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Deve ser levado em consideração o tempo decorrido entre o fato e o dano como
que a ação da empresa tem ligação com o dano sofrido e todas informações que
considerar pertinente ao caso para convencer seu cliente quanto ao seu
posicionamento.
Novembro – 2023
PARECER JURÍDICO: CASO DE CONTAMINAÇÃO DE ÁGUAS
RETRATADO NO FILME “A QUALQUER PREÇO”
RELATÓRIO:
Este trabalho abordará o filme 'A qualquer preço' que é baseado em um fato
verídico, o filme conta a história de um advogado Jan Schlichtmann (John Travolta) um
advogado especializado em ações milionárias, que em sua trajetória procura não vencer
causas, mas sim chegar a um acordo, ele se vê transformado em um defensor dos
direitos humanos ao assumir uma ação indenizatória, em que, diversas crianças
morreram de leucemia, em virtude da contaminação da água do rio, por duas das
maiores corporações dos Estados Unidos.
Diante do suposto fracasso, fica ele desesperado até que enxerga que o lucro
não é o mais importante da causa.
No filme o direito se envolve com os fatos, podendo agir para regulamentar tais
fatos, para que os custos não apareçam ou os seus resultados sejam minimizados,
afim de que terceiros venham a ser prejudicados.
1. DAS EXTERNALIDADES
Essas externalidades retratadas no filme que são importantes para o direito não
são medidas através de preços, e sim com fatos exteriores, que acarretarão situações
e efeitos fora do seu mercado ou ramo de atuação. Ao contrário das transações
realizadas no mercado, as externalidades envolvem uma imposição involuntária,
constituindo uma ineficiência de mercado.
É um filme que nos traz a um profundo debate que leva a refletir sobre a atuação
dos personagens que conduzem o enredo do filme Jan Schlichtmann como sendo o
principal narrador da história e Jerome Facher que é um renomado professor na
Faculdade de Harvard.
Dentre as várias experiências que podem ser extraídas do filme restou claro
que o advogado estava sentindo a dor dos seus clientes e procurou ajuda-los.
O advogado não pode se deixar levar pelo orgulho, pois isso pode interferir e
fazer perder mais causas e que nos tribunais não há lugar para qualquer tipo de
orgulho ou pessoalidade.
É necessário saber que para chegar em bom acordo, para ambas as partes, é
preciso que o advogado saiba exatamente qual será a resposta, jamais deve perguntar
a uma testemunha “por quê?” e, principalmente, que não será dentro de um tribunal
que se vai achar a verdade ou algo minimamente parecido com ela.
O advogado precisou saber que para ele apelar de uma decisão judicial ele
deveria saber todos os recursos que podem ser utilizados até que se obtenha uma
sentenças.
O filme nos trouxe a visão equivocada que não condiz com a realidade do direito
brasileiro, mas bem retratada por essa obra cinematográfica que naquele julgamento,
em específico, e no cotidiano da advocacia dos Estados Unidos, a ostentação fazia
parte do negócio e, para ser respeitado e bem sucedido nos acordos, seriam precisos
escritórios suntuosos, reuniões em hotéis de luxo, carrões, iates e, pelo que mostra o
filme, muita arrogância e cinismo.
Jan Schlichtmann gastou cerca de 3,5 milhões de dólares nesta causa no início
dos anos 1980, e, por orgulho, sentindo-se humilhado por seus adversários, recusou
primeiro um acordo de 20 milhões e depois outro de 8 milhões.
É O PARECER.