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OBJETIVOS
O que é o desenvolvimento?
Por exemplo, alguns países podem desejar que as obras culturais sejam amplamente
disponíveis no domínio público tão cedo quanto possível, para autorizar as outras pessoas
a utilizar livremente o material; por isso, estes países mantêm o prazo de proteção do
direito de autor ao nível da Convenção de Berna e do Acordo TRIPS, a saber, a vida do
autor mais 50 anos. Outros países podem desejar prever rendimentos para as suas
indústrias culturais durante mais tempo; por isso aumentam o prazo de proteção até 70
anos depois da morte do autor.
No que diz respeito a patentes, o Acordo TRIPS normaliza o objeto da proteção: deve
haver patentes, em todos os domínios da tecnologia, para quaisquer invenções que
satisfaçam os critérios de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Mas há
também alguma flexibilidade. Os membros da OMC podem excluir algumas invenções da
proteção se isso for necessário para, por exemplo, preservar a estrutura da sociedade civil
ou, segundo a expressão utilizada, "para proteger a ordem pública", ou por razões de
proteção da moral, da vida humana, vegetal ou animal, ou do meio ambiente. Portanto,
embora seja possível proteger por patente de invenções "essencialmente biológicas,"
resultantes de intervenção só humana, há debate mundial, não só nos países em
desenvolvimento, mas também em regiões como os Estados Unidos, sobre a questão de
saber se genes humanos, animais ou vegetais deveriam ser patenteáveis. O Acordo
TRIPS é também flexível quanto à proteção de formas mais elevadas de vida, na medida
em que satisfazem os critérios de patenteabilidade, como plantas e animais, mas também
permite outras possibilidades tais como um sistema de direitos do obtentor. Qual destas
opções flexíveis um país escolherá dependerá, provavelmente, de várias considerações
sociais, culturais e econômicas.
b. As duas disposições diziam respeito aos países menos desenvolvidos e aos países sem
capacidade de produção.
N.B. Além disso, os países menos desenvolvidos não precisam de tornar patentes
disponíveis para produtos farmacêuticos antes de 2016. E, em circunstâncias especiais, os
países não podem exportar produtos farmacêuticos produzidos sob uma licença obrigatória
para alguns países sem capacidade de produção nacional.
Vejamos outra vez o caso do acesso aos medicamentos como um exemplo concreto.
Os tratamentos mais eficazes do HIV/AIDS, por exemplo, muitas vezes implicam a
combinação de produtos diferentes, cujas patentes pertencem a empresas diferentes
espalhadas pelo mundo. Para abordar algumas das questões de concorrência e
coordenação relacionadas à concessão de licenças de propriedade intelectual, um grupo
de parceiros formou um "grupo de patentes de medicamentos," que oferece um serviço
centralizado ("balcão único") para licenças de patente. Este modelo de gestão de
propriedade intelectual pode ajudar a criar novas fontes de rendimento para as empresas
em questão, baixar os custos de fornecer estes medicamentos e, o mais importante,
melhorar a saúde e a vida de milhões de pessoas. Para mais informações sobre a maneira
como esta utilização particular de politicas e práticas de propriedade intelectual pode
facilitar o desenvolvimento, acesse o site: www.medicinespatentpool.org.
Faça agora uma pausa para pensar sobre a seguinte questão, do seu ponto de vista.
QAA 3
Que aspectos da propriedade intelectual e desenvolvimento são mais importantes
para o seu país, ou para a sua organização?
Pense sobre isto durante cerca de 5 minutos. É possível que o estudante já tenha
conhecimento das principais atividades econômicas do seu país, ou tenha experiência em
inventar coisas que são úteis no seu país. Possivelmente, alguns dos estudantes
trabalham na indústria de serviços ou nas artes, na representação ou execução de obras,
ou no comércio. Tente pensar nas coisas que considera importantes para o seu país.
Talvez queira registar as suas ideias no espaço abaixo.
Não existe uma resposta correta ou errada para esta pergunta. O ponto principal é que os
direitos de propriedade intelectual podem criar vantagens diferentes em contextos
diferentes, segundo os objetivos. As legislações, as políticas e as práticas locais, que são
apropriadas para um país ou para uma empresa, podem não ser adequadas para outro
país ou empresa. As pessoas devem decidir por si próprias o que querem que o sistema
de propriedade intelectual faça, e depois tentar alcançar o equilíbrio para atingir esses
objetivos.
Evidentemente, como já vimos, isto pode ser feito com sistemas flexíveis de proteção da
propriedade intelectual. A OMPI promove o desenvolvimento através da política de
propriedade intelectual de várias maneiras.
Além de ser um fórum de primeiro plano para a negociação de novos tratados e acordos
(incluindo as suas flexibilidades), a OMPI:
Por exemplo, a proteção do direito de autor é importante para muitos tipos de criadores,
inclusive autores e editores de livros. Sem proteção do direito de autor, seria muito mais
difícil estabelecer o preço e as condições de acesso aos livros que sustentam a indústria
editorial. Ao mesmo tempo, porém, a proteção do direito de autor pode não oferecer os
incentivos comerciais acertados para garantir que os livros sejam produzidos de maneira
acessível a todos, inclusive os praticantes de línguas locais ou as pessoas com
deficiências . Por isso o sistema internacional de direito de autor inclui um mecanismo –
um anexo da Convenção de Berna – para permitir que os países emitam licenças
obrigatórias autorizando a tradução de livros para certas línguas locais; e estão em curso
negociações entre a OMPI, seus Estados Membros, organizações não governamentais e
outras entidades, sobre um novo acordo inovador relativo a um sistema destinado a
proporcionar acesso a materiais protegidos pelo direito de autor aos deficientes visuais.
