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1. Modalidades de dano
Outras figuras que são muito referidas na doutrina e na juris Ex.: dano por ricochete
(dano reflexo), que vem do ord. jur. estrangeiro e é muito utilizada no nosso direito (não
prevista em lei), perda de uma chance (frustração de expectativa de êxito futuro pelo
ato de alguém = se analisa a probab. de êxito; é estudada na parte de dano e de nexo de
causalidade – prova da existência de dano, dano estético (dano autônomo por
orientação da juris. e doutrina = há súmula), e dano existencial (doutrina estrangeira =
depois da ref. trabalhista com inclusão na CLT de dispositivo que fala sobre ele).
Ricochete (lesão dirigida a uma pessoa, mas provoca efeitos negativos em outras, ex.:
dano morte = lesão dirigida a vítima, mas não só na esfera dela tem reflexo, mas nas
pessoas próximas ((mãe que perde filho)), sendo este reflexo patrimonial ou
extrapatrimonial) Ex.: patrimonial – pessoa que falece e não tem condições de prover
os familiares e extrapatrimonial – entes queridos podem sofrer com o falecimento.
Influência do direito francês No nosso ord. jur., se tem noção doutrinaria e juris.,
com súmula que trata de matéria usada como exemplo em todos os casos (S. 491/STF =
1969, trata sobre possib. que se busque reparação patrimonial, pensionamento, quando o
filho menor falece – época que os filhos eram considerados como pessoas que
eventualmente trabalham e contribuem com a família; ou seja, quando falece deixa
“lacuna” -, havendo resposta positiva!). Conteúdo da súmula = ficção jurídica (se
entende que exerceria atv. laboral, a partir dos 14 anos); pais podem pedir reparação
correspondente ao pensionamento, compatível a salário mínimo/mês; ou seja, não se
inicia necessariamente quando se vê a sentença, tendo como termo inicial o momento
que a criança completaria 14 anos + mais uma ficção = a partir dos 25 constituiria
família, reduzindo o valor do pensionamento.
Pode esse tipo de reparação ser utilizada tanto no âmbito das relações sobre danos
patrimoniais e extrapatrimoniais, mas não só. Ex.: TJRS – caso sobre o dano que foi
projetado na PJ: motoboy foi entregar doc. de processo licitatório e acaba não
entregando no horário por acidente; PJ não pode continuar no processo (lesão ao
motoboy e que repercute de forma negativa contra a empresa) + Fraude do leite – lesão
à empresa e aos administradores/diretores, ou vice-versa.
3. Perda de uma chance (UFRGS = evento org. pelos profs. que chamaram prof. francês
para palestra Fraçois Chabas que tratava sobre a teoria da perda de uma chance, quando
se passa a buscar fundamentação para a frustração da expectativa de um êxito futuro =
não 100% de certeza, mas que pela ação de alguém, se perde a possibilidade de êxito,
ex.: médico que retarda diagnóstico da doença, quando o paciente já não pode mais
buscar tratamentos que seriam exitosos, com o abreviamento da exp. de vida.). Decisões
do TJRS, as primeiras o fundamento é dado de que, segundo a teoria da perda de uma
chance (conferência proferida pelo professor François Chabas). Esse evento levou a
uma mudança na doutrina e na juris.
Ex.: adv. Perde prazo e não recorreu (exp. séria e chance séria de modificar o
posicionamento) = perde o cliente a oportunidade de decisão mais favorável.
Análise Necessário pensar qual foi a influência que passamos no nosso ord. jurídico
= nenhum dispositivo na legislação (ocorre no dir. francês uma proposta de reforma da
resp. civil, havendo artigo que será incluído para tratar deste na modalidade de dano).
Lucros cessante é diferente Ex.: dano patrimonial – lucros cessantes (o que deixou de
lucrar): taxista foi abaulado e toda a lateral do carro foi amassada, representado
diminuição no automóvel (teoria da diferença nos danos emergentes). Taxista fica duas
semanas com o taxi parado para concerto, significando que o que ele lucrava sempre
(previsão dos últimos tempos) não virá = prejuízo de 10.000 reais. Nesse exemplo, dano
emergente pode ser menor que lucros cessantes. Agora, o taxista participando do
processo seletivo que tinha várias etapas, sendo a última mostrar o automóvel e
justamente nessa o carro estaria na oficina = perda de etapa é a frustração de perda de
expectativa futura.
4. Dano estético
Dano estético Não significa afeiamento = ideia é que a pessoa vai ter uma
modificação na sua condição morfológica e física (ideia relacionada à dificuldade na
interação social, para além do dano moral). Prejudica as ações da pessoa no seio social.
Alguns autores dizem que poderia ser caract. como dano estético a perda de um órgão
Modificação na constituição física que gera constrangimento (curiosidade, timidez
etc.). Ex.: TJRS – erro médico que perde testículo: causa constrangimento, sendo
deferida reparação por dano estético.
Mudança corporal não precisa ser eterna Doutrinadores dizem que se for eterna, não
há dúvida; mas tendo por longo período, pode também gerar constrangimento (ex.:
raspagem de cabelo para cirurgia devido à trauma de trânsito + beto carreto com moça
escalpelada).
5. Dano existencial
Dir. estrangeiro Precisamos questionar qual o problema que se teve (origem) e se tem
utilidade fazer transplante para nós.
Figura que vem do direito italiano Evolução doutrinária e juris., considerando que
havia limitação grande para reparação por dano moral ou não-patrimonial, como
chamam. Vinha em decorrência de legislação que estabelecia dano moral para situações
tipificadas como crime. Depois, começa a se fazer uma leitura constitucional da
legislação (reparação por danos biológicos, sendo um passo). Próx. salto é quando a
lesão física é permanente (dificulta exercício de atv. pro futuro, criando obrig. de fazer
ou não fazer = ex.: pessoa que fica tetraplégica, com obrig. de fazer
fisioterapia/tratamentos e obrig. de não fazer, como jogar bola). No dir. peruano, há o
dano ao projeto de vida.
Com essa criação, amparada na ideia das situações de lesão que provocava mudança de
rotina na vida.
No nosso ord. jurídico, não tem sentido a noção de dano biológico Movimento
interessante dos ensinamentos do Facchini, preocupado com o dir. comparado = dano
extrapatrimonial - seria necessário uma adjetivação, como modalidades autônomas e
distintas. Orientanda dela, Flaviana, publica livro sobre dano existencial, onde defende a
autonomia desse dano.
Duas correntes (i) favorável – Flaviana e outra (ii) contrária – haveria outros
institutos jurídicos.
Dir. Civil Figura adormecida = mas no dir. trabalhista tem grande aplicabilidade,
porque há dispositivo incluído na CLT com a reforma que faz referência (principalmente
quando há jornada excessiva).