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NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
RECIFE-PE
JUNHO, 2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
RECIFE-PE
JUNHO, 2023
RESUMO
1 INTRODUÇÃO 04
2 JUSTIFICATIVA 08
3 HIPÓTESES 08
4 OBJETIVOS 08
4.1 Objetivo geral 08
4.2 Objetivos específicos 08
5 MÉTODOS 09
5.1 Desenho de estudo 09
5.2 Local de pesquisa 09
5.3 Período do estudo 09
5.4 Amostra 09
5.5 Critérios de inclusão e exclusão 09
5.5.1 Critérios de inclusão
5.5.2 Critérios de exclusão 14
5.6 Procedimentos 15
5.7 Processamento e análise dos dados 15
5.8 Aspectos éticos 15
5.9 Riscos e benefícios 15
5 CRONOGRAMA 13
6 ORÇAMENTO 14
REFERÊNCIAS 15
1 INTRODUÇÃO
Estima-se que mais da metade da população acima dos 60 anos sofre uma
queda ao menos uma vez ao ano, sendo considerada a segunda maior causa de
morte de idosos em todo o mundo1. A queda pode ser definida como a ocorrência de
um deslocamento acidental de um indivíduo para um nível inferior da sua altura,
atingindo ou não o solo, mesmo que amparado com algum apoio para que não sofra
maiores danos. Embora a subnotificação seja bastante significativa, a incidência de
quedas em indivíduos com maior de 65 anos situa-se entre 28 a 35%, elevando-se
para 32–42% após os 70 anos².
De etiologia multifatorial, as quedas estão relacionadas ao declínio do
equilíbrio e mecanismos de controle postural advindos do avanço da idade ou
patologias depressoras desses agentes. Alguns fatores são determinantes para
estipular o risco do acontecimento, como o declínio da capacidade cognitiva e física,
portanto, uma célere identificação do problema, beneficia na eficácia do tratamento.
Os fatores de risco que influenciam no aumento desses acidentes são classificados
em: fatores intrínsecos ao indivíduo, fatores ambientais referentes à acessibilidade
inadequada no ambiente de vida diária e características comportamentais3,4.
A utilização de métodos avaliativos possibilita um diagnóstico e intervenção
mais precoce. Pacientes com suscetibilidade a sofrer acidentes são verificados
através da escala de Morse com verificação do seu histórico de quedas, sua
mobilidade, terapia endovenosa, sua marcha e estado mental5. O teste Timed Up
and Go (TUG), avalia a mobilidade e também o equilíbrio do paciente, a fim
classificar e mensurar o risco de queda desses indivíduos, auxiliando na elaboração
de protocolos cujo objetivo é diminuir esses acontecimentos6.
As intervenções utilizando princípios do Pilates com objetivo de fortalecimento
dos membros inferiores (MMII), apresenta-se como alternativa que visa promover a
diminuição significativa do risco de queda7. A prática do método apresenta eficácia
com impactos positivos ao utilizar exercícios para ganho de força, equilíbrio e
mobilidade. Auxilia ainda na inibição do declínio cognitivo, diminuição de transtornos
psicológicos e na promoção do envelhecimento saudável. Além disso, o método
promove um custo benefício mais satisfatório comparado a outros procedimentos8,9.
Antes chamado de contrologia, o método Pilates (MP) teve como inspiração a
conexão do corpo e da mente e buscava associar atividades de baixo impacto e
trabalho da musculatura específica, seguindo os princípios de respiração,
centralização, concentração, controle, precisão e fluidez dos movimentos. Sua
metodologia inicia pela ativação do Power House ou centro de força/core, o termo se
refere ao conjunto de musculaturas responsáveis pela estabilização da coluna
vertebral, e utiliza a respiração controlada durante o treinamento, fornecendo ao
praticante a melhora do desempenho físico e eficácia do movimento10.
O Joseph Pilates acreditava que a sua abordagem beneficiaria o bem estar
da população e deveria ser utilizada pelos profissionais da saúde durante a
reabilitação de pacientes. Era de interesse próprio que a técnica fosse empregada
no condicionamento físico para homens, devido ao início da utilização da técnica
praticantes, porém o gênero feminino foi o principal responsável pela continuação da
prática de seus princípios até hoje11. Com isso, a técnica também se atualizou e
passou a utilizar aparelhagem que se assemelha aos adaptados durante o
desenvolvimento do método. Atualmente os equipamentos mais utilizados são
Cadillac, Barrel, Chair, Reformer, Bola Suíça ou o próprio solo.
O método de exercício proposto por Joseph Humbertus Pilates no século XX,
proporciona estímulos mecânicos e psicológicos ao corpo, favorecendo o controle
postural. A metodologia se manteve pouco difundida até o final da década de 90
mas se tornou um dos principais métodos de exercício nos Estados Unidos da
América. Atualmente, apresenta um crescente número de adeptos, passando de 1,7
milhão para 10,7 milhões de 2000 para 2006. Com resultados perceptíveis na
capacidade motora e funcional, favorecendo o aumento da independência e melhora
das funcionalidades motoras, traduzindo na melhor qualidade de vida e bem estar11.
Tendo conhecimento que os exercícios de fortalecimento possibilitam aos
adeptos benefícios além da funcionalidade, pois, promove o aumento do trofismo
muscular, previne a hipotonia auxiliando na prevenção de quedas. Embora tenha
poucos estudos evidenciados em relação a sua eficácia, a realização de treino de
força demonstrou haver uma redução significativa dos acidentes, principalmente
aqueles com distúrbios cognitivos e idade avançada12. Posto isso, faz-se necessário
avaliar a eficácia do MP no fortalecimento de MMII para diminuição do risco de
queda para um melhor direcionamento terapêutico.
2 JUSTIFICATIVA
3 HIPÓTESES
O método pilates irá promover o ganho de força dos MMII e atestar a redução
do risco de queda. Associado a isso, restabelecer a estabilidade postural, readequar
o equilíbrio, aprimorar a coordenação motora e resgatar a confiança do paciente ao
deambular.
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Analisar a eficácia do método pilates no fortalecimento dos membros
inferiores para diminuição do risco de queda.
4.2 Objetivos específicos
Verificar o ganho de força dos membros inferiores e comparar o risco de
queda dos pacientes antes e após a aplicação do protocolo do MP, através do
comparativo entre os testes no início e ao final do treinamento. Promover o aumento
do equilíbrio e melhora da coordenação motora.
5 MÉTODOS
5.1 Desenho do estudo
Estudo quantitativo do tipo transversal comparativo.
5.4 Amostra
5.4.1 Tamanho amostral
Serão elegidos para o estudo de intervenção os indivíduos de ambos os
sexos, a partir dos quarenta anos de idade, que apresentem risco de queda
avaliados pelos testes específicos. Irão ser incluídos no mínimo vinte pacientes para
a aplicação do protocolo.
5.6 Procedimentos
Inicialmente, a captação dos voluntários para a realização do estudo será
realizada através do cadastro no banco de dados da clínica escola da UNINASSAU.
Os pacientes deverão se cadastrar e relatar as principais queixas para que seja
selecionado para a marcação da avaliação com os discentes e fisioterapeuta
responsável. Os mesmos serão encaminhados a sala de avaliação individual e
receberão as informações referentes ao projeto. O paciente para ser inserido ao
estudo deverá assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), tal
documento deixa explícito ao paciente que está autorizando a realização do teste de
TUG e a escala de Morse, incluindo o protocolo de intervenção que será realizada
pelos pesquisadores.
Os voluntários participarão do protocolo de exercícios do MP, com
equipamentos da marca Classic Pilates, durante 16 sessões de 50 minutos cada,
duas vezes por semana, totalizando 8 semanas de tratamento. Antes e depois de
cada sessão serão avaliados a PA e a FC de cada paciente juntamente com a
avaliação da FR e trabalho respiratório. O protocolo de exercício será dividido em
três fases por sessão, a primeira sendo aquecimento, onde serão realizados
exercícios de alongamentos dinâmicos. A segunda fase, exercícios de fortalecimento
e de alongamento dinâmicos e, por último, exercícios de alongamento estáticos
associados a melhora do controle respiratório.
6 CRONOGRAMA
7 ORÇAMENTO
REFERÊNCIAS
1- Park, S.-H. .et. al. Tools for assessing fall risk in the elderly: a systematic review
and meta-analysis. Aging clinical and experimental research, 30(1), (2017)1–16.
Doi:10.1007/s40520-017-0749-0
3- Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH. Sociedade brasileira
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médica brasileira e conselho federal de medicina; 2008. Projeto diretrizes.
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control trial. BMC geriatrics, pamplona, spain. (2022) 22:612
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7 - Pereira, MJ., Mendes, R., Mendes, RS; Martins, F. ET.AL. Benefits of pilates in
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9- Pepera. G.0, Krinta. K., Mpea. C., ET. AL. Randomized controlled trial of group
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CANADIAN JOURNAL ON AGING, 11 AUGUST 2022.
10- Isacowitz R, CLIPPINGER K. Anatomia do Pilates: Guia ilustrado de pilates de
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11- Lopes. Camila., ARAÚJO. MARCOS., ET. AL. Os efeitos do método Pilates
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