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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................2
2. CLASSIFICAÇÃO DOS AÇOS FUNDIDOS.....................................................6
2.1 Aços-carbono comuns (“plain carbon steels”)..........................................7
2.2 Aços de baixa liga (low-alloy steels)...........................................................8
2.3 Aços de alta liga (high-alloy steels).............................................................9
2.4 Normas de classificação...............................................................................11
3. DIAGRAMA DE FASES FERRO-CARBONO...................................................39
3.1 Reações de solidificação e resfriamento....................................................39
4. ASPECTOS GERAIS DA ELABORAÇÃO DE AÇOS FUNDIDOS..................44
4.1 Fusão em fornos elétricos a arco................................................................44
4.2 Fusão em fornos de indução........................................................................47
4.3 Prática de desoxidação.................................................................................49
4.4 Descarburação a argônio-oxigênio (Processo AOD).................................51
4.5 Injeção de pós ou fios...................................................................................52
4.6 Prática de vazamento....................................................................................53
4.7 Sistema de canais......................................................................................... 55
5. INCLUSÕES EM AÇOS FUNDIDOS................................................................57
5.1 Tipos de inclusões........................................................................................57
5.2 Físico-química das inclusões.......................................................................59
5.3 Controle de inclusões...................................................................................61
5.4 Principais tipos de inclusões nos aços fundidos......................................66
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...........................................................................73
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1. INTRODUÇÃO
aços médio manganês e são representados pela série AISI 1300 (1,60 a
1,90%Mn).
ii) Aços manganês-molibdênio: similares aos aços de médio teor de
manganês, apresentando boa resistência em altas temperaturas, além de elevada
temperabilidade. Existem duas classes gerais de aços manganês-molibdênio: a
série 8000 (1,0 a 1,35% Mn; 0,10 a 0,30% Mo) e a série 8400 (1,35 a 1,75% Mn;
0,25 a 0,55% Mo). Em ambas as classes, o teor de carbono é normalmente fixado
entre 0,20 e 0,35%.
iii) Aços manganês-níquel-cromo-molibdênio: estes aços englobam a série
AISI 9500, utilizados em aplicações que demandam alta temperabilidade.
Secções com até 130 mm podem ser temperadas e revenidas de modo a se obter
uma estrutura totalmente martensítica. Os teores de elementos de liga variam na
seguinte faixa: 1,30%<Mn<1,60%; 0,40%<Ni<0,70%; 0,55%<Cr<0,75% e
0,30%<Mo<0,40%.
iv) Aços níquel: estão entre os mais antigos aços de baixa liga. Apresentam
como principais características a boa ductilidade e a elevada resistência ao
impacto. A série AISI 2300 contém teores de níquel variando entre 2,0 e 4,0%.
v) Aços níquel-cromo-molibdênio: a adição de molibdênio aos aços níquel-
cromo aumenta de forma significativa a temperabilidade destes materiais,
praticamente tornando os mesmos imunes à fragilização por têmpera. São aços
particularmente adequados à produção de fundidos de secções espessas.
Apresentam também elevada resistência em altas temperaturas.
vi) Aços cromo-molibdênio: contêm em torno de 1,0% de cromo, que
promove aumento das propriedades em temperatura elevada. Os aços cromo-
molibdênio da série AISI 5100, contendo entre 0,70 e 1,10% de cromo) não são
comuns na indústria de fundição, sendo aplicados apenas e fundidos especiais.
entre os eletrodos. O metal é fundido por arcos que partem dos eletrodos em
direção à carga metálica. A fusão ocorre tanto por ação direta dos arcos de
corrente, quanto por calor radiante vindo das paredes e do topo do forno. Os
eletrodos são controlados automaticamente, de modo a manter estável um arco
elétrico de comprimento adequado.
Para que a variação do fluxo no tempo seja grande é preciso que o fluxo
seja elevado e/ou que o tempo de variação (Δt) seja pequeno. Esta última
condição corresponde a uma freqüência elevada. Sendo muito usado para fusão
de materiais condutores, formam-se nestes materiais correntes de Foucault
(correntes induzidas em massas metálicas), que produzem grande elevação de
temperatura. Se os materiais forem magnéticos, haverá também o fenômeno de
histerese, que contribui para o aumento de temperatura.
