunda parcela: Paris é a capital da França. ou seja, na tabela-verdade, P ser verdadeiro é suficiente
para Q também ser;
Observem que a segunda parcela do “ou” é verdadeira. Isto já é • Em todas as linhas em que Q é falso, P também é; logo,
suficiente para que a proposição inteira seja verdadeira. para que P seja verdadeiro, é necessário que Q também
seja (embora isso não seja suficiente).
Notem como a ordem de precedência foi fundamental para
julgarmos a proposição. Deste modo, as expressões “condição necessária” e “condição
suficiente” apenas se referem ao comportamento dos valores
RESUMO lógicos na tabela verdade. Apenas isso.
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02. Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre Contradição é uma proposição composta cuja tabela verdade só
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que a apresenta valores lógicos F, independente dos valores lógicos das
compõem. Um exemplo de tautologia e: proposições que lhe dão origem.
02. Resposta: A. Há uma contingência quando não temos nem uma tautologia
Se João é alto, então João é alto OU Guilherme é gordo. Isso nem uma contradição, ou seja, quando a tabela-verdade apresenta
equivale a p → p v q. alguns verdadeiros e alguns falsos, a depender do valor das
proposições que dão origem à sentença em análise.
3.2. TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
Exemplo:
Tautologia é uma proposição composta cuja tabela verdade só p↔q
apresenta valores lógicos V, independente dos valores lógicos que
assumem suas proposições de origem. p q p↔q
V V V
Exemplo:
V F F
Ou chove ou não chove. F V F
F F V
Temos duas parcelas
O bicondicional pode ser tanto verdadeiro (quando suas duas
1) Chove (p)
parcelas são ou ambas verdadeiras ou ambas falsas) quanto falso
2) Não chove (~p)
(quando uma parcela é verdadeira e a outra é falsa). Com isso, o
“se, e somente se” não é nem uma tautologia, nem uma
A tabela-verdade desta afirmação fica assim:
contradição. É uma contingência.
p ∼p p V∼p A contingência é a situação mais comum de ocorrer. Ela é a regra
V F V geral. A tautologia e a contradição são exceções.
F V V
(p∧q)⇒(p∨q)
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✓ Principais equivalências lógicas ✓ Primeira equivalência
¬(p∨q)≡(¬p∧¬q)
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Exemplo: Temos:
(p→q)≡(¬p)∨q
Exemplo:
• 1ª parcela: Os juros baixam Mas acho que podemos ignorar este problema. Afinal de contas, a
• 2ª parcela: Eu compro um carro novo propaganda é algo ótimo para ajudar a lembrarmos da
equivalência.
Nós negamos a primeira parcela, mantemos a segunda, e
trocamos o conectivo por "ou". Resultado: Negação do condicional
Os juros não baixam ou eu compro um carro novo. Partindo de duas equivalências já vistas, podemos chegar a uma
nova equivalência.
Quarta equivalência
Partimos de:
(p→q)≡(¬q→¬p) ¬(p→q)
Podemos inverter a ordem das parcelas de um condicional, desde Dentro dos parênteses, trocamos o condicional por um "ou".
que façamos as negações. Assim:
Exemplo: ¬(¬p∨q)
Dizer “Se baixam os juros então a inflação sobe” é o mesmo que Agora aplicamos a Lei de Morgan:
dizer, em termos lógicos, que “Se a inflação não sobe então os
juros não baixam”. p∧(¬q)
Um outro exemplo bem legal. Com isso, chegamos a mais uma equivalência:
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A proposição composta só é V quando suas duas parcelas têm Proposição de
Como fazer Resultado
valores lógicos iguais, o que só ocorre nas linhas 1 e 4. origem
Nega primeira
Se negarmos as duas parcelas ao mesmo tempo, elas trocam de parcela: Pedro não é
Quero negar a
alto Pedro não é
valor, mas não mudamos o fato de, nas linhas 1 e 4, elas seguinte proposição:
Nega a segunda alto ou Júlio não é
permanecerão com valores iguais. Oras, onde tínhamos V/V, “Pedro é alto e Júlio é
parcela: Júlio não é rico
passaremos a ter F/F. Onde tínhamos F/F, passaremos a ter V/V. rico”
rico.
Portanto, justamente nas linhas 1 e 4 os valores lógicos das Troca o conectivo: ou
parcelas continuarão iguais entre si, o que dá o mesmo resultado Nega primeira
final. Vejam: parcela: Pedro não é
Quero negar a
alto
seguinte proposição: Pedro não é
p q ¬p ¬q (¬p)↔(¬q) Nega a segunda
“Pedro é alto ou Júlio alto e Júlio não é rico
parcela: Júlio não é
V V F F V é rico”
rico.
V F F V F Troca o conectivo: e
F V V F F Nega a primeira
F F V V V parcela: Os
Se os juros baixam, juros não baixam. Os juros não baixam
então eu compro um Mantém a segunda ou eu compro um
A segunda equivalência também não é tão difícil de guardar. Ela carro novo. parcela: Eu compro carro novo
um carro novo.
nos diz que um bicondicional vale por dois condicionais. Assim:
Troca o conectivo: ou
Nega primeira
(p↔q)≡(p→q)∧(q→p) parcela: Não beba
Se beber, então não Se dirigir, então não
Nega segunda
dirija (*) beba
Isso explica o fato de o símbolo do bicondicional ser uma seta parcela: Dirija
dupla, para os dois sentidos. Vale a ida (p antecedente, q Inverte a ordem
consequente) e vale a volta (q antecedente, p consequente). Tudo Quero negar a
Mantém a primeira:
ao mesmo tempo. Por isso ficamos com a conjunção de dois Os juros baixam
seguinte proposição: Os juros
condicionais. Nega a segunda: Eu
Se os juros baixam, baixam e eu não com
não compro um carro
então eu compro um pro um carro novo
novo
A terceira equivalência também é tranquila. Quando estudamos a carro novo.
Troca o conectivo: e
tabela verdade do bicondicional, vimos que ele só é V se as duas O médico não receita
parcelas tiverem valores lógicos iguais. Para o "ou exclusivo" é O médico receita o
o remédio se, e
justamente o contrário: ele só é V se as duas parcelas tiverem remédio se, e Nega cada parcela.
somente se,
somente se, Rosa Mantém o conectivo
valores lógicos diferentes. Rosa não estiver
estiver doente.
doente.
Como o bicondicional e a disjunção exclusiva têm comportamentos Se o médico receita o
contrários, concluímos que uma é a negação da outra, o que nos O médico receita o Monta dois remédio, então Rosa
remédio se, e condicionais. está doente e se Rosa
leva a:
somente se, Rosa Une os condicionais está doente, então o
¬(p↔q)≡(p∨−−q) estiver doente. com o conectivo "e" médico receita o
remédio.
O médico receita o Não é verdade que:
Troca o conectivo por
remédio se, e ou o médico receita o
"ou exclusivo",
somente se, Rosa remédio, ou Rosa está
fazendo a negação.
estiver doente. doente.
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PORCENTAGEM No presente tópico explicaremos justamente como tratar
de aumentos percentuais.
4. COMPARAÇÃO ENTRE PARTE E TODO
Para melhor entendimento, considere que tenho hoje R$ 20,00.
O símbolo de porcentagem (%) é tão comum em matemática Aplico este dinheiro em um investimento que, dentro de um ano,
financeira que às vezes não nos preocupamos em pensar em "para rende 10%. Ou seja, ao final de 1 ano, meu dinheiro
que ele serve". Afinal de contas, qual a utilidade do símbolo de terá aumentado em 10%.
“%”?
Com isto, estou querendo dizer que, dividindo o aumento pela
O símbolo de porcentagem serve para dar a noção de parte e de quantia inicial, o resultado é 10%.
todo, de uma maneira mais amigável para quem faz a leitura de
qualquer tipo de dado. Aumento20=10%
Aumento=10%×20
Na verdade, ele não serve só para isso. O que dissemos acima é Aumento=2,00
apenas uma simplificação. O símbolo de porcentagem pode ser O aumento foi de R$ 2,00.
usado em situações que não envolvam comparação entre parte e Portanto, após 1 ano eu terei:
todo. Apesar disso, esta é a sua utilização mais frequente, e é a 20+2=22
mais simples, ideal para nos acostumarmos com o conceito de
porcentagem. Visto isso, vamos agora mudar o exemplo, para que possamos
generalizar o resultado. Se, em vez de R$ 20,00, eu
Suponha que você está lendo uma reportagem que informe que tivesse "x" reais, vamos ver como ficaria.
1.000 habitantes da cidade alfa foram contaminados com certa
doença. Aumento x=10%
Aumento=10%×x=0,1x
Pergunta: essa doença é preocupante? Aumento=0,1x
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Redução=10% de 200 03. Em certo ano, um passeio foi feito com 2.200 pessoas.
Redução=0,1×200=20 Sabendo-se que, no ano seguinte, a quantidade de pessoas que
fizeram esse mesmo passeio diminuiu 30%, ao todo, qual a
A redução é de R$ 20,00. quantidade de pessoas que diminuiu em relação ao ano anterior?
Com isso, o produto passará a custar R$ 180,00.
Se, em vez de 200,00, o produto custasse X, ficaria assim. a) 600
A redução seria de 10% de X. b) 660
c) 630
Redução=0,1x d) 690
O novo preço seria: 04. Um restaurante aumentou o número de funcionários que antes
x−0,1x era 80 e agora passou a ser 100. Assinale a alternativa que
apresenta o aumento percentual em relação à quantidade inicial
Colocando X em evidência: de funcionários.
x×(1−0,1)
a) 12%
Ou seja, diminuir algo em 10% é o mesmo que multiplicar por 1 – b) 25%
0,1. E isto vale para todos os demais percentuais. c) 20%
d) 30%
Este raciocínio é a base para os descontos comerciais, estudados
dentro de matemática financeira. 05. Uma torradeira que custava R$ 160,00 pode ser comprada com
desconto por R$ 115,20. O percentual do desconto foi de
EXERCÍCIO RESOLVIDO
a) 22%
01. Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista. b) 26%
Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a c) 28%
oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações d) 32%
de R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa e) 45%
de juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de
a) 5,0%.
b) 5,9%.
c) 7,5%
d) 10,0%.
e) 12,5%.
COMENTÁRIO:
Alternativa E.
01. Dois vergalhões de ferro medem 168 cm e 140 cm. A medida 01. C
do vergalhão mais longo é maior que a medida do outro vergalhão 02. C
em: 03. B
04. B
a) 10% 05. C
b) 15%
c) 20%
d) 25%
e) 30%
a) R$ 1,60.
b) R$ 1,70.
c) R$ 1,80.
d) R$ 1,90.
e) R$ 2,00.
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