1. A assistência técnica da OMPI será, inter alia (entre outras coisas), orientada para o
desenvolvimento, ditada pela procura e transparência, tendo em conta as prioridades e as
necessidades especiais dos países em desenvolvimento, especialmente os PMDs (países
menos desenvolvidos), assim como os diferentes níveis de desenvolvimento dos Estados
Membros .
Mais informações sobre o trabalho da OMPI relacionado com os ODMs encontram-se em:
http://www.wipo.int/ip-development/en/agenda/millennium_goals/.
Antes das leis, políticas e práticas de PI poderem ser utilizadas ou melhoradas, seu
impacto deve ser melhor avaliado e compreendido. É este o ponto central das 5
recomendações na Categoria D. Além de recomendar uma revisão anual e um mecanismo
de avaliação para apreciar todas as atividades orientadas para o desenvolvimento, à luz de
critérios apropriados, esta categoria propõe o estudo de alguns tópicos específicos,
inclusive projetos colaborativos abertos, a propriedade intelectual na economia informal, e
os impactos econômicos, sociais e culturais da propriedade intelectual. A recomendação
37, a penúltima nesta categoria, ilustra bem este objetivo geral.
37. A pedido dos Estados Membros e segundo as suas instruções, a OMPI pode realizar
estudos sobre a proteção da propriedade intelectual, para identificar as ligações e as
incidências possíveis entre propriedade intelectual e desenvolvimento.
• inovação nacional;
• difusão nacional e internacional de conhecimentos; e
• aspectos institucionais do sistema de PI e as suas implicações econômicas.
É aqui que os próprios processos e atividades da OMPI e as suas relações com outras
importantes organizações intergovernamentais e não governamentais são especificamente
consideradas. Algumas das questões tratadas por estas 6 recomendações são também
abordadas noutras categorias, tais como a sugestão de uma revisão das atividades atuais
de assistência técnica, a cooperação com outras agências das Nações Unidas, e o
aumento, para as partes interessadas, das possibilidades de participação em processos de
tomada de decisões. A Recomendação 40, por exemplo, é importante porque salienta que
a propriedade intelectual é apenas uma parte de uma estratégia global de
desenvolvimento. A PI deve relacionar-se com o comércio, a saúde, o meio ambiente, a
educação, a ciência e a cultura, no âmbito de outros organismos das Nações Unidas ou
organizações multilaterais.
40. Pedir que a OMPI intensifique a sua cooperação com as agências das Nações Unidas,
especialmente CNUCED, PNUMA, OMS, ONUDI, UNESCO e outras organizações
internacionais competentes, especialmente a OMC, sobre questões relacionadas com a PI
e segundo as orientações indicadas pelos Estados Membros, a fim de reforçar a
coordenação para atingir o máximo de eficácia na aplicação de programas de
desenvolvimento.
Resposta
Categoria A - atividade 5
Categoria B - atividade 1
Categoria C- atividades 2 e 3
Categoria D - atividade 4
Categoria E- atividade 6
Categoria F - todas as recomendações
A Agenda para o Desenvolvimento não é exatamente como a maior parte dos tratados e
acordos administrados pela OMPI porque se trata mais de política do que, tipicamente, de
direito internacional, mas terá um impacto contínuo sobre a Organização, os seus Estados
Membros ea todas as pessoas que estão interessadas no sistema global de propriedade
intelectual.
Efetivamente, mais pessoas compreendem agora que a propriedade intelectual deve ser
considerada como parte de um sistema cuidadosamente equilibrado de leis, políticas e
práticas, que reconhece e fomenta a criatividade e a inovação, em benefício da sociedade
em geral. Nesse contexto não se trata, para a Agenda para o Desenvolvimento, de
promover sistemas de propriedade intelectual mais fortes ou mais fracos; trata-se de
promover melhores sistemas de propriedade intelectual. Isso exige uma grande
sensibilidade em relação às circunstâncias sociais, culturais e econômicas, como a OMPI e
os seus Estados Membros têm demonstrado, cada vez mais.
Esta tarefa não pertence apenas à OMPI. A implementação dos princípios contidos na
Agenda para o Desenvolvimento deve ser levada a efeito também em nível regional,
nacional e local. Todas as pessoas que participam do sistema de propriedade intelectual
precisam pensar criticamente sobre os resultados que desejam alcançar e sobre a maneira
como a propriedade intelectual pode, apropriadamente, contribuir para esses objetivos.
A Agenda para o Desenvolvimento não é exatamente como a maior parte dos tratados e
acordos administrados pela OMPI porque se trata mais de política do que, tipicamente, de
direito internacional, mas terá um impacto contínuo sobre a Organização, seus Estados
Membros e, realmente, sobre todas as pessoas que estão interessadas no sistema global
de propriedade intelectual.
O estudante pode consultar o Anexo da Convenção de Berna: Disposições Especiais a Respeito dos
Países em Desenvolvimento através de um link que se encontra nos recursos deste módulo:
http://www.wipo.int/treaties/en/ip/berne/trtdocs_wo001.html
A OMPI criou também todo um website, www.visionip.org, dedicado a informações sobre o acesso
a obras protegidas pelo direito de autor por pessoas com deficiências visuais.
Um estudo sobre o direito de autor e o domínio público foi um dos primeiros resultados desta
iniciativa. Ver http://www.wipo.int/meetings/en/doc_details.jsp?doc_id=147012
Mais informações sobre o trabalho da OMPI relacionado com os ODMs encontram-se em:
http://www.wipo.int/ip-development/en/agenda/millennium_goals/.
Se o estudante tiver um Smartphone, aqui estão alguns recursos para acessar online.