O forno consiste basicamente num transformador, em que o primário é
serpentina de cobre refrigerada a água, e o secundário é a carga metálica. Dentro
da carcaça do forno é colocada a serpentina de cobre. Tijolos refratários são
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Figura 4.6. Desenho esquemático de uma típica panela sifonada, utilizada para o
vazamento de peças fundidas de pequenas e médias dimensões.
Figura 4.7. Sistema de canais que permite bom fluxo de metal para o interior do
molde.
aparecer também abaixo da superfície externa, no caso de não terem tido tempo
suficiente para flutuar ou decantar, de acordo com a diferença de densidade em
relação ao metal líquido.
Figura 5.1. Inclusões endógenas do tipo II em aço carbono com 0,25%C. Notar a
disposição preferencial nos contornos de grão.
2 Al + 3 O Al2O3 (s)
Onde o (s) que indica que a alumina (Al2O3) é sólida a 1600ºC. Vale lembrar que o
ponto de fusão da alumina é de 2072ºC. Para que a reação (1) ocorra é
necessário que a troca de energia livre padrão a 1600ºC seja negativa.
Entretanto, a quantidade de cada componente na reação é também importante, e
a atividade química de cada espécie deve ser conhecida. Se uma quantidade
excessiva de alumínio for adicionada ao banho, uma parte deste irá reagir
estequiometricamente com o oxigênio, enquanto o alumínio remanescente entrará
em solução sólida ou reagirá com outros elementos.
No exemplo anterior, a Al2O3 produzida é insolúvel no ferro líquido e pode
resultar em inclusões aprisionadas na peça fundida após a solidificação. É
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podem ser utilizadas para coletar as inclusões e garantir a entrada de metal limpo
na cavidade do molde propriamente dito. Além disso, os canais de alimentação
podem possuir extensões sem saída (“dead-end”), para coletar o primeiro metal a
entrar no molde, que apresenta a maior probabilidade de conter escória ou
drosses.
Sistemas de canais pressurizados são comumente indicados para prevenir
a entrada de ar que pode causar a formação de inclusões durante a operação de
vazamento. Está é uma técnica importante no caso de metais ou ligas que
apresentam grande tendência à formação de inclusões por um fenômeno
chamado de oxidação secundária.
Figura 5.4. Dados de vida em fadiga axial para um aço da classe ASTM A516 nas
condições sem tratamento e tratado com cálcio.
Figura 5.5. Dados de ensaios de impacto (Charpy, V-notch) para várias classes
de aços com e sem tratamento com cálcio.
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Estes efeitos podem ser observados na figura 5.10, que ressalta também a
redução de propriedades sensíveis à estrutura, tais como a ductilidade e
resistência ao impacto. Os pontos de mínimo mostrados nas curvas são
geralmente atribuídos à formação de inclusões do tipo II.
O controle de formato das inclusões torna-se um fator importante quando
propriedades como tenacidade, resistência ao impacto e resistência à fadiga
precisam ser maximizadas. Adições de cálcio e magnésio podem ser utilizadas
com sucesso para controlar o formato das inclusões, isto é, produzir inclusões
mais próximas ao formato esférico. É digno de menção que tanto o magnésio
quanto o cálcio formam sulfetos e óxidos estáveis, o que é comprovado por suas
energias livres de formação.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SVOBODA, J. M. High alloy steels. In: ASM Handbook. Materials Park, Ohio: ASM
International, 1992. v.15, p.722-735.
SVOBODA, J. M. Low alloy steels. In: ASM Handbook. Materials Park, Ohio: ASM
International, 1992. v.15, p.715-721.
SVOBODA, J. M. Plain carbon steels. In: ASM Handbook. Materials Park, Ohio:
ASM International, 1992. v.15, p.702-714.
WUKOVICH, N. Melting furnaces. In: ASM Handbook. Materials Park, Ohio: ASM
International, 1992. v.15, p.356-392.