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Nexo causal
Pluralidade de agentes
Livro
Livro:
Continua sendo uma das maiores dificuldades definir o nexo causal quando o
dano é causado por uma pessoa integrante de um grupo determinado –
manifestações grevistas, passeatas estudantis, grupos de pessoas que praticam o
mesmo esporte, que exercem a mesma atividade profissional – e não se consegue
descobrir quem, dentre os vários participantes, com o seu ato causou o dano.
⇒ DANO
O cuidado que o juiz deve ter neste ponto é para não confundir lucro
cessante com lucro imaginário, simplesmente hipotético ou dano remoto, que seria
apenas a consequência indireta ou mediata do ato ilícito.
- Indivíduo vai exercer direito e por conta de ato ilícito de outrem não vai.
Livro: É preciso, portanto, que se trate de uma chance séria e real, que
proporcione ao lesado efetivas condições pessoais de concorrer à situação futura
esperada. Aqui, também, tem plena aplicação o princípio da razoabilidade. Em
outras palavras, é preciso verificar em cada caso se o resultado favorável seria
razoável ou se não passaria de mera possibilidade aleatória. A vantagem
esperada pelo lesado não pode consistir numa mera eventualidade, suposição ou
desejo, do contrário estar-se-ia premiando os oportunismos, e não reparando as
oportunidades perdidas.
Livro: Não se deve, todavia, olhar para a chance como perda de um resultado
certo porque não se terá a certeza de que o evento se realizará. Deve-se olhar a
chance como a perda da possibilidade de conseguir um resultado ou de se evitar
um dano; devem-se valorar as possibilidades que o sujeito tinha de conseguir o
resultado para ver se são ou não relevantes para o ordenamento. Não se exige a
certeza do dano, mas sim a certeza da probabilidade. Situa-se nesse ponto a
característica essencial da perda de uma chance: a certeza da probabilidade.
● STJ: perdeu a probabilidade de ganhar os 500 mil além dos 500 mil
que já havia ganhado. 25% dos 500 mil e 125 mil foi a indenização.
Assim, ela ficou com 500 mil que já havia ganhado + 125 mil
Livro: O valor da indenização deverá ser fixado de forma equitativa pelo juiz,
atentando também aqui para o princípio da razoabilidade. Bem ilustrativo é o caso
do programa de televisão que ficou conhecido como “Show do Milhão”. Tratava-se
de um concurso em que o concorrente, se respondesse acertadamente às
perguntas que lhe eram feitas, poderia chegar ao prêmio de um milhão de reais.
Determinada candidata já havia conquistado o prêmio de quinhentos mil reais; a
última pergunta, se respondida corretamente, a levaria ao prêmio máximo de um
milhão.
“Na espécie dos autos, não há, dentro de um juízo de probabilidade, como se
afirmar categoricamente – ainda que a recorrida tenha, até o momento em que
surpreendida com uma pergunta no dizer do acórdão sem resposta, obtido
desempenho brilhante no decorrer do concurso – que, caso fosse o questionamento
final do programa formulado dentro de parâmetros regulares, considerando o curso
normal dos eventos, seria razoável esperar que ela lograsse responder
corretamente à ‘pergunta do milhão’.
Isto porque há uma série de outros fatores em jogo, dentre os quais merecem
destaque a dificuldade progressiva do programa (refletida no fato notório que houve
diversos participantes os quais erraram a derradeira pergunta ou deixaram de
respondê-la) e a enorme carga emocional que inevitavelmente pesa ante as
circunstâncias da indagação final (há de se lembrar que, caso o participante optasse
por respondê-la, receberia, na hipótese de erro, apenas R$ 300,00 (trezentos reais).
⇒ DANO MORAL
Livro: Dano moral seria aquele que não tem caráter patrimonial, ou seja, todo
dano não material. Segundo Savatier, dano moral é qualquer sofrimento que não é
causado por uma perda pecuniária. Para os que preferem um conceito positivo,
dano moral é dor, vexame, sofrimento, desconforto, humilhação – enfim, dor da
alma.
→ Natureza imaterial
- Dano moral
a) INADIMPLEMENTO CONTRATUAL:
- Para o STJ: Por si só, não gera dano moral
Lembro-me de ter sido relator de uma apelação, envolvendo dano moral, que
bem exemplifica o que estamos tentando colocar. Ilustre advogado do Rio de
Janeiro, ao comemorar os 12 anos de sua filha, contratou os serviços de um hotel
cinco estrelas. Mas aquilo que se esperava ser uma grande festa transformou-se
num grande e constrangedor fiasco. Faltou bebida, faltou comida, faltou garçom,
faltou tudo, deixando o dono da festa em situação desconfortável e constrangedora
perante seus ilustres convidados.
b) MORAL PUNITIVO:
c) MORAL DA PJ:
- Sim. Súmula 227, STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
d) ESTÉTICO:
- Pode ser cumulado com dano moral? Sim, Súm. 387, STJ.