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1 INTRODUÇÃO
Os métodos potenciométricos de análises baseiam-se na medida do potencial
de células eletroquímicas, sem o consumo apreciável de corrente. [1]
2 OBJETIVO
Titular potenciometricamente amostras de ácidos e misturas de ácidos.
Utilizar métodos gráficos para a determinação de ponto final de uma titulação
potenciométrica. Desenvolver os conceitos básicos envolvidos nas titulações
potenciométricas.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 Construção das curvas de titulação para soluções de concentração conhecida
Primeiramente, realizou-se a calibração de acordo com as instruções do
técnico.
Transferiram-se com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 10 mL da solução
de HCl 0,1 mol L-1 para o béquer de 150 mL, colocando este sobre o agitador
magnético. Em seguida, colocou-se cuidadosamente a barra magnética neste
béquer. Posteriormente, posicionou-se o eletrodo combinado de vidro e o sensor de
temperatura de modo que estes ficassem suspensos no interior do béquer.
Adicionou-se água destilada suficiente para cobrir completamente a membrana do
eletrodo de vidro. Desligou-se o agitador e foi esperado que o valor de pH se
estabilizasse, anotando este valor. Em seguida, carregou-se a bureta com a solução
padronizada de NaOH fornecida.
Iniciou-se a adição do titulante em incrementos de 1,0 mL, registrando o pH
após cada adição. Após a adição de 9,0 mL do titulante, utilizaram-se incrementos
de 0,2 mL até que fossem adicionados 11 mL. Posteriormente, realizaram-se mais
quatro adições de incrementos de 1,0 mL. Em seguida, realizou-se este mesmo
procedimento para a solução de ácido acético fornecida.
Posteriormente, utilizando uma pipeta volumétrica, misturaram-se
10 mL da solução de HCl 0,1 mol L-1 com 10 mL da solução de
ácido acético 0,1 mol L-1. Adicionaram-se algumas gotas de fenolftaleína. Titulou-se
essa mistura utilizando os seguintes incrementos do titulante: até 9 mL, incrementos
de 1 mL. Foram utilizados incrementos de 0,2 mL, de 9 até 11 mL. De 11 a 18 mL
foram utilizados incrementos de 1 mL. 19 e 21 mL: incrementos de 0,2 mL. De 21 a
25 mL: incrementos de 1,0 mL.
3
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
12
11
10
7
pH
1
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titulante (mL)
Figura 1: Curva de titulação potenciométrica da solução 0, 1115 mol L-1 de HCl com uma solução
0,1014 mol L-1 de NaOH.
A partir do gráfico da Figura 1, determinou-se o volume do ponto final. Esta
determinação foi realizada, estimando-se visualmente o ponto de inflexão na porção
mais vertical da curva, tornando-o como ponto final. O volume obtido de ponto final
estimado foi de 11,35 mL. [1]
Foram realizadas também a construção das curvas de titulação da primeira e
segunda derivada, a partir da Figura 1. Estas curvas estão apresentadas nas
Figuras 2 e 3, respectivamente.
5
Derivative Y1
10
d' pH/dV 5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titulante (mL)
Derivative Y 2
60
50
40
30
20
d'' pH/dV 10
-10
-20
-30
-40
-50
-60
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titultante (mL)
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝐸𝑟𝑟𝑜 𝑅𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝑥 100% (Equação 2)
𝑋 𝑟𝑒𝑎𝑙
Sendo:
CTitulante = concentração do titulante (NaOH) (0,1014 mol L-1);
VTitulante = volume de titulante (NaOH) gasto para detectar-se o ponto de equivalência (mL);
Tabela 2: Valores de volume de ponto final, concentração e erro relativo obtidos na titulação do HCl
com NaOH.
Curva de Primeira Segunda
Titulação Derivada Derivada
Volume Titulante
11,35 11,04 10,68
(mL)
Concentração de HCl
0,115089 0,111641 0,108295
(mol L-1)
Erro Relativo (%) 3,22 0,13 2,87
12
11
10
7
pH
2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titulante (mL)
5
d' pH/dV
4
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titulante (mL)
16
14
12
10
8
6
4
d'' pH/dV
2
0
-2
-4
-6
-8
-10
-12
-14
-16
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Volume de titulante (mL)
[𝐴𝑐 − ]
𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + log (Equação 3)
𝐻𝐴𝐶
12
10
6
pH
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Volume de titulante (mL)
Figura 7: Curvas de titulações potenciométricas obtidas para as titulações de: (-) 10 mL de uma
amostra de HCl e (-) 10 mL de uma amostra de HAc com uma solução de 0,1014 mol L-1 de NaOH.
não sofre hidrólise, dessa forma, tem-se uma grande quantidade de íons H+ em
solução, e quanto maior a quantidade de íons H+ no meio, maior será a acidez da
solução. O HAc por ser um ácido fraco, não dissocia-se facilmente, com isso, no
início da titulação este encontra-se em grande quantidade na sua forma protonada
(HAc) e em pouca quantidade na sua forma desprotonada (Ac -), mas mesmo em
pouca quantidade, a forma desprotonada, por ser uma base conjugada forte, reage
com a água, hidrolisando-se e aumentando a quantidade de OH- no meio. Devido a
estes motivos, a curva de titulação da solução de HCl apresenta um maior salto no
eixo Y do que a curva de titulação da solução de HAc.
12
10
6
pH
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Volume do titulante (mL)
2,6
2,4
2,2
2,0
1,8
1,6
d' pH/dV
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Volume de titulante (mL)
Derivative Y 2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
d'' pH/dV
0,4
0,2
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
-0,8
-1,0
-1,2
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Volume de titulante (mL)
Figura 10: Segunda derivada, d’’ pH / dV, da curva de titulação da mistura HCl e CH3COOH.
Tabela 6: Volumes no ponto final a partir da curva de titulação, primeira derivada e segunda derivada,
para a solução contendo a mistura dos ácidos.
Titulado Volume no ponto final (mL)
Curva de Titulação Primeira Derivada Segunda Derivada
HCl 11,51 10,90 11,01
CH3COOH 11,17 11,10 11,32
5 CONCLUSÃO
A titulação potenciométrica é uma técnica bastante exata e precisa. Neste
experimento, foi possível comprovar sua eficácia, pois os valores obtidos nas
titulações potenciométricas do ácido clorídrico e do ácido acético e também da
mistura dos ácidos clorídrico e acético, foram satisfatórios, com erros relativos
relativamente pequenos. Além disso, os conceitos envolvidos nas titulações
potenciométricas foram desenvolvidos eficientemente.
16
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] SKOOG. D. A; HOLLER. F. J.; CROUCH. Fundamentos de Química Analítica.
8ª Edição. São Paulo: Thomson. 2006. p. 586-589.
[2] SKOOG, D.A.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Princípios de Análise
Instrumental. 6ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 705-706.
[3] EWING, G. W. Métodos Instrumentais da Análise Química. Volume 1. São
Paulo: Edgard Blucher, 1972. p. 219-220.
[4] HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 6ª Edição, Rio de Janeiro: LTC,
2005. p. 789-